Está no ar a homepage da 24a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
Química - SBQ.
Basta entrar na homepage da SBQ (www.sbq.org.br) que a janela referente
a homepage da Reunião Anual aparece. Clique nesta janela para acesso.
Estaremos constantemente atualizando esta página. Em breve, todas as
informações relacionadas à inscrição e submissão de trabalhos online
também serão disponibilizadas.
É importante deixar claro que esta página é melhor visualizada com
resolução de seu monitor 800x600.
Lembro mais uma vez que seria interessante se todos dessem uma olhada
nos templates de resumos para a próxima Reunião Anual da SBQ
Estão a disposição, na home-page da SBQ (www.sbq.org.br) os modelos de
resumos que serão utilizados para submissão de trabalhos para a
próxima Reunião Anual da SBQ.
Entre na home-page da SBQ, clique em "SBQ" e depois em "INFORMAÇÕES".
Lá você encontra:
Ainda e só um teste e peço a colaboração de todos para que possamos
implementar um sistema inédito nas reuniões de nossa sociedade.
Nosso objetivo é deixar todos familiarizados com estes templates, para
evitar problemas na época de submissão dos trabalhos para a reunião
anual.
Luiz Carlos
2. PARTICIPAÇÃO DA SBQ NO XXIV CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE QUÍMICA &
XXI CONGRESSO PERUANO DE QUÍMICA
Realizou-se em Lima, Peru, nos dias 15-19 de outubro p.p. em Lima o
XXIV Congresso Latino-Americano de Química, organizado pela Federação
Latinoamericana de Associações Químicas (FLAQ) simultaneamente com o
XXI Congresso Peruano de Química. Patrocinado pela Sociedad Peruana de
Química. A SBQ enviou uma comitiva composta pelos Prof. Eliezer J.
Barreiro, Hans Viertler e Jaílson Bittencourt de Andrade, Presidente,
Conselho e Coordenador dos Editores do Journal of Brazilan Chemical
Society, respectivamente.
A participação da SBQ se destacou pelo "stand" que a SPQ disponibilizou
no âmbito da Quimitec' 2000, exposição tecnológica-científica anexa ao
Congresso. Neste "stand" proveram-se as revistas da SBQ, Journal of
the Brazilian Chemical Society, Química Nova e Química Nova na Escola,
que fizeram imenso sucesso entre os participantes.
A julgar-se pela procura de informações dos diversos participantes de
diferentes países pode-se concluir que nossas revistas foram
extremamente bem recebidas.
Cabe destacar a participação do Editor do JBCS em Mesa-Redonda sobre
"Publicações", onde discutiram-se as estratégias editorias regionais
das diferentes sub-áreas da Química. A participação do prof. Jaílson
Bittencourt de Andrade, Coordenador dos Editores, evidenciou a correção
da linha editorial adotada no JBCS, que se destacou pelo seu elevado
padrão de qualidade.
Outrossim, a participação da SBQ na Assembléia Geral da FLAQ permitiu
uma integração com as co-irmãs latino-americanas, em consonância com o
tema de nossa próxima reunião anual que foi amplamente divulgada. Foi
deliberado que o XXV Congresso Latino-Americano de Química será
realizado em Cancun, no México, em 2002, estando o Brasil inscrito
como candidato a sede em 2006.
São Paulo, 28 de outubro de 2000.
Eliezer J. Barreiro, SBQ
Hans Viertler, SBQ
Jaílson B. de Andrade, SBQ
3. PRÊMIO PESQUISADOR JÚNIOR FIOCRUZ EMS - SIGMA PHARMA DE CIÊNCIA &
TECNOLOGIA EM SAÚDE, NA ÁREA DE QUÍMICA DE PRODUTOS NATURAIS
A Professora Rosângela de Almeida Epifanio do Instituto de Química da
Universidade Federal Fluminense foi a vencedora do Prêmio Pesquisador
Júnior FIOCRUZ EMS- Sigma Pharma de Ciência & Tecnologia em Saúde, na
área de Química de Produtos Naturais.
A Professora Rosângela Epifanio fêz seu Doutorado, no Programa de
Química Orgânica do IQ da UFRJ, sob a orientação do Professor Angelo
C. Pinto. Uma das criadoras do LAPROMAR, Laboratório de Produtos
Naturais Marinhos da UFF, Rosângela vem se destacando como uma das mais
promissoras pesquisadoras da Química de Produtos Naturais de Organismos
Marinhos do País. O LAPROMAR foi estruturado com recursos da
International Foundation for Science (Suécia) e do Programa de Apoio
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT).
