O Rio de Janeiro ocupa lugar de destaque no cenário químico brasileiro, congregando inúmeras instituições de ensino - médio, graduação - pós-graduação e pesquisa , atuantes em todas as sub-áreas da Química.
Diversas empresas do setor, de pequeno, médio e grande porte estão sediadas no estado, representando significativa fatia do mercado de trabalho químico, absorvendo profissionais de todos os níveis de formação.
Este quadro, ainda que simplificado, ilustra a relevância deste estado no panorama químico nacional. Entendemos que a Sociedade Brasileira de Química, através desta Regional deve organizar-se de maneira a discutir, profundamente, as questões que dizem respeito à atuação e formação de seus profissionais, refletindo e opinando sobre os rumos do setor, de maneira a auxiliar e influenciar as decisões governamentais, em todos os níveis.
Neste contexto, estamos nos propondo a somar esforços neste sentido, assumindo a condução da SBQ-RJ no biênio próximo.
A exemplo de gestões anteriores, entendemos que a condução da Regional SBQ-RJ, possa ser realizada de forma colegiada, ampliando-se, significativamente, a representação das Instituições e sub-áreas da Química, na discussão das questões que se pautem como relevantes, permitindo cobranças e ações da diretoria. Esta iniciativa exige que a comunidade de sócios da SBQ-RJ se mobilize, inicialmente em torno da eleição da Secretaria Regional e, desde logo, identifique o temário a ser debatido e as diretrizes principais.
A mobilização da comunidade passa, obrigatoriamente, pela promoção e realização de eventos capazes de beneficiar a todos e levar a Regional aonde o sócio esta, independentemente da distância da capital, promovendo uma interiorização de nossas ações. Esta interação pode ser promovida através de cursos e/ou conferências itinerantes, previamente acordados com a comunidade e suas instituições regionais.
Um particular olhar deve ser dirigido ao papel do profissional de química no ensino médio e fundamental. A deficiência no preenchimento de vagas para professores de química no ensino médio, aliada a uma abordagem pedagógica descontextualizada e ineficiente, tem contribuído em muito para a diminuição da carga horária e o sério questionamento das entidades governamentais sobre a necessidade desta no programa. É urgente que nossa comunidade aja e opine a respeito, convencendo o eleitor e o eleito da importância da Química para o cidadão e sua comunidade. Entendemos que a visibilidade da SBQ-RJ será maior quando dinamizarmos nosso portal, fortalecendo o canal de comunicação de nossa comunidade, fazendo deste um instrumento de maior integração e discussão dos temas relevantes a sociedade. A SBQ-RJ tem de existir além dos encontros, mostrar a sociedade pagante sua relevância e eficiência. Ações neste sentido serão as metas dos que firmam esta mensagem, apresentando-se para a assumirem a SBQ-RJ na próxima gestão 2002-2004-Chapa José Bonifácio Eliezer J. Barreiro - UFRJ - (Diretor); Ayres G. Dias - UERJ - (Vice-Diretor); Vitor F. Ferreira - UFF - (Tesoureiro).
Temos uma oportunidade de emprego para um químico(a) na Embraco, em Joinville. Empresa líder mundial em tecnologia e vendas de compressores para refrigeração, com forte vocação para o desenvolvimento tecnológico, tendo, entre outros, recebido o prêmio FINEP de inovação tecnológica em 2001.
Essa pessoa deverá trabalhar em desenvolvimento de métodos analíticos e de materiais, além de suporte técnico à produção. A pessoa deverá, também atuar como interface da empresa frente a clientes, fornecedores e institutos de pesquisa. O candidato deverá ter como habilidades inglês fluente e domínio da técnica CLAE. Descrição detalhada do cargo e das habilidades desejáveis, bem como outras informações podem ser obtidas com: Scarlet Hauff 47 441 2618 scarlet_b_hauff@embraco.com.br
Prezados Senhores
Solicito que seja dada ampla divulgação ao projeto de autonomia universitária encaminhado pelo governador do Estado do Paraná, Sr. Jaime Lerner (PFL) à Assembléia Legislativa para votação, em represália à greve das Universidades estaduais que dura mais de 5 meses. A deflagração desta greve ocorreu em função da não reposição salarial pelo governo há mais de 5 anos nestas Instituições.
Este projeto foi elaborado com a finalidade única e exclusiva de cassar a autonomia das Universidades estaduais paranaenses.
Só para terem uma idéia do absurdo, passarei as principais alterações contidas no projeto:
Além disso, o índice de repasse estabelecido pelo governo (9% da cota parte do Estado em ICMS) vai representar hoje menos recurso às universidades em relação ao que estava previsto no Orçamento do Estado para 2002.
O projeto de "autonomia" pode ser encontrado na íntegra em www.uel.br/noticia/digital.
Atenciosamente.
