SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No. 256




Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (www.sbq.org.br/jbcs/index.html).


Veja nesta edição:
  1. Volume 24, número 3, Mai/Jun 2001 de Química Nova está no ar
  2. Abertas as incrições para o 11o. ENQA
  3. Seleção pública para o magistério superior (professor substituto)
  4. Casa grande e senzala, artigo de Roberto Nicolsky
  5. Parvoice Patente, editorial da "Folha de SP" sobre as críticas do governo dos EUA à Lei de Patentes brasileira
  6. SC perde o fundador da Universidade Federal
  7. Bolsas de recém doutor


1. VOLUME 24, NÚMERO 3, MAI/JUN 2001 DE QUÍMICA NOVA ESTÁ NO AR

O Vol. 24, No. 3, Mai/Jun 2001 de QUÍMICA NOVA está no ar, na home-page da SBQ.

Este número contém a programação da 24a Reunião Anual da SBQ e o Editorial relacionado a esta reunião.

Lembramos que a partir do Vol. 23, No. 5, Set/Out 2000, todos os números de QUÍMICA NOVA estão sendo disponibilizados como arquivos PDF.

Confira também as Normas para Publicação em QUÍMICA NOVA atualizadas, em português e também em inglês.

O link para Química Nova no ScieLO também está disponível na homepage da SBQ.

Visite o site das revistas da SBQ:
http://www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm




2. ABERTAS AS INCRIÇÕES PARA O 11o. ENQA

Encontram-se abertas as inscrições para o 11o. Encontro Nacional de Química Analítica (ENQA) que será realizado de 18-21 de setembro de 2001 no Centro de Convenções e Ginásio de Esportes da UNICAMP (CAMPINAS-SP).

A data limite para o envio de resumos é 15/06/2001. As inscrições e o envio de resumos poderão ser feitos por e-mail.

Maiores informações consulte a página do 11o. ENQA: www.enqa.iqm.unicamp.br ou escreva para enqa@iqm.unicamp.br

Comissão Organizadora




3. ABERTAS AS INCRIÇÕES PARA O 11o. ENQA

EDITAL 009/2001

Inscrições: 07 a 16/05 de 2001;

Realização das Provas: 28 a 31/05/2001;

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS - DQE

Horário de funcionamento: 09 h às 22:00 h

Telefax (73) 525-6125 Ramal 252. e-mail: dqejq@uesb.br

Química Analítica; 01 vaga; 40 horas; 01 ano; Exigência: Graduação em Química.

Maiores informações e/ou Edital completo, incluindo vagas para outras áreas, pode ser obtido na homepage: www.uesb.br ou no próprio Departamento.




4. CASA GRANDE E SENZALA, ARTIGO DE ROBERTO NICOLSKY

Conforme recente edital do CNPq (página Internet, edital 001/2001, de 12.03.2001), lançado sem qualquer aviso e discussão prévios com a comunidade de pesquisadores, está para se criar, no próximo dia 10 de maio, última data de apresentação de projetos, a mais grave distorção da ciência brasileira, em seus últimos 50 anos. Trata-se da maior concentração de recursos que este país já viu, mais aguda do que a da nossa economia. São os chamados millennium institutes (sic), uma política "inspirada" pelo Banco Mundial (World Bank, o braço financeiro do FMI), como já foi feito no Chile.

O citado edital destina um recurso de R$ 60 milhões - metade um empréstimo do Banco Mundial (que teremos de pagar com juros) e metade verba do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - a apenas 20 projetos, com a versão tupiniquim da ambiciosa e pretensiosa denominação acima e que são uma ínfima fração de um universo de 11.760 grupos de pesquisa, existentes em 2000, segundo a página Internet do MCT.

Aos que não forem contemplados com essa espécie de megassena acumulada da ciência - que destinará R$ 3 milhões, em média, a cada projeto, mas que admite concentrar até R$ 9,6 milhões num único deles, tornando-os verdadeiras capitanias científicas - restará disputar a verba orçamentária de fomento do CNPq (ainda sem edital), que é de apenas R$ 15 milhões, numa média, por grupo de pesquisa, de pouco mais de R$ 1 mil.