No edital QEQ II-PADCT destinado a grupos emergentes, Rosângela
coordenou o projeto que foi classificado em primeiro lugar entre 108
concorrentes. Suas pesquisas além da originalidade são de altíssima
qualidade. Atualmente a Professora Rosângela
tem projeto de colaboração internacional com o Prof. William Fenical
do Center of Marine Biotechnology and Biomedicine, UCSD. Um de seus
últimos artigos mereceu capa do Journal of Organic Chemistry.
Nota do Editor: A Diretoria e Conselho da Sociedade Brasileira de
Química parabenizam a Professora Rosângela de Almeida Epifanio pelo
belíssimo Prêmio. Parabéns!!!
4. PRÊMIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O Prêmio Cidade do Rio de Janeiro de Ciência e Tecnologia deste ano foi
conferido, por unanimidade, à Acadêmica Eloisa Biasotto Mano,
Professora Emérita da UFRJ, com larga experiência na pesquisa de
polímeros.
A entrega do Prêmio será no Palácio da Cidade, no dia 4 de dezembro, às
15:00 horas.
Nota do Editor: A Diretoria e Conselho da Sociedade Brasileira de
Química juntam-se aos membros de nossa comunidade para parabenizar a
Professora Eloisa Biasotto Mano pelo merecido Prêmio.
Parabéns Professora!!!
5. ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM QUÍMICA DE
PRODUTOS NATURAIS NO NÚCLEO DE PESQUISAS DE PRODUTOS NATURAIS (NPPN)
DA UFRJ
Estarão abertas de 01.12.2000 a 30/01/2001 as inscrições para o
mestrado e doutorado em química de produtos naturais no Núcleo de
Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN) da UFRJ. Para os candidatos ao
mestrado serão ministradas aulas de nivelamento (opcional) em química
orgânica e espectrometria no período de 02/01/2001 a 31/01/2001.
Nos dias 01/02/01 e 02/02/01 haverá provas de química orgânica e
espectrometria para os candidatos ao mestrado e entrevista e exame de
currículo para os candidatos ao doutorado.
O NPPN mantém as seguintes linhas de pesquisa:
Qualquer informação adicional contactar Marinea: tel: 0xx212702683
posgrad@nppn.ufrj.br
Fonte: Prof. Ricardo Machado Kuster
Coordenador
6. QUANDO OS MESTRES ERRAM, ARTIGO DE MARCELO GLEISER
Hoje gostaria de contar uma história que exemplifica como a idéia de
autoridade intelectual opera na comunidade científica, muitas vezes com
efeitos negativos. Isso porque a imagem do grande mestre projeta uma
aura de infalibilidade que é falsa: grandes mentes também erram.
Durante os anos 20 e 30, a comunidade astronômica britânica era
dominada pela figura de Arthur Eddington. Foi ele quem provou, por meio
de observações de um eclipse do Sol em 1919, que a teoria da
relatividade geral de Einstein estava correta.
Foi ele quem desvendou, em grande parte, a composição química do Sol e
como as estrelas operam, contrabalançando a tendência de implodir pela
gravidade e a pressão criada pelas altas temperaturas no centro. Quando
Eddington falava, os astrônomos ouviam.
Na India, em 1930, um estudante de 19 anos, Subrahmanyan Chandrasekhar,
estava fascinado com os novos desenvolvimentos da física, a
relatividade geral e a mecânica quântica.
Ele decidiu fazer seu doutorado em Cambridge, Inglaterra, onde
lecionavam seus ídolos, Eddington e R. Fowler, que em 1926 havia
proposto uma resolução radical para um paradoxo levantado por
Eddington: o que acontece com uma estrela quando ela esgota seu
combustível interno e esfria?
A teoria dizia que ela passaria por uma sucessão de estados de
equilíbrio, encolhendo, esquentando e se reequilibrando até esfriar
novamente, encolher, esquentar etc. "Alto lá!", exclamou Eddington.
"Se isso for verdade, a estrela irá então encolher até desaparecer?
Certamente deve haver uma lei da natureza que impeça esse absurdo."
A "lei" foi proposta por Fowler, com base na mecanica quântica. Ele
mostrou que, quando a estrela encolhe e sua densidade passa de um
determinado valor, os elétrons no centro da estrela vão ser espremidos
tão perto uns dos outros que uma nova pressão passa a operar.
