DIAGRAMAS
DOS NÍVEIS DE ENERGIA DOS ORBITAIS MOLECULARES: UMA PROPOSTA
DE COMO CONSTRUÍ-LOS
PEDRO
FARIA DOS SANTOS FILHO (PQ) E RENATO HENRIQUES DE SOUZA (IC)
Universidade
Estadual de Campinas, Instituto de Química- Caixa Postal 6154-
Campinas, São Paulo CEP 13083-970
palavras-chave:
diagramas; níveis de energia; orbitais moleculares.
Tradicionalmente, os
tópicos Estrutura Atômica e Ligação
Química têm sido associados à Química
Inorgânica, e ensinados aos alunos utilizando-se argumentos de
simetria molecular e teoria de grupos. Entretanto, quando os alunos
dos cursos de graduação em Química cursam as
disciplinas iniciais de outros departamentos, particularmente as de
Química Orgânica, e necessitam dos diagramas que mostram
os níveis de energia dos orbitais moleculares para reconhecer
o HOMO e o LUMO de certos substratos orgânicos, eles raramente
utilizam estes argumentos.
Considerando a
importância de saber relacionar estes diagramas às
propriedades e reatividade dos substratos orgânicos e
inorgânicos, é fundamental para o aluno saber,
exatamente, o significado e a interpretação destes
diagramas, pelo menos daquelas moléculas mais simples e mais
utilizadas nestas disciplinas iniciais do curso de graduação
em Química. Diante desta constatação, e devido
ao nosso interesse em desenvolver abordagens, que tornem o
aprendizado destes temas mais eficiente e familiar para os alunos,
estamos propondo um desenvolvimento para este tema, utilizando
argumentos já assimilados pelos alunos, para ser apresentado
na primeira disciplina de Química oferecida aos alunos
ingressantes no curso de Química.
Na construção de um diagrama que indica os
níveis de energia dos orbitais moleculares, o primeiro passo é
conhecer a estrutura da molécula. Isto é feito muito
facilmente através da sua correspondente estrutura de Lewis.
Em seguida, conhecendo-se as posições de cada um dos
átomos que compõem a molécula, o próximo
passo é identificar e desenhar os orbitais atômicos mais
externos de cada um dos átomos, com o respectivo sinal
algébrico das funções de onda que os
representam. Posteriormente, identifica-se cada uma das interações
envolvendo os orbitais atômicos do átomo central e as
combinações dos orbitais atômicos dos outros
átomos. A partir do conhecimento deste conjunto de interações
pode-se desenhar o correspondente diagrama que as representa, como
mostrado abaixo para a molécula de metano.
A grande vantagem deste método é que o
estudante é forçado a imaginar os orbitais e o conjunto
de todas as interações envolvendo cada um deles. Esta
é uma prática que, se continuada em outras disciplinas,
faz com que o aluno se habitue a imaginar as moléculas como um
conjunto de orbitais com formas e energias diferentes, que são
os responsáveis pela sua reatividade. Da experiência que
adquirimos com os alunos ingressantes no curso de Química do
Instituto de Química da Unicamp nestes dois últimos
anos, observamos que esta abordagem tem sido muito útil nas
disciplinas subsequentes cursadas pelos alunos, particularmente
aquelas de Química Orgânica e Inorgânica, quando
os assuntos abordados tratam da reatividade frente a outros
substratos. Isto tem se refletido em uma evasão cada vez menor
e um índice de reprovação nestas disciplinas que
diminuiu cerca de 30-40%.

s2s = 2sC + (1sH + 1sH
+ 1sH + 1sH) ; s*2s
= 2sC - (1sH + 1sH + 1sH
+ 1sH)
s2px = 2px(C) + (1sH +
1sH - 1sH - 1sH) ; s*2px
= 2px(C) - (1sH + 1sH - 1sH
- 1sH)
s2py = 2py(C) + (1sH +
1sH - 1sH - 1sH) ; s*2py
= 2py(C) - (1sH + 1sH - 1sH
- 1sH)
s2pz = 2pz(C) + (1sH +
1sH - 1sH - 1sH) ; s*2pz
= 2pz(C) - (1sH + 1sH - 1sH
- 1sH)

(UNICAMP/FAPESP/CNPq)