SCREENING DE PLANTAS MEDICINAIS COM ATIVIDADE LARVICIDA FRENTE A LARVAS DE Aedes aegypti (LINNAEUS,1762) (DIPTERA : CULICIDAE)




Maria Cristina de Omena (PG), Nadja Maria Fernandes Lima(PG) e Antônio Euzébio Goulart Sant’Ana (PQ)¹. Aegs@qui.ufal.br




¹Laboratório de Pesquisas em Recursos Naturais Departamento de Química Centro de Ciências Exatas e Naturais da Universidade Federal de Alagoas




Palavras-chave: Atividade larvicida, Aedes aegypti e Extratos de plantas



Todos os povos desde a antigüidade tem usado seus conhecimentos sobre as propriedades medicinais de sua flora local para aplicar na cura de doenças .Estes conhecimentos geralmente tem se acumulado e transmitido de geração a geração, contudo ao passar dos anos houve um intenso interesse de conhecer outras aplicações destes compostos bioativos originários de plantas . Assim, como a atividade terapêutica, veio a necessidade do conhecimento de compostos com efeito inseticida, moluscicida e repelentes. A presença de princípios inseticidas de plantas tem sido reconhecidos e descritos pela literatura.(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8). O Aedes aegypti, é considerado um vetor clássico das arboviroses, dengue, dengue hemorrágico e febre amarela, devido a sua endofilia, antropofilia e suscestibilidade ao vírus, sendo um excelente hospedeiro para as formas urbanas da doença.(9). Neste trabalho iremos descrever um screening de 81 extratos de plantas de diferentes famílias originárias do Brasil, para a avaliação da atividade larvicida. As condições de laboratório oferecidas foram de temperatura entre 25 a 28°C com umidade relativa do ar variando de 85 a 92%. Para utilização do teste larvicida os ovos do Aedes aegypti foram colocados em bacia com água desclorada com temperatura de 25 a 27 °C para a eclosão . Os testes preliminares foram efetuados em duplicata com dez larvas em estádio L4 jovens e o teste apurado foi efetuado com vinte larvas L4 jovens em quadruplicata. Basicamente as larvas foram submetidas a solução aquosa dos extratos em exame nas concentrações de 100, 50, 10, 8, 6 e 4 ppm em 100 mL para cada amostra. A observação e contagem de larvas mortas e vivas foi efetuada na hora 0 (zero), 24 e 48 horas. Para solubilizar o material foi usado DMSO a 1% e feitos os testes em branco com ou sem a adição de DMSO a 1% e este não apresentou atividade larvicida. Os extratos de Annona glabra, Annona crassiflora, Pterodon polygalaeflorus, Erythrina mulungu, Fungo do arroz., mostraram-se ativos contra as larvas do Aedes aegypti que variaram de 70 a 100% de mortalidade numa concentração inicial de 100 ppm.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




1 CHARIANDY,CM; SEAFORTH CE;PHELPS RH;POLLARD GV,KHAMBAY BP.1999. Screening of medicinal plants from Trinidad and Tobago for anti-microbial and insecticidal proprieties.Enthnopharmacol.64(3):265-270.

2 CHAVAN SR; and NILKAN ST.1982. Mosquito larvicidal activity of Ocimum Basilicum Linn. Indian J. med Res .72:220-222.

3 CLARKE ED;BROWN AW; and KABARA JJ.1978. Mosquito larvicidal and Pupicidal activity of aminimides. J Med Entomol. 10; 14(5):599-600

4 MONZON RB;ALVIOR JP;LUCZON LL;MORALES AS; MUTUC FE.1994. Larvicidal potential of five Philippine plants against Aedes aegypti (L) and Culex quinquesfaciatus(S).J Trop Med Public Health dec;25(4):755-9

5 KALYANASUNDARAM M; Das PK.1985.Larvicidal & Sinergestic activity of plant Extracts for mosquito control.Indian J. Med Res. Jul 82:19:23

6 PITASAWAT,B;CHOOCHOTE W;KANJANAPOTHI D; PANTHONG JITPAKDI A; CHAINTHONG U.1998.Screening for larvicidal activity of tem carminative plants. Southeast Asian J Trop Med Public Health. Sep: 29(3):660-2.

7 RALPH E. HEAL ; EDWARD F. ROGERS;ROBEERT WALLACE and ORDWAY STARNES1950. A survey of plants for lnseticidal activity. Lloydia.12:(2):-89-162

8 CONSOLI,ROTRAUT.G.B ;GRANDI, T.SM; ANJOS,.AM.G;OLIVEIRA, de B A;MENDES,M.M;QUEIROZ,R.O and ZANI,C.L.1997. Screening of Asteraceae(Compositae) plant extracts for larvicidal activity against Aedes fluviatilis(Diptera:Culicidae).Mem. Inst. Oswaldo. Cruz. 92(40):565-570

9 CONSOLI,ROTRAUT A. G. B & OLIVEIRA, RICARDO LOURENÇO de. 1994.Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil Rio de Janeiro. Fiocruz. 225p





CAPES/WHO