Podemos visualizar o que ocorre imaginando que cada elétron está
confinado a uma pequena célula que, com o aumento da compressão, tende
a diminuir. Os elétrons reagem movendo-se a altíssimas velocidades
dentro de suas células, gerando pressão que as mantém firmes,
interrompendo o processo de contração.
Eddington gostou da explicação, que salvava estrelas ultracompactas
chamadas "anãs brancas" da completa implosão. Entra em cena
Chandrasekhar que, ainda no navio para a Inglaterra, resolve estudar
se os elétrons conseguem balancear contrações arbitrariamente altas.
Afinal, é razoável supor que estrelas com massas bem maiores que a do
Sol causem pressões mais altas no centro. Usando métodos aproximados,
ele obteve resultado surpreendente: se a massa da anã branca for 1,4
vezes maior que a massa solar, os elétrons são incapazes de
contrabalançar o colapso.
Chandrasekhar chega a Cambridge e conta a Fowler seu resultado.
Infelizmente, a recepção de Fowler e da comunidade astronômica foifria.
Chateado, Chandrasekhar resolve estudar assuntos menos controversos
para seu doutorado. Diploma na mão, ele decide apresentar seus
resultados sobre a massa "crítica" das anãs brancas na Sociedade Real
de Astronomia.
Para sua surpresa, na mesma noite o venerado Eddington também iria
falar. Chandrasekhar apresenta os resultados de forma clara e
brilhante.
Eddington responde criticando severamente as idéias de Chandrasekhar e
apresentando sua própria versão do que acontece com as anãs brancas,
que, sabemos hoje, estava errada. Mas quem iria contrariar o grande
Eddington? Ele não podia aceitar uma estrela implodindo indefinidamente.
O golpe em Chandrasekhar foi tão duro que, por quase 20 anos, ele não
trabalhou no assunto. Mas ele estava certo e Eddington, errado. Em 1982,
Chandrasekhar ganhou o Premio Nobel, por essa e muitas outras
contribuições à astrofísica.
Para nos, fica a lição de que, em ciência, autoridade pode cegar a
visão de muitos durante um bom tempo. Mas, cedo ou tarde, se Davi tiver
melhores idéias do que Golias, ele vai vencer a batalha.
Fonte: Folha de SP, Mais!, 26/11
Nota do Editor: O autor, professor de física teórica do Dartmouth
College, em Hanover, EUA, escreve todos os domingos no suplemento
"Mais!" da "Folha de SP".
7. CONFERÊNCIA DE HAYA TERMINA SEM ACORDO SOBRE REDUÇÃO DE POLUENTES
Duas semanas de encontro não foram suficientes para que a 6ª
Conferência Internacional sobre a Mudança de Clima, encerrada ontem em
Haya, chegasse a um acordo político e a uma declaração final sobre
medidas a serem adotadas pelos paises para a redução da emissão de
poluentes.
Entre os decepcionados estavam o vice-primeiro-ministro britânico, John
Prescott, e organizações ecológicas internacionais, como o Greenpeace.
"Esta reunião entrará para a história como o momento em que os governos
abandonaram a cooperação em escala mundial para proteger a Terra",
afirmou a entidade em comunicado oficial.
O grupo Amigos da Terra reprovou a atitude dos EUA, Japão e Canadá, que
bloquearam medidas para a redução da emissão de poluentes, o que
contribuiria para a diminuição do aquecimento global.
Críticas no mesmo sentido foram feitas pelo Worldwide Fund for Nature.
"Esses paises, que estão entre os maiores emissores de gases, querem
debilitar o Protocolo de Kyoto, de 1997, onde ficou acertado que, até
2012, os paises reduziriam em 5,2% a emissão de gases que agravam o
efeito estufa", acusou o WWF. "E a União Europeia foi incapaz de
superar a resistência dos maiores poluidores", lamentou um de seus
membros.
A conferência de Haya foi convocada para concretizar o Protocolo de
Kyoto, que precisava da assinatura de 55 paises para ser ratificado.
Mas a entrada em vigor do acordo compromete os paises industrializados,
que não conseguem reduzir a emissão de gases aos níveis de 90.
As polêmicas começaram com as propostas dos EUA de instaurar um sistema
de intercâmbio de créditos entre paises que superam as metas de redução
de emissão e os que não podem alcançá-las e que se reconhecesse as
nações que conservam bosques e lavouras porque absorvem dióxido de
carbono.
