SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No 194




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Veja nesta edição:
  1. 8ª Conferência Internacional de Quimica de Selênio e Telúrio
  2. Seleção para o curso de doutorado no Departamento de Química Inorgânica - Instituto de Química - UFRJ
  3. Prêmio Almirante Álvaro Alberto para C&T e medalhas do mérito científico serão entregues no dia 10 no palácio do planalto
  4. Workshop debate popularização da ciência
  5. Universidades paulistas podem ter recursos suplementares
  6. Galembeck critica falta de inovação no país em palestra na SBPC
  7. Brasil faz estudo com recursos financeiros dos EUA
  8. Curso teórico prático sobre bioindicadores de qualidade da água

  1. 8ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE QUIMICA DE SELÊNIO E TELÚRIO

Nos dias 6 e 11/8, no Grand Hotel São Pedro, em Aguas de Sao Pedro, interior de SP.

Segundo Joao Valdir Comasseto, professor do Instituto de Química da USP e Chairmam do Congresso, a escolha do país, que vai sediar pela primeira vez o evento, se baseou na contribuição dada a esse ramo da química pela comunidade local.

"Podemos dizer que as pesquisas envolvendo selênio e telúrio estão entre as poucas contribuições inéditas que o Brasil deu à comunidade científica internacional na área de química", afirma Comasseto, que é membro da Comissão Organizadora Internacional da ICCST (Internacional Conference on the Chemistry of Selenium and Tellurium) desde 91.

Compostos de selênio e, principalmente, de telúrio, são largamente utilizados como reagentes sintéticos em várias reações desenvolvidas nos laboratórios da USP, as quais podem ser encontradas em livros de química orgânica de diversas partes do mundo.

Cientistas do mundo inteiro participarão de palestras e falarão sobre assuntos relativos a esta área.

Maiores informações pelo fone: (11) 3818-2176
Site: www.iq.usp.br/geral/8iccst/


  1. SELEÇÃO PARA O CURSO DE DOUTORADO NO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA - INSTITUTO DE QUÍMICA - UFRJ

O Departamento de Química Inorgânica do Instituto de Química da UFRJ está selecionando alunos para o seu Curso de Doutorado.

Documentação necessária:

Informações adicionais: Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Departamento de Química Inorgânica
tel: (0xx) 21 - 562-7146 (Sr. Ary ou Profa. Cassia)
e-mail: spg@iq.ufrj.br ou cassia@iq.ufrj.br

Atenciosamente,

Profa. Cassia C. Turci
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Química Inorgânica


  1. PRÊMIO ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO PARA C&T E MEDALHAS DO MÉRITO CIENTÍFICO SERÃO ENTREGUES NO DIA 10 NO PALÁCIO DO PLANALTO

Estão marcadas para o dia 10 de agosto, às 15h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente FHC e do ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, as solenidades de entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia a Aziz Ab'Saber e Ozires Silva, e de entrega das Medalhas do Mérito Científico a 70 personalidades.

Aziz Ab'Saber recebe o Prêmio Álvaro Alberto relativo à área de Ciências da Terra. Ele é geógrafo eminente, membro da Academia Brasileira de Ciências, ex-presidente e presidente de honra da SBPC, e tem mais de 50 anos de estudo e pesquisa, já tendo publicado mais de 320 trabalhos.

Ozires Silva ganha o Prêmio Álvaro Alberto relativo à área de Tecnologia Industrial. Ele é engenheiro, ex-ministro da Infra-Estrutura, e foi um dos principais artífices da criação da Embraer em 1970, da qual foi presidente até 86. Voltou a dirigir a empresa em 91, quando lançou o processo de sua privatização, concluída em 94. Já presidiu outras grandes empresas e hoje é presidente da Varig.

Na cerimônia de entrega das Medalhas do Mérito Científico, cabe destacar a homenagem a ser prestada à SBPC, que receberá a Medalha Nacional do Mérito Científico.

Fonte: JCE-mail , 28julho2000.


  1. WORKSHOP DEBATE POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA

Popularizar a ciência é cada vez menos uma preocupação exclusiva de cientistas, jornalistas ou educadores, pois está se estendendo também ao âmbito político em vários países. Na Inglaterra, o parlamento manifestou recentemente interesse em ampliar a participação da população nas decisões que envolvam ciência e tecnologia.

