Como opção mais rápida para fazer a inscrição na 25a RASBQ, estamos disponibilizando abaixo os links que você poderá acessar para entrar direto no sistema online da SBQ sem precisar passar pela homepage da SBQ.
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O prazo para envio de trabalhos é 03/02/2002.
Solicitamos a todos que fizerem suas inscrições na 25aRASBQ, que estejam submetendo trabalhos, que enviem uma cópia impressa dos trabalhos para a secretaria da SBQ. Este procedimento servirá para controle da secretaria e para que possamos utilizar estas cópias no processo de referagem, não havendo a necessidade de ter que imprimir todos os trabalhos aqui.
Prezados Colegas,
Gostaria de informar aos possíveis interessados disponibilidade de uma bolsa de Recém-Doutor/CNPq no Laboratório de Química Computacional e Modelagem Molecular (LQC-MM).
Esta bolsa está sendo financiada pelo projeto Milênio/CNPq (Projeto: Água). Trata-se de um projeto multidisciplinar e o candidato estará envolvido em um subprojeto (sob a minha coordenação) onde métodos teóricos serâo utilizados no estudo da adsorção de arsênio (III e V) em gibbsita. Pretendemos também implementar métodos para a simulação de espectro EXAFS no formalismo DFT. Para maiores informações entrar em contato com Prof. Helio A. Duarte (e-mail: duarteh@netuno.qui.ufmg.br).
Atenciosamente,
Helio A. Duarte
LQC-MM
Departamento de Química - ICEx, UFMG
Prazo de inscrição: 04/02 a 01/03.
Qualquer informação acesse www.ufrrj.br/concur.
Fonte: Prof. Sérgio Koeller
A Unicamp e Academia Brasileira de Ciências realizam, de 18 a 20 de fevereiro, no Centro de Convenções da Unicamp, a conferência Sustentabilidade na Geração e Uso de Energia no Brasil: os Próximos Vinte Anos.
Com a participação de especialistas brasileiros e de outros países, o evento buscará trazer a experiência internacional mas focalizando problemas (e oportunidades) específicos do contexto nacional.
Serão 25 palestras sobre tecnologias, planejamento e políticas energéticas, além de debates sobre o estágio no Brasil e perspectivas para os próximos 20 anos.
Mais informações com Isaias Macedo pelo fone (19) 3788-4874 ou pelo e-mail isaias@reitoria.unicamp.br
Fonte: Gestão C&T, 28/1
E vai liderar a rede nacional de laboratórios de referência, onde trabalharão pesquisadores que se dedicam aos estudos da biodiversidade.
O CBA foi idealizado pelo governo para dar sustentação ao Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia (Probem).
O Centro, orçado em R$ 60 milhões, está sendo construído com recursos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Governo do Amazonas.
A operacionalização do CBA prevê parcerias com instituições de ensino e pesquisa nacionais e do exterior, e com comunidades locais, extrativistas e indígenas, com objetivo de viabilizar o desenvolvimento científico com base no conhecimento das populações tradicionais.
Site: www.suframa.gov.br
Fonte: Gestão C&T, 28/1
O governo espera que a Justiça Federal julgue, na primeira semana depois do carnaval, a ação judicial que impede o plantio e a comercialização de produtos transgênicos no país.
Na semana passada, o presidente FHC reuniu os ministros ligados ao assunto para avaliar o encaminhamento que deve ser dado à questão depois de uma possível decisão favorável à liberação desses produtos.
O governo quer autorizar a produção e venda no país dos chamados organismos geneticamente modificados, mediante a observação de certas condições de segurança para os consumidores e o meio ambiente .
Por isso, o presidente quer também unificar o discurso do governo sobre a questão, que é polêmica. Desse modo, determinou à Advocacia-Geral da União que centralize a avaliação jurídica do problema dos transgênicos.
Participaram da reunião com o presidente, no Palácio do Planalto, os ministros da C&T, Ronaldo Sardenberg, da Agricultura, Pratini de Morais, do Meio Ambiente, Sarney Filho, do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, e da Casa Civil, Pedro Parente.
No entanto, ainda não foi possível harmonizar completamente as posições dos diferentes ministérios a respeito do assunto.
Segundo um dos participantes do encontro, para acabar com o conflito de poder hoje existente derivado das diferentes atribuições que cada ministério tem a respeito dos transgênicos uma das idéias era a de aumentar a responsabilidade da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), atualmente encarregada de fornecer os pareceres técnicos que orientam as decisões dos ministérios.
A reunião, porém, não foi conclusiva. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, por exemplo, não aceitou abrir mão das atribuições dos órgãos ligados ao seu ministério, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
A determinação do presidente, no entanto, é que haja maior coordenação entre os diversos órgãos do governo envolvidos com o assunto.
Fonte: O Estado de SP, 29/1
Ah! Meu jardim, jardim com que sonhei, minhas netas voando nos balanços, o barulho das fontes misturado ao canto dos pássaros, jardim sonhado pelos poetas e profetas... O que foi que lhe fizeram? Seus muros estão derrubados. Por todas as partes se ouve o rosnar dos lobos e das hienas. E não mais se ouve os risos das crianças.
