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Espectrometria de massa: um número crescente de aplicações para a pesquisa

24/4/2014

Ao ter se tornado uma tecnologia essencial para o trabalho científico, a Espectrometria de Massas trouxe uma exigência para pesquisadores da química, biologia, física, medicina, farmácia e áreas afins. Hoje, além de saber como explorar os recursos dessa ferramenta em seu campo particular de atuação, é importante também ter uma visão abrangente do rol de aplicações que a EM oferece em outras áreas, já que o mundo da pesquisa é, cada vez mais, multidisciplinar. Esse plano geral será apresentado na 37ª Reunião Anual da SBQ, na conferência do professor Marcos Eberlin, do IQ da Unicamp. Ele vai falar sobre "A epopeia da Espectrometria de Massas em Ciências: dos elétrons às proteínas, vírus, bactérias, embriões, ao homem, às cirurgias, e à vida, e ao infinito, e além".

A partir da década de 1990 a EM teve um crescimento exponencial no Brasil, nota Eberlin. Na época, era utilizada quase que somente pela química orgânica e inorgânica, para caracterizar pequenas moléculas. Essa expansão alcançou um amplo raio de atividades, que vão do diagnóstico clínico à caracterização de produtos como carnes e frutas.

A conferência vai mostrar como foram as etapas dessa evolução. E destacar como os sucessivos saltos tecnológicos permitiram transformar um instrumental considerado de difícil operação, de alto custo, e uso restrito a um pequeno número de especialistas, em um recurso menos complexo, hoje disponível em muitos centros de pesquisa do país. Um ponto base nesse trajeto, observa, foi o desenvolvimento de novas técnicas de ionização, sobretudo a partir do trabalho do norte-americano Johnn Fenn (Nobel de 2002) quando as aplicações se multiplicaram. Com essas mudanças, salienta, a EM tornou-se a ferramenta que é "talvez a mais versátil e mais diversificada hoje para a pesquisa científica". Os ganhos ocorreram em vários campos, com destaque especial para as ciências da vida, lembra.

Tal disseminação ocorreu graças à criatividade dos pesquisadores da universidade e dos técnicos da indústria, esta produzindo instrumentos sempre mais específicos para cada aplicação. Mas foi possível também em razão da expressiva redução de preços dos equipamentos, atualmente acessíveis a um grande número de instituições.

Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)