SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No. 280




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Veja nesta edição:
  1. O número 5, volume 24 de Química Nova já está on line
  2. Fórum Mundial de Educação
  3. Mais detalhes sobre o primeiro edital do CNPq para projetos de educação em C&T
  4. Impactos de Ciência, Tecnologia & Inovação sobre a Sociedade, artigo de Carlos Vogt
  5. Avaliação da Capes: 81 cursos de pós-graduação são reprovados
  6. Vaga para doutor na empresa Scientia Tecnologia Química
  7. 'Nature' estipula regras para garantir transparência e ética de seus artigos
  8. Pós-graduação brasileira busca maior inserção internacional


1. O NÚMERO 5, VOLUME 24 DE QUÍMICA NOVA JÁ ESTÁ ON LINE

O Número 5, Volume 24, de Setembro/Outubro 2001 da revista Química Nova está no ar.

Visite a página da revista no site da SBQ (www.sbq.org.br) ou clique direto em: www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm




2. FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO

O Fórum Mundial de Educação ocorrerá em Porto Alegre de 24 a 27 de outubro de 2001.

Já há participantes inscritos de quase 200 países. Espera-se reunir mais de 15 mil educadores.

As inscrições de trabalhos no FME vão até 10-09-2001 e estão abertas, também, inscrições individuais.

Consultar página: www.forummundialdeeducacao.com.br

Attico Chassot E-mail: chassot@poa.unisinos.br




3. MAIS DETALHES SOBRE O PRIMEIRO EDITAL DO CNPQ PARA PROJETOS DE EDUCAÇÃO EM C&T

O CNPq recebe, de 3 a 20 de setembro, inscrições para o financiamento de projetos voltados para a educação em C&T.

A contratação dos projetos selecionados será ainda este ano.

Serão investidos R$ 5,2 milhões para financiar projetos de desenvolvimento de recursos didáticos ou material de divulgação em C&T destinados à capacitação de professores dos ensinos fundamental e médio.

O programa também vai financiar redes virtuais interativas que integrem os museus de C&T entre si e com os Centros de Ciências e as escolas e olimpíadas do conhecimento em âmbito nacional.

Segundo o presidente do CNPq, Evando Mirra, os projetos financiados certamente serão instrumentos para formar indivíduos preparados para atuarem na sociedade do conhecimento, cada vez mais complexa.

O edital está disponível no site www.cnpq.br, onde há formulário eletrônico para encaminhamento das propostas.

Informações com a Central de Atendimento pelo fone 0800 61 9697, ou pelo e-mail: atendimento@cnpq.br

Fonte: Assessoria de Comunicação do MCT




4. IMPACTOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO SOBRE A SOCIEDADE, ARTIGO DE CARLOS VOGT

O Jornal da Ciência, na edição de 3/8 deste ano, traz, na sua última página, a boa notícia de que o MCT está anunciando a criação de um Instituto do Milênio sobre o tema "Popularização da Ciência e Divulgação Científica", com previsão orçamentária de R$ 3 milhões para três anos.

A notícia é boa, sob vários aspectos, entre eles o de que a atividade, com isso, ganhará forte impulso rumo à sua efetiva institucionalização no Brasil.

Meses atrás no Observatório da Imprensa (nº 123, de 30/5) e, em seguida, no Livro Verde de C&T&I recentemente publicado pelo MCT, tive a oportunidade de uma pequena contribuição, anotando, à p.52, alguns desafios para o jornalismo e a divulgação científica no Brasil, entre eles, em primeiro lugar, o de "criar um programa nacional de divulgação da ciência e da tecnologia com o apoio das agências de fomento e dos fundos setoriais".

O anúncio da criação do Instituto do Milênio de Popularização da Ciência é uma resposta extremamente positiva a esse desafio. Não se deve, no entanto, parar por aí.

Nos eventos de que tenho participado sobre o Livro Verde de C&T&I, tanto no que reuniu as sociedades científicas na SBPC, no dia 15/8, quanto no que se realizou na Assembléia Legislativa de SP, como um dos Encontros Regionais Preparatórios à Conferência Nacional, tem-se apontado, de modo sistemático, como grande falta no Livro Verde, a dos fundamentos sociais que dariam embasamento e organicidade ao desenho da área esboçado na publicação.

Na última reunião do Conselho Deliberativo do CNPq, a questão reapareceu, agora mais ampla, enfatizando a urgência de se buscar, para as ciências humanas e sociais, um papel efetivamente estruturante e integrador dos esforços de análise e de reflexão sobre o setor de C&T&I, no Brasil.

