Prezado(a) Sócio(a) Efetivo(a):
O atual mandato da diretoria, bem como do conselho, vence em maio p.f., sendo que deverá ser dada posse à nova diretoria e ao novo conselho no dia 23, durante a 25a Assembléia Geral Ordinária da SBQ.
Assim, conforme previsto no Artigo 16, § 3o, agora em dezembro a diretoria e o conselho da SBQ reunir-se-ão para escolher um número máximo de três nomes de candidatos para cada cargo (baseando-se no nível científico e no plano de trabalho de cada um), levando em conta as sugestões feitas pelos sócios. Por outro lado, também deverão ser eleitas diretorias para as divisões e para as secretarias regionais.
05/12: prazo final para recebimento de sugestões de nomes de candidatos
Conforme previsto no Artigo 16o, § 2o do Estatuto da SBQ, qualquer sócio efetivo poderá sugerir nomes de candidatos. Portanto, vimos solicitar ao colega que pense em utilizar esta prerrogativa: sugira, sozinho ou com seus colegas de instituição ou de regional, nomes de possíveis candidatos para a diretoria e o conselho da SBQ, bem como para a(s) diretoria(s) de divisão(ões) da SBQ à qual o(s) sócio(s) pertença(m). Toda sugestão deverá ser subscrita por um ou mais sócios.
Todos receberam os formulários específicos para o envio dessas sugestões; no caso de divisão, se o colega pertence a mais de uma, por favor, fotocopie o formulário tantas vezes quantas forem necessárias. Reiteramos que estas sugestões deverão ser recebidas na secretaria executiva da SBQ até hoje, dia 05/12
Atenciosamente,
Luiz Carlos Dias
Secretário Geral
É possível também sugerir os nomes pela rede, acessando a home-page da SBQ (www.sbq.org.br), indo até o link "Serviços Online". Para acesso você precisa usar sua senha e identificação e serão válidas apenas as indicações dos sócios efetivos ativos (com anuidade em dia).
Você deve usar a mesma senha e identificação que usou para inscrição na última reunião da SBQ. Caso tenha esquecido, use o link "Esqueci minha identificação", que o sistema enviará os dados imediatamente para seu e-mail cadastrado na SBQ.
Para Diretoria o sistema perimitirá apenas uma sugestão para cada cargo.
Para Conselho Consultivo podem ser sugeridos até seis (6) nomes.
Para Divisões Científicas o sistema permitirá que o sócio sugira nomes apenas para as divisões a que está filiado.
Luiz Carlos Dias
Secretário Geral
Foi ao ponto o antropólogo Gilberto Velho em entrevista a Elio Gaspari: "O governo vem confundindo entes inteiramente diversos. Uma coisa é a Universidade pública, que se confunde com a noção de um projeto nacional. Outra são as Universidades privadas, criadas e regidas pelos interesses do mercado".
Se os tempos já permitem um debate mais enriquecedor sobre Universidade pública, os estragos feitos pela confusão apontada por Velho são reais.
Não se trata de condenar os empreendedores que desejam fazer da oferta de ensino superior um negócio lucrativo. Trata-se de atribuir ao poder público a sua parcela de responsabilidade no lento mas constante processo de desmonte da Universidade pública, cujo episódio mais recente foi o melancólico desenrolar da greve de professores universitários.
Há graves distorções administrativas e acadêmicas nas Universidades mantidas com dinheiro dos contribuintes. Mas daí não se pode justificar uma opção política que se exime de corrigí-las à partir de um "projeto nacional"- e que deixa que a inércia carregue essas instituições rumo ao fundo do poço.
Todas as sociedades que atingiram elevado grau de desenvolvimento investiram e investem pesadamente no ensino superior, na pesquisa básica e no desenvolvimento tecnológico. Direta ou indiretamente, dirigiram e dirigem quinhão significativo do orçamento público ao setor universitário.
É triste constatar que o Brasil optou por distanciar-se desse paradigma.
