SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No 196




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Veja nesta edição:
  1. Home-page da Sociedade Brasileira de Química - SBQ
  2. VII encontro nacional sobre contaminantes inorgânicos e II simpósio sobre essencialidade de elementos de nutrição humana
  3. Bioamazonia altera acordo com Novartis
  4. Sobram alunos e falta dinheiro nas universidades federais: dirigentes dizem não ser mais possível crescer sem novos investimentos
  5. Universidades: expansão da rede privada é o dobro da federal
  6. Qualidade do ensino superior não acompanha aumento de vagas
  7. CAPES abre inscrições para doutorado no exterior
  8. Estaduais paulistas lançam a 6a edição da base de dados UNIBIBLI
  9. Workshop sobre fluídos magnéticos

  1. HOME-PAGE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA - SBQ

Confira as atualizações feitas na home-page da SBQ:
No link "SBQ", colocamos:

Estamos atualizando constantemente nossa home-page e precisamos colocar links relacionados a química no mapa do Brasil que aparece em "Química no Brasil" para: Amazonas, Rondonia, Roraima, Acre, Amapa, Mato Grosso, Maranhão, Sergipe, Piauí, Tocantins e Rio Grande do Norte.

Ja colocamos alguns links em outros estados. Podem ser links para indústrias, universidades ou qualquer coisa relacionada a química em cada local.

Podem mandar outros links também de outros estados, que ainda não estejam na home-page. Por favor, deem uma olhada no link "química no Brasil" e cliquem nas siglas.

Um abraço e tudo de bom a todos,
Luiz Carlos Dias


  1. VII ENCONTRO NACIONAL SOBRE CONTAMINANTES INORGÂNICOS e II SIMPÓSIO SOBRE ESSENCIALIDADE DE ELEMENTOS DE NUTRIÇÃO HUMANA

VII ENCI 2000

Campinas, de 25 a 27 de outubro de 2000


Maiores Informações:

Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL - Av. Brasil, 2880 - CEP: 13073-001 - Campinas - SP - Fone: (0xx19)-241-5222 - Ramal: 143

e-mail: dilzambm@ital.org.br

Home-page: http://www.ital.org.br/quimica/x-top3_2.html


  1. BIOAMAZONIA ALTERA ACORDO COM NOVARTIS

O Conselho de Administração da organização social Bioamazonia aprovou, em reunião realizada em Manaus na sexta-feira, uma revisão do acordo de bioprospecção com a empresa farmacêutica multinacional Novartis Pharma AG, da Suíça.

A revisão do acordo teve por base a Medida Provisória 2.052, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético. O acordo foi analisado por 18 conselheiros - representantes de ministérios, instituições científicas e Universidades.

Entre os pontos revisados está a bioprospecção de plantas e animais. O acordo original, que não havia passado pelo crivo do conselho, previa a remessa para o exterior de material genético vivo (germoplasma) da Amazônia, na forma de cepas de microorganismos para o desenvolvimento de remédios na Suíça.

Na nova versão, o envio das cepas selecionadas pela Bioamazonia só será permitido depois de serem pesquisadas pela rede de laboratórios nacionais, principalmente os localizados na Amazônia.

A remessa de amostras à Novartis deverá ser precedida da celebração de contrato de utilização do patrimônio genético e de repartição de benefícios, especificando o percentual de cada beneficiário sobre eventuais royalties.

No acordo original, assinado em maio passado, a multinacional patentearia as descobertas e a organização social receberia 1% de royalties sobre o valor das vendas, por um período de dez anos.

"Esse contrato envolverá instituições de pesquisa e desenvolvimento do país. E destacará as diretrizes apontadas pelo conselho no que diz respeito ao direito de propriedade intelectual das inovações que advierem das cepas selecionadas.

As patentes serão discutidas caso a caso", afirmou o presidente da comissão que revisou o acordo original, Márcio de Miranda Santos, chefe do Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento da Embrapa.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, disse que a revisão do contrato com a Novartis servirá de matriz para outros acordos específicos:

"Esses contratos serão previamente submetidos à aprovação do Conselho de Administração da Bioamazonia".