Nesse sentido e com objetivo de contribuir para o debate, menciono aqui o projeto que elaborei juntamente com o pesquisador e empresário do setor de opinião pública, Orjan Olsen, intitulado Instituto de Estudos de Impacto da Ciência, da Tecnologia e da Inovação sobre a Sociedade, cujo caráter, numa primeira fase é absolutamente programático e virtual, com uma dinâmica de agregação de laboratórios, centros e pesquisadores nacionais e internacionais, o que lhe dá um alcance, uma abrangência e um escopo bastante amplos.

Participam do projeto, no Brasil, o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), o Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Unicamp, o Núcleo de Economia Industrial e da tecnologia, o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional, o Centro de Estudos de Economia Sindical e do Trabalho, todos da Unicamp, o Núcleo de Pesquisa Social Aplicada (DATAUFF), da Universidade Federal Fluminense, o Centro Latino Americano de Economia das Telecomunicações, do Uniemp, o Instituto Uniemp, a empresa Indicator Pesquisa de Mercado Ltda., a Sloan School of Management, do MIT, o National Opinion Research Center, da Universidade de Chicago, a Jesse H. Jones Centennial Chair in Communication, da Universidade do Texas, Austin, e a Mori Social Research Institute, em Londres.

A idéia é que o programa tenha uma coordenação executiva de que participariam, além de outros, o Labjor, da Unicamp, o Instituto Uniemp, pelo seu perfil agregador de Universidades e empresas e a empresa Indicator, agregando, como dissemos, diversas instituições nacionais e internacionais, atraves de pesquisadores com competências e especialidades já consagradas nos diferentes modulos do projeto.

Será constituído um Conselho de Gestão do Programa, formado por seus principais líderes nacionais e internacionais para acompanhamento, análise e avaliação crítica do andamento do projeto.

Trata-se de um projeto multidisciplinar e multi-institucional e, como não poderia deixar de ser, em se tratando do tema descrito na sua designação, um instituto virtual e de fronteiras transnacionais.

O propósito do projeto é mapear o impacto dos processos de globalização da economia e de informatização das relações sociais sobre a estrutura empresarial e produtiva brasileira, sobre o processo produtivo, o papel da C&T&I nesse processo e a sua percepção social através do comportamento da mídia, as relações de trabalho e o perfil da mão-de-obra existente e o necessário, bem como o perfil do estudante e dos profissionais que nossas escolas habilitam para o mercado.

O projeto está organizado em módulos que podem ser acrescidos de outros e tem, enquanto programa multidisciplinar e multi-institucional, uma natureza eminentemente agregadora, e integradora das ciências da vida, das exatas, das engenharias e das ciências humanas.

Um dos produtos que se pretende alcançar é a publicação, para o Brasil, de um relatório bienal sobre os impactos de C&T&I sobre a sociedade, mais ou menos na linha dos relatórios da OECD.

Nota do Editor: O autor é vice-presidente da SBPC. Artigo escrito especialmente para o "JC E-Mail".




5. AVALIAÇÃO DA CAPES: 81 CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO SÃO REPROVADOS

A avaliação de cursos de pós-graduação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) reprovou 81 cursos de Universidades brasileiras que obtiveram conceitos "1" e "2" de um total possível de 7 pontos.

Os cursos podem ser descredenciados pelo MEC até o fim do ano.

Os resultados, apresentados ontem pelo ministro Paulo Renato Souza, mostram que as Universidades públicas federais tem mais cursos de pós-graduação avaliados com nota "7" que as Universidades estaduais paulistas, que tradicionalmente lideravam a lista.

Os alunos atuais dos cursos mal avaliados, 5% do total, poderão concluir a pós-graduação e terão diplomas reconhecidos, contanto que tenham ingressado no programa quando ainda tinha no mínimo o conceito "3".

Os cursos reprovados não poderão aceitar novos alunos, cujos diplomas não serão reconhecidos pelo MEC.

As Universidades tem até 14/9 para recorrer do resultado. "Esperamos entre 20% e 30% de recursos", afirmou Paulo Renato. Depois desse prazo, o Conselho Nacional de Educação e o ministro da Educação devem homologar o resultado, e os cursos devem ser descredenciados.

"Até dezembro nós teremos uma posição final", disse o ministro. Na última avaliação da Capes, realizada em 98, apenas 46 cursos de pós-graduação foram reprovados e tiveram a opção de fechar ou se reestruturar.

