GLUCOSÍDEOS ESTEROIDAIS DE VERNONIA CONDENSATA COM ATIVIDADES ANALGÉSICA E ANTIINFLAMATÓRIA


Alessandra Leda Valverde. (PQ)1,3; Geraldo Luis Coelho Cardoso (IC)2; Nuno Alvares Pereira (PQ)2, Antonio Jorge Ribeiro da Silva (PQ)3 e Ricardo Machado Kuster. (PQ)*3


1Departamento de Pesquisa, Far-Manguinhos-FIOCRUZ

2Departamento de Farmacologia Básica e Clínica, CCS, UFRJ

3Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, CCS, UFRJ


‘palavras-chave’ glucosídeos, Vernonia e atividade farmacológica




Introdução


A espécie Vernonia condensata Baker (Asteraceae) é um arbusto largamente distribuído no Brasil. A medicina popular brasileira mostrou evidências de que o extrato bruto preparado com esta planta, conhecida como boldo-da-terra, é capaz de prevenir distúrbios no estômago e no fígado.1 Pouco estudo fitoquímico foi realizado com esta espécie, tendo sido isolados triterpenos e lactonas sesquiterpênicas.2,3 Porém, em trabalhos posteriores de nosso grupo, glucosídeos esteroidais foram caracterizados pela primeira vez nesta espécie.4

A mistura dos vernoniosídeos D1 (1) e D2 (2) por nós caracterizada já havia sido observada na espécie V. amygdalina.5
















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Objetivo

O objetivo deste trabalho é verificar, através de testes farmacológicos, se os glucosídeos esteroidais aqui descritos, são os responsáveis pela atividade analgésica atribuída ao chá das folhas da espécie V. condensata.



Metodologia


Na realização deste trabalho, uma mistura contendo os vernoniosídeos D1 (1) e D2 (2) foi ensaiada para analgesia central, utilizando-se a metodologia de Kuraishi et al.6, para analgesia periférica e atividade antiinflamatória, seguindo-se a metodologia de Whittle.7 Nos testes utilizou-se dose de 100mg/kg de animal.


Resultados


A mistura destes glucosídeos mostrou atividade analgésica central, apresentou analgesia periférica (66,75% de inibição) e também verificou-se atividade antiinflamatória (64,84% de inibição).



Conclusão


Através destes resultados farmacológicos, comparados à atividade analgésica atribuída ao extrato bruto das folhas desta espécie,8 conclui-se que a mistura destas substâncias contribui para a atividade analgésica observada do chá da planta, além de possuir atividade antiinflamatória.



Bibliografia


1- Magalhães, R. A. et al. (1990). XI Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, Abstract 2.24.

2- Bohlmann, F. et al. (1981). Phytochemistry 20, 2233-7.

3- Jakupovic, J. et al. (1987). Liebigs Ann. Chem. 2, 111-23.

4- Valverde, A. L. et al. (1999). VIII Encontro Regional de Química SBQ-Rio, Abstract PN-05, 75.

5- Jisaka, M. et al. (1993). Phytochemistry 34, 409-13.

6- Kuraishi et al. (1983). Brain Resarch 273, 245-52.

7- Wittle, B. A. (1964). Br. J. Pharmacol. 22, 246-53.

8- Frutuoso et al. (1994). Planta Med. 60, 21-5.


CAPES,FAPERJ.