Prezados colegas,
Este é o último Boletim Eletrônico enviado antes da 24a RASBQ.
Desejamos a todos uma excelente viagem até Poços de Caldas e que todos tenham lá uma super agradável estadia.
A programação da reunião está rica e diversificada e esperamos que todos aproveitem ao máximo todas as atividades programadas.
Mais uma vez, gostaria de agradecer em nome da Diretoria e Conselho da SBQ, assim como da Comissão Organizadora da 24a RASBQ, toda a ajuda, compreensão e colaboração dos colegas sócios e não sócios da SBQ neste primeiro ano de gestão, principalmente com relação a organização desta reunião.
Boa viagem de ida e volta a todos e tenham uma excelente estadia em Poços.
Luiz Carlos
O simpósio alusivo aos 50 anos da CAPES e do CNPq, a ser realizado na noite de terça-feira, dia 29/05, foi cancelado em virtude da não participação dos respectivos Presidentes da CAPES e do CNPq.
Este simpósio havia sido organizado por solicitação tanto da CAPES como do CNPq, inclusive deixando claro que a inclusão deste simpósio seria levada em conta pelas respectivas agências quando da avaliação do pedido de auxilio por parte da SBQ.
A Comissão Organizadora aceitou a inclusão no programa da reunião e após ter recebido confirmação da presença dos respectivos Presidentes de CAPES e CNPq, divulgou o simpósio.
Na quarta-feira passada a CAPES comunicou que o Dr. Abilio Baeta não poderia participar e indicou um substituto. Este fato desagradou muito a Diretoria da SBQ e a Comissão Organizadora da RASBQ, que não aceitou a indicação do substituto e condicionou a realização do simpósio a presença do Dr. Evando Mirra, Presidente do CNPq.
Hoje de manhã o Gabinete da Presidência do CNPq através do Dr. Lelio Fellows divulgou ao Secretario Geral da SBQ que o Dr. Evando Mirra também não poderia participar do simpósio.
Como tanto a Diretoria da SBQ quanto a Comissão Organizadora da 24aRASBQ não aceitam de forma alguma a indicação de susbtitutos por parte de CAPES e CNPq, achamos melhor cancelar o simpósio.
Na noite de terça-feira, teremos a entrega da Medalha Simão Mathias, como consta na programação.
Luiz Carlos Dias
Secretário Geral
A cerimônia será realizada na próxima segunda-feira, dia 28/05, no Palácio Gustavo Capanema, no antigo prédio do Ministério da Educação, no centro do Rio, com início às 20h.
Para a área de Ciências Químicas, vão tomar posse os Professores:
Os Professores Eliezer J. Barreiro, Francisco Radler de Aquino Neto e Marco Antonio Chaer do Nascimento são professores dos Programas de Pós-graduação do Instituto de Química da UFRJ, o Prof. Elias Ayres Zagatto é do CENA de Piracicaba da USP, o Prof. Faruk Nome da UFSC, o Prof. Oswaldo Luiz Alves do IQ-UNICAMP e a Profa Yvonne Mascarenhas da USP de São Carlos.
Nota do Editor 1: O Prof. Eliezer é o atual presidente da SBQ, o Prof. Oswaldo é ex-presidente e atual membro do Conselho da SBQ, os Prof. Radler e Yvonne foram homenageados pela SBQ com a medalha Simão Mathias. O Prof. Zagatto foi Diretor da Divisão de Química Analítica da SBQ de junho de 1998 a maio de 2000. O Prof. Chaer e o Prof. Faruk já foram conferencistas nas reuniões anuais da SBQ.
A Diretoria e Conselho da SBQ, com muita alegria e orgulho se unem a todos os membros de nossa comunidade para parabenizar todos os novos eleitos da Academia Brasileira de Ciências. PARABÉNS A TODOS PELA MERECIDÍSSIMA INDICAÇÃO!!!