Os ingleses consideram que tornar as pessoas mais bem informadas sobre o assunto não é apenas uma questão educacional, mas tem conseqüências econômicas e sociais importantes.

Na esteira das declarações do parlamento britânico, a UNESCO, o British Council e o Office for Science and Technology do governo britânico, promoveram, em Londres, de 3 a 5 de julho, um workshop para aprofundar a discussão sobre a popularização da ciência, cumprindo com a recomendação da Conferência Mundial de Budapeste sobre Ciência e Tecnologia, promovida pela Unesco em meados de 1999. O workshop reuniu um grupo seleto de cientistas, jornalistas, diretores de museus e autoridades de várias partes do mundo, envolvidos com ações de divulgação científica, que fizeram relatos de casos de seus países e debateram caminhos para incentivar a divulgação em escala mundial.

Estiveram presentes australianos, indianos, chineses, sul-africanos, norte-americanos, franceses, alemães, italianos, húngaros, brasileiros e argentinos. Pelo Brasil, participaram Ennio Candotti, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundador e ex-editor geral da revista "Ciência Hoje" e "Ciência Hoje das Crianças", ganhador do prêmio Kalinga de Popularização da Ciência de 1999, concedido pela UNESCO, e José Fernando Perez, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo Candotti, o exemplo da Índia é impressionante e deveria ser seguido pelo Brasil. Na região de Kerala, governada há cerca de 50 anos pela esquerda indiana, as palestras e encontros de divulgação científica reúnem milhares de pessoas. "Guardadas as devidas proporções, já que o Brasil é um país bem menos populoso, o exemplo indiano ainda assim é fabuloso", afirma. A pioneira associação Kerala Sastra Sahitya Parishad (KSSP), que começou em 1957 como um pequeno grupo de ativistas e divulgadores científicos tem hoje 60 mil membros, espalhados em 2 mil unidades, cada uma das quais desenvolve várias atividades de educação e comunicação científica de caráter não formal.

Já Perez anunciou o comprisso da Fapesp em destinar uma porcentagem de seus auxílios à publicação a artigos de divulgação científica. Com isso, o pesquisador poderá incluir em seus relatórios de atividade científica os textos publicados em jornais e revistas não especializados. Essa determinação rompe com o tradicional sistema de avaliação, que só considera artigos publicados em revistas científicas, preferencialmente internacionais, e incentiva (pelo menos assim se espera) a divulgação da ciência.

O workshop de Londres não indicou ainda nenhuma ação concreta, mas aprovou-se um documento que expressa as principais diretrizes a serem consideradas em programas de popularização da ciência. Em primeiro, a necessidade de conhecer e respeitar as comunidades locais, suas crenças, seus hábitos e modos de vida. Em segundo, o empenho em conseguir fundos públicos para financiar os projetos de divulgação, uma vez que a economia de mercado dificilmente dará conta do problema sozinha. Em terceiro, a importância da formação e aperfeiçoamento profissional de comunicadores científicos, não só jornalistas, mas também pesquisadores. Em quarto, a busca pelo envolvimento crescente das sociedades científicas em projetos de divulgação. E, finalmente, a ampliação, por todos os meios, do público atingido por programas de divulgação científica.

Foi aprovada também a idéia de criar uma Federação Internacional de Divulgadores Científicos, que deverá ser amadurecida em reuniões posteriores antes de sua implementação.

Fonte : Com Ciência, 21julho2000.


  1. UNIVERSIDADES PAULISTAS PODEM TER RECURSOS SUPLEMENTARES

O governo do Estado poderá destinar uma suplementação orçamentária para as Universidades Públicas Paulistas, com o objetivo de auxiliar nos gastos com hospitais universitários, precatórios e aposentadorias. Esta possibilidade foi incluída na nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que fixa diretrizes para os gastos do governo estadual durante o exercício de 2001, aprovada na última virada do mês pela Assembléia Legislativa.

No texto original apresentado antes da votação constava que o governo "deveria" conceder esta suplementação. A alteração do verbo para o condicional deve-se à dependência de aprovação ou não do orçamento do Estado, que será votado no final deste ano. Uma decisão taxativa vai exigir nova mobilização frente às lideranças políticas da Assembléia.

