SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No. 245




Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (www.sbq.org.br/jbcs/index.html).


Veja nesta edição:
  1. Resultado das Avaliações dos trabalhos para a 24a Reunião Anual da SBQ
  2. Pré-lançamento do livro "Química Medicinal: As Bases Moleculares da Ação dos Fármacos" + CD-ROM,2001
  3. MCT e CNPq lançam Programa Institutos do Milênio
  4. Sociedades Científicas na SBPC criticam Institutos do Milênio
  5. Diretório dos Grupos de Pesquisa, última edição 2001
  6. 8o. Congresso Brasileira de Geoquímica
  7. Seleção para ingresso no Programa de Pós-graduação em Química Orgânica na UFRRJ (Mestrado e Doutorado).
  8. SIBAE 2002
  9. Pós-doutorado e Doutorado em Fisica na Universidade de Goteborg
  10. Curso de tratamento de dados de EXAFS
  11. Data limite de apresentação de resumos para o II Simpósio Brasileiro de Estruturologia é 6 de abril próximo
  12. Aumenta procura por pesquisadores universitários: Ganhos maiores atraem profissionais interessados principalmente nas áreas de saúde, educação, química e ciências biológicas


1. RESULTADO DAS AVALIAÇÕES DOS TRABALHOS PARA A 24a REUNIÃO ANUAL DA SBQ

A partir de quarta-feira (21/03) estará a disposição na homepage da 24a Reunião Anual, no link inscrições, o comprovante de aceite de todos os trabalhos. Você deve acessar a homepage da Reunião Anual, clicar em "Inscrições" e depois clicar no sublink "Resultado da Avaliação".

Cada comprovante contém um "código de identificação" único, formado por algumas características de cada inscrito, que corresponde a "Autenticação da SBQ".



É só aguardar!
Luiz Carlos


2. PRÉ-LANÇAMENTO DO LIVRO "QUÍMICA MEDICINAL: AS BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS FÁRMACOS" + CD-ROM,2001

Autores:

Química Medicinal trata dos conceitos mais relevantes desta disciplina, enfatizando ao longo dos capítulos os aspectos estruturais mais importantes relacionados com a atividade. Com isso, o leitor tem em mãos uma obra em que a teoria está ligada ao dia-a-dia, com exemplos de fármacos de diferentes classes terapêuticas, como quimioterápicos, antiinflamatórios, antitrombóticos, antihipertensivos, entre outras, detalhando o planejamento estrutural de alguns destes fármacos integrantes do arsenal terapêutico moderno. Foi adotada aqui a abordagem molecular, enfatizando seus aspectos químicos, qualitativos.

A abordagem utilizada torna o livro útil a estudantes de graduação e pós-graduação de Fármacia, Química e de cursos afins, bem como a todos os interessados nas razões moleculares da ação dos fármacos e nas estratégias de seu planejamento estrutural. Também os jovens pesquisadores que pretendem desenvolver projetos na área da Quimica Medicinal se beneficiarão dos conceitos, fundamentos e exemplos incluídos no livro.

Outras ferramentas para o apredinzado:

  • O capítulo de exercícios, em que são simuladas situações relacionadas aos temas tratados.
  • Dentre os exercícios selecionadods, discute-se as soluções tutoriais de alguns deles no CD-ROM que acompanha o livro
  • O glossário, que visa a contribuir para o correto emprego de alguns termos de Química Medicinal.
  • O anexo incluindo no D-ROM, com endereço da Internet que apresentam informações relevantes sobre os temas tratados no livro.
  • O CD-ROM, planejado de maneira que todas as estruturas incluídas em visão estética, empregando o programa Weblab Viewer, possam ser visualizadas espacialmente, contribuindo para que as razões moleculares de ação dos fármacos possam ser entendidas tridimensionalmente.

