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Coordenadoras:
Palestrantes:
| Fernanda Staniscuaski (UFRGS)
Professora da UFRGS, fundadora e coordenadora do projeto Parent In Science
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e doutorado em Biologia Celular e Molecular (Programa do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - 2007). Realizou estágio de Pós-doutorado no Departamento de Biologia da Universidade de Toronto em Mississauga, na área de Biologia Molecular e Fisiologia de Insetos, e foi bolsista de Pós-doutorado Júnior no Departamento de Biofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi bolsista PNPD-CAPES do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhando com aquaporinas de plantas. Atualmente é Professora Associada II do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia da UFRGS. É fundadora e coordenadora do projeto PARENT IN SCIENCE. Mãe de três filhos, esteve em licença maternidade em 2013, 2015 e 2018.
Resumo da palestra: Mais de um ano e meio após o início da pandemia COVID-19, o trabalho remoto segue alterando a rotina de cientistas do mundo todo, e aqueles que tentam conciliar o trabalho com as demandas domésticas - incluindo o cuidado com os filhos - sentiram e ainda sentem fortemente os impactos na sua produtividade. Gênero, parentalidade e raça são fatores determinantes do impacto da pandemia na produtividade acadêmica. O cenário de pandemia deixará efeitos de longo prazo na progressão da carreira dos grupos mais afetados se ações efetivas não forem tomadas. O que pode ser feito para evitar um retrocesso nas questões de diversidade na ciência?
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| Gabriel Kaetan Baio Ferreira (ACS)
CAS Customer Success Specialist Brasil
Bacharel (2011), Mestre (2013) e Doutor (2017) em Química pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), atua hoje como Customer Success Specialist do CAS (Chemical Abstracts Service, uma divisão da American Chemical Society - ACS) no Brasil. Na área acadêmica, possui experiência em Química com ênfase em Inorgânica e Catálise. Realizou estágio sanduíche durante o Doutorado no Instituto de Tecnologia Química da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha (ITQ-UPV) e também foi professor substituto de Química Inorgânica no Instituto Federal Catarinense (IFC) - campus Araquari, SC. Atualmente, no CAS, dá suporte a profissionais da P,D&I para o desenvolvimento de novas habilidades na identificação de informações e dados relevantes que possam auxiliar no desenvolvimento da ciência e tecnologia e na comunicação eficiente de suas descobertas.
Resumo da palestra: Diversidade, equidade, inclusão e respeito, são valores fundamentais para se atingir uma sociedade mais justa e com maiores possibilidades de desenvolvimento e inovação. Esta é uma realidade que traz necessidades urgentes na alteração de condutas pessoais, na criação de modos de trabalho mais diversos e na elaboração de políticas institucionalizadas, permitindo que diferentes grupos sociais possam se desenvolver de forma plena, segura e contínua. Neste atual momento histórico de transição, onde novas realidades estão sendo construídas para serem estabelecidas no pós pandemia, é crucial que haja a integração de mulheres, negros, pessoas LGBT+, indígenas, PCDs e outros grupos sociais nas estruturas evolutivas da sociedade. Este movimento aliado à Ciência e Tecnologia é um dos caminhos mais eficientes e transformadores para alcançar uma sociedade mais preparada e que possa enfrentar os novos desafios que estão por vir.
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| Jacira Teixeira Castro (UFRB)
Professora Associada e pesquisadora da UFRB
É licenciada em Química Aplicada pela Universidade do Estado da Bahia (1997) e possui mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal da Bahia (2001), doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal da Bahia (2007) e Pós-doutorado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2008). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde ministra aulas na graduação e na pós-graduação, sendo credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação Científica, Inclusão e Diversidade (PPGECID - Mestrado Profissional). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: Química ambiental, Métodos ópticos de análise e Preparo de amostras. A área de Educação também é seu objeto de estudo, atuando principalmente com Formação de Professores para o ensino de ciências.
Resumo da palestra: Reflexões sobre a participação das mulheres negras na Química-Historicamente a produção científica e, portanto, a Química sempre foi pensada a partir de uma perspectiva eurocêntrica, branca e sexista. Neste sentido, a participação plena e efetiva das mulheres nas Ciências tem despertado interesse da comunidade científica como um todo e visa tornar mais significativa a presença, bem como promover o reconhecimento da contribuição feminina nesta área. Debates como estes são urgentes para que se alcance a tão sonhada "igualdade de gênero" dentro da academia. Entretanto, apenas o aumento da participação feminina não dá conta de eliminar as desigualdades, pois faz-se necessário para além do gênero, um recorte mais sutil, pois quando se discute sobre a participação feminina na evolução e desenvolvimento das ciências, sobretudo na Química, as mulheres negras são inviabilizadas. Outro ponto importante e que merece destaque é que quando se analisa a trajetória das químicas brasileiras, percebe-se que a trajetória destas profissionais sempre foi permeada pelo reflexo do racismo institucional no desenvolvimento de seus trabalhos e carreiras, tanto acadêmica, quanto profissional. Neste sentido, a garantia de uma academia mais equânime e diversa, só pode ser alcançada a partir de estratégias que reduzam a histórica perpetuação das desigualdades.
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