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Conferência tratará do papel do docente no ensino superior de química


9/1/2014

Quem forma o professor para o ensino superior de química? Embora a resposta pareça simples – a Universidade -, a pergunta remete a uma preocupação permanente do sistema educacional. Isto é, apesar de sua importância, a formação pedagógica dos docentes não recebe a mesma atenção dedicada ao trabalho de pesquisa, quase sempre colocado como prioridade na carreira. O tema é objeto de estudo, a partir de dados colhidos nas universidades, da professora Irene Cristina de Mello (UFMT) e será apresentado na 37ª Reunião Anual da SBQ.

A conferência de Cristina Mello (Docência no Ensino Superior de Química: desafios e perspectiva) vai mostrar as pesquisas que vem realizando com base nas informações colhidas nos Institutos de Química e Pró-Reitorias de Ensino. O objetivo é mostrar "que existe uma lacuna nessa formação", marcada pela falta de práticas continuadas voltadas ao ensino superior. O que se soma à pouca valorização da atividade docente. "O que percebemos ao longo dos anos é que muitos professores não querem dar aula na graduação", constata. A análise revela que o professor vê o ensino como a parte mais frágil da carreira, enquanto a pesquisa confere status, visibilidade e melhor posição profissional. Ao propor ações para alterar esse quadro ela aponta a necessidade de ampliar os espaços dedicados às publicações científicas relativas ao ensino superior de química e a adoção de uma postura de estímulo ao debate.

O tema inclui a questão do fomento das agências governamentais. Na avaliação da pesquisadora o trabalho de formação para docência recebe pouco apoio dos programas atuais. Ela assinala, nesse cenário, a importância de os professores começarem a receber formação pedagógica assim que ingressem nas universidades pois se o contato com esses conteúdos ocorrer após alguns anos de carreira, os resultados tendem a ser pouco efetivos.

A apresentação vai mostrar exemplos de cursos e formações adotados por algumas universidades no país e abordar experiências internacionais. E pretende enunciar perguntas de caráter mais amplo: "será que essa discussão deve estar restrita aos cursos de química ou ela é uma discussão maior por ser um problema de toda a universidade?"

Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)




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