Segue a seguir a sinopse dos capítulos do Livro:

Capítulo 1. ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS
1.1 - Fase farmacocinética: interações entre micro- e biomacromoléculas
1.2 - Fármacos estruturalmente específicos
1.3 - Interações envolvidas no reconhecimento molecular / sítio receptor
1.4 - Fatores estereoquímicos envolvidos no reconhecimento molecular: Ligante / Sítio receptor
1.5 - Propriedades fisico-químicas e atividade biológica
1.6 - Fundamentos de Metabolismo de Fármacos

Capítulo 2. A ORIGEM DOS FÁRMACOS
2.1 - Diversidade Molecular dos Produtos Naturais
2.2 - O Acaso na Descoberta de Fármacos
2.3 - Fármacos Descobertos a Partir do Estudo do Metabolismo
2.4 - Fármacos Sintéticos

Capítulo 3. PLANEJAMENTO RACIONAL BASEADO NO MECANISMO DE AÇÃO: FÁRMACOS INTELIGENTES
3.1 - A Descoberta do Composto-Protótipo
3.2 - Produtos naturais como protótipos
3.3 - A Otimização do Composto-Protótipo
3.4 - Identificação do Farmacóforo

Capítulo 4. A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO MECANISMO MOLECULAR DE AÇÃO DOS FÁRMACOS
4.1 - Inibição suicida de beta-lactamase pelo ácido clavulânico
4.2 - Inibição suicida de protease serínica (Ser-protease)
4.3 - Análogos de estado de transição
4.4 - Produtos naturais como modelos de mecanismos moleculares de ação

Capítulo 5. A IMPORTÂNCIA DOS FATORES CONFORMACIONAIS NA ATIVIDADE DOS FÁRMACOS
5.1 - Conformação e complementaridade molecular
5.2 - Fatores conformacionais e neurotransmissores
5.3 - Conformação Farmacofórica
5.4 - Conformação em Sistemas Tricíclicos
5.5 - Efeitos conformacionais em análogos de nucleosídeos
5.6 - Efeito orto
5.7 - Isômeros Geométricos
5.8 - Importância da Configuração Absoluta

Capítulo 6. ESTRATÉGIAS DE MODIFIÇÃO MOLECULAR
6.1 - Bioisosterismo
6.2 - Restrição conformacional
6.3 - Hibridação molecular

Capítulo 7. VARIAÇÕES MODERNAS DA ESTRATÉGIA RACIONAL

Capítulo 8. EXERCÍCIOS TUTORIAIS

Capítulo 9. GLOSSÁRIO

Capítulo 10. ANEXOS (CD-ROM)

Capítulo 11. EXERCÍCIOS SOLUCIONADOS (CD-ROM)

Capítulo 12. ÍNDICE REMISSIVO

Para mais informações, entre em contato com os autores ou com a
Livraria Polytécnica:

Eliezer J. Barreiro, Prof. Titular UFRJ (eliezer@pharma.ufrj.br)
Carlos Alberto Manssour Fraga, Prof. Adjunto UFRJ (cmfraga@pharma.ufrj.br)

LIVRARIA POLYTÉCNICA LTDA.
Livros Nacionais e Importados
Rua Loefgreen, 1690-F CEP 04040-002 São Paulo - SP - Brasil
Fone: (11) 5539-0561/5082-4506/5082-4924 Fax: (11) 5082-4782
Cx. Postal 20.220 - Cep 04035-990 e-mail: poly@polytecnica.com.br

Nota do Editor: O lançamento oficial do Livro ocorrerá na 24a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, em Poços de Caldas. A Diretoria e Conselho da SBQ parabenizam os autores pelo belíssimo livro.




3. MCT E CNPQ LANÇAM PROGRAMA INSTITUTOS DO MILÊNIO

O CNPq e MCT iniciaram, nesta terça-feira, inscrições para o primeiro edital do Programa Institutos do Milênio.

Serão escolhidos 20 projetos líderes em C&T, que possam ter papel decisivo para elevar a novos patamares a competência nacional nestes campos do conhecimento.

A iniciativa faz parte do Programa de Apoio e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), gerenciado pelo MCT e CNPq.

Os projetos terão a duração de três anos. A soma de recursos do edital é de R$ 60 milhões.

Apresentação de pré-propostas até 10/5. Os selecionados nessa fase terão mais 40 dias para apresentar a proposta definitiva. Resultado da primeira fase em 29/6 e resultado definitivo em 29/9.

A contratação dos projetos selecionados será realizada ainda em 2001.

Edital no site: www.cnpq.br/servicos/editais/padct/milenio01.htm

Inscrição somente pela internet, através do formulário eletrônico disponível.

Central de Atendimento do CNPq: 0800-619697. (Assessoria de Imprensa do CNPq, 13/3)




4. SOCIEDADES CIENTÍFICAS NA SBPC CRITICAM INSTITUTOS DO MILÊNIO

Representantes de sociedades científicas reunidos na sede da SBPC, nesta terça-feira, criticaram a decisão do governo de adotar um novo programa -- Institutos do Milênio --, e salientaram a necessidade de que os programas tenham continuidade e sejam avaliados continuamente.