Aqui, algumas das melhores Universidades nem sequer obtiveram autonomia -isto é, ainda não foram objeto de política de investimento segura e de longo prazo.
Decerto o caso brasileiro não chega a ser tão dramático como, por exemplo, o da Argentina, onde em poucos anos se comprometeu um dos melhores sistemas universitários da América.
É preciso que o próximo governo e a próxima legislatura do Congresso interrompam o ciclo de passividade política e elejam o investimento na Universidade pública como uma das prioridades do país.
Fonte: Folha de SP, 3/12
A pesquisa científica e a educação fizeram a grandeza de paises como os EUA. Dominando a ciência, espalhando conhecimento, tecnologia e progresso (e cobrando por isso), os paises ricos entram no século 21 numa posição de vantagem em relação às nações que não priorizaram essas áreas.
Pesquisa é importante, a começar pela chamada pesquisa pura. Quando o transistor foi criado, na América do Norte, ninguem tinha idéia do que fazer com ele, até que apareceu um japonês e achou que dali poderia sair um radinho de pilha. O tefal, aquela película escura que impede que o ovo grude nas frigideiras, foi desenvolvido a partir da pesquisa espacial.
Nesse contexto fica difícil aceitar duas opiniões formuladas publicamente em menos de duas semanas no Brasil. A primeira foi emitida pelo dono da segunda maior Universidade do país, o educador (?) Joao Uchoa Cavalcanti.
Disse ele: ''Na Universidade brasileira, pesquisa é uma perda de tempo federal. O país tem gente demais fazendo mestrado e doutorado, o que é péssimo.''
Depois de considerar que estudar é uma ''bobagem'', informou que em sua Universidade ''quem tem mestrado e doutorado não entra''. Qualificou a pesquisa de ''inutilidade pomposa que serve, no máximo, para dar um monte de títulos para o cara''.
Uchoa é, como ele próprio reconhece, homem de poucas letras e sua opinião não teria qualquer importância, não se tratasse de pessoa responsável pela formação de 90 mil jovens que procuram qualificar-se em suas instituições de ensino.
Mas o quadro absurdo foi completado com perfeição por alguem considerado um dos mais brilhantes cientistas sociais de sua geração, um erudito, exatamente o antípoda de Uchoa.
Ninguém menos do que o presidente FHC. Disse ele que o cientista que não consegue fazer uma grande descoberta, e se tornar famoso, tem como única saída ser professor. Segundo ele, os professores limitam-se a ''repetir em suas aulas o que outras pessoas fazem''.
Dá para entender? FHC ainda tentou desculpar-se afirmando que estava brincando, mas seria bom que refletisse melhor. Uma assessoria política não lhe faria mal. Um cientista social, e ainda mais presidente da República, não pode deixar escapar opiniões desse teor,
Os argumentos de Uchoa evidenciam uma visão de ensino que se generaliza no Brasil, na maioria das instituições públicas e privadas. Um ensino que não desperta a criatividade não leva a pensar, a questionar e inovar.
Tanto Uchoa quanto FHC desenham um país de segunda categoria, constituído por cientistas inúteis e professores que só foram ensinar por frustração e não por vocação.
Isso equivale a uma sentença de morte. Seremos um país integrador de tecnologia, montando caixas pretas sem saber direito como funcionam, condenados à dependência e a pagar royalties até por nossos bens naturais, vocação que - definitivamente - não se casa com um país com as potencialidades do Brasil.
Ninguém é (ou não deveria ser) professor por ser cientista frustrado, assim como os intérpretes não são compositores não resolvidos, nem os açougueiros se dedicam a cortar carne apenas porque não conseguiram ser cirurgiões. Pensar assim não honra a biografia intelectual de FHC.
O magistério, num país que se levasse a sério e tivesse vocação de liderança, deveria ser a mais prestigiada das profissões. Paises como Japão e Coréia atrairam suas elites para o ensino, oferecendo altos salários e excepcionais condições de trabalho. Nos paises ricos respeitam-se professores (e policiais).
