Apesar das limitações, a educação a distância começa a prosperar no
País. Somente nos últimos três meses, os investimentos no setor
ultrapassaram US$ 72 milhões, e Universidades virtuais começam a
surgir e ganhar o mercado
A jornalista brasileira Michelle Maruyama vive há três anos no Japão.
Isso, porém, não impediu que ela continuasse seus estudos em SP.
Como outros 175 estudantes, Michelle é aluna do curso virtual de
especialização em moda e comunicação da Universidade Anhembi-Morumbi,
uma das dez instituições que integram a Universidade Virtual do
Brasil (UVB).
Como Michelle, a educadora Marcia Martins quer melhorar a
qualificação profissional e aplicar, na escola que dirige, o que está
aprendendo em um curso de psicopedagogia. Há um mês, ela é aluna da
Univir, no Rio.
Histórias como a de Michelle e Márcia tendem a tornar-se cada vez mais
comuns, se for levado em conta o ritmo de expansão dos cursos a
distância via Internet no Brasil. Em três meses, foram anunciados
investimentos de pelo menos R$ 72 milhões em sete novos projetos.
São, na maioria, cursos livres, para profissionais que pretendem
desenvolver competências específicas. As áreas são as mais diversas:
administração, línguas, informática e recursos humanos.
Os responsáveis pelos projetos são educadores de escolas de renome,
como a Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP -- que vai
lançar em outubro o programa IBM a Distância, resultado de um acordo
com a multinacional --, até empresas como a Bolsa de Mercadorias e
Futuros que vai colocar em seu site ferramentas para aulas virtuais
de economia e finanças.
O governo federal também está atento à revolução em curso e apoia a
Universidade Virtual Pública do Brasil (Unirede), um pool de 63
instituições, lançado há duas semanas. Os avanços, porém, esbarram em
uma série de limitações estruturais e culturais.
"A perspectiva é de melhora, mas o número de acessos ainda é pequeno
e a velocidade de acesso ainda é baixa", analisa Elizabeth Rondelli,
membro do Comitê Gestor da Unirede.
Fonte: O Estado de SP, 3setembro2000.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ficou em primeiro lugar
nas regiões Norte e Nordeste em número de projetos de pesquisa
aprovados pelo edital 3 do CTPetro, o fundo setorial do petróleo,
divulgado esta semana.
Em nível nacional, está em segundo, perdendo apenas para a UFRJ.
Ao todo, a UFPE teve 12 projetos aprovados. Metade deles serão
desenvolvidos exclusivamente pela instituição.
"Os outros são coordenados por pesquisadores da UFPE, em colaboração
com outras instituições", explica o pró-reitor de pesquisa e
pós-graduação da UFPE, Paulo Cunha.
Para ele, a UFPE conseguiu aprovar tantos projetos por causa da
qualidade de suas pesquisas em áreas como Física, Química e Meio
Ambiente.
"Mesmo sem tradição em estudos no setor de petróleo, a UFPE soube
articular os Departamentos e as outras instituições", justifica.
O pró-reitor estima que os projetos totalizam R$ 8 milhões.
Os valores de cada um, no entanto, apenas serão revelados no dia 15
pela Finep, que coordena o Ctpetro. O fundo, criado este ano, é
mantido com os royalties pagos pelas industrias do setor à Agência
Nacional de Petróleo (ANP).
Um dos projetos aprovados pelo CTPetro preve o desenvolvimento de um
sensor para detectar falhas em dutos de petróleo.
A partir das variações no campo magnético, Fernando Machado, do Depto.
de Física da UFPE, pretende localizar os vazamentos. O sensor
magnético integra o pig, que se desloca dentro dos dutos. Como o
aparelho chega sujo ao final da operação, é chamado de pig (porco,
em inglês).
O sensor se baseia na magnotoimpedancia gigante, fenômeno descoberto
pelo próprio pesquisador, em 92.
Fernando Machado coordena o projeto, que tem a participação de outras
quatro instituições: o Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), a
PUC/RJ, a UFRJ, a USP e a Fundacao Centro Tecnologico para
Informática de Campinas (CTI).
Fonte: Jornal do Commercio, do Recife, 1setembro2000.
