QUÍMICA NOVA também esta online, na home-page da SBQ. Voce pode
acessar os arquivos PDF a partir do Vol. 23, No. 5, Set/Out 2000.
Daqui em diante todos os números de Química Nova irão para a rede
sendo disponibilizados como arquivos PDF.
Confira também as Normas para Publicação em QUÍMICA NOVA atualizadas,
em português e também em inglês.
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2. PRÊMIO NOBEL 2000 VAI PARA FÍSICA E TECNOLOGIA DE SEMICONDUTORES
A Academia Sueca de Ciências decidiu premiar dois cientistas e um
inventor por trabalhos fundamentais para a moderna Tecnologia da
Informação. O prêmio foi dividido, metade para os físicos Zhores I.
Alferov, russo do Instituto Físico-Técnico Ioffe de São Petersburgo e
Herbert Kroemer, americano da Universidade da California em Santa
Bárbara - pelo desenvolvimento das heteroestruturas semicondutoras
usadas na micro e optoeletrônica - e a outra metade para o engenheiro
Jack S. Kilby, da Texas Instruments - pela invenção e desenvolvimento
do circuito integrado, conhecido como chip.
As heteroestruturas formadas por camadas de semicondutores compostos,
em geral dos elementos dos grupos III e V da Tabela Periódica,
possibilitaram a fabricação de transistores ultra-rápidos usados em
bases de comunicações via satélite e de telefones móveis e diodos a
laser empregados para o fluxo de informação por cabos de fibras ópticas
e também em aparelhos de CD, leitoras de código de barras e apontadores
a laser. O Brasil já conta com físicos competentes desenvolvendo
pesquisa de fronteira na área básica de Materiais Semicondutores em
várias instituições e universidades. Há 20 anos, a comunidade se
encontra em um workshop bienal onde tópicos avançados são discutidos
com a participação de convidados estrangeiros - incluindo dois
laureados com o Nobel. O próximo, organizado pela UNICAMP, será
realizado no Guarujá em abril de 2001.
O chip foi a base da moderna revolução tecnológica que levou aos
sofisticados computadores e processadores de alta velocidade e
desempenho que já fazem parte da nossa vida diária. Infelizmente, o
Brasil não foi capaz de acompanhar este competitivo desenvolvimento
tecnológico apesar, ou em virtude, da anacrônica lei de reserva de
mercado para a Informática. Atualmente, está sendo proposta a criação
de subsídios para atrair empresas estrangeiras no setor, com mecanismos
que contemplem alguma transferência de tecnologia. Para outras
informações e dados biográficos, visite os sites dos laureados e
http://www.nobel.se/announcement/2000
Aflerov - http://194.85.224.34/pti00002.html
Kroemer - http://www.ece.ucsb.edu/Faculty/Kroemer/default.html
Kilby - http://www.ti.com/corp/docs/kilbyctr/jackstclair.shtml
Fonte: Boletim da SBF
3. VAGA EM PROJETO PIPE-FAPESP
Exigência: Título de Doutor até 02/2001 e currículo adequado a uma solicitação de bolsa para a FAPESP.
FÁTIMA FERNANDES
Folha de São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2000
Além de carro, vinho, petróleo e componentes, o Brasil está se
transformando em grande importador de mão-de-obra.
De janeiro a agosto, 9.579 estrangeiros entraram no país para trabalhar
-mais do que o dobro quando se compara com igual período de 99 (4.695).
Levando-se em conta também a entrada de artistas e esportistas,
acrescentam-se ao número deste ano mais 2.178 pessoas e, ao do ano
passado, mais 2.090.
Os números são do Ministério do Trabalho. O setor que mais importou
trabalhadores foi o de prospecção de petróleo. De janeiro a agosto, as
empresas trouxeram 5.648 pessoas, 192% mais do que em igual período de
99. Esse crescimento é consequência da abertura da prospecção de
petróleo no país às empresas estrangeiras. "É o resultado das
licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo), que aconteceram há
dois anos", afirma Sadi Ribeiro, coordenador-geral de imigração do
Ministério do Trabalho.
As privatizações, diz, também ajudaram a aumentar a importação de
mão-de-obra. "Uma empresa que faz investimento de R$ 1 bilhão no
Brasil, às vezes, prefere trazer um técnico de fora."
Os número do ministério comprovam. De janeiro a agosto, 997
engenheiros entraram no país para trabalhar, 164% mais do que em igual
período de 99.
A importação de químicos e físicos cresceu 182% -de 151 para 426.
Além da abertura do mercado de petróleo e das privatizações, o
Ministério do Trabalho atribui o crescimento da entrada de
estrangeiros no país à falta de mão-de-obra para tarefas técnicas.
"Às vezes não se encontra no Brasil trabalhador com conhecimento
específico para operar em algumas áreas." Podem faltar também até
dirigentes para companhias mais especializadas.
Levantamento feito há dois anos pela Catho, consultoria especializada
em recursos humanos, mostrou que os dirigentes estrangeiros são mais
preparados do que os brasileiros.