Eles também manifestaram o receio de que essa iniciativa limite a base de pesquisa, produza resultados apenas imediatos e, assim, comprometa a permanência e o futuro da produção científica nacional.

Os pesquisadores criticaram ainda a indefinição em relação aos programas já em andamento, considerando que eles deveriam ser melhor avaliados antes de serem substituídos por novas iniciativas.

A presidente da SBPC, Glaci Zancan, ao abrir a reunião que durou toda a manhã, disse de seu temor pelo esvaziamento ainda maior do CNPq como agência de fomento à pesquisa científica.

Em 2000, o CNPq teve recursos insuficientes para atender à demanda dos pesquisadores.

Para uma demanda de cerca de US$ 270 milhões, o CNPq, que este ano comemora 50 anos de existência, só tem a oferecer US$ 15 milhões orçamentados. A política científica do país, avaliou Glaci, "define-se especialmente pelo orçamento voltado para suas atividades".

O programa de Institutos do Milênio, com recursos originários do Banco Mundial, tem a duração prevista para três anos e deve estimular um projeto padrão de pesquisa científica especialmente nos paises em desenvolvimento.

No Brasil, a previsão é de se consolidar 20 Institutos de Pesquisa, que, pelos critérios previstos no programa, devem atingir nível de pesquisa de padrão internacional.

Os representantes de sociedades científicas associados à SBPC avaliaram que, no caso do Brasil, a adoção do programa Institutos do Milênio não faz sentido, pois o país já dispõe de pelo menos 206 grupos com padrão internacional amparados pelo Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex).

O mais produtivo, entendem os representantes de sociedades científicas, seria corrigir as falhas do Pronex, entre eles a não fixação de recursos humanos em instituições de pesquisas no país.

Na avaliação de parte dos representantes de sociedades científicas, em paises como o Chile, onde o programa também foi adotado, alguns resultados positivos podem ser obtidos, mas, no Brasil, as condições são muito diferentes e as possibilidades de resultados promissores não são as mesmas.

O presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Tyrso Villela, avaliou que a não fixação de recursos humanos tanto pelo Pronex como pelos futuros Institutos do Milênio criam dificuldades surpreendentes para o Brasil.

Relatou que um de seus orientados, um pesquisador de talento com nível de doutorado e inteiramente formado no Brasil, acabou mudando-se para os EUA, atraido por uma boa proposta salarial que não existia aqui.

Esse pesquisador, segundo Villela, "está trabalhando num sistema de telecomunicações por microondas que, certamente acabará importado pelo Brasil, fazendo com que, em casos como este, o país pague por um conhecimento que ele próprio formou".

Os representantes de sociedades científicas concordaram em que, desde sua primeira versão, o programa Institutos do Milênio, sofreu alterações, como resultado das críticas que recebeu da comunidade científica.

Uma delas é a adoção do conceito de laboratórios integrados em rede, em lugar do conceito de grandes laboratórios autônomos e estanques.

Ao chegar à décima-oitava posição como produtor mundial de ciência, o Brasil "atingiu massa crítica capaz de produzir ciência com o perfil de suas necessidades", na avaliação dos pesquisadores.

A adoção de um programa como os Institutos do Milênio, entendem eles, pode comprometer esse avanço, que, na sua maior parte, foi obtido com o apoio fornecido pelo CNPq, tanto no financiamento da pesquisa como na formação de recursos humanos, através de bolsas de pós-graduação no Brasil e no Exterior.

Concordando com Glaci que "os grandes saltos na pesquisa ocorreram em áreas onde menos se esperava e por isso os projetos de resultados imediatos trazem riscos que devem ser bem avaliados", Luiz Carlos Miranda, tesoureiro da SBPC, disse ser um equívoco "pensar que bons projetos tecnológicos podem ser obtidos sem uma base solida em investigação científica".

Quanto à fixação de recursos humanos, Miranda manifestou apreensão pelo número crescente de candidatos à cada banca de que participa, para seleção junto a Universidades e Institutos de Pesquisa.

Alguns representantes de sociedades científicas relataram casos de pesquisadores, que, passados seis apos seu doutorado, ainda não conseguiram verbas para suas pesquisas.