Fonte: Folha de SP, 7agosto2000.


  1. SOBRAM ALUNOS E FALTA DINHEIRO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS: DIRIGENTES DIZEM NÃO SER MAIS POSSÍVEL CRESCER SEM NOVOS INVESTIMENTOS

Depois de comemorar o crescimento recorde de 8,4% no número de matrículas em cursos de graduação nas Universidades federais, registrado em 99, o sistema está diante de um impasse.

De um lado, o ministro da Educação, Paulo Renato, insiste na tese do uso mais eficiente dos recursos já disponíveis nas Universidades para continuar a expandir o ensino superior federal.

De outro, os dirigentes dessas instituições dizem ser impossível manter o ritmo de crescimento sem investimentos específicos.

Para eles, sem professores efetivos e, principalmente, sem novas salas de aula, laboratórios e bibliotecas, o Censo do Ensino Superior 2000 poderá não mostrar um quadro tão favorável quanto o de 99.

"Dentro dos nossos limites orçamentarios, temos de buscar uma ampliação via aumento da eficiência e, neste momento, as Universidades vem respondendo muito bem ao estímulo pela melhoria da produtividade", afirma o ministro Paulo Renato Souza.

Até agora, é o que de fato vinha ocorrendo. Reitores e comunidade acadêmica empenharam-se em encontrar caminhos para, com praticamente os mesmos recursos orçamentarios e de pessoal, ampliar o número de estudantes atendidos pelas 52 Universidades e escolas federais.

É o que o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor Emidio Cantidio de Oliveira Filho, chama de "reengenharia do ensino superior".

Nos últimos cinco anos, as Universidades federais cresceram 21,8% na graduação.

O orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), neste mesmo período, teve um aumento nominal de 28%, de acordo com o MEC.

Mas, pelas contas da Andifes, o quadro não é tão positivo. O valor gasto pela União com as Universidades federais em 94, corrigido pela inflação acumulada desde então, foi R$ 160 milhões maior que em 99.

Para atuar nas mesmas condições que há cinco anos, as Universidades deveriam receber mais do que a elas foi destinado.

Para Paulo Renato, um dos principais estímulos ao crescimento das Ifes foi exatamente a mudança na matriz orçamentaria - ou seja, na forma como o MEC distribui o dinheiro entre as Universidades.

Hoje, ela é baseada nos serviços que a instituição presta e no número de alunos que atende. Estudantes matriculados em cursos noturnos e de instituições em regiões carentes (Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste) valem mais.

A modificação deu o resultado esperado: as matrículas em cursos noturnos aumentaram 15,4% e no Nordeste a expansão foi quase duas vezes maior que a média nacional.

Apesar das respostas positivas, a disposição dos dirigentes em seguir a política do MEC está-se esgotando. "É muito difícil expandir e cada vez mais será", diz o pró-reitor de Graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Roberto Quental Coutinho.

A situação da UFPE é exemplo dos problemas enfrentados pelas Universidades para continuar crescendo. "Temos cursos com demanda para dobrar, mas não há como; teríamos de construir novos prédios", afirma Coutinho.

Para o reitor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), José Rubens Rebelatto, não falta disposição para colaborar com expansões dentro do que for possível. "Mas aguardamos ansiosamente investimentos em infra-estrutura para ampliar o atendimento com qualidade", assinala.

Em 99, a Andifes propôs assinatura de protocolo entre o MEC e as Universidades pelo qual elas garantiriam um crescimento de 10% na sua oferta de vagas, desde que houvesse o compromisso do governo em aumentar as verbas de custeio (investimentos em infra-estrutura) na mesma proporção.

A proposta foi discutida com o ministério, mas não houve acordo .

O ministro da Educação garante que esses investimentos virão assim que os 20% dos fundos setoriais para a ciência destinados à recuperação das Universidades federais sejam repassados para o MEC.

Calcula-se que R$ 200 milhões possam ser aplicados anualmente nas 52 Ifes. "Isso resolve definitivamente o problema da carência que muitas vezes nós vamos ter", explica Paulo Renato.