De uma mostra de 1.356 executivos, dos quais 5% estrangeiros, a Catho
constatou que 26% dos estrangeiros ouvidos tinham doutorado ou
mestrado. No caso dos brasileiros, apenas 7,3%.
Pela pesquisa, a consultoria detectou que 43% dos estrangeiros foram
diretores de empresas. Quanto aos brasileiros, 27%.
"É uma mostra pequena, mas quer dizer alguma coisa. Isso não significa,
porém, que não existem brasileiros qualificados. Eles existem.
Tanto que estão trabalhando e ganhando bem lá fora", diz Thomas Case,
fundador da Catho. O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que
trabalha com pesquisadores, acabou se transformando em fornecedor de
mão-de-obra, justamente por exigir qualificação dos seus funcionários
e investir neles. Recentemente, a Embraer acabou contratando meia dúzia
de pesquisadores do IPT. "Eles se capacitaram e saíram para ganhar
mais", diz Sandra Stivi, coordenadora de RH do instituto.
O Ministério do Trabalho não considera tão significativa a importação
de mão-de-obra. Alguns especialistas ouvidos pela Folha já acham
importante, pois levam em conta o fato de o país ter 7,2 milhões de
desempregados, que querem achar uma vaga.
5. FUNDECT/MS DIVULGA RESULTADO DE EDITAL
A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia
do Estado de Mato Grosso do Sul - Fundect divulgou, hoje, o resultado
do edital 01/00 de seleção de projetos de pesquisa científica e
tecnológica.
Dos 104 projetos submetidos à Fundação por pesquisadores de diversas
instituições de ensino e pesquisa localizadas no Estado (UEMS, Empaer,
UFMS, Embrapa, Uniderp, UCDB), foram aprovados 40, aos quais serão
destinados um total de R$ 835.593,56 ao longo de dois anos.
A seleção baseou-se fundamentalmente no mérito científico das
propostas, analisado por consultores ad hoc da comunidade científica
nacional, além da relevância destes projetos para o desenvolvimento
científico e tecnológico do Estado.
A Fundect iniciou suas atividades em janeiro de 1999 e este já é o
segundo edital para seleção de projeto de pesquisa. No primeiro, foram
aprovados 37 projetos no valor de aproximadamente R$ 750 mil que se
encontram em execução.
Para este segundo edital, os recursos referentes à primeira parcela já
estão disponíveis e serão liberados tão logo sejam assinados os
convênios com as instituições a que estão vinculados os pesquisadores.
Fonte : Fundect (
6. CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA SOBRE MEIO AMBIENTE, EM BELO HORIZONTE,
DEBATE DISPUTA PELA ÁGUA
A disputa por água, principalmente pela bacia do Rio Jordão, é um dos
motivos de conflito entre israelenses e palestinos. Cerca de 60 paises,
Brasil inclusive, vivem algum tipo de discórdia em função da água.
"Faz parte do nosso presente a água ser alvo de conflitos justamente
por ela ser considerada um recurso econômico estratégico", diz
Sanderson Leitão, consultor internacional da Unesco em Recursos
Hídricos, que participa da 3ª Conferência Latino-Americana sobre Meio
Ambiente (Ecolatina) inaugurada nesta segunda-feira em Belo Horizonte.
Apesar de deter 11,6% de toda água doce superficial do mundo, o Brasil
esbarra na distribuição irregular dos recursos hídricos e no
desperdício, "resultados de um passado de descuido", segundo Leitão.
O consultor destaca que 70% das águas nacionais estão na Região Norte
e que apenas 6,8% da população brasileira pode usufruir dos recursos
hídricos. O Nordeste, que abriga 28,9% da população, é a região que
mais sente a escassez de água, dispondo apenas de 3,3% dos recursos.
Em Recife, por exemplo, já pode ser detectado um afundamento do
terreno, devido à perfuração de poços artesianos, e uma contaminação
dos lençóis pela invasão das águas do oceano, explica Leitão.
Em MG também não tem sido diferente, apesar de o estado ser
considerado modelo em gestão de recursos hídricos. O Vale do
Jequitinhonha é a região mineira que mais sofre com a falta de
recursos.
"Quem não tem água é obrigado a sair. O problema na região se
transformou num conflito de exclusão. Sabemos que existem recursos e
tecnologia para reverter a situação, mas não se faz nada", lamenta
Paulo Maciel Junior, secretário- adjunto de Meio Ambiente de Belo
Horizonte.
Em 97, entrou em vigor a Lei Nacional de Gestao e em julho deste ano
foi criada a reguladora Agência Nacional de Água, que já teve seus
integrantes sabatinados e aprovados pelo Senado e deve entrar em
operação no próximo mês.
O saneamento básico é uma urgência, pois apenas 10% dos esgotos de
todo o país são tratados.
O restante é jogado na natureza, contaminando também o solo. Outro
problema é a perda de 40% a 60% da água tratada no percurso entre a
captação e os domicílios por causa de tubulações antigas, vazamentos e
desvios clandestinos.
Exatamente por ser um dos principais problemas da atualidade que a
água foi escolhida como tema central da Ecolatina, considerada o maior
encontro ambiental realizado no país, desde a Rio-92 reunindo
empresários, políticos, especialistas e juristas para discutir os
principais problemas ambientais que preocupam o país e o mundo.