Keiko Takashima
Secretária SBQ - Regional PR
Após 5 meses de greve nas Universidade estaduais (UEM, UEL e Unioeste, o Executivo do Estado do Paraná encaminhou no dia 18/2 a mensagem 004/02, contendo um anteprojeto de lei que trata sobre a autonomia das Universidades públicas paranaenses. Pergunta-se: Quais os objetivos dessa lei? Seria o retorno da história do bode ou estaríamos diante de um novo modelo de Universidade proposto pelo governo Lerner?
Todos conhecem o caso do sujeito que foi pedir conselhos para o padre de sua paróquia.
Relatando os problemas em sua casa, disse que morava em uma pequena construção, reclamou que os membros da família falavam demais, que os vizinhos faziam muito barulho, que os filhos não o obedeciam prontamente, sempre era necessário convencê-los de que a sua opinião era a correta...
Assim foi ele desfiando um rosário de lamentações. O padre, ardilosamente, sugeriu que o bom homem introduzisse um bode em seu lar. Uma semana depois, o padre encontrou o sujeito na rua e perguntou: Como vai a vida?. O filho de Deus respondeu: Está horrível! Aquele bode está fazendo sujeira em todo lugar, come tudo o que estiver a sua frente e berra a todo momento,....
O padre intervem: Bem! Então retire o bode. Pasmo com a resposta, o chefe de família voltou a sua casa e retirou do seu interior o caprino. O resultado final é conhecido por todos. Um dia o padre se encontra com o antigo reclamante e pergunta sobre as novidades e a resposta é imediata: Agora está tudo bem, tudo voltou ao normal.
O anteprojeto de autonomia do governo Jaime Lerner pode ser portador dessa bizarra lógica. Isto é, pode tratar-se de uma chicana com o objetivo de pôr fim à greve e fazer calar as demandas trabalhistas.
Porém, nestes tempos de extrema intolerância, pode ser que o bode de Curitiba tenha vindo para ficar de vez nas terras vermelhas do Paraná.
Neste caso, se o anteprojeto de ‘autonomia’ for aprovado pelo egrégio colegiado de deputados, a mesma Casa legislativa que autorizou o governador Lerner a negociar a Copel, aparece a questão: quais seriam as características do modelo lernista de Universidade?
De pronto, deve-se perceber que na Universidade de Lerner a gratuidade deixa de ser garantida. O art. 5 do referido anteprojeto permite que as Universidades paranaenses passem a cobrar pelo ensino (II. Busca de fontes alternativas de financiamento; V. oferta e cobrança por serviços prestados).
Os cidadãos do interior paranaense devem se preparar para mais esta modernidade lernista. Pode ser mais um exemplo do que foi a majoração das tarifas de telefone, do IPVA, de água e de esgoto e da introdução do pedágio nas estradas públicas (quantas são as barreiras para se chegar à capital? Quanto o pedágio encarece o preço da soja no trajeto até o Porto de Paranaguá? Como será possível promover o turismo no interior do Estado com tantas tarifas para o trânsito?)*1.
O modelo lernista de Universidade tem outra curiosa característica, como na Reforma Gentile (Ministro da Educação na Itália fascista de Mussolini), o Reitor até então 'eleito por seus colegas' é 'doravante nomeado pelo Ministro'(Trindade, 1999, p. 175)*2.
No Paraná, igualmente, os reitores e vice-reitores deixam de ser eleitos em um pleito decidido pela comunidade acadêmica e, conforme o art. 14 do anteprojeto do Executivo, serão previamente escolhidos dentre pessoas com experiência administrativa em gestão universitária pelo Conselho Universitário, para compor lista tríplice a ser encaminhada ao Governador do Estado, para escolha e nomeação.
Mais uma estranha mostra de intervencionismo na Universidade é a discriminação dos não-paranaenses no acesso à educação superior.
Com a justificativa de que a Universidade pública é financiada pelo contribuinte paranaense, o modelo universitário lernista, de acordo com o que prevê o art. 25, exige que as Universidades públicas deverão reservar 80% (oitenta por cento) das vagas dos cursos e turnos (...) para estudantes que tenham cursado as duas últimas séries do ensino médio, em instituições públicas ou privadas do Sistema de Ensino do Estado do Paraná.
Esse tipo de segregacionismo é uma afronta à história da população do interior paranaense, em sua maioria, descendentes de migrantes paulistas, mineiros, catarinenses, nordestinos, gaúchos e estrangeiros.
Essa discriminação não existe em lugar algum do Mundo. Ao contrário, as melhores Universidades no Brasil e no exterior procuram promover suas imagens fora de suas sedes para atrair os estudantes mais talentosos e brilhantes.
Será que esse apartheid é para encobrir a falta de políticas públicas inclusivas e o baixo nível de qualidade do ensino paranaense, reformado com financiamento do Banco Mundial pelo Governo Jaime Lerner?
