A UTILIZAÇÃO DO REAGENTE TETRAAMIN COBRE (II) EM SISTEMA DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM FLUXO PARA A DETERMINAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
Orlando Guarilha Jr. (PG), Cristiane Xavier Galhardo (PG), Rosa Maria da Silva de Oliveira (PQ) e Jorge César Masini (PQ)
Instituto de Química Universidade de São Paulo Caixa Postal 26077 CEP 05513-970 São Paulo SP, e-mail: guarilha@iq.usp.br
palavras-chave: aminoácido, injeção em fluxo, tetraamin cobre(II)
INTRODUÇÃO
A determinação de aminoácidos, de maneira geral, exige a utilização de métodos sofisticados como cromatografia a liquido e reagentes dispendiosos, além de requisitarem um tempo considerável para tais análises.
Neste trabalho, apresentam-se as condições para as determinações de diversos aminoácidos, através do sistema de análise por injeção em fluxo (FIA), no qual é empregado o reagente tetraamin cobre (II), na concentração de 3,3 mmol L 1, com leituras em UV, a 275 nm, com o objetivo de introduzir um método eficiente, rápido e de baixo custo.
EXPERIMENTAL
Material e Métodos
R
C
RG D
A BP
d
Fig. 1- Esquema da aparelhagem. RG: registrador ; D: detector ; A: válvula injetora; BP: bomba peristáltica ; R: reagente ; C: carregador ; d : descarte .
Foi utilizado um sistema de injeção em fluxo, composto de tubos de Teflon de 0,8 mm de diâmetro interno, alça de amostragem de 216 µL, percurso analítico de 80 cm, espectrofotômetro Micronal UV-vis B-382, com cela de fluxo de quartzo de 1 cm de caminho óptico e 80 µL de volume interno efetuando-se leituras a 275 nm.
Reagente: tetraamin cobre (II), na concentração de 3,3 mmol L 1 .
Padrões: Aminoácidos: glicina, L-serina, L-valina, L-leucina, L-isoleucina, L-metionina e DL-histidina.
Método: Utilizando-se padrões de aminoácidos, foram efetuadas diversas diluições aquosas para cada aminoácido, cujas concentrações variaram de 10 a 200 µg mL-1, com o objetivo de se obterem as respectivas curvas analíticas. Cada padrão foi injetado na linha de fluxo contendo água deionizada que, a seguir, confluiu com a linha de bombeamento do reagente tetraamin cobre (II), à vazão total de 2,97 mL min-1.
RESULTADOS
Os resultados obtidos encontram-se descritos na Tabela 1.
Tabela 1. Equações das curvas analíticas
Aminoácido |
Coef. Angular (u.a. mL µg 1) |
Coef. Linear (u.a.) |
R |
Glicina |
0,169 ± 0,001 |
0,12 ± 0,06 |
0,99996 |
L-Valina |
0,177 ± 0,001 |
0,3 ± 0,1 |
0,99990 |
L-Serina |
0,171 ± 0,001 |
0,1 ± 0,1 |
0,99985 |
DL-Histidina |
0,368 ± 0,002 |
-0,2 ± 0,2 |
0,99992 |
L-Leucina |
0,157 ± 0,002 |
1,0 ± 0,1 |
0,99973 |
L-Isoleucina |
0,177 ± 0,001 |
0,42 ± 0,09 |
0,99992 |
L-Metionina |
0,129 ± 0,001 |
0,4 ± 0,1 |
0,99969 |
u.a - unidades arbitrárias
CONCLUSÕES PARCIAIS
De acordo com os resultados obtidos, verifica-se que o método segue a lei de Beer, podendo ser utilizado para a análise quantitativa de amostras de aminoácidos, obtendo-se uma frequencia de 85 análises h-1 .
BIBLIOGRAFIA
1. Guarilha Jr., O. , Análise de Carboidratos por Cromatografia a Líquido de Alto Desempenho (CLAD) , dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Química da USP em 1990.
FAPESP, CNPq