Os conceitos "3", "4" e "5", correspondentes aos cursos de nível médio, bom e muito bom, foram atribuídos a 86% dos programas. A concentração das avaliações nessa faixa se explica pelo crescimento do número total de cursos oferecidos, já que todos os cursos de pós-graduação novos precisam ser avaliados pela Capes antes de funcionar.

Em 95 havia 1.184 cursos de mestrado e 668 de doutorado no país. Hoje, são 1.511 e 846, respectivamente. As Universidades federais, que mais cresceram na área de pós-graduação desde 98, são responsáveis por mais da metade de ambos os programas. Antes, a maioria era oferecida pelas Universidades estaduais paulistas.

Essa é a primeira avaliação final da Capes que atribui "6" e "7", aplicados aos cursos de pós-graduação que tenham mestrado e nível de excelência internacional.

Esses conceitos foram obtidos por 9% dos programas avaliados. A maioria dos cursos de pós-graduação mais bem avaliada no Sudeste pertence à USP, à Unicamp e à UFRJ.

No Centro-Oeste, os melhores conceitos são da UnB e, no Sul, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

No Norte, nenhum curso teve a nota máxima de "7". Apenas o programa de física da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) teve nota "7" no Nordeste.

Um dos fatores considerados é o grau de inserção da produção científica, artística, cultural e tecnológica em publicações internacionais por parte dos professores.

Depois das áreas relativamente novas no país, a área de pós-graduação pior avaliada é a de ciências da saúde. Dos 21 programas reprovados do Estado -um quarto do total-, 15 são dessa área.

Na USP, foram reprovados gastroenterologia clínica, obstetrícia e ginecologia, ortodontia, periodontia e medicina legal.

A Folha não conseguiu entrar em contato com o professor Irineu Velasco, diretor do Hospital Universitário da USP e membro do comitê de avaliação da Capes.

"A área que mais refletiu queda foi a de ciências da saúde" disse Abílio Baeta. "Isso aponta para mudanças importantes na formulação desses cursos", afirmou.

Na área de ciências sociais nenhum curso obteve nota 7. Para Paulo Renato, a avaliação da Capes ajuda a "fixar um padrão de qualidade internacional" necessário para o crescimento do país.

Fonte: Folha de SP, 30/8




6. VAGA PARA DOUTOR NA EMPRESA SCIENTIA TECNOLOGIA QUÍMICA

A empresa Scientia Tecnologia Química está selecionando um doutor em química ou áreas afins ( há no máximo 5 anos), ou doutorando com data prevista de defesa até no máximo 2 meses, para trabalhar na área de pesquisa e desenvolvimento através do programa especial de estimulo à fixação de doutores chamada do CNPq 02/2001 (www.cnpq.br/serviços/editais/ct/profix110701.htm.

Somos uma empresa de base tecnologica que atua na área de sistemas de liberação controlada de princípios bioativos usando a tecnologia de ciclodextrinas e cerâmicas, encubada no CIETEC (Centro Incubador de Empresas Tecnologicas), USP-IPT, IPEN situado na cidade Universitária Armando Salles de Oliveira USP, São Paulo Capital.

Os interesados favor enviar CV no formato lattex CNPQ em atenção a Dra. Eliana Maria Aricó, Diretora da empresa Scientia Tecnologia Química ao endereço eletrônico , até o dia 5 de setembro de 2001.

Eliana M. Aricó




7. 'NATURE' ESTIPULA REGRAS PARA GARANTIR TRANSPARÊNCIA E ÉTICA DE SEUS ARTIGOS

Pesquisadores que submeterem artigos científicos para publicação na revista 'Nature' terão, a partir de outubro, de declarar por escrito todas as suas fontes de financiamento e qualquer interesse financeiro pessoal que possam ter com a divulgação da pesquisa.

A medida, anunciada na última edição da revista britânica, reflete uma preocupação generalizada das publicações científicas de maior prestígio em garantir a transparência e imparcialidade dos trabalhos que publicam.

`Há uma preocupação muito grande, principalmente nos EUA, sobre a crescente comercialização das pesquisas`, disse ao Estado o editor-executivo das edições mensais e especializadas da Nature, Charles Jennings.

Segundo ele, não são raros os casos em que cientistas chegam a lucrar milhões de dólares com suas pesquisas por causa de patentes ou contratos com empresas. `Acho difícil acreditar que uma quantia de dinheiro como essa não possa influenciar os resultados de um estudo.