Esses recursos, na verdade, são do PADCT III, significando uma mudança das regras antes do cumprimento do seu edital de 1997, pois alguns dos projetos aprovados na sua rodada 4, de 30.09.98, ainda não foram implementados. Também não foram realizadas as rodadas 5 e 6, previstas para 1999, e que atenderiam a centenas de projetos, tendo sido substituídas por esta invenção dos ideólogos do Banco Mundial, cuja lógica é a de que o que é bom para os "donos" do Banco Mundial-FMI (leia-se Estados Unidos) é bom para os países que consideram periféricos, como nós, o Chile e outros menos votados.

Essa enorme concentração de recursos para poucos está na contramão dos ideais da sociedade brasileira, empenhada em construir uma realidade menos excludente e mais justa, o que foi compromisso das campanhas do atual governo para os seus dois mandatos.

E também na contramão da prática interna dos Estados Unidos, que criaram o bem-sucedido programa Sbir (Small Business Innovative Reseach), e cancelaram os altamente concentradores, lá chamados de big science, como o SSC (Superconducting SuperColider).

E contrariam os bons resultados de Taiwan e Coréia, países emergentes como nós, que têm os maiores crescimentos dos indicadores de pesquisa, tanto em artigos publicados em revistas internacionais indexadas (papers), quanto em patentes outorgadas no mercado americano, em que já ocupam o quinto e sétimo lugares, respectivamente. Taiwan é o país típico da pequena e média empresas. E a Coréia está desconcentrando os laboratórios de empresas, que passaram de apenas 63, em 1981, para 4.810, em 1999. Mas o número de laboratórios pequenos e médios cresceu ainda mais. Eles eram 545, em 1990, pouco mais da metade, e chegaram a 4.013, em 1999, 83% do total, um crescimento de 25% ao ano.

Em nosso país, a expansão do número de grupos de pesquisa, graças ao aumento da quantidade de bolsas de pós-graduação nas duas últimas décadas, acelerou a taxa de aumento tanto da produção de papers, que era de 8% ao ano e passou a 10% nos anos noventa, quanto a formação de doutores, que ultrapassou 5.000 no ano 2000. Essa concentração de recursos é uma séria ameaça a esse desempenho, e gerará uma grande diáspora de jovens pesquisadores, sem apoio para os seus projetos de pesquisa, fazendo o país perder um elevado investimento na formação de recursos humanos qualificados. Isso já ocorre em pequena escala, e o mais grave é que são os melhores que se vão.

O citado edital, único divulgado este ano, com o absurdo e injusto aumento médio de 100 vezes da concentração de recursos por projeto, é uma mudança das regras. E fazê-lo antes de atender à demanda de pesquisadores qualificados, e de liberar os recursos comprometidos, é aético, pois leva os pesquisadores, maciçamente contrários ao edital (faça-se a consulta eletrônica!), a ter de aderir e não protestar, sob pena desse ser o único recurso disponível, e de ser estigmatizado como incompetente, se não estiver incluído num desses 20 projetos. Isso está levando à formação, açodada e artificial, de redes de pesquisa, dando a poucos chefes um elevado poder, e reduzindo a maioria a simples figurantes, o que será um fator de grave desagregação do ambiente de pesquisa.

E esses auto-proclamados millennium institutes podem durar apenas o primeiro ano, pela tradição de descontinuidade das nossas agências de pesquisa (veja-se o edital/97 do PADCT III), mas vão trazer para a ciência brasileira um lamentável quadro de injustiça: a dos poucos incluídos contra uma massa de excluídos, a de alguns poderosos frente a uma esmagadora maioria de pedintes. É, enfim, a cultura colonial da casa grande e senzala, a mesma que leva alguns dirigentes a aceitar as posições ideológicas do Banco Mundial e as condições humilhantes do "acordo" de cessão da base de Alcântara, recém-divulgado.

Nota do Editor: O autor é Professor da UFRJ.

Fonte: Jornal do Brasil, "Opinião", página 9, em 02.05.2001.