Em casos assim, avaliaram, o desânimo se apossa do pesquisador, ao mesmo tempo em que os investimentos feitos em sua formação acabam desperdiçados com prejuízo para toda a sociedade.

Fonte: JC-E-mail




5. DIRETÓRIO DOS GRUPOS DE PESQUISA, ÚLTIMA EDIÇÃO 2001

Os resultados da versão 4.0 do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil encontram-se disponíveis no site: www.cnpq.br/dgp/4/Site/index.html.

A Ciência da informação aparece com: 61 grupos de pesquisa representando 0,5 do total.

Em meados de julho do corrente ano, estarão sendo atualizadas as informações relativas à produção científica, tecnológica e artística dos participantes dos grupos da versão 4.0, que constituirá a versão 4.1 do Diretório.

Por isso, recomenda-se a atualização do currículo Lattes de cada pesquisador.

Observações, críticas e sugestões pelo e-mail: coav@cnpq.br (Carta distribuida por Reinaldo Guimaraes, coordenador do Diretório)




6. 8o. CONGRESSO BRASILEIRA DE GEOQUÍMICA

A Sociedade Brasileira de Geoquímica - SBGq, promove a cada dois anos o Congresso Brasileiro de Geoquímica. A oitava edição do evento será realizada em Curitiba de 21 a 26 de outubro de 2001. O tema geral do congresso será "A geoquímica e o desenvolvimento sustentável" com isso, a SBGq pretende uma interação da geoquímica com outras áreas do conhecimento como a saúde humana, agricultura, zootecnia, monitoramento ambiental e planejamento do uso do solo, além das aplicações tradicionais nas geociências.

A programação preliminar do evento inclui:

Está prevista a realização de conferências sobre o estado-da-arte de temas considerados relevantes pela comunidade geoquímica brasileira.

As sessões técnicas e sessões pôster estarão divididas em

  1. Geoquímica na Gestão Ambiental
  2. Geoquímica das Águas
  3. Prospecção Geoquímica
  4. Geoquímica de Depósitos Minerais
  5. Litogeoquímica e Química Mineral
  6. Geoquímica Isotópica e Geotectônica
  7. Geoquímica Analítica
  8. Geoquímica Orgânica
  9. Biogeoquímica
  10. Geoquímica dos Fluidos

Para trabalhos de iniciação científica haverá a premiação dos melhores pôsteres, a fim de incentivar e valorizar o desenvolvimento da pesquisa na graduação.

Está prevista a realização de Mesas Redondas como:

  1. Ensino da geoquímica
  2. A geoquímica como instrumento de gestão territorial
  3. Sincrotron - aplicações em geoquímica

Estão sendo programados para que, em paralelo ao VIII CBGq, sejam realizados os Simpósio de Geoquímica das Argilas e o Simpósio de Geoquímica de Manguezais

Para maiores informações e orientações a respeito de apresentação de trabalhos científicos (a data limite para envio de resumos de 15 linhas é 23 de março de 2001), visite a página do VIII Congresso Brasileiro de Geoquímica.

www.geologia.ufpr.br/8cbgq




7. SELEÇÃO PARA INGRESSO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA ORGÂNICA NA UFRRJ (MESTRADO E DOUTORADO).

As inscrições estarão abertas de 12/03 até 30/03.

  • LINHAS DE PESQUISA:
    • Agrobioquímica
    • Físico-Química
    • Fotoquímica
    • Modelagem Molecular
    • Produtos Naturais
    • Síntese Orgânica

Maiores informações no seguinte endereço:

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Química
Programa de Pós-graduação em Química Orgânica
Tel: (021) 682-1210/1220 Ramal 204
Telefax: (021) 682-1872 - 2807
Email: mgeraldo@ufrrj.br (Prof. Mário Geraldo de Carvalho/Coordenação do PPGQO)



8. SIBAE 2002

XV Congresso da Sociedade Iberoamericana de Electroquímica Évora (Portugal)

8-13 de Setembro de 2002
correio.cc.fc.ul.pt/~xvsibae/ e-mail: xvsibae@fc.ul.pt




9. PÓS-DOUTORADO E DOUTORADO EM FISICA NA UNIVERSIDADE DE GOTEBORG

A divisão de físico-química da Universidade de Goteborg esta abrindo oportunidades de doutorado e pós-doutorado em Teoria de Líquidos e Dinâmica de Reações Químicas.