Os adversários dizem que isso premiará paises que nada fazem pelo
ambiente.
O ministro holandês do Ambiente e presidente da conferência, Jan Pronk,
apresentou proposta para resolver as diferenças entre EUA e União
Européia, considerada insuficiente. Nova conferência ocorrerá em
Marrocos, no ano que vem.
Fonte: O Estado de SP, 26/11
8. SARDENBERG: DIÁLOGO FICOU PREJUDICADO NA CONFERÊNCIA SOBRE CLIMA
Foram adiadas para maio as negociações políticas com o objetivo de
ratificar o protocolo de Kyoto, o que deveria ter acontecido durante a
VI Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança Global do Clima (COP 6), de 13 a 24/11, em Haya, Holanda.
Na avaliação do chefe da delegação brasileira no evento, ministro
Ronaldo Sardenberg, as exaustivas reuniões ficaram restritas ao nível
técnico, prejudicando o diálogo político, necessário para convencer os
paises industrializados da importância da redução da emissão de gases
de efeito estufa na atmosfera.
Sardenberg é de opinião que a conferência fracassou por causa da
insistência norte-americana em modificar o protocolo. "Os americanos
não tiveram uma posição criativa ou flexível, em função do volume de
compromissos que este instrumento implica", afirmou o ministro.
O protocolo de Kyoto prevê a diminuição em pelo menos 5% da emissão de
gases de efeito estufa em relação ao volume jogado na atmosfera em
1990. Sardenberg lembrou ainda que, ao contrário dos paises europeus,
que já estão desenvolvendo políticas limpas, os EUA aumentaram em 11%
a liberação de gases nos últimos dez anos.
"Queremos a implantação do Protocolo de Kyoto em sua íntegra e que os
compromissos assumidos pelos paises desenvolvidos sejam cumpridos",
defendeu Ronaldo Sardenberg, ao antecipar a posição brasileira no
encontro de maio.
Afirmou também que o Brasil espera o funcionamento imediato do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que possibilita a
participação de paises em desenvolvimento em projetos de redução.
Ainda não está marcada a data da nova conferência, a qual abrigará os
180 representantes de governos e organizações ambientalistas. Além dos
EUA, Japão e Canadá insistem em não ratificar o protocolo de Kyoto,
criado em 1997.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MCT
9. BRASIL CULPA OS EUA PELO FRACASSO DE HAYA
Cláudio Angelo escreve de Brasília para a "Folha de SP":
O ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, culpou os EUA pelo fracasso da
Conferência de Haya em impulsionar o cumprimento do Protocolo de Kyoto.
Sardenberg, que chefiou a delegação brasileira à reunião encerrada
sábado, afirmou que a COP-6 (Sexta Conferência das Partes da Convenção
do Clima) fracassou pela insistência norte-americana em modificar o
protocolo.
"Os americanos não tiveram uma posição criativa ou flexível, em função
do volume de compromissos que esse instrumento implica", declarou o
ministro.
Na contramão da meta do protocolo -- reduzir emissões de paises
industrializados em 5,2%, até 2012, sobre os níveis de 90 --, os EUA
já aumentaram suas descargas de gás carbônico em 11%.
Com o aumento nas emissões, subiram também os custos: para atingir as
metas de Kyoto, os EUA gastariam algo em torno de US$ 100 bilhões por
ano. Computam-se aí a redução prevista e o acréscimo de emissões
produzido por um crescimento econômico de cerca de 4% ao ano.
Para baratear a redução, a delegação norte-americana sugeriu que o
carbono sequestrado pelas florestas do país fosse "abatido" das
emissões, o que não agradou aos paises europeus.
O comércio de emissões entre paises do Anexo 1, mais industrializados,
também causou divergências. Para os EUA, responsáveis por 25% das
emissões de gás carbônico (principal responsável pelo aquecimento
global), não deveria haver limites a esse comércio. A Europa discorda.
Segundo Sardenberg, as "exaustivas discussões técnicas" acabaram
tomando todo o espaço das negociações políticas. Elas foram postergadas
para outra reunião, em maio de 2001, que já está sendo chamada de
"COP-6,5".
É também nessa segunda rodada que deverão ser finalmente acordadas as
regras para a implementação do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo), que permitiria aos paises subdesenvolvidos vender
"créditos-carbono" aos paises ricos.
Fonte: Folha de SP, 28/11