INVESTIGAÇÃO DO TEOR DE VITAMINA B12 EM POLENS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO UTILIZANDO CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA


Rosane Nora Castro (PQ), Laerte da Cunha Azeredo (PQ), Maria Aparecida Alves Azeredo (PQ) e Carla Silva Telo de Sampaio (IC).


Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Química – km 07 da BR-465 – Seropédica – RJ –CEP: 23890-000

nora@ufrrj.br


palavras-chave: pólen, vitamina B12, cromatografia líquida de alta eficiência.


INTRODUÇÃO


O pólen é utilizado na alimentação humana como fonte proteica de diferentes formas: in natura, desidratado e misturado ao mel, e por ser rico em vitaminas e sais minerais, é amplamente utilizado pelo homem como suplemento nutricional1. Entre as vitaminas estudadas em pólen, Rios e Muradian2 determinaram o teor de vitamina E (alfa-tocoferol), utilizando cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), tendo encontrado um valor médio de 13,51 mg de vitamina E / 100 g de pólen. Níveis de tiamina ( vitamina B1) e suas formas mono e difosfatadas também foram determinadas em polens3. As concentrações variaram consideravelmente em função da origem floral e da época do ano. Todas as três formas desta vitamina estão presentes em amostras de pólen, mas a tiamina é a sua principal forma. A segunda mais abundante é a difosfatada, seguida da monofosfatada. A eficiência global do uso de CLAE e a variedade de métodos cromatográficos permite a maioria das análises das vitaminas por fase reversa, fase normal ou troca iônica. Embora a vitamina B12 tenha as suas maiores fontes nos alimentos de origem animal, discute-se a possibilidade de encontrá-la, embora em quantidades diminutas, em fontes vegetais. Grande interesse no metabolismo de análogos de vitamina B12 tem conduzido ao desenvolvimento de sistemas de análise por CLAE, por serem estes convenientemente acoplados a sistemas de deteção altamente sensíveis4


OBJETIVO


Este trabalho se propõe a investigar os níveis de vitamina B12 em amostras de pólen comercializadas na cidade do Rio de Janeiro, após cuidadoso processo de extração do pólen e analisá-las por CLAE.


METODOLOGIA


As amostras foram preparadas utilizando-se 2g de pólen triturados, os quais foram extraídos com 80% de etanol utilizando-se um banho de ultra-som. Após filtração para remoção de partículas suspensas, o extrato foi evaporado até à secura, redissolvido em água deionizada e filtrado em membrana de 0,45mm para serem então analisados5. As amostras de pólen foram analisadas por CLAE em um cromatógrafo líquido Shimadzu Mod. LC-10AS equipado com detetor de UV-VIS. Mod. SPD-10A , injetor Rheodyne com loop de 20mL e integrador RC-6A. Os experimentos cromatográficos foram realizados utilizando-se coluna analítica de fase reversa Lichrocart 100RP-18 ( 125 mm x 4,6 mm , com partícula de 5mm ) combinada com um sistema isocrático simples de 1 mM acetato de amônio – acetonitrila ( grau espectroscópico) em pH = 4,4 ( 30:70 v/v ). A eluição foi desenvolvida com velocidade de fluxo de 0,8 mL/min e a deteção realizada no UV a 254 nm. Os experimentos cromatográficos para avaliar o desempenho da extração , foram checados utilizando-se a fortificação de amostras de pólen com vitamina B12, adquiridas do comércio.


RESULTADOS


A técnica utilizada apresentou-se bastante versátil para análise da vitamina B12, onde por comparação cromatográfica ( tempo de retenção) com amostras autênticas, os dados mostraram-se bastante reprodutivos. Os resultados obtidos para o grau de recuperação do processo extrativo, foram na faixa de 98,60 ± 0,90%.



CONCLUSÕES


Os resultados preliminares obtidos são muito promissores, porém estudos mais detalhados estão sendo feitos para confirmar a presença da Vitamina B12 com total segurança, bem como permitir sua possível quantificação.



ReferÊncias:


  1. Bastos, E.M.A.F. Anais do XII Congresso Brasileiro de Apicultura. Salvador, 1, 71-72, 1998.

  2. Almeida-Muradian, L.B. e Rios, M.D.G. Anais do XII Congresso Brasileiro de Apicultura . Salvador, 1, 207-208 ,1998.

  3. Herbert, E.W.; Vanderslice Jr, J.T.; Huang, M.H. e Higgs, D.J. Apidologie, 18(2), 129-136, 1987.

  4. Follon, A . Booth, R.F.G. e Bell, L.D. Applications of HPLC in Biochemistry. Elsevier, NY. 286-287 ,1987.

  5. Jacoben, D.W.; Green, R.; Quadros, E.V. e Montejano, Y.D. Anal. Biochem. 120,

394-403, 1982.


[CNPq]