ESTUDOS VISANDO A SÍNTESE DE ANÁLOGOS DE
INIBIDORES DA HIV-1 PROTEASE
Luiz C. Dias (PQ) e Edílson Ferreira (PG)
Instituto de Química - UNICAMP - C.P. 6154 - CEP: 13081-970
Campinas - SP - Brasil - e-mail: ldias@iqm.unicamp.br
Palavras-chave: alilsilano quiral, Inibidores HIV-1 protease, dipeptídeos isóstéricos
Introdução:
A g-hidroxiamida
B cuja ligação peptídica na sequência
da estrutura A é substituída por um grupo
CH(OH)CH2, é unidade alvo de potentes inibidores da
HIV-1 protease.
Recentemente, descrevemos a adição de alilsilanos quirais a aldeídos quirais a-amino-substituídos.1-4 Neste trabalho, apresentamos os primeiros resultados visando a síntese de intermediários em potencial que podem servir como inibidores da HIV-1 protease.
Objetivos: O objetivo deste trabalho é preparar aminoálcoois quirais que são intermediários em potencial para a preparação de peptídeos hidroxietileno isósteros, compostos que podem ser utilizados como blocos de construção para a síntese de peptídeos modificados que atuam como inibidores da HIV-1 protease.
Resultados:
Nossa rota inicia com a preparação do ácido 2
e da amida 4. Proteção da função
amino com anidrido do Boc fornece o aminoácido 2.
Desproteção do grupo Boc na amida 3 conduz ao
sal da amida de Weinreb 4.
Acoplamento
entre a amida de Weinreb 4 com o amino ácido 2
fornece a amida 5. Redução de 5 com
LiAlH4 conduz ao aldeído 6 em excelente
rendimento. A adição da alilestanana formada in situ
através da transmetalação entre o alilsilano 7
com SnCl4 conduz ao composto 8 com boa
diastereosseletividade favorecendo o isômero anti. É
interessante observar que este é o primeiro exemplo de adição
de alilsilanos a aldeídos dipeptídicos. Em
trabalhos recentes, Taddei decreve que todas as tentativas de adição
de alilsilanos a aldeídos oligopeptídicos não
forneceram os respectivos produtos. Em nosso caso, acreditamos que a
reação ocorre devido ao fato de usarmos uma
alilestanana como intermediária.5
Proteção com dimetoxipropano conduz ao acetonídeo 9. Hidrobração da ligação dupla em 9 fornece os dois possíveis diastereoisômeros 10 e 11. Estudos estão em andamento no sentido de converter os álcoois primários 10 e 11 aos respectivos ácidos carboxílicos e estes às amidas.
Bibliografia: 1. Luiz C. Dias and Rosana Giacomini, Tetrahedron Lett. 1998, 39, 5343-5346; 2. Luiz C. Dias and Rosana Giacomini, J. Braz. Chem. Soc. 1998, 9, 357-369; 3. Luiz C. Dias; Paulo R.R. Meira; Edílson Ferreira, Org. Lett. 1999, 1(9), 1335-1338; 4. L. C. Dias and P.R.R. Meira, Synlett, 2000, 37-40; 5. Dániello, D.; Mann, A.; Mattii, D.; Taddei, M. J. Org. Chem. 1994, 59, 3762.
FAPESP, CNPq