Nota do Editor 2: O Presidente da SBQ, Prof. Eliezer Barreiro não poderá comparecer a abertura da 24a RASBQ em virtude de estar na mesma noite no ato de posse na Academia Brasileira de Ciências. O Prof. Paulo Cezar Vieira, Vice-Presidente da SBQ, irá representá-lo na abertura da 24aRASBQ.
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
OF./CIRC/DPR/CDS/CAPES No. 06/2001.
Brasília, 03 de Maio de 2001.
Prezado Senhor
Como é de seu conhecimento o Ministro Paulo Renato, em novembro passado, lançou o portal eletrônico da CAPES de acesso a informações científicas, http://www.periodicos.capes.gov.br, que busca ser um importante instrumento de desenvolvimento da pós-graduação e pesquisa nacionais.
Esse portal atende as instituições de ensino superior e de pesquisa que satisfazem os critérios estabelecidos pela CAPES, http://www.periodicos.capes.gov.br/explicacao.htm, e que em um primeiro momento não contemplavam as instituições de São Paulo. Neste ano de 2001 estamos, progressivamente, abrindo o acesso ao portal para as 14 instituições desse Estado (FAENQUIL, FAMERP, FGV/SP, IAC, IAMSPE, INPE, ITA, PUC/SP, UFSCar, UMESP, UNESP, UNICAMP, UNIFESP, USP) que atendem os critérios da agência. Os outros serviços, já disponíveis no portal, serão abertos em 2002.
No momento, estão abertos os seguintes serviços do portal da CAPES para a comunidade acadêmica de São Paulo:
Quaisquer dúvidas e sugestões, comunique-se com periodicos@capes.gov.br.
Atenciosamente,
Luiz Valcov Loureiro
Diretor de Programas
O presidente do gigante farmacêutico suíço Novartis, Daniel Vasella, definia o ritmo dos investimentos da companhia no Brasil em visitas que fazia uma vez por ano a SP.
Os projetos pareciam tão bons que o governo deu-lhe a maior condecoração brasileira, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Agora, os tempos são outros. A temperatura aumentou.
Vasella diz que Novartis não fará os investimentos que previa. Simbolicamente, tampouco pensa em visitar o país tão cedo.
'Não vamos investir em um país onde não há respeito ás patentes e aos acordos internacionais de propriedade intelectual', declarou a este jornal.
'Tinhamos planos de investir em pesquisa em Manaus, mas é claro que não faremos mais isso.'
Para esse médico de formação, um dos principais executivos da indústria global de remédios, o governo está 'deteriorando as condições (de negócios) e náo estimulará a indústria farmacêutica a se estabelecer no País'.
O executivo suiço não hesitou em vincular a estratégia brasileira de acesso a remédios, flexibilização de Trips (propriedade intelectual relacionada a comércio), produção local de genéricos e ameaça de quebrar patentes a motivações políticas.
'É busca de apoio, ter voto, ganhar eleições, é isso', disse, numa referência à provavel candidatura do ministro da Saúde à presidência da República.
'Os cães ladram e a caravana passa', respondeu sobre a tempestade de críticas que se abate contra as indústrias, que faturam mais de US$ 300 bilhões por ano e são acusadas de lucros exorbitantes. 'Essa imagem passará .'
Foi nesse contexto que o presidente da Novartis deslocou-se ontem de Basileia para Genebra para assinar um acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Venderá para a organização o remédio Coartem, contra a malária, pelo preço de custo: US$ 2,50 o tratamento completo para os adultos. 'Para poder fazer isso, precisamos que a propriedade intelectual seja respeitada para ter lucro e financiar a pesquisa', disse.
A Novartis já dá um remédio contra lepra gratuitamente para a OMS distribuir entre os paises pobres. Recentemente, decidiu fornecer gratuitamente o medicamento Glivec, contra uma forma rara de câncer, a pacientes sem seguros de saúde nos EUA.
Com tanta obra de marketing-humanitário, perguntou-se como a Novartis continuará tendo lucros. 'Não se preocupem, não vamos falir por causa disso', respondeu sorrindo. Um diretor africano da OMS prometeu a Vasella propagar amplamente na Africa 'a gentileza'.
