"A comissão de Atividades Internacionais da ACS dispõe de pequena
verba para financiar, total ou parcialmente, visitas curtas de um
ou dois químicos brasileiros aos Estados Unidos, em 2000. O auxílio
inclui uma ajuda financeira por visitante que contempla passagem,
alojamento e refeições.
As visitas, de duas ou mais semanas de duração, devem ter o
propósito de estabelecer contatos com pesquisadores americanos
seniores na área de Química (químicos ou engenheiros químicos),
visando o futuro desenvolvimento de projetos de cooperação ou outras
interações científicas. O visitante deve ter título de doutor
(doutoramento obtido nos últimos 5 anos) e vínculo empregatício
permanente. A concessão do auxílio requer o endosso da SBQ.
Os pedidos de auxílio devem ser submetidos a SBQ ate o dia 15 de
agosto p.f., idealmente; os pedidos recebidos até essa data serão
julgados em bloco, para priorização, na primeira semana de setembro.
Se nenhum pedido for recebido ate 15 de agosto, qualquer pedido
submetido posteriormente será analisado imediatamente após
seu recebimento.
Para concorrer ao auxílio, os candidatos devem enviar a SBQ os
seguintes documentos: formulário ACS devidamente preenchido (cópias
desse formulário devem ser solicitadas à secretaria da SBQ em São
Paulo), um plano das atividades planejadas (cerca de 200 palavras),
um curriculum vitae e uma lista de publicações. A aceitação da
visita por pelo menos um dos anfitriões americanos deve estar
assegurada na época em que o pedido for submetido a SBQ (anexar
cópia da carta convite ou de aceitação da visita). As visitas devem
ser programadas para os meses de setembro a dezembro de 2000.
A Sociedade Brasileira de Química - SBQ, representada pelo seu
Presidente, participou do II ELEQ/ X ENEQ/ XX EDEQ, realizado na
Faculdade de Química da PUC-RS, Porto Alegre, durante os dias
12-15 p.p.
O Evento, patrocinado pela Divisão de Ensino de Química, foi
dinâmico e de excelente nível, contando com centenas de
participantes.
Parabéns à Divisão pela realização do evento.
Eliezer J. Barreiro, Presidente da SBQ
EDITAL DE CONCURSO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA- ICET
A universidade Federal de Mato Grosso, por meio de seu Instituto de Ciências Exatas e da Terra - ICET, torna público o presente EDITAL DE ABERTURA DE TESTE DE SELEÇÃO para Contratação de PROFESSOR SUBSTITUTO na classe Auxiliar I, sob a égide da Lei no. 8745 e suas alterações, de acordo com as informações do quadro abaixo:
Informações: Av. Fernando Correa da Costa s/n. - Coxipó da Ponte
Departamento de Química-ICET-Universidade Federal de Mato Grosso
CEP: 78090-600 - Fones: O(xx)65-615-8760 e O(xx)65-615-8761
OF/CIRC/QEQ Nº 001/2000 Brasília, 11 de Julho de 2000
Ref.: PADCT/QEQ
Exmo.
Embaixador Ronaldo da Mota Sardenberg
MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O Grupo de Planejamento e Avaliação do Subprograma de Química e
Engenharia Química (GPA/QEQ/PADCT), reunido em 11/07/00, em
Brasília, nas dependências do MCT após analisar a atual situação do
PADCT III, resolveu encaminhar a Vossa Excelência suas preocupações
com respeito à continuidade do que consideramos ser o principal
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico nas
áreas de Química e Engenharia Química do País.
Quaisquer que sejam as análises feitas, estas demonstram que o PADCT,
na área de Química e Engenharia Química, foi essencial e pioneiro na
consolidação de uma infra-estrutura para o desenvolvimento destas
áreas no País, com a criação de novos grupos e consolidação de
outros, que ao receberem forte impulso, adquiriram nível
internacional.
A comunidade científica e empresarial participou efetivamente da
construção do PADCT, desde as longas e difíceis negociações com o
Banco Mundial até a elaboração de editais e julgamento dos projetos,
daí a alta credibilidade alcançada pelo Programa.
O PADCT, em sua fase III, foi formulado a partir de uma avaliação
positiva de suas fases anteriores, da necessidade de continuidade
do apoio a áreas estratégicas para o desenvolvimento do País e da
necessária reestruturação do Programa face aos novos desafios
apresentados.
Para tanto, durante praticamente dois anos, trabalhou-se na sua
formatação, com o envolvimento do governo brasileiro, em especial
da Secretaria Executiva do PADCT, dos técnicos do Banco Mundial e
da comunidade científica e empresarial do País, diretamente ou
através de representação nos grupos técnicos. O resultado foi um
programa que, em sua nova fase, garantia todos os aspectos
positivos alcançados nas fases anteriores e avançava nos aspectos
da gestão, avaliação e apoio à área tecnológica.
