Objetivos Cálculo teórico ab initio de constantes
de acoplamento hiperfinas para um conjunto de sistemas contendo átomos
do
período, como:
,
e
.
Metodologia Neste trabalho fez-se cálculo de constantes
de acoplamento hiperfinas utilizando-se os conjuntos de funções
de base[Morgon, N. H.; "Funções de base otimizadas para átomos
do
período",
Reunião Anual da SBQ, Resumos, 2000 (submetido)] construídas
pelo Método da Coordenada Geradora (MCG)[Custodio, R.; Giordan,
M.; Morgon, N. H.; Goddard, J. D.,
Int. J. Quantum Chem., 1992,
42, 411]. Todos os cálculos foram feitos usando o programa
Gaussian/94. As geometrias moleculares foram obtidas a MP2 e QCISD com
as funções [51111/311/1] e para o cálculo das constantes
usou-se o método QCISD com o conjunto [511111/3111/11/1].
Introdução O cálculo de propriedades hiperfinas de radicais tem recebido bastante atenção nos últimos anos[Guerra, M.; J. Phys. Chem. A, 1999, 103, 598]. Por envolver diferenças de energia associadas à interação dos spins eletrônicos com os spins dos núcleos, é uma propriedade bastante sensível à metodologia empregada, e só tem sido possível o seu estudo graças ao avanço computacional e a implementação de metodologias mais sofisticadas nos pacotes computacionais. Há a necessidade de bases extendidas para se ter valores concordantes com resultados experimentais. Vários estudos têm sido feitos afim de avaliar diferentes metodologias de cálculos, visto ser esta propriedade extremamente dependente do conjunto de funções de base e do nível de correlação empregado no cálculo. Considerando-se que o MCG tem sido empregado com sucesso no cômputo de propriedades eletrônicas diversas, como afinidade por próton, afinidade eletrônica, entre outras, pretende-se empregar as bases atômicas obtidas, usando o MCG, na estimativa de valores de constantes de acoplamento hiperfinas de alguns sistemas radicalares.
Resultados Na Tabela 1 estão os valores calculados
das constantes de acoplamento hiperfinas para os sistemas ,
e
,
e resultados da literatura empregando bases de Pople do tipo 6-311+G(2df,p).
Nota-se uma grande concordância entre os valores calculados e experimentais,
principalmente para os átomos de Carbono e Hidrogênio.
Sistema | Átomo | MCG![]() |
Liter.![]() |
Exper.![]() |
![]() |
![]() |
211.2 | 215.4 | 210.0 |
![]() |
-2.8 | -3.5 | -4.5 | |
![]() |
![]() |
-28.3 | -28.0 | -29.7 |
![]() |
-26.8 | -27.5 | -26.1 | |
![]() |
![]() |
-37.5 | -36.0 | -38.8 |
![]() |
-26.7 | -19.6 | - | |
![]() |
102.5 | 103.1 | 132.7 |
QCISD/6-311+G(2d,f)//QCISD/6-31G(d).
QCISD/[511111/3111/11/1]//QCISD/[51111/311/1]
Gauld, J. W.; Eriksson, L. A.; Radom, L.; J. Phys. Chem. A, 1997, 101, 1352.
Para o sistema
fez-se dois estudos. Calculou-se a constante de acoplamento hiperfina a
QCISD, usando a geometria otimizada nos níveis QCISD e MP2 com as
bases [51111/311/1]. No caso do uso de geometria a MP2, encontrou-se os
os resultados de 219,6G e -1,8G para os átomos de
e
,
respectivamente. Observando-se o comprimento de equilíbrio, tem-se
= 1,13 e 1,18Å, para MP2 e QCISD, respectivamente, sendo 1,17Å
o valor experimental. Isto indica a forte dependência desta propriedade
com os parâmetros geométricos corretos. Deve-se destacar que
em muitas propriedades eletrônicas a otimização de
geometria a MP2 é satisfatória.
Conclusões Os resultados obtidos para as constantes de
acoplamento hiperfinas nos sistemas,
e
,
usando-se as funções de base obtidas pelo Método da
Coordenada Geradora, estão em excelente acordo com os de bases de
Pople e com os resultados experimentais. Esta propriedade é muito
sensível á geometria molecular correta, e tem sido observado
os melhores resultados usando a otimizacao a nível CI. Outros estudos
estão em andamento envolvendo espécies aniônicas.
(IQ-UNICAMP/CNPq).