Para maiores informações, consulte www.phc.gu.se/phc9899.pdf
www.che.gu.se/~nyman

Os interessados, devem enviar curriculum vitae para

Registor
Goteborg University
PO-Box 100
Se-40530
Goteborg
Sweden

e duas cartas de recomendação para

Roland Kjellander
Physical Chemistry

Goeborg University
Se-41296
Goteborg
Sweden




10. CURSO DE TRATAMENTO DE DADOS DE EXAFS

Até 20 de março serão recebidas inscrições de interessados em participar do curso "EXAFS analysis using FEFF and FEFFIT", organizado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Em nível avançado, o curso será ministrado pelo Dr. Bruce Ravel, do U. S. Naval Research Laboratory, nos dias 8, 9 e 10 de maio, na sede do LNLS, em Campinas. As vagas são limitadas a 20 participantes.

Mais informações e o formulário para solicitar inscrição estão em www.lnls.br




11. DATA LIMITE DE APRESENTAÇÃO DE RESUMOS PARA O II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ESTRUTUROLOGIA É 6 DE ABRIL PRÓXIMO

Caro Colega,

Gostaria de informar que a data limite de apresentação de resumos para o II Simpósio Brasileiro de Estruturologia é 6 de abril próximo.

Este Simpósio será realizado na cidade de Tiradentes-MG e os trabalhos completos (em inglês) serão publicados em volume especial da revista Materials Research.

Além de contar com um resumo seu e sua participação no evento, gostaria de solicitar-lhe que divulgue o II SBE internamente em seu Departamento, particularmente entre aqueles colegas que pesquisam e aplicam Estruturologia.

Mais informações estão disponíveis na home-page do II SBE:
www.nadcem.demet.ufmg.br/sbe2001.

O endereço para envio dos resumos eh: sbe2001@demet.ufmg.br

Agradeço a participação e espero encontrá-lo em Tiradentes,

Atenciosamente,

Prof. Wander L. Vasconcelos
Presidente da Comissão Organizadora do II SBE




12. AUMENTA PROCURA POR PESQUISADORES UNIVERSITÁRIOS: GANHOS MAIORES ATRAEM PROFISSIONAIS INTERESSADOS PRINCIPALMENTE NAS ÁREAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, QUÍMICA E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Berenice Menezes escreve para a "Gazeta Mercantil":

O engenheiro quimico André Ramos concluiu a graduação na UFRJ em 96, sem nenhuma perspectiva profissional.

Um mês após a formatura, recebeu oferta para trabalhar em uma companhia de petróleo e, no mesmo período, foi notificado de que o seu pedido de bolsa para o mestrado tinha sido aceito.

'Fiz o caminho inverso dos meus colegas', diz. Sem estar certo da decisão, o engenheiro optou pelo meio acadêmico - dos 50 alunos de sua classe na UFRJ, apenas 10% pensavam em trabalhar com pesquisa.

André Ramos acertou na escolha. Passados quatro anos, já terminou o mestrado, modalidade 'sanduíche' (parte no Brasil e parte no exterior), emendou no doutorado e há quatro meses recebeu o título.

'Estou realizado', afirma. Aos 27 anos, Ramos acaba de trocar a capital carioca pela Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju, Sergipe.

O salário foi o principal atrativo. 'Ganho pelo menos 30% mais que um docente de uma Universidade Federal da região Sudeste', diz.

Contratado como professor adjunto, trabalha em regime de dedicação integral e divide o tempo entre a pesquisa (28 horas) e a sala de aula (12 horas) - André integra o Depto. de engenharia ambiental da Unit, um dos mais promissores da instituição.

A trajetória de André Ramos mostra como o mercado de pesquisa está aquecido no País. A cada ano, o segmento atrai novos profissionais. A engenharia química está entre as quatro áreas que mais crescem. Perde para saúde, educação e ciências biológicas.

A observação é do coordenador do Diretório de Pesquisa do Brasil, Reinaldo Guimarães, professor do Instituto de Medicina Social da Uerj.

Em parceria com o CNPq, ele concluiu um estudo sobre o perfil dos pesquisadores em atividade em 224 instituições brasileiras, públicas e privadas. 'A classe nunca esteve tão valorizada.'

