A 25ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química ocorrerá em Poços de Caldas - MG, no período de 20 a 23 de maio de 2002 e terá como tema central "25 anos da Sociedade Brasileira de Química - Reflexão Crítica e Perspectivas", ocasião em que esperamos nos encontrar para, todos juntos, festejarmos o jubileu da nossa Sociedade.
Basta entrar na homepage da SBQ (www.sbq.org.br) que a janela referente a homepage da Reunião Anual aparece. Clique nesta janela para acesso.
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O prazo para envio de trabalhos é 03/02/2002.
Solicitamos a todos que fizerem suas inscrições na 25a RASBQ, que estejam submetendo trabalhos, que enviem uma cópia impressa dos trabalhos para a secretaria da SBQ. Este procedimento servirá para controle da secretaria e para que possamos utilizar estas cópias no processo de referagem, não havendo a necessidade de ter que imprimir todos os trabalhos aqui.
Aqueles que ja fizeram suas inscrições, na impossibilidade de nos enviarem as cópias, não precisam se preocupar, pois poderemos imprimir seus trabalhos.
Curso de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia
Departamento de Química - CCEN
Universidade Federal de Alagoas
Campus A. C. Simões
Tabuleiro dos Martins
57072-970 - Maceió-AL
Brasil
Tel. (082)214-1384
MESTRADO: NÃO HAVERÁ SELECÃO
DOUTORADO
Para se inscrever no doutorado, o portador do título de Mestre, além dos documentos relacionados (cópia do CPF, RG, título de eleitor, certificado de reservista, duas fotos 3/4) deverá apresentar:
Para ser admitido como estudante regular do Doutorado, o candidato deverá satisfazer às seguintes exigências:
O aluno de Mestrado do próprio Curso, que já tenha obtido os 20 (vinte) créditos exigidos para obtenção do grau, bem como aprovado no exame de qualificação, poderá candidatar-se ao Doutorado, por seu bom desempenho, no período do 15 o ao 24 o mes de sua admissão, desde que indicado por seu orientador.
O estudante deverá submeter-se a um exame que se constituirá na
apresentação de seminário sobre os resultados obtidos no seu trabalho
de pesquisa, do qual decorrerá sua tese. Seu desempenho na
apresentação e o conteúdo científico do trabalho serão alvo de
apreciação e argüição por comissão de três professores doutores,
excluindo-se desses, o orientador e o co-orientador.
POSSIBILIDADES DE BOLSAS:
CNPq, CAPES, FAPEAL, entre outros.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
Página eletrônica: http://www.reitoria.ufal.br/quimica/quimica.htm
Maiores informações pelo telefone (082) 214-1388 ou ainda pelo
e-mail: icll@qui.ufal.br, mofg@qui.ufal.br, ssm@qui.ufal.br
No período de 18 de Fevereiro a 1 de Março de 2002. No Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos
Maiores Informações na homepage do evento http://lavoisier.dq.ufscar.br/eventos/evq2002/home.html ou pelo e-mail: papa@dq.ufscar.br (Márcio Peres de Araujo)
Grato pela atenção e desde já pela colaboração, Márcio Peres de Araujo
O MEC enviou uma carta-consulta à Comissão de Financiamento Externo (Comfiex), solicitando um financiamento para o programa no valor de US$ 9 milhões, sendo US$ 5 milhões do BID e US$ 4 milhões de contrapartida do Tesouro Nacional. A carta foi aprovada esta semana pela Comissão de Financiamento Externo (Comfiex).
"Independente do andamento das negociacões com o BID, vamos adiantar os recursos para que as acões do programa comecem a ser implementadas em Março", declara o ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
O programa, intitulado Diversidade na universidade: acesso à universidade de grupos socialmente desfavorecidos " ênfase em negros e indígenas, servirá como base para a criação de uma política nacional de integração, ingresso e permanência desses alunos no ensino superior.
Ele vai ser o ponto de partida para identificar idéias bem-sucedidas nessa área. "Queremos verificar a eficiência dos programas que já existem e, a partir daí, vamos estabelecer uma política efetiva de inclusão social, que combata os efeitos da discriminação nas escolas e que ofereça aos jovens e adultos socialmente desfavorecidos, especialmente negros e índios, a possibilidade de competir em igualdade de condicões com os demais alunos", afirma Paulo Renato.