Para o presidente da Andifes, o fundo pode ser "uma luz no fim do túnel", mas os dirigentes querem garantir sua participação no processo que irá definir as formas de aplicação desses recursos para que realmente contribuam para a melhoria das Universidades.

"São fundos competitivos: quem não tiver qualidade não leva", lembra Oliveira.

Fonte: O Estado de SP, 6agosto2000.


  1. UNIVERSIDADES: EXPANSÃO DA REDE PRIVADA É O DOBRO DA FEDERAL

Comparado aos números do setor privado, o crescimento das Universidades federais em 99 parece muito pequeno, embora demonstre significativa melhora em relação a períodos anteriores.

Enquanto o número de alunos no setor federal aumentou 8,4%, as instituições privadas cresceram 16,9%. Desde 94, os cursos pagos acumulam um crescimento de 59,1%. As federais, 21,8%.

Esse desempenho das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) pode estar deixando fora da Universidade jovens sem condições de estudar em outra faculdade que não a pública.

Alguns números do próprio Censo do Ensino Superior de 99 demonstram que há demanda crescente por educação superior pública que não vem sendo atendida.

Nos últimos cinco anos, as Ifes cresceram mais do que em toda a década de 80. Mesmo assim, a relação candidato-vaga subiu de 8,03 para 9,57.

Em instituições particulares, esse índice teve uma leve queda: de 2,38 para 2,26.

"Se considerarmos que apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos estão na Universidade, num país com uma péssima distribuição de renda, é lógico supor que, dos 87% excluídos, boa parte não tem recursos para pagar por ensino superior", analisa o reitor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), José Rubens Rebelatto.

E não são apenas alunos de baixíssima renda que estão impossibilitados de seguir estudando em instituições privadas.

O estudante pernambucano Carlos André Silva, de 22 anos, terminou o 2º grau em colégio particular e tentou ingressar no curso de medicina. A dificuldade de conseguir uma vaga na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) - onde a concorrência chega a 22 alunos por vaga - fez com que Silva procurasse instituições pagas.

A falta de interesse das particulares em cursos de alto custo deixaram o estudante sem escolha. "Não se tem opção para fazer medicina em faculdades privadas, a não ser indo para RJ, SP ou MG, o que é praticamente impossível sem muito dinheiro", diz o estudante.

Silva acabou cursando direito na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Em poucos meses, por conta das altas mensalidades (em torno de R$ 400), desistiu de cursar a faculdade.

No Estado de SP, as duas únicas Universidades federais (Ufscar e Universidade Federal de SP - Unifesp) atendem menos de 1% dos estudantes de graduação.

No último ano, foram abertas 20 novas vagas para o vestibular, enquanto o número de candidatos cresceu de 17 mil para 20 mil. "A responsabilidade federal em SP deveria ser maior", diz a professora da Faculdade de Educação da USP, Lisete Arelaro.

Mais de 83% dos Universitarios paulistas estão matriculados em faculdades particulares. As instituições estaduais, historicamente responsáveis pelo atendimento da demanda local por ensino público, respondem atualmente por 4,8% das matrículas.

Fonte: O Estado de SP, 6agosto2000.


  1. QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NÃO ACOMPANHA AUMENTO DE VAGAS

Na opinião de parte da comunidade acadêmica, o crescimento das Universidades federais pode ter significado o sacrifício da qualidade de ensino.

Os indicadores favoráveis apresentados pelo MEC -- entre os quais o ministro Paulo Renato Souza salienta a qualificação do corpo docente -- não parecem suficientes para que professores e estudantes concordem que a expansão registrada nos últimos cinco anos tenha ocorrido nas condições devidas e mantido um bom nível pedagógico.

"Não há condições de as Universidades aumentarem suas vagas sem ônus", diz a professora do Depto. de Administração Escolar da Faculdade de Educação da USP, Lisete Arelaro.

Para ela, isso não quer dizer que seja impossível aprimorar o uso dos mesmos recursos públicos, mas a discussão sobre racionalização não é simples. "O problema é que há uma tendência de fazer tudo muito depressa na área da educação", afirma Lisete.

