POTENCIALIDADES ANALÍTICAS DO ELETRODO DE GRAFITE PIROLÍTICO MODIFICADO PELO CLORETO DE NITROTETRAZÓLIO AZUL (NBT)

Josué da Conceição Clemente(PG), Janiciara Botelho Silva (IC), Aldaléa L. Brandes Marques(PQ)1, Edmar Pereira Marques(PQ)2

Universidade Federal do Maranhão, 1Departamento de Tecnologia Química1 e Química2. Av. dos Portugueses S/N Campus do Bacanga, São Luís-MA.

PALAVRAS-CHAVE: Cloreto de Nitrotetrazólio Azul (NBT), Eletrodo quimicamente modificado, Voltametria Cíclica.

INTRODUÇÃO

Os primeiros relatos sobre compostos derivados de tetrazólio ocorreram no período de 1939 a 19451, sobre aplicações biológicas. Estes compostos têm recebido muita atenção nos últimos anos devido as importantes aplicações em pesquisas de câncer, anticâncer e estudos de HIV1,2. Embora alguns sais derivados do tetrazólio tenham sido usados extensivamente em estudos biológicos nos últimos anos, o comportamento eletroquímico desta classe de compostos não tem sido adequadamente discutido na literatura. Com finalidades analíticas, tem sido desenvolvido estudos com sais derivados do tetrazólio (MTT,NT,TTC) que têm demonstrado capacidade de captar íons metálicos em meio aquoso1.2. Seguindo esta linha de pesquisa, desenvolve-se estudos explorando a capacidade de adsorção desse composto NBT [3,3’-(3,3’-dimetoxy-4,4’-biphenylylen-bis[2-(4-nitrophenyl)-5-phenyl-2H-tetrazoliumchloride]] na superfície do eletrodo de grafite pirolítico, no sentido de desenvolver uma metodologia para detecção analítica de espécies de interesse em meio aquoso.

OBJETIVO

Estudar o comportamento eletroquímico e a irreversibilidade do composto NBT.

Evidenciar a formação de complexos na superfície do eletrodo quimicamente modificado pelo NBT.

PARTE EXPERIMENTAL

Equipamentos, reagentes e soluções

As medidas voltamétricas foram realizadas em um sistema polarográfico, constituído por um potenciostato modelo 264 A, acoplado a um registrador XY. Os experimentos foram realizados em uma célula convencional de três compartimentos e três eletrodos, eletrodos auxiliar (de platina) e de referência (calomelano saturado) e eletrodo de trabalho (grafite pirolítico).

Todos os reagentes utilizados na preparação das soluções, foram de grau e pureza analítica. O eletrólito suporte tampão Britton-Robinson (TBR), foi preparado com os seguintes reagentes e composição: ( ácido acético 0,04mol/L, ácido fosfórico 0,04mol/L, ácido bórico 0,04mol/L e perclorato de sódio 0,1mol/L). A solução obtida resultava num valor de pH aproximadamente 1.7 e para ajustar o pH para o valor desejado usava-se uma solução de hidróxido de sódio 1mol/L . Antes de cada experimento o eletrodo de trabalho era limpo com auxilio de uma lixa 3M 2000.

Após a limpeza do eletrodo o mesmo era modificado pelo ligante NBT. O eletrodo de grafite modificado pelo ligante era imerso em uma solução contendo o Cu(II) e agitado por alguns minutos, depois o eletrodo era lavado e transferido para a célula contendo somente o eletrólito suporte puro (TBR) pH=5,3. Todos os experimentos foram feitos na ausência de oxigênio.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os voltamogramas foram obtidos pela simples imersão do eletrodo de grafite pirolítico basal em solução contendo o composto NBT, que em seguida era introduzido em uma célula contendo somente o eletrólito suporte pH=5.3, como não existe qualquer espécie eletroativa em solução, o aparecimento das ondas I/I’ próximo a 0.15V, II/II’ 0.07V e III/III’ em torno de –0.23V, atribui-se a resposta voltamétrica do ligante NBT adsorvido na superfície do eletrodo de grafite pirolítico. Após o registro do voltamograma do eletrodo modificado somente com o ligante, o mesmo foi imerso em uma solução contendo íons Cu(II) e introduzido novamente na célula nas mesmas condições anteriores. Registrado o voltamograma observou-se o aparecimento de uma nova onda em torno de –0.1V. Concomitantemente ao surgimento da nova onda observa-se uma diminui&c