Os balanços estão abandonados. Os namorados já não passeiam de mãos dadas pelas praças. E os adultos, por medo, se transformaram em toupeiras, refugiaram-se em buracos fortificados a que deram o nome de condomínios, inutilmente...
Jardim é coisa frágil. Não existe naturalmente. A natureza, em si, é bruta e insensível. São os sonhos e o trabalho dos homens que a transformam em jardim e a tornam bela e amiga.
Essa é a razão de os jardins serem cercados por muros. Os muros separam a vida da morte, a beleza do horrendo. Do lado de fora ficam as feras, os salteadores e os criminosos. Eles não amam os jardins. O que desejam é saquear os jardins.
São emissários do mundo das trevas. Por isso não são humanos. Porque a marca dos seres humanos é o amor aos jardins. Foi assim que Deus nos criou, para que fôssemos jardineiros. Eles têm a aparência de humanos, mas não são.
Ser humano é amar os jardins. Por isso eles não têm aquilo a que se deu o nome de "direitos humanos". Os "direitos humanos" foram criados para proteger a vida frágil que vive nos jardins: "Bem-aventurados os mansos..."
Por isso, porque eles não são humanos, os direitos humanos não podem ser invocados para proteger os saqueadores dos jardins. Para os que não entendem a linguagem da poesia, eu explico.
O jardim é uma metáfora da sociedade: é a sua grande utopia,a estrela inatingível que indica a direção. O Estado é a instituição criada pelos jardineiros para proteger o jardim. Sua função não é plantar o jardim.
Sua função é criar um espaço seguro para que os cidadãos-jardineiros possam plantar o jardim. Os jardineiros têm uma missão de amor. Por isso são fracos. Mas o Estado tem uma missão de força. Por isso ele tem de ser forte. É preciso ser forte para deter a morte.
O Estado constrói os muros. Os muros são as leis que dizem "não" à morte. Mas as leis, sozinhas, são fracas. É fácil pular o muro. Por isso o Estado cria "guardas do jardim", cuja missão é dar força às leis. Os jardineiros usam pás e enxadas, instrumentos de vida.
Os "guardas do jardim" carregam armas, instrumentos de morte. Por vezes é preciso matar para proteger a vida. A marca do Estado é a espada que ele tem nas mãos. Se, por acaso, o Estado se mostrar incapaz de usar sua espada para a proteção do jardim, ele perde a sua legitimidade.
Um Estado incapaz de punir os criminosos deixou de ser Estado. Quando o Estado deixa de existir, o medo e a morte tomam conta do jardim. Os guardas do jardim são de dois tipos: os guardas que vigiam e punem os inimigos de dentro e os guardas que vigiam e punem os inimigos de fora: a polícia e as Forças Armadas.
Houve um tempo em que os guardas do jardim farejaram no ar que o nosso jardim estava sendo ameaçado por forças estranhas. A essas forças eles deram o nome de subversivos. Os ditos subversivos não eram saqueadores de jardins.
O que eles queriam era substituir o jardim que existia por um outro jardim que, nos seus sonhos, seria mais justo e mais bonito. Em outras palavras: desejavam substituir a ordem social existente por uma outra. Daí o nome de "subversivos".
O que estava em jogo era a "segurança nacional". Os guardas do jardim, tanto os de dentro quanto os de fora, se organizaram e, de maneira sistemática, científica e implacável, se lançaram à caça dos subversivos onde quer que se encontrassem nas cidades, nas florestas, n as montanhas. E a sua ação foi eficaz.
Os ditos subversivos foram liquidados. Isso significa que, havendo vontade, os guardas do jardim podem proteger o jardim. A situação mudou. Agora não é ameaça: é fato. A subversão se realizou. A ordem social não mais existe. A segurança nacional foi rompida.
Os saqueadores derrubam muros, invadem o jardim, roubam, intimidam, sequestram, assassinam, ocupam territórios ao seu bel prazer, fazem tráfico de drogas, comerciam com países do exterior, impunemente.
Sem medo, porque sabem que os guardas nada farão. E sabem que as prisões não os deterão. Delas saem quando querem, abertamente, à luz do dia, sem que o Estado faça uso da espada. A verdade é que o Estado brasileiro deixou de existir. Sua incompetência em usar a espada para deter e punir o crime o comprova.
Pergunto: por que os guardas do jardim foram tão eficientes há 30 anos e são tão ineficientes agora? A resposta é simples: não se podiam fazer bons negócios com os subversivos de então. A única mercadoria de que eles dispunham eram suas idéias.
Mas idéias não valem nada. Com elas não se fazem bons negócios. A perseguição se resolvia, então, com a sua morte. A situação agora é diferente. Com os criminosos há muitos bons negócios a serem realizados.
Negócios que são infinitamente mais lucrativos que o modesto salário de "guarda de jardim"... Por isso é essencial e mais lucrativo que continuem vivos. Os bons negócios prosperam com a sua vida...
Nota do Editor: Educador, psicanalista, escritor, Rubem Alves é professor emérito da Unicamp (www.rubemalves.com.br). Artigo publicado na Folha de SP, 29/1.
Secretaria Geral SBQ