Dados do IBGE fornecem uma pista: De acordo com a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o assunto, de 1999, apenas 7,6% dos jovens em idade para começar um curso de graduação estão na Universidade. As taxas de escolarização de todas as faixas etárias no Paraná estão abaixo da média nacional demonstrada pela pesquisa (Gazeta do Povo, de 24.02.2002).
Além disso, essa apartação bairrista torna-se muito mais indecorosa quando se sabe que grande parte (talvez mais de 80%) dos doutores e mestres das Universidades públicas paranaenses é formada por Universidades públicas federais e de outros Estados da Nação (USP, Unicamp, Unesp, UFSCar, UFSC, UFRGS, UFRJ, UFMG, etc).
No mínimo, essa iniciativa do Executivo quebra o pacto federativo e, em nível interno, só vem a estimular um pernicioso e ultrapassado sentimento separatista. Como a população dos outros Estados receberá este golpe? Como reagirá a comunidade acadêmica nacional? Que ingratidão! Que vergonha!
A heteronomia, que significa exatamente o contrário de autonomia, do governo Lerner vai além, porém, pela necessidade de concisão em artigos de jornais, fica para uma outra oportunidade a discussão sobre outros aspectos do modelo lernista como o Contrato de Gestão, os recursos provenientes do ICMS para o financiamento universitário, o fim do Plano de Cargos e Salários, a criação do Conselho de Responsabilidade Social, a nova composição do Conselho Universitário e a influência do HEFCE (Higher Education Funding Council for England).
Notas:
Nota do Editor: O autor é professor da Universidade Estadual de Maringá. Artigo publicado no Diário de Maringá.
O contrato ainda deve receber alguns aperfeiçoamentos nesta sexta-feira, de modo a estar pronto para a assinatura já na próxima semana
O contrato, com duração de cinco anos, é essencial para o funcionamento normal do CGEE, pois lhe dá a base financeira de sustentação.
Ele permite ao Centro realizar estudos e pesquisas em ciência, tecnologia e inovação, estabelecer a interação entre os setores produtivo e acadêmico, avaliar estratégias e impactos econômicos e sociais das políticas, programas e projetos em subsídio à atuação do MCT, e contribuir para consolidar o sistema nacional de inovação.
O Centro, criado em setembro do ano passado, vem sendo estruturado desde outubro e, hoje, já está envolvido com estudos prospectivos em ciência, tecnologia e inovação e no trabalho de secretariar tecnicamente os Fundos Setoriais.
O CGEE também prepara-se para firmar um contrato de prestação de serviços com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para assessorar os Fundos Setoriais. Esse contrato está sendo finalizado e poderá ser assinado durante o mês de março.
Declaração neste sentido foi feita pelo próprio presidente do CGEE, Evando Mirra, durante reunião do Comitê Gestor do fundo.
Mirra reiterou que o CGEE já abriga todas as secretarias-técnicas dos Fundos Setoriais, inclusive a do Verde-Amarelo, e que, portanto, está em condições de oferecer toda a gama de serviços no assessoramento aos trabalhos do Fundo.
O presidente do CGEE apresentou, ainda, o diretor da instituição, o economista Roberto Vermuln, que, doravante, terá a responsabilidade de acompanhar os trabalhos do Comitê.
Fonte: James Gama, da Assessoria de Comunicação do MCT
Participaram do ato, nesta quinta-feira, em Nova Delhi, o ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, e o ministro indiano da Tecnologia da Informação, Pramod Mahajan, que esteve em Brasília no segundo semestre de 2001.
Pelo Acordo de Cooperação, a Academia Indiana, composta por 700 membros, e o CNPq comprometem-se a intensificar o intercâmbio entre cientistas, promover workshops e projetos conjuntos de pesquisa.
Uma das áreas de cooperação é a da tecnologia da informação, visando avançar tanto no campo científico (automação bancária, linguagem universal), como no comercial. Já em maio, uma missão brasileira visigará a Índia para detalhar projetos em conjunto.
Em contrapartida, missão indiana virá ao Brasil para estreitar cooperação na área de biotecnologia, sobretudo no que se refere aos campos da saúde humana e biossegurança.
No segundo semestre, outra missão virá a Brasília para interagir no campo da oceanografia. Preservação de manguezais e de baías interessam a ambos os países. Da mesma forma que a baía de Guanabara, a de Bengala passa por processo de descontaminação.
Nesta sexta-feira, a Agência Espacial Brasileira e a Organização de Pesquisa Espacial da Índia assinam memorando de entendimento para cooperação em programas de uso de foguetes de sondagem, comunicação por satélites, sensoriamento remoto e intercâmbio de pessoal.
Fonte: Fernando Luz, da Assessoria de Comunicação do MCT
Secretaria Geral SBQ