"Participarão três mil pessoas e 117 palestrantes, todos formadores de
opinião. Nosso objetivo é divulgar o máximo essa situação preocupante",
assinala o coordenador geral da Ecolatina, o engenheiro Ronaldo Gusmão.
Além de debates, palestras e oficinas, está aberta ao público a Feira
Internacional de Tecnologias, Produtos e Serviços.
Ao término da conferência, será redigida uma Carta com propostas para
melhorar a gestão ambiental no país. "Temos que divulgar o que foi
debatido porque é o cidadão comum que tem que cobrar alguma ação",
ensina Gusmão.
Fonte: Jornal do Brasil, 17outubro2000.
7. JORNADAS LATINO-AMERICANAS DE ESTUDOS SOCIAIS DA C&T, NA UNICAMP
O Depto. de Política Científica e Tecnológica da Unicamp organiza a
quarta edição das Jornadas Latino-americanas de Estudos Sociais da
Ciencia e Tecnologia (ESOCITE) entre os dias 23 e 26/10.
Objetivo: reunir os pesquisadores que vem analisando as relações
Ciência- Tecnologia-Sociedade na região; dar oportunidade aos
pesquisadores jovens e estudantes que se dedicam ao tema e àqueles que
trabalham em campos afins para que apresentem sua produção; gerar um
âmbito próprio para reflexão sobre as estratégias para a consolidação
do campo, assim como para a aplicação dos resultados dos estudos, em
particular na elaboração de políticas públicas.
O Programa da IV ESOCITE abrange a realização de 5 mesas redondas
(Homenagem ao prof. Amilcar Herrera; Antropologia da Ciência e da
Tecnologia; O Cenário da Democratização na América Latina e a Política
de Ciência e Tecnologia; Desafios à Teoria da Inovação em Paises
Periféricos e Ciência, Tecnologia e Gênero), 12 painéis e 24 sessões
de comunicação coordenada onde serão discutidos 190 trabalhos
inscritos.
Fone: (19) 3788-4555 E-mail: redcts@ige.unicamp.br
Site: http//www.unicamp.br/esocite
8. CURSOS DE ENGENHARIA QUÍMICA VIA INTERNET
Inscrições abertas para novos cursos da Escola Piloto Online em
Engenharia Química da Coppe/UFRJ, versao 2000.
Acesso através do endereco: http://www.peq.coppe.ufrj.br.
O curso é dirigido a alunos de graduação ou profissionais que desejam
se atualizar, em nivel introdutório, em tópicos da Engenharia Química
pouco explorados em cursos de graduação e de crescentes aplicações em
problemas multidisciplinares.
Cursos com início em 23/10:
Totalmente ministrados e avaliados através da internet. Alunos
aprovados terão direito a certificado.
Fone: (21) 590-2241
9. ERNST HAMBURGER GANHA O PRÊMIO KALINGA 2000 DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA DA UNESCO
A Academia Brasileira de Ciências foi informada por Joaquim Gentil
Netto, secretário executivo do IBECC, que o Prêmio Kalinga 2000 de
Divulgação Científica da Unesco havia sido concedido a Ernst Wolfgang H
amburger, da área de Ciências Físicas, e Diretor do Estação
Ciência/USP.
O mesmo prêmio foi concedido em 99 ao físico Ennio Candotti, um dos
fundadores e editor-geral da "Ciência Hoje" e "Ciência Hoje das
Criancas" durante muitos anos.
Fonte: ABC
10. D. PAULO EVARISTO ARNS RECEBE TÍTULO DE DOUTOR HONORIS CAUSA
DA UNICAMP
Nesta sexta-feira, 20/10, às 9,30h, no Centro de Convenções da
Unicamp-SP.
O arcebispo emérito de SP, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, recebe o
título de Doutor Honoris Causa por indicação dos alunos da
Universidade.
A honraria é conferida a pessoas que tenham contribuído de forma
notável para o progresso das ciências, das letras e das artes,
beneficiando a humanidade ou prestando relevantes servicos à
Universidade.
O título será entregue durante Assembléia Universitária Extraordinária,
presidida pelo reitor Hermano Tavares e especialmente convocada para
este fim.
A indicação dos estudantes foi prontamente atendida pela Reitoria e
pelo Conselho Universitário, em função da dedicação e do trabalho do
cardeal nas áreas dos direitos humanos e da justiça social,
reconhecidos internacionalmente.
Aos 79 anos, dom Paulo também tem sua vida marcada por importante
atividade acadêmica, incluindo o título de doutor pela Universidade de
Sorbonne, de Paris, com a qualificação "très honorable".
O arcebispo emerito doou à Unicamp a colecao 'Brasil Nunca Mais', que
hoje integra o Arquivo Edgard Leuenroth.
Durante visita da comissão especial de análise da honraria e de alunos,
em SP, dom Paulo revelou estar particularmente sensibilizado com esse
título, pelo fato de a proposta ter partido dos estudantes da
Universidade.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Unicamp
Secretaria Geral SBQ