As cerca de 40 emendas apresentadas à LDO que atingem diretamente as Universidades Públicas Paulistas, refletem o comprometimento conquistado por essas instituições junto aos deputados. Foi fundamental para sensibilizá-los a exposição do quadro do ensino público superior, descerrado durante as negociações para pôr fim à greve de quase dois meses nos campi da USP, Unicamp e Unesp.

As principais emendas sugeridas por deputados giravam em torno do aumento do percentual da quota parte do ICMS repassada pelo governo às três universidades paulistas, de 9,57% para até 11,6%. O próprio Cruesp, porém, preferiu concentrar esforços para a aprovação da suplementação orçamentária. Em carta datada de 21 de junho, os reitores Hermano Tavares, da Unicamp, Jacques Marcovitch, da USP, e Antonio Manoel dos Santos Silva, da Unesp, lembraram que "o decreto 29.598, de 2 de fevereiro de 1989, que concedeu autonomia adminstrativa às nossas instituições, estabelecendo provisionamento financeiro de suas atividades pelo repasse de uma percentagem do ICMS, desconsiderou o fato de existirem despesas que a rigor deveriam permanecer como responsabilidade do governo do Estado". Os reitores se referiam justamente às aposentadorias, custos com seus hospitais e precatórios.

Fonte: Semana Unicamp, 17-23julho2000.


  1. GALEMBECK CRITICA FALTA DE INOVAÇÃO NO PAÍS EM PALESTRA NA SBPC

"Os materiais atuais não são suficientes para um desenvolvimento sustentável, exigindo gastos excessivos na fabricação e causando poluição ambiental", afirmou coordenador geral da Unicamp Fernando Galembeck, durante conferência na Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no último dia 13. Ele falou sobre "A plástica das moléculas", abordando a importância da descoberta de novos materiais.

Uma das soluções apontadas por Galembeck para a poluição seria a responsabilidade do fabricante pelo descarte do produto final. "A poluição é matéria-prima desperdiçada que está no lugar errado", disse o coordenador, que também valorizou a importância de novas descobertas na área química. "Evoluções de novos materiais ocorrem todos os dias: surgem aços mais leves e mais resistentes à corrosão, cimentos com maior resistência mecânica, entre outros".

Galembeck realçou o fato de terem sido registradas 40 patentes neste primeiro semestre, somente na área de cimentos com micro-sílica, em todo o mundo. "No Brasil, já aprendemos a ser descobridores e publicadores. A próxima etapa é passarmos a ser inovadores".

Fonte: Semana Unicamp, 24-30julho2000.


  1. BRASIL FAZ ESTUDO COM RECURSOS FINANCEIROS DOS EUA

O Instituto de Medicina Howard Hughes, dos EUA, anunciou ontem a concessão de US$ 15 milhões para pesquisa sobre doenças infecciosas e parasitárias que afetam o Terceiro Mundo, como malária e tuberculose.

A verba foi concedida para projetos de 45 cientistas fora dos EUA, incluindo 4 em Universidades brasileiras.

"Essas doenças causam grande sofrimento ao redor do mundo, mas recebem atenção inadequada da ciência", disse o presidente do instituto, Thomas Cech, prêmio Nobel de Química de 89, durante a cerimônia de divulgação na quarta-feira, na sede do instituto, em Chevy Chase, Maryland.

Os brasileiros escolhidos são Marcelo Briones, da Universidade Federal de SP (Unifesp); Edgar Carvalho, da Universidade Federal da Bahia; Aldo Moreira Lima, da Universidade Federal do Ceará; e Pedro Lagerblad Oliveira, da Universidade Federal do RJ.

Cada um receberá entre US$ 225 mil e US$ 450 mil, por cinco anos.

Fonte :Folha de SP, 27julho2000.


  1. CURSO TEÓRICO PRÁTICO SOBRE BIOINDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA

De 7 a 11/8, em Jaguariúna, SP.

O curso, ministrado pela Embrapa, tem por objetivo incentivar e qualificar pesquisadores e estudantes a empregar bioindicadores para avaliação de riscos ambientais provocados pelo uso de compostos tóxicos.

Fone: (19) 3867-8710 E-mail: sac@cnpma.embrapa.br


Secretaria Geral SBQ


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