Os bancos de dados "Quem é Quem em Educação Ambiental no Brasil" e
"Produção Acadêmica em Educação Ambiental no Brasil" são uma
iniciativa do Projeto Rede Brasileira de Informações em
Biodiversidade (BINbr), coordenado pela Base de Dados Tropical, em
parceria com o Ministério do Meio Ambiente, com recursos do Tesouro
Nacional e do Banco Mundial (Global Environment Facility - GEF).
Os bancos funcionam no endereço eletrônico No caso do "Quem é Quem", cada pessoa, ao se cadastrar, recebe uma
senha para atualizar permanentemente seus dados, evitando que o
cadastro fique obsoleto.
Em "Produção Acadêmica", o autor pode tornar disponível, para os
usuários do banco, a versão integral do trabalho cadastrado.
O objetivo do projeto é incrementar o intercâmbio entre os educadores
ambientais e facilitar o acesso a subsídios que poderão ser úteis na
reflexão e elaboração das práticas educativas.
Fonte: JCE-mail, 1setembro2000.
Entre os meses de outubro e novembro, a Universidade Estadual de
Maringá (UEM) abre inscrição para os cursos de mestrado e doutorado
do Programa Pós-Graduação em Engenharia Química.
O programa tem a Química como área de concentração, nas seguintes
linhas de pesquisa: desenvolvimento de métodos analíticos;
eletroquímica; estrutura, conformação e estereoquímica; físico-química
orgânica; polímeros de compósitos; química analítica ambiental e
análise de traços; química bioinorgânica; química de alimentos;
química de coordenação; química de materiais; química de produtos
naturais; química de solos.
Para o mestrado, que oferece 20 vagas, a seleção será feita por meio
de análise do histórico escolar e do currículo, além do desempenho no
Exame Classificatório de conhecimentos gerais em Química e
entrevista.
Matrículas em 1º a 4/2 de 2001 e início das aulas em 5/3. O curso tem
quota de bolsas da Capes, do CNPq e é recomendado com nota de
avaliação 3.
Fone: (44) 261-4332
De 28/1 a 3/2 de 2001, na Universidade Estadual do Ceará - UECE, av.
Paranjana, 1.700, Itaperi, Fortaleza, CE.
Tema: "O papel e os desafios do Químico para o novo Século"
Recebimento de trabalhos para a Mostra de Iniciação Científica até
30/10.
Inscrições abertas até 15/01 de 2001.
O Curso de Especialização "Teoria e Prática da Divulgação Científica",
promovido pelo Núcleo José Reis de Divulgação Científica da ECA/USP, é
resultado de intensas pesquisas que o NJR vem desenvolvendo sobre a
linguagem e demais posturas envolvidas no ato de comunicar C&T.
O objetivo é proporcionar conhecimentos básicos sobre o exercício da
divulgação científica, como instrumento fundamental de ação para a
promoção da cidadania.
O curso, com duração de um ano e meio, é coordenado pelos professores
Ciro Marcondes Filho, Crodowaldo Pavan e Oswaldo Frota-Pessoa, com
início das aulas em 2 de outubro, às segundas e terças-feiras, de 19h
às 23h.
Os candidatos devem desembolsar R$ 20,00 no ato da inscrição e portar
cópia autenticada de diploma de graduação ou pós-graduação, em
qualquer área do conhecimento, além do curriculum vitae. É
recomendavel o conhecimento da língua inglesa.
Inscrições até 25/9, de 9h às 11h e de 15h às 17h, na sede do
NJR/ECA/USP, à av. Prof. Lucio Martins Rodrigues, 443, bloco 9, sala
10, Cidade Universitária, SP.
Fones: (11) 3818-4021 e (11) 9185-8655 (com Osmir ou Mauro).
E-mail: nucleojosereis@eca.usp.br
O Edital 3 do fundo setorial da área de petróleo, o CTPetro, aprovou
144 projetos dos 585 projetos apresentados, sendo que deste total
nada menos de 430 foram considerados de qualidade.
Esse edital - o mais amplo até agora lançado pelo fundo, destina
R$ 55 milhões para projetos de cooperação Universidade-empresa, com
treze áreas temáticas.
