PORTO ALEGRE - Cerca de 3 mil pessoas que utilizaram a insulina
transgênica apresentaram sintomas de diversas doenças e pelo menos
10% podem estar com problemas de saúde, segundo pesquisas. O alerta
foi dado ontem pela bióloga Mae-Wan Ho, do Departamento de Ciências
Biológicas da Open University da Grã-Bretanha, acrescentando que
muitas das pessoas que utilizavam a insulina transgênica "voltaram a
usar a insulina tradicional".
As declarações da cientista chinesa, naturalizada inglesa, foram
feitas após audiência que manteve com o vice-governador gaúcho Miguel
Rossetto, cujo governo elogiou pelo trato com a biotecnologia e por
sua decisão de declarar o Rio Grande do Sul como zona livre de
transgênicos. Mae-Wan Ho disse que "está na hora de o mundo declarar
a moratória dos produtos geneticamente modificados, pela necessidade
de mais pesquisas".
"A maioria das pesquisas sobre transgênicos está voltada para o
comércio de produtos e o lucro, em vez de se centrarem sobre os
efeitos na saúde humana e na natureza. As pesquisas deveriam destinar
maior quantidade de recursos para a análise dos riscos dos
transgênicos, inclusive proibindo a patente de produtos geneticamente
modificados", afirmou.
Mae-Wan Ho recordou que no início da década de 90 foram revelados
"casos de 37 pessoas mortas nos Estados Unidos pelo consumo de um
suprimento alimentar com um aminoácido transgênico e que outras
1.500 pessoas ficaram doentes".
A cientista frisou que a importância de testes sobre riscos que os
transgênicos podem provocar é crescente, pois pesquisas recentes
demonstraram "a resistência dos genes transgênicos a antibióticos, à
cura de doenças infecciosas, com isso colaborando para o surgimento
de novos vírus e bactérias". (José Mitchell)
Fonte: JBOn Line, 05outubro2000
Software especialmente desenvolvido para a consulta permite opinar
sobre como os fundos devem ser administrados.
O cidadão brasileiro poderá fazer críticas e dar sugestões às
propostas de decretos destinadas a regulamentar a gestão dos Fundos
Setoriais de C&T, recentemente sancionados pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso. O Ministério da Ciência e Tecnologia inaugura o
mecanismo de Consulta Pública sobre o assunto, com o objetivo de
tornar ainda mais transparente o processo de gestão dos recursos
colocado à disposição do setor.
Um software especial foi desenvolvido para dar suporte a essa
consulta, que funcionará até o dia 20 de outubro. Qualquer pessoa
poderá ter acesso às propostas aqui no site do MCT
(clique http://www.mct.gov.br/Temas/Fundos/consulta.htm). Depois de
fazer a sua análise, o visitante poderá propor nova redação para os
artigos, parágrafos e incisos constantes nas Minutas apresentadas.
Quem não estiver ligado à Internet poderá enviar correspondência para
o endereço: Ministério da Ciência e Tecnologia, Secretaria Executiva,
Assessoria de Captação de Recursos - ASCAP, Esplanada dos
Ministérios, Bloco E, 5º Andar, Sala 591, CEP 70.067-900,
Brasília - DF.
A opção pelo modelo dos Fundos Setoriais dá início a uma nova etapa
no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. A perspectiva
de fontes estáveis, diversificadas e não-orçamentárias de
financiamento contínuo, assegurada pelos Fundos, possibilitará às
diferentes agências a retomada das atividades de fomento em caráter
regular. Além disso, a administração desses recursos se dará por
intermédio de Comitês Gestores formados por representantes da
comunidade científica e tecnológica, do setor produtivo, dos
ministérios e das agências reguladoras de cada setor contemplado.
Fonte: CT OnLine, MCT
Possibilidade de se descobrir novos medicamentos na natureza é
um dos principais argumentos para se defender a proteção da
biodiversidade, mas falta de programa nacional no setor emperra
estudos
O professor Rivaldo Niero, da Universidade do Vale do Itajaí
(Univali), conseguiu recentemente isolar dois novos compostos ativos
em plantas medicinais que podem atuar de maneira eficaz no combate a
dor e inflamações. Sua pesquisa reflete o potencial brasileiro para o
desenvolvimento de novas drogas, mas é uma iniciativa isolada dentro
da fitoterapia no Brasil, que não tem um programa nacional de pesquisa
sobre o uso de plantas medicinais. Sua criação será o principal tema
do XVI Simpósio de Plantas Medicinais no Brasil, que acontece entre os
dias 17 e 20 de outubro, em Recife, Pernambuco.
"Temos profissionais muito capacitados e os brasileiros aderem com
facilidade aos tratamentos envolvendo plantas, o que precisa é reunir
esses profissionais em torno de um programa comum", confirmou
Antônio José Lapa, presidente da Sociedade Brasileira de Plantas
Medicinais e professor titular de Farmacologia da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp). "Temos alguns centros fazendo estudos nessa
área, mas infelizmente, não há sensibilidade por parte do Ministério
da Saúde, que não entende o que é o estudo de plantas medicinais",
criticou.