Mas o próprio Vasella deu combustível às críticas de seus clientes. Revelou que o remédio cujo preço de custo US$ 2,50 é vendido na África por US$ 12 e na Europa por US$ 40 (os clientes são turistas que vão a paises com malária).
Para o executivo suiço, está claro que a pressão sobre os preços é permanente e não é uma guerra que começa, como intitularam jornais sérios.
'A questão fundamental é as sociedades definirem qual o valor econômico da saúde. E é muito, muito elevado. Se a população quer remédios melhores, deve estar pronta a ver as indústrias terem lucro.'
A Novartis participou com 38 laboratórios do processo contra a África do Sul, contestando uma lei sobre genéricos e importação. Cartazes com foto de Vasella foram depredados nas ruas de Pretoria.
'Imagine só, a Novartis nem produz remédios de Aids e eu fui visado', comentou. Vasella reconheceu que a maioria das ONGs tem mais credibilidade que os governos e as indústrias, mas 'perdem muito com o peso ideológico'.
Vasella também reconheceu que o papel de vilão do momento é da indústria de remédios.
O escritor John Le Carré fatura uma fortuna com seu novo livro, em que o bandido da história não é mais um espião soviético, mas um laboratório. Há cenas que ocorrem em Basileia, o grande centro dos laboratórios farmacêuticos suiços.
'Minha mulher leu, não ficou fascinada e não estou seguro se vou ler'. Mas a indústria reconhece a capacidade de estragos do livro e convidou Le Carré a vir a Basileia. 'Procuramos o diálogo. É preciso se engajar em coisas positivas, com gente construtiva, e deixar os outros de lado'.
É nessa ótica que aparentemente se enquadra a decisão em relação ao Brasil 'Os paises são livres para não respeitar os contratos internacionais que assinaram', afirmou.
'Mas como o governo brasileiro agiria se fossemos copiar produtos brasileiros, como os aviões? Se quer ter prosperidade a longo prazo, não pode usar táticas de curto prazo, é preciso ser digno.'
A indústria não engoliu a aprovação da resolução do Brasil na Comissão de Direitos Humanos da ONU, considerando que o acesso a remédio barato é um direito humano.
'Também é direito humano ter suficiente para comer, mas não se vai tomar do agricultor a metade de sua colheita para distribuir aos pobres', disse.
O presidente da Novartis declarou-se ainda mais surpreso com o recuo do Brasil sobre propriedade intelectual, quando, segundo ele, paises como China e India entenderam a necessidade de respeitar propriedade intelectual e vão atrair investimentos em pesquisas.
O remédio Coartem, contra a malária, foi desenvolvimento em conjunto pela Novartis e pesquisadores do Instituto de Microbiologia e de Epidemiologia de Pequim.
'No Brasil, não íamos nos engajar na pesquisa por cinco anos, por exemplo. Em pesquisa, a empresa se engaja por vinte anos, o investimento cresce, cria postos de alto valor agregado. Os americanos fizeram isso mil vezes melhor que os europeus. Mas no Brasil, nossos planos de financiar um instituto em Manaus deixaram de ser um tema de discussão', disse.
Antes de retornar a Basileia, o executivo previu que a consolidação internacional do setor manterá as partes de mercado fragmentadas. 'Ninguém tem mais de 10% do mercado.
Mesmo se a Novartis fizer uma aliança ou fusão, continua fragmentado', disse, evitando depois comentar qualquer projeto com a Roche, da qual comprou 20% por US$ 2,8 bilhões.
O executivo suiço conclamou todas as indústrias, não apenas farmacêuticas, a se juntarem aos governos para cooperar e garantir acesso a remédios para populações carentes.
Quanto à Novartis, Vasella diz que a empresa continuará tentando desenvolver e colocar no mercado medicamentos inovadores, melhores do que os que estão em venda. E para isso, precisa do lucro. 'É o nosso negócio'.
Fonte: Gazeta Mercantil, 24/5
Secretaria Geral SBQ