Durante os três anos de vigência, as ações do programa vão se concentrar em seis estados: Bahia, RJ, SP, Rio Grande do Sul, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
O ministro explica que esses estados são uma mostra das diversas situações sociais do país. "Na Bahia e no RJ temos o maior percentual de população negra em desvantagem social; SP apresenta inúmeras áreas, especialmente na região metropolitana, de grupos negros socialmente desfavorecidos; no Maranhão há uma grande porcentagem de negros fora da escola; no Mato Grosso do Sul temos grandes concentrações de comunidades indígenas e remanescentes de quilombos e o Rio Grande do Sul e o estado com o com o menor índice de negros em desvantagem social."
O programa está estruturado para trabalhar nesses estados, em quatro frentes:
Criação de um banco de dados para orientar as políticas de inclusão social. Cerca de 25% dos recursos serão reservados para a realização de estudos sobre Educação e diversidade cultural, seminários e debates para produção de informações sobre o acesso e permanência de grupos em situação de desvantagem social e de estudos sobre estratégias e instrumentos que possam oferecer apoio a permanência deles no ensino médio e superior;
Fortalecimento institucional e desenvolvimento profissional. Outros 25% serão destinados a capacitação de professores de ensino médio, produção, aquisição e distribuição de materiais referentes à desigualdade racial a serem distribuídos as escolas;
Apoio a projetos inovadores de promoção de acesso ao ensino superior. Aproximadamente 35% estão reservados para o apoio, acompanhamento e avaliação de cursos de reforço e de melhoria da qualidade do ensino médio para estudantes que estejam cursando o último ano ou tenham concluido o ensino médio. A escolha sera feita por meio de concurso.
Comunicação Social. O restante será investido na divulgação dos resultados do programa.
O programa será coordenado pela Secretaria de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação (Semtec/MEC).
Segundo dados do IBGE, embora os negros representem 45% da população brasileira, apenas 2% deles estão no ensino superior. Os afro-descendentes só perdem para os indígenas, com menos de 1% de participação nas faculdades.
(Assessoria de Comunicação do MEC)
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE QUÍMICA DE NILÓPOLIS
CEFETEQ
Unidade Nilópolis
Tels: 2691-4499 r. 214 e 228 / 2691-6562 / 2691-1811 (fax)
e-MAIL: gpex-unil@cefeteq.br / rbsilva@cefeteq.br
home-page: www.cefeteq.br
Um pouco antes do fim do ano encerrou-se a greve das universidades federais. Ela durara três meses. Como saberá qualquer um razoavelmente informado, não foi sequer a única dos últimos anos. Que reclamavam os grevistas? A reposição das perdas salariais dos últimos sete anos.
Um defensor da atual política universitária dira: as associações representativas dos grevistas não tinham disposição negociadora. Não sou professor de nenhuma universidade federal e não estive por dentro do movimento para que pudesse contestá-lo. Admita-se que seja verdade.
Se assim o for, as autoridades do MEC descobriram, proposital ou involuntariamente, o que podemos chamar a "tatica Sharon". Ela consiste em enraivecer o adversário para que ele, por suas respostas violentas, justifique a escalada das ações contrárias.
Como resultado, temos o prolongamento da deterioração, do desmonte do ensino academico no país. "Nunca como hoje a universidade pública foi tão amesquinhada pelos governantes (...). Virou um item das despesas públicas: gasto, não investimento" (Marco Aurelio Nogueira, no "Jornal da Tarde", 27/11/2001).
Tal reconhecimento não é isolado. No boletim de noticias da Uerj, o prof. Reinaldo Guimarães comenta: a política universitária "tornou-se rigorosamente funcional diante das políticas neoliberais de desfinanciamento da universidade pública nos anos 90" (26/11/01).
Chamar a atenção para o fato não deve, pois, ser entendido como oferta de matéria a ser explorada na próxima campanha presidencial. Viso, sim, a atentar para algo que raia o incompreensível: o desmonte da universidade de um país que demorou a constituí-la.
Diga-se que a conclusão é apressada, pois teríamos o desmonte da universidade pública, a qual, embora as autoridades neguem esse propósito, seria a médio prazo substituída por universidades privadas. Mas tampouco aqui a resposta é satisfatória.
Como escreve Elio Gaspari: "Noves fora as PUCs e a maioria das instituições comunitárias do Sul, o negócio de boa parte das universidades privadas é vender vagas e facilitar o acesso a diplomas" (Folha de SP, 12/12/01).
A entrevista do proprietario desde então famoso -"As faculdades não fazem pesquisa porque não querem jogar dinheiro fora" (apud Gaspari)- e a aprovação em vestibular de um analfabeto nos deixam com a cabeça mais tonta. Que está se passando em nosso país, diante de nós e com a nossa implícita conivência?