A possibilidade de se descobrir novos medicamentos na natureza tem
sido um dos principais argumentos para se defender a proteção da
biodiversidade. É também o que mais movimenta a biopirataria. O
Brasil, no entanto, ainda não tem um sistema efetivo de proteção do
seu patrimônio natural e abandonou o Programa de Pesquisa de Plantas
Medicinais, organizado pela extinta Central de Medicamentos (Ceme),
que tinha como objetivo aproveitar melhor os recursos para a área
médica. O órgão foi fechado em 1998 pelo governo federal e substituído
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O programa nunca foi
retomado. "O ministério diz que pesquisa nessa área é muita cara e que
vai contra tudo o que o mundo está fazendo", disse o professor.
"Atualmente, temos alguns laboratórios financiando poucos centros de
pesquisa que são considerados tops, o que é bom, mas não atende às
necessidades brasileiras. Em nível estadual, também há algumas
iniciativas, mas na esfera federal, temos apenas o apoio da CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que
está começando um trabalho nessa área, mas não tem dinheiro
suficiente", contou Lapa.
Para uma planta ser considerada medicinal, há algumas exigências. Ela
tem de passar pelos estudos de eficácia, para saber se o resultado no
corpo humano é o esperado, pelo teste de toxicidade, e tem de atender
às determinações do controle de qualidade. "Controlar eficácia e
toxicidade é muito difícil porque em uma planta você encontra diversas
substâncias. Para estudar as substâncias ativas, deve conhecer tudo o
que tem na planta, que pode ter 20, 40 substâncias juntas", explicou
Lapa.
Segundo ele, atualmente o Brasil não tem condições de fazer um
controle químico de qualidade em relação a elas. Os estudos são caros
e demorados. "Temosm que determinar quais são as substâncias que
atuam, como elas se combinam, se uma potencializa a outra", completou
ele.
A enorme variedade de plantas e o fato de uma mesma espécie poder
apresentar características diferentes, de acordo com o ecossistema em
que vive, dificultam o controle de qualidade. "Isso é muito complicado
em plantas medicinais e por isso elas foram substituídas pelos
sintéticos. O problema agora é que essas substâncias não são mais
sintetizadas em número adequado para a introdução de novas drogas",
comentou. "O que a indústria faz é aperfeiçoar os medicamentos já
existentes, não criando drogas inovadoras, que não tenham o mesmo
efeito dos medicamentos já conhecidos", apontou o pesquisador.
Segundo Antônio Lapa, há entre 120 e 250 mil espécies vegetais no
mundo. A seleção de qual delas deve ser estudada é feita partindo-se
de indícios de que a pesquisa trará como resultado uma nova droga, com
plantas que já tenham indicação medicinal, normalmente usadas por
populações caboclas.
Faltam profissionais e tecnologia
Ele afirmou que, no Brasil, a indústria apenas produz e não desenvolve
medicamentos, o que causou falta de profissionais e tecnologia que
possam fazer estudos de eficácia e toxicidade. "Não temos indivíduos
capacitados para isso e não participamos das inovações. Além disso,
de acordo com estimativas internacionais, o investimento para se
introduzir um novo medicamento é de US$ 350 milhões, em um prazo
mínimo de 10 anos. Ou seja, se formos tentar desenvolver sintéticos,
já perdemos, pois não temos pessoas nem verba", disse ele.
Para poder entrar nesse mercado, Lapa apontou o investimento em
pesquisa com plantas medicinais, que existem em grande quantidade no
País. "Primeiro, porque temos possibilidade de desenvolver um
medicamento inovador. Além disso, tradicionalmente, as pessoas
aderem com mais facilidade ao uso de plantas medicinais, até por uma
questão cultural", comentou. Ele ressaltou também que muitas pessoas
de poucos recursos acabam utilizando as plantas medicinais e, com a
pesquisa, terão mais garantias de estar usando um medicamento eficaz.
Os estudos com plantas também proporcionarão, segundo Lapa, a
formação de recursos humanos e um sistema de avaliação adequada,
com o trabalho intenso do farmacoepidemiologista, profissional que
estuda na população se o medicamento que ela utiliza está sendo
indicado para a doença correta e se age da maneira esperada.
Com o trabalho desenvolvido pela Ceme, que foi coordenado por Lapa,
houve uma junção entre os diversos profissionais envolvidos na
pesquisa de plantas medicinais, como os farmacologistas, químicos,
biólogos, agrônomos e médicos que fazem a análise clínica, ou seja,
os testes em seres humanos. "A Ceme acabou, por problema de excesso de
corrupção, mas com ela terminou também a pesquisa. Hoje, apenas
alguns centros são capazes de produzir medicamentos com base em
plantas medicinais. A maior parte está mal equipada para avaliar a
eficácia e a toxicidade", disse o professor.
