EXTRAÇÃO DE CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Virola surinamensis COM CO2 SUPERCRÍTICO


Jackson Eleutério Rodrigues1, NélioTeixeira Machado1, Lourivaldo Silva Santos (PQ)2, Fábio Cardoso Borges2 e Marivaldo Costa Corrêa2


1Laboratório de Operações de Separação (LAOS), Departamento de Engenharia Química-Centro Tecnológico- UFPa. E-mail: machado@ufpa.br

2Curso de Pós Graduação em Química – Departamento de Química – Universidade Federal do Pará – CCEN – CEP 66075-970 – Belém-PA. E-mail: lss@ufpa.br


INTRODUÇÂO


O extrato bruto hexânico das folhas de Virola surinamensis foi ativo contra penetração de cercárias do Schistosoma mansoni, em camundongos1. O fracionamento do extrato levou ao isolamento das neolignanas 8.O.4´ virolina 1 e surinamensina 2 que foram responsáveis pela atividade farmacológica do extrato bruto. O estudo fitoquímico desse extrato permitiu ainda o isolamento das neolignanas tetraidrofurânicas veranguesina 3 (potencial antagonista do PAF) e galbacina 4, além da elemicina1. Entretanto, o processo de isolamento dessas substâncias pelos métodos cromatográficos tradicionais é muito demorado e dispendioso.




Neste trabalho, visando o isolamento das substâncias para realização de testes farmacológicos, realizamos a extração das folhas de V. surinamensis com gás CO2 super crítico a pressões de 20 e 25 MPa e temperatura de 323 K.






OBJETIVO


Isolar os constituintes químicos das folhas de V. surinamensis extraídos com CO2 super crítico.


MATERIAIS E MÉTODOS


As folhas secas e moídas de V. surinamensis (100 g) foram extraídas em uma planta piloto com CO2 a pressões de 20 e 25 MPa e temperatura de 323 K. A unidade piloto de extração supercrítica é constituída de um compressor, um reservatório de gás, um extrator, um separador e um medidor de vazão2. Os extratos foram coletados em intervalos regulares de 10 minutos, obtendo-se 5 frações em cada extração, as quais foram analisadas por cromatografia de camada delgada em comparação com amostras padrões.


RESULTADOS E CONCLUSÕES

O rendimento da extração supercrítica sequencial foi de 3%. Os compostos foram identificados pelos métodos espectroscópicos usuais e comparação com amostras padrões.

A metodologia de extração com CO2 super crítico foi mais vantajosa que a tradicional, tanto em rendimento quanto no fator tempo. As frações obtidas com CO2 supercrítico mostraram-se mais seletivas com o aumento de pressão.


BIBLIOGRAFIA

1. Barata, L.E.S. – Tese de Doutorado –IQ-UNICAMP- Campinas (1976)

2. França, l. F.; Meireles, M. A. A., Machado, N. T., Reber, G., Brunner, G. Supercritical Extraction of Carotenoids and Lipids from buriti (Mauritia Flexuosa) a fruit from amazon region. Journal of Supercritical Fluids 14 (3): 247-256, 1999.


CAPES/CNPq