5. PARVOICE PATENTE, EDITORIAL DA "FOLHA DE SP" SOBRE AS CRÍTICAS DO GOVERNO DOS EUA À LEI DE PATENTES BRASILEIRA

Os EUA são a principal potência econômica e militar do planeta. Mas o fato de terem a força não os cobre automaticamente de razão em tudo o que digam ou façam.

Muito pelo contrário. Esse é o caso das duras críticas que o governo dos EUA fez à Lei de Patentes brasileira. Os argumentos assacados por Washington não procedem.

O relatório produzido pela administração Bush é um monumento à parvoice. Ninguém contesta que a prevenção seja a principal arma contra a Aids à disposição das autoridades sanitárias. Mas quem já contraiu o vírus HIV está fora do alcance da camisinha.

Ele precisa dos remédios e vai ou não ter acesso às drogas muito em função do preço, que passa a ser, então, ao contrário do que diz o documento, a mais importante questão a ser analisada.

Vale lembrar que a emergência nacional sanitária é uma das hipóteses universalmente aceitas para o licenciamento compulsório de patentes. A própria legislação dos EUA possui mecanismo dessa natureza.

O outro ponto criticado por Washington na lei brasileira é o artigo que exige que a produção da droga seja feita no país. Os EUA contestam o mecanismo na OMC.

Ele foi concebido, entre várias outras razões, para, como diz o relatório, "criar empregos para brasileiros".

Até onde se tem notícia, o Congresso Nacional é soberano e, se considera importante que brasileiros tenham empregos, deve criar condições para tanto Os EUA aliás não fazem nada diferente ao promover toda sorte de barreiras comerciais não-tarifárias.

O relatório da administração Bush está certo num ponto. A Lei de Patentes brasileira é ruim. Mas é ruim porque escancarou as portas do mercado interno para as multinacionais farmacêuticas num grau muito superior ao exigido pela OMC.

Entre várias impropriedades, foi aprovado o mecanismo do "pipeline", o reconhecimento a posteriori de patentes vigentes em outros paises antes da aprovação da lei brasileira, em 96.

Se a estratégia do Brasil era cair nas boas graças de Washington, a atitude do império agora revela o tamanho do equivoco.

Fonte: Folha de SP, 3/5




6. SC PERDE O FUNDADOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL

Faleceu nesta quarta-feira, dia 2/5, às 4,10h, em Florianopolis, SC, o professor João David Ferreira Lima, fundador e primeiro reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O professor sofreu um derrame há cerca de um mês e ontem à noite voltou a sentir-se mal, sendo internado no Hospital de Caridade, onde faleceu vítima de insuficiência respiratória.

Catarinense de Tubarão, Dr. David, como era conhecido, iria completar 91 anos no próximo dia 8/8. David foi um dos líderes do ensino superior na America Latina, além de fundador e primeiro presidente do Conselho dos Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB).

Na comemoração dos 40 anos da UFSC, publicou pela Editora da UFSC o seu livro "UFSC: Sonho e Realidade".

Fonte: Assessoria de Imprensa da UFSC, em 2/5




7. BOLSAS DE RECÉM DOUTOR

Estão abertas inscrições para cinco (5) bolsas de recém doutor nas áreas de Climatologia, Modelagem de Meteorologia de Mesoescala, Dispersão de Poluentes e Química da Atmosfera, para um período de dois anos, no Departamento de Geociências da Fundação Universidade Federal de Rio Grande, na cidade de Rio Grande, RS.

A infra-estrutura básica para desenvolvimento destas pesquisas já esta instalada. Candidatos podem ter obtido seus títulos nas áreas de Meteorologia, Física, Geografia, Matemática ou áreas correlatas.

Contratações serão realizadas até julho de 2001. Currículos devem ser enviados para dgenisia@furg.br ou dgejaci@furg.br, ate 30 de maio.

Maiores informações podem ser obtidas na homepage www.furg.br/meteo/ ou pelos telefones (53) 236 6622 ou 236 6659.

Fonte: Nisia Krusche dgenisia@super.furg.br



Secretaria Geral SBQ


Contribuições devem ser enviadas para: Luizsbq@iqm.unicamp.br
http://www.sbq.org.br