Duas linhas de pesquisa
De acordo com João Ernesto de Carvalho, coordenador da Divisão de
Farmacologia e Toxicologia do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas
Químicas Biológicas e Agrícolas da Universidade Estadual de Campinas
(CPQDA - Unicamp), há duas áreas bem limitadas nas pesquisas com
plantas medicinais no Brasil. A primeira constitui os projetos
iniciais em que se buscam em plantas desconhecidas novas substâncias.
O segundo grupo estuda vegetais mais conhecidos. "O grosso dessas
pesquisas ainda é financiado por órgãos públicos", apontou.
Um dos cuidados com a planta medicinal é o uso irregular do resultado
que pode ser feito por parte da população. "Se alguém recomenda o uso
do chá de quebra-pedra, ao invés de se tomar um Buscopan, por
exemplo, já começa a confusão. Só foi estudada uma espécie de
quebra-pedra. Como a população vai saber identificar qual é a espécie
correta?", indagou.
No momento, a Unicamp trabalha na pesquisa de plantas medicinais que
tenham compostos com atividade antiinflamatória, que ajudem no
tratamento de úlceras, e buscam substâncias anti-câncer. "Temos a
flora mais rica do mundo, uma das maiores biodiversidades do planeta,
e podemos descobrir drogas fantásticas, o que falta é incentivo",
ressaltou. "Nessa área de medicamentos, o Brasil continua trocando
ouro por espelhinhos, só que hoje o ouro é verde", finalizou.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
também está investindo em uma pesquisa sobre o cerrado e a Mata
Atlântica, que avalia extratos vegetais coletados nessa áreas para
detecção e seleção de espécies com potencial de atividade antifúngica,
antitumoral, antioxidante e antimalárica. A pesquisa integra o Projeto
Biota, que estuda a biodiversidade do Estado, e é coordenada pela
professora Vanderlan Bolzani, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp).
Fonte: Agência Estado, 03outubro2000
VI ICFPAM - CONFERENCE ANNOUNCEMENT AND CALL FOR PAPERS
The Second Circular and Call for Papers for the VI International
Conference on Frontiers of Polymers and Advanced Materials VI ICFPAM,
to be held in Recife, PE, BRAZIL from 4 to 9 march, 2001, is
available at the conference website:
http://www.df.ufpe.br/~icfpam2001
The conference provides a unique scope involving a blend of science,
technology and business. It brings together leading international
scientists, engineers, top level industrial management and business
executives for discussions on the current status of advanced
materials, new technologies and industrial and business
opportunities. You are cordially invited to visit our website and to
participate in this conference, which will happen for the first time
in Latin America.
Anderson S. L. Gomes and Celso P. de Melo Physics Department, UFPE,
Brazil National Chairpersons
Paras N. Prasad - Samuel P. Capen Chair, Executive Director, The
Institute for Lasers, Photonics and Biophotonics, SUNY at Buffalo,
USA International Chairperson
De 09/10/2000 a 20/10/2000 estarão abertas as inscrições para o
Programa de Mestrado em Química dos Recursos Naturais do Departamento
de Química da Universidade Estadual de Londrina, PR. O período de
seleção será realizado entre 06/11/2000 e 10/11/2000. Serão ofertadas
até 5 vagas. Maiores informações pelo telefone 043-371-4711 com Sra.
Verginia ou Prof. Wagner J. Barreto, Coordenador do Programa;
e-mail mestradoquimica@uel.br.
Fonte: Prof. Wagner J. Barreto, Coordenador do Programa de
Mestrado, DQ-UEL.
Serão aceitas até o dia 17 de outubro, no horário das 9 às 21h no
campus da Monte Alegre : R. Ministro Godoi, 969 4o. andar -
secretaria setorial.
Maiores informações com Sandra no tel. (11) 256.1622 r. 211 das
11 às 16h.
e-mail: cesimahc@pucsp.br
Fonte: Programa de Estudos Pós Graduados em História da Ciência
PUC - SP
07 A 11 DE MAIO DE 2001 - RIO DE JANEIRO
A Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear (AUREMN)
fará realizar o VIII ENCONTRO DE USUÁRIOS DE RMN E O
I ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE RMN, no período de 07 a 11 de maio
de 2001, no estado do Rio de Janeiro.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Sonia Maria Cabral de Menezes
Petrobras/Cenpes/Diquim Quadra 07 - Ilha do Fundão
21949-900 Rio de Janeiro, RJ Tel 55 21 865-6171 e 865-6914
FAX 55 21 865-6296 -
E-mail: sonia@cenpes.petrobras.com.br
OU AINDA : www.auremn.org.br clicar em EVENTOS e clicar em
Próximos eventos VIII ENC 2001
Secretaria Geral SBQ