No Brasil, essas profissões escorregam para a marginalidade. A carreira do magistério, há alguns anos, era considerada respeitável. Hoje, entre as professoras primárias do Rio mais da metade largaria o emprego se aparecesse outro, com salário igual. A desmotivação começa no primário e infecta todo o sistema de ensino, degradando-o e emburrecendo-o.
Dizer que pesquisa fundamental é ''perda de tempo'' é uma enormidade tão grande que não vale a pena comentar.
O Brasil, para transformar-se num país como Israel - que não está no primeiro time da pesquisa mundial mas acompanha de perto o seu desenvolvimento e até lidera em alguns setores - precisaria ter 10 vezes mais pesquisadores e investir muito mais em ensino, ciência e tecnologia.
Voltando ao cientista social FHC é incompreensível para uma mente formada no mundo acadêmico a afirmação que o fez associar a importância do cientista a grandes descobertas.
O que vem a ser uma grande descoberta? Ninguém vai negar a Copérnico ou Galileu o laurel de terem descoberto que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário como se pensava.
Darwin até hoje é questionado em alguns estados americanos, onde o fundamentalismo religioso não admite a teoria da evolução e a associação do homem ao macaco.
A penicilina é um grande achado, feito por acaso, assim como o são o átomo, a teoria da relatividade e a existência dos buracos negros. Mas é bom lembrar que o progresso da ciência é feito de pequenas descobertas que - em conjunto - vão melhorando o conhecimento e a vida dos seres humanos.
Pequeno achado de cientista poderá ser desenvolvido muitos anos depois de ser constatado ou criado. Foi assim com o laser. Em 1951 um cientista americano estava sentado num banco de praça pensando numa teoria enunciada por Albert Einstein em 1917.
O resultado? O laser que só se materializou anos depois quando dois cientistas soviéticos levaram adiante a experiência e os três ganharam o Nobel de Física. O que hoje conhecemos como laser e suas aplicações, da guerra espacial ou da medicina ao DVD, foi obra de vários pesquisadores. Difícil, inútil e anticientífico falar em ''grande descoberta''.
O que precisamos é de um ensino melhor, professores criativos e não repetidores, cientistas empenhados, em maior número e com condições de trabalho. O Brasil já tem várias áreas de excelência científica e muitos campos próprios da ciência para explorar, como a biodiversidade, por exemplo.
Só se fazem descobertas ''importantes'' quando há massa crítica de cientistas. Não é à-toa que boa parte dos prêmios Nobel de Ciências do mundo vivem e trabalham num raio de 500 km da cidade de Boston, nos EUA.
Basta saber que ali ficam desde Harvard até o Instituto Massachusetts de Tecnologia. O exemplo existe, funciona e o Brasil só será grande se o seguir. O resto é que é inutilidade e mera repetição.
Fonte: Jornal do Brasil, 2/12
10th SYMPOSIUM
28th July - 2nd August 2002
Brazil
www.modelab.ufes.br/ioste
O prazo final para o envio de artigos completos encerra no dia 15 de Dezembro de 2001.
O envio de artigo não está vinculado ao pagamento da taxa de inscrição do evento.
É importante esclarecer que os associados da SBENBIO, SBQ, SBF, ABRAPEC e ADB terão desconto de 50% na taxa de inscrição. Isto que dizer que para os associados o valor da inscrição é de US$ 225.
Este valor inclui:
Caso seu rendimento mensal seja inferior a US $ 450 você poderá solicitar redução adicional da taxa de inscrição.
Tanto envio de artigos como a inscrição no evento será feito através
do site do evento disponível no endereço:
www.modelab.ufes.br/ioste.
Informações sobre o IOSTE - International Organization for Science e Technology Education - poderão ser também obtidas através do site do evento.
Comitê de Organização do X IOSTE Symposium
Secretaria Geral SBQ