Para disputar os R$ 55 milhões, os projetos apresentados envolviam
recursos da ordem de 374 milhões.
Essas informações foram prestadas ao "JC E-Mail" por André Amaral
Araújo, diretor da Finep, que é a secretaria executiva do CTPetro, o
primeiro dos fundos setoriais a entrar em funcionamento.
Os projetos encaminhados em função do edital 3 do CTPetro passaram
pelo crivo de um comitê que incluia oito consultores externos.
Tambem integrou o comitê um representante do próprio CTPetro.
Os projetos aprovados começam a receber os recursos do fundo a partir
de dezembro.
Segundo André Amaral Araújo, em outubro, o CTPetro lança mais um
edital, o de número seis.
Fonte: JCE-mail, 30agosto2000.
La mundializacion (globalização) actual es, sobre todo, la
mundializacion de los mercados en funcion de la libertad del capital
para invertir donde, cuando, porque, como, por quien y con quien
quiera, con el fin de maximizar su rendimiento.
Por eso, la mundializacion de hoy avanza bajo el signo de la
liberalizacion, de la falta de reglamentacion, de la privatizacion y
de la competitividad.
Esta libertad del capital se admite hoy mas que nunca, porque el
capital se identifica con las nuevas tecnologias y, por tanto -- en
una sociedad como la occidental, dominada a partir del siglo XIX por
el positivismo tecnocientifico --, con el progreso, del que se
considera principal promotor y productor.
Todo este clamor que se produce en torno a la "nueva economia", que se
supone que esta' basada en la e-economia (donde la "e" equivale a
electronic based), se resuelve de hecho en una exaltacion del capital
y en la ecuacion capital= "e-economia"= "nueva economia"= "progreso".
El matrimonio entre mundializacion y tecnologia se consuma asi
gracias al capital.
El triunfalismo que a proposito de la "nueva economia" caracteriza a
los lideres del mundo occidental ha encontrado una fuente de
afirmacion acentuada en las nuevas tecnologias de la ingenieria
genetica. Con ellas, la "nueva economia" no se limita a inundar el
planeta con una infinidad de superautopistas de informacion y
comunicacion.
Las nuevas biotecnologias prometen transformar la Tierra en una gran
biofabrica al servicio --segun aseguran nuestros dirigentes -- de la
mejora de la salud y de las condiciones de vida de todos los
habitantes. ¡Seria bonito poder creerlo!
Por desgracia, si se usan otros parametros, como el fomento del bien
comun, la salvaguardia del derecho a la vida de todos los seres
humanos y de su igualdad en el ambito de la ciudadania, la practica de
la solidaridad y de la cooperacion, nos damos cuenta de que el
matrimonio entre la mundializacion y la tecnologia se ha traducido,
sobre todo, en: primero, una pirateria legalizada de los bienes
comunes de la humanidad; segundo, en la expropiacion autorizada de los
derechos de ciudadania; tercero, en un apartheid tecnosocial mundial
legitimado.
La pirateria legalizada de los bienes de la humanidad no se
manifiesta solo en las formas tradicionales, como por ejemplo la
explotacion a un precio infimo de la mano de obra de los paises pobres
que lleva a cabo el capital mundial.
Es bien sabido que la opinion publica mundial critico duramente a la
empresa norteamericana Nike, en 97, por los miseros salarios que
concedia a sus trabajadores.
Ese ano, Nike ofrecio a Michael Jordan, a titulo de honorarios
publicitarios, una suma superior al salario total de 22.000
trabajadores asiaticos.
La actual pirateria se impone bajo la forma de la apropiacion privada
mundial de los recursos biologicos perpetrada por las empresas
multinacionales bioquimicas, farmaceuticas y agroalimentarias, gracias
a las patentes que la legalizan.
Se puede decir que el unico verdadero "derecho mundial" que existe es
el "Derecho de propiedad intelectual".
Esto permite al capital privado aduenarse, a menudo en contra de la
voluntad de las poblaciones locales, de la propiedad (aunque sea por
17 anos) y del control (excepto de otra empresa mas poderosa) del
capital biotico mundial, un 92% del cual esta' localizado en Asia,
Africa e Hispanoamerica.