O problema é maior na área médica, onde pesquisas clínicas com medicamentos sao frequentemente patrocinadas por grandes empresas.

A Nature, que tem sede em Londres, recebe de 7 mil a 8 mil artigos por ano, mas apenas cerca de 10% são publicados.

As declarações submetidas pelos pesquisadores serão publicadas com seus respectivos estudos, independentemente do que for relatado.

Jennings deixa claro que as informações não serão checadas pela revista nem usadas como critério de julgamento sobre a publicação da pesquisa.

`Assumiremos que os autores estão dizendo a verdade e que serão julgados pela comunidade científica caso ocultem alguma informação`, afirma o editor.

`Só porque um pesquisador recebe verbas de uma empresa privada não significa que a pesquisa seja ruim, mas essa relação precisa ser transparente.`

`É uma preocupação crescente e justa`, defende o diretor científico da Fapesp, José Fernando Perez. Ele compara a situação a uma partida de futebol: `O pai não pode apitar o jogo do filho!`

Desde o início do ano, todos os pesquisadores que recebem recursos da Fapesp precisam relatar suas outras fontes de renda e submeter integralmente os dados da pesquisa para análise.

Segundo Perez, os vínculos entre pesquisadores e empresas são comuns no mundo todo e muitas vezes inevitáveis pela falta de verbas e infra-estrutura públicas para pesquisa. `A recusa em apitar o jogo pode implicar seu cancelamento`, compara.

`Da mesma maneira, o teste clínico de um medicamento pode não ser materialmente viável sem o apoio da empresa interessada em sua comercialização, o que poderia significar a privação do acesso a um valioso instrumento terapêutico. O potencial de conflito de interesse não deve lançar dúvidas sobre a honestidade do pesquisador.`

Fonte: O Estado de SP, 29/8




8. PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA BUSCA MAIOR INSERÇÃO INTERNACIONA

Os resultados da recente avaliação refletem a continuidade e aperfeiçoamento das mudanças implantadas em 98, pela CAPES.

Avaliação por programas (em lugar de cursos), novos parâmetros de desempenho comparativos entre programas das diferentes grandes áreas e uma escala diferente de notas foram as principais novidades introduzidas pelo sistema de avaliação da CAPES a partir de 98.

Um total de 2.357 cursos (ou 1.545 programas), de pós-graduação em todas as áreas do conhecimento foram avaliados este ano. Os graus 6 e 7 distinguem programas de maior inserção internacional .

O resultado mostra 86% da pós-graduação brasileira entre os níveis médio e muito bom, com conceitos de 3, 4 e 5. Os conceitos 6 e 7, considerados de excelência, com indiscutível inserção internacional, foram obtidos por 9% dos programas.

Uma pequena parcela, de 5%, obteve conceitos 1 e 2, tornando o programa e respectivo diploma sem validade no território nacional.

O sistema de avaliação busca aumentar a equivalência no desempenho dos programas de todas as áreas do conhecimento. Ao mesmo tempo quer ampliar a comparação nos níveis mais altos de excelência e de eficiência com os programas dos paises mais desenvolvidos.

Os programas julgados compatíveis com os níveis de excelência desses paises poderão receber conceito 6 ou 7 (só aplicáveis a programas que incluirem o doutorado).

A avaliaçao dos programas de pós-graduação 01, foi realizada em quatro momentos distintos com a seguinte metodologia:

  1. Análise pelas Comissões de Area (45 no total), do conjunto de programas de pós-graduação e enquadramento dos mesmos em um dos cinco primeiros níveis da escala.

  2. Análise pelas Comissões de enquadrados no nível 5. Estes programas foram submetidos aos referenciais de excelência de desempenho estabelecidos para os níveis 6 e 7 da escala.

    Esses graus seriam atribuidos aos programas que atestassem: desempenho diferenciado - nível compatível com padrões internacionais no que diz respeito à produção científica, cultural, artística ou tecnologica; corpo docente com liderança e representatividade na comunidade onde se insere nacional e internacionalmente.

  3. Apreciação e homologação pelo Conselho Técnico-Científico (CTC) dos resultados referentes a cada grande área e ao conjunto resultante, com o objetivo de assegurar coerência e uniformidade ao processo de avaliação.

  4. Divulgação dos resultados.

    Os resultados da avaliação reafirmam a qualidade da pós-graduação nas Instituições de Ensino Superior públicas, especialmente as federais que somam 56% do total de programas avaliados.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MEC



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