Por conta dessa rapidez, muitos cursos cresceram sem que houvesse tempo para preparativos estruturais.

A estudante de educação física da UFPE Ana Paula de Barros foi beneficiada pela ampliação do número de vagas no curso. "No início eram 20 alunos por turma; hoje são 60, mas a estrutura é a mesma", conta.

Segundo Ana Paula, quando chove, quadras e banheiros ficam alagados, impedindo a realização de aulas práticas, e os laboratórios utilizados pelos estudantes tem equipamentos arcaicos.

A opinião de que os números da expansão foram forçados pelo governo é maioria entre reitores e professores. O presidente da Andifes, Emidio Cantidio de Oliveira Filho, diz que o MEC "estimulou" as instituições a aumentar os índices de produtividade, por exemplo, impedindo a contratação de pessoal para fazer crescer a relação alunos/professor.

"Há uma pressão brutal sobre os reitores para que as Universidades aumentem o numero de vagas", afirma o presidente da Andes, Roberto Leher. Segundo ele, o MEC estaria forçando a abertura de cursos sequenciais e de Institutos Superiores de Educação, mais curtos e com público garantido por convênios com prefeituras do interior.

"É uma expansão abrindo mão da qualidade", avalia. Para Leher, essas modalidades de ensino superior são oferecidas em espaços inadequados, sem bibliotecas ou laboratórios, desvinculados do espaço acadêmico e com matérias condensadas, ministradas por docentes substitutos.

Fonte: O Estado de SP, 6agosto2000.


  1. CAPES ABRE INSCRIÇÕES PARA DOUTORADO NO EXTERIOR

Estão abertas as inscrições para bolsas de doutorado pleno no exterior, oferecidas pela Capes até outubro deste ano, para o início dos cursos em 2001. Os candidatos para cursos de doutorado pleno nos EUA devem se inscrever até o dia 22/09, uma vez que a Capes vai adotar, ainda este ano, novos procedimentos na concessão de bolsas para aquele país.

Os cursos devem ter duração de 12 meses mas a bolsa pode ser renovada, desde que não ultrapasse o total de 46 meses. A bolsa mensal é de US$ 1.100, mais uma mensalidade para auxílio instalação. A Capes cobre as despesas de todas as taxas escolares, passagem aérea na classe econômica e seguro-saúde.

O programa da Capes busca formar docentes e pesquisadores de alto nível para inserí-los no meio acadêmico e de pesquisa do país. O investimento é necessário para a inserção do Brasil nos mais avançados centros mundiais de pesquisa.

Outras informações no site www.capes.gov.br


  1. ESTADUAIS PAULISTAS LANÇAM A 6a EDIÇÃO DA BASE DE DADOS UNIBIBLI

As Universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) lançaram a 6a edição da base de dados Unibibli, em CD-ROM.

A publicação anual é um catálogo coletivo de livros, teses e publicações seriadas existentes nas bibliotecas das referidas Universidades.

O CD-ROM reune mais de 991 mil referências bibliográficas, bem como informações de mais de 50 mil coleções de periódicos desses acervos.

Site: www.unicamp.br/bc/HPOL103.HTML - Biblioteca Central da Unicamp
Fone: (19) 289-1503


  1. WORKSHOP SOBRE FLUÍDOS MAGNÉTICOS

De 11 a 15/9, em Brasília, promovido pelo Centro Internacional de Física da Matéria Condensada (UnB) e presidido por R. Perzynski (Université Pierre and Marie Curie, França) e F. A. Tourinho (UnB).

Tópicos incluídos: Teoria dos fluídos magnéticos e simulações computacionais; propriedades físicas; físico-química dos fluídos magnéticos; estudo espectroscópicos; tranferência de massa e calor; aplicações biomedicinais; magnetohidrodinâmicos.

Telefax: (61) 307-2569
E-mail: info@iccmp.br
Site: www.iccmp.br


Secretaria Geral SBQ


Contribuições devem ser enviadas para: luizsbq@iqm.unicamp.br
http://www.sbq.org.br