Por eso, Vandana Shiva, una investigadora india, habla con razon de
biopirateria. Lo que explica tambien la actual y creciente oposicion
en todo el mundo a los OGM (Organismos Geneticamente Modificados).
La primera forma que toma la expropiacion autorizada de la ciudadania
es la de la reduccion de la persona humana a "recurso humano", cuyo
derecho a la existencia depende unicamente del grado de rendimiento y
utilidad para el capital.
Los derechos del "recurso humano" estan emparedados entre la
mundializacion y la tecnologia.
La mundializacion (especialmente del mercado del trabajo), porque la
existencia en otra parte del mundo de un "recurso humano" menos
costoso y mas rentable pulveriza el derecho al trabajo de los demas
"recursos humanos"; la tecnologia, porque esta determina el grado de
ocupacion del "recurso humano" en la medida en que este sustituya o
no al trabajo humano.
Cuanto mas capital se de' a las tecnologias sofisticadas e
"inteligentes", menos derecho a opinar tiene la persona humana. El
capital, por tanto, puede apropiarse de cuotas mayores de plusvalia
en la redistribucion de los beneficios. Al "recurso humano" no le
corresponde ningun derecho "natural", sino solo el deber de demostrar
su ocupacion.
La segunda forma de expropiacion es la tendencia en los llamados
paises desarrollados a la mercantilizacion de cualquier bien y
servicio. Todo se reduce a mercancia y se somete a las "reglas" del
mercado.
Asi ha ocurrido con los transportes aereos, los telefonos, los
seguros, los bancos, los trenes, los servicios de correos. Asi está
ocurriendo con la salud, la seguridad, las pensiones, el empleo, la
educacion, la electricidad, el gas e incluso el agua.
Cada vez hay menos "bien comun" y mas "bienes privados". Los
principios que regulan el "vivir juntos" son, cada vez en mayor
medida, la utilidad individual, el rendimiento financiero, la
productividad, los resultados.
Los derechos del ciudadano son proporcionales y existen solo atraves
de los derechos de los consumidores y los derechos de los accionistas.
Si uno no es consumidor solvente ni accionista de cierto peso, no
tiene mucho que decir ni mucha influencia.
El apartheid tecnosocial mundial legitimado ya no supone un riesgo.
Es ya una realidad -solo en apariencia paradojica- del sistema actual.
En teoria, las nuevas tecnologias de la informacion y de la
comunicacion (para simplificar, Internet) pueden ser un instrumento
potente y eficaz de democratizacion y de fomento de la creatividad
individual y de la diversidad cultural.
En realidad asistimos a la aparicion de un apartheid tecnologico
(los norteamericanos hablan de digital divide) a escala mundial entre
los que "saben y tienen acceso a los nuevos e-conocimientos" y los
que "no saben y no tienen acceso".
El apartheid es el resultado de la acumulacion de viejos y nuevos
abismos sociales entre instruidos y analfabetos, hombres y mujeres,
ricos y pobres, patrones y trabajadores, jovenes y ancianos, blancos
y de color, urbanos y rurales, los angloparlantes y los demas.
Internet esta' hecho, mas que nada, por y para los hombres
instruidos, blancos, jefes, english speaking, jovenes, urbanos.
La legitimacion del nuevo apartheid se basa en la desigualdad en los
niveles de formacion y de conocimientos.
Por tanto, es aconsejable no ser una mujer analfabeta, pobre, de
color, trabajadora, anciana, rural, not english speaking.
¿Quien dijo que ya no existian las clases sociales?
Fonte: El Pais, de Madri, 30agosto2000.
Nota do Editor: Riccardo Petrella é professor da Universidade
Católica de Lovaina, Espanha.
Secretaria Geral SBQ
4. PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Site: www.uem.br/~dqi/pqu.htm
5. 20o ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE QUÍMICA
Fax: (85) 299-2580
E-mail: eneq2001@uece.br
Site: www.enequi.hpg.com.br
6. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
7. EDITAL 3 DO CTPETRO REVELA ALTÍSSIMA DEMANDA DOS PESQUISADORES
8. GLOBALIZAÇÃO E TECNOLOGIA, ARTIGO DE RICCARDO PETRELLA SOBRE
A "PIRATARIA" DE BENS DA HUMANIDADE