Para o pr-reitor de pesquisa da Universidade de SP (USP), Hernan Chaimovich, o que mudou na comunidade científica foi o prestígio.

'As pessoas começam a respeitar os doutores, talvez porque passaram a reconhecer o grau de dificuldade exigido para se chegar a esse ponto', diz. 'Chegar à sala de aula de uma Universidade ou estar à frente de um projeto de pesquisa requer anos de estudo e dedicação.'

Segundo Reinaldo Guimaraes, o numero de profissionais que concluem o doutorado cresce de forma surpreendente no Brasil. Em 2000, o País formou 5 mil novos doutores, ante 1 mil em 90.

Para cada 50 graduados, apenas um chega ao fim do doutorado (anualmente, 300 mil estudantes brasileiros concluem o terceiro grau). Dos 1.860 docentes da Universidade de Campinas, 93% tem título de doutor.

O pró-reitor de pesquisa da Unicamp, Ivan Chambouleyron, diz que a qualificação da carreira vive seu apogeu. 'Em 98, contratávamos professores apenas com graduação ou mestrado. Hoje, quem não tem doutorado está automaticamente fora do mercado.'

Para Reinaldo Guimarães, aqueles que decidem pela academia sabem que a satisfação profissional fica no campo intelectual, e não no financeiro.

Quem está na área, porém, não esconde um certo contentamento com os ganhos Ricardo Leal, diretor do Instituto de Administração Coppead, ligado à UFRJ, afirma que a possibilidade de se ganhar bem no meio científico é concreta.

'Há dois meses, uma recém-doutora do Coppead, por exemplo, foi contratada por uma instituição particular do Rio por um salário mensal de R$ 6,5 mil, sem contar a remuneração oriunda da pesquisa. Um professor do Coppead ganha mais', diz Leal, sem precisar os valores.

Os rendimentos mensais de um professor titular da Unicamp giram em torno de R$ 5.240.

'Quem chega ao posto tem vários anos de Universidade, por isso é comum o acúmulo de cargos de chefia, além das gratificações por tempo de serviço e dos trabalhos realizados com grupos de pesquisa para instituições particulares', diz Angelo Cortelazzo, pró-reitor de graduação da Unicamp.

'A remuneração pode ser pelo menos três vezes maior.' Ivan Chambouleyron endossa o coro dos satisfeitos. 'Os salários são razoáveis, o que não quer dizer que estejam no patamar ideal. Podem melhorar.'

A possibilidade de uma remuneração decente, segundo Cortelazzo, seduz os novatos. 'O salário de doutora pode garantir o meu sustento e até os meus luxos', afirma a historiadora Juliana Pinto, formada há quatro meses pela PUC/Rio - ela atualmente integra uma equipe de pesquisa ligada ao Museu da República e à Biblioteca Nacional.

'O título de doutorado abre portas, mesmo para uma carreira distante da área tecnológica', diz. Juliana está prestes a ingressar no mestrado, mas sonha com o doutorado - se tudo der certo, aos 26 anos, ela fará parte, de fato, da comunidade científica.

Reinaldo Guimarães, da Uerj, vê o crescimento da classe como consequência do aquecimento do mercado.

'Hoje, até a indústria valoriza quem tem títulos. Há cinco anos, isso não era assim'. Os números divulgados pelo CNPq mostram que 60% dos pesquisadores brasileiros estao concentrados na Região Sudeste - 80% desses profissionais estão em SP.

'A concentração excessiva em determinadas localidades do País é negativa', diz Guimarães.

'O lado otimista é perceber que está havendo mais estímulo por parte das empresas para que a pesquisa cresca também nas regiões Norte e Nordeste.'

O aumento da participação feminina foi outro dado que chamou a atenção dos estudiosos. As mulheres com até 29 anos de idade já são maioria no meio. Representam 53% dos 2.373 pesquisadores nesta faixa etária.

Mas os homens ainda lideram esse mercado, principalmente nas faixas acima dos 60 anos. 'No próximo censo, as mulheres serão a maior parte da comunidade', diz Guimarães. 'Nunca me senti discriminada no Brasil pelo fato de ser mulher', diz Mayana Zatz, professora titular da USP.

Mas sentiu diferenças no tratamento quando fez pós-doutorado nos EUA. 'O salário das mulheres era diferente. Usava a bolsa para pagar a escola das crianças.

Fonte: (Gazeta Mercantil, 13/3)



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