A questão é tão mais arrepiante porque só é discutida pelo meio mais ágil, a televisão, quando alcança o nível do escandaloso. Que análise, por exemplo, foi feita da sucessão de greves acadêmicas longas?
Ao contrário, somos cotidianamente informados de que novas montanhas foram bombardeadas no Afeganistão, a quanto subiu a recompensa prometida pela captura de Bin Laden, onde ele ainda estaria escondido. Cotidianamente sabemos da lenta agonia financeira e agora política de um país vizinho.
Mas a questão da universidade nào parece ser assunto de interesse público. Ou não ser notícia que aumente os níveis de audiência. Pois, qualquer que seja o interesse efetivo do governo, uma coisa parece óbvia: as nossas cadeias televisivas estão de acordo com ele.
Se não nos contentarmos com o óbvio, haveremos, em algum momento, de nos perguntar: como se explica o massacre das instituições acadêmicas e o silêncio das TVs?
Uma primeira maneira de tentar entendê-los combinaria, por um lado, um vetor financeiro " o custeio das Universidades é caro " e, por outro, um vetor "comunicacional" " sua discussão não afeta a grande massa, aquela de que dependem os níveis de audiência e os votos que contam.
O vetor financeiro engrossa a voz pelo reforço de outro argumento: procura-se compensar o encolhimento das verbas federais pela participação de grandes empresas no financiamento das "pesquisas úteis".
Ora, como saberá qualquer pessoa razoavelmente informada, em nenhum país as grandes empresas financiam pesquisas, salvo aquelas que digam respeito a seu bolso. A idéia, difundida por nossos meios de comunicação, de que a universidade norte-americana é basicamente privada e uma balela tão gritante que custa crer que não seja proposital.
O exame da situação se torna mais premente se ainda se consideram outros fatores. O primeiro, usando as palavras de Reinaldo Guimarães, "e o papel da pesquisa acadêmica no desvendamento do próprio país, na permanente "descoberta do Brasil'".
Confiar a pesquisa acadêmica a instituicões de ensino que mal pagam uma miserável hora-aula ou as verbas que lhe reservem alguma multiempresa só pode ser uma piada.
A reflexão sobre o segundo fator é ainda mais grave: quando se leem as instruções dos órgãos federais de incremento a pesquisa se mostra claramente que, para seus responsáveis, pesquisa é uma atividade que se confunde com a ciência, dito melhor, com as chamadas ciências duras.
Alguém poderá dizer que assim é e deve ser, pois são as ciências duras (se preferirem, sejam elas chamadas exatas) que comandam o mundo; que, apesar de sermos um país periférico, não podemos mais do que seguir sua lição.
Embora pudesse contestar que a "permanente descoberta do Brasil" não depende tão-só das ciências duras, a réplica principal não seria essa. Para formulá-la, recorro a comentário do conhecido cientista Stephen Jay Gould sobre livro recém-lançado:
"A ciência classica, com suas preferências pela redução a uns poucos fatores controlantes da causalidade, teve enorme êxito em sistemas relativamente simples como o movimento planetário e a tabela periódica dos elementos. Mas fenômenos irredutivelmente complexos, ou seja, os mais interessantes fenômenos da biologia, da sociedade humana e da história, não podem ser assim explicados" ("The New York Review of Books", 29/11/2001).
A afirmação não chega a ser nova. Tanto assim que é agora usada como publicidade. Mas o que nos importa aqui e mesmo seu caráter quase trivial. Note-se que Gould não restringe os fenômenos complexos a uma área reconhecidamente científica, como a da biologia, senão que inclui a sociedade humana e a história.
O que então se constata senão o provincianismo dos responsáveis pela mesquinharia com que se trata a Universidade? O reconhecimento dos sistemas complexos põe em xeque o que se costuma reconhecer como ciência exata (!) e mais do que isso: mostra que já não há razão para que se tenha a ciência como o único discurso socialmente legitimável.
Ora, e no exato instante em que essa compreensão se amplia que o governo brasileiro decide ou atua como se houvesse decidido destroçar o campo de pesquisa nacional. A tal ponto isso é escandaloso que esfrego os olhos e me digo: não, só posso estar enganado.
Mas por que os responsáveis não dizem o que pretendem? É a arrogância de seu silêncio que nos convence de que a verdade esté no óbvio: sim,
(Folha de SP, Mais!, 20/1)