Depois do esforço e mobilização da comunidade científica, que
culminou com o lançamento do Edital do Subprograma QEQ com quatro
rodadas, o Programa foi repentinamente paralisado a partir do
início de 1999, para a frustração da comunidade de pesquisa do
País. Procedimentos adotados no PADCT III, como a exigência da
submissão e análise dos projetos via rede, são hoje adotadas por
outras agências e até mesmo por algumas universidades federais.
Depois de tudo isso, constata-se que somente 10% dos recursos
orçamentários do Subprograma QEQ foram desembolsados, sendo que,
uma das rodadas não teve sequer um projeto contratado.
Diante do exposto o GPA/QEQ entende que antes de qualquer ajuste do
programa, o Ministério de Ciência e Tecnologia deve honrar os
compromissos assumidos com os projetos aprovados.
O GPA entende ainda que o Mid Term Review previsto no acordo
internacional deve representar um momento de ajuste no que se
refere ao cronograma e outros aspectos considerados importantes,
não devendo promover nenhuma reestruturação mais profunda no
Programa. Para tanto o GPA/QEQ, enquanto representante da comunidade de
Química e Engenharia Química do país e, dentro das suas atribuições
coloca-se à disposição para participar do referido Review a partir de
diretrizes claramente estabelecidas pelo Secretário Executivo do PADCT.
O presente documento retrata a contribuição do GPA/QEQ composto
por: Ademir Neves - UFSC; Ângelo da Cunha Pinto - UFRJ; Antônio
Salustiano Machado - SECT/MG; Flamarion Borges Diniz - UFPE;- IPT;
Maury Saddy - UFF; Roberto Fernando de Souza Freitas - UFMG.
Atenciosamente,
Marco Giulietti
Coordenador do GPA/QEQ
NOTA DO EDITOR: Carta divulgada por solicitação do Prof. Angelo
da Cunha Pinto
Prof. Dr. Carlos Pacheco
MD. Secretário Executivo do MCT.
Prezado Professor Pacheco:
Tendo tomado conhecimento pela imprensa, do lamentável episódio
ocorrido com o Ministro Ronaldo Sardenberg, durante sua participação
na 52a Reunião Anual da SBPC, recentemente encerrada em Brasília,
solicito-lhe a especial fineza de participar ao Senhor Ministro o
repúdio da comunidade química da Sociedade Brasileira de Química ao
ato agressivo que foi vítima.
Cordiais saudações.
Dr. Elliezer J. Barreiro
Presidente da SBQ
A diretoria da SBPC reagiu prontamente ao ato de agressão sofrida
pelo ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, durante o debate sobre
política nacional de C&T, coordenado pela presidente da SBPC, Glaci
Zancan, na Reunião da entidade, no campus da UnB, em Brasília.
Um estudante aproveitou-se do momento em que uma professora fazia
entrega de um documento ao ministro para lançar um ovo no lado
esquerdo do rosto do ministro.
A SBPC considerou o caso como "atitude de intolerância, vandalismo
e obscurantismo".
Esta é a nota emitida pela SBPC sobre a ocorrência:
"A SBPC, através de sua diretoria, condena e repudia com veemência
a atitude de intolerância, vandalismo e obscurantismo que, no início
da tarde de hoje, interrompeu brutalmente um debate livre,
democrático e civilizado sobre os mais importantes problemas do
desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.
Essa ação inaceitável e vergonhosa ocorreu num momento de diálogo
produtivo e respeitoso entre a comunidade científica e o ministro da
C&T, Ronaldo Sardenberg.
O que assistimos, constrangidos, após uma semana intensa de
trabalhos construtivos, que mobilizou milhares de participantes, foi
uma agressão covarde e irracional à ciência brasileira, à livre
manifestação das idéias e às nossas mais caras conquistas
democráticas, tão bem refletidas ao longo dos 52 anos da SBPC e de
suas reuniões anuais, espaço permanente aberto a idéias, debates e
discussões com acesso livre e a todas as pessoas."
"Ao longo dos doze meses em que está à frente do MCT, o ministro
Ronaldo Sardenberg tem orientado sua gestão no sentido do diálogo
franco e construtivo com todos os setores da sociedade brasileira,
em especial com a comunidade científica, que vem contribuindo de
forma significativa para a definição dos rumos da C&T no país.
O ministro Sardenberg repudia o incidente ocorrido hoje em sua
palestra na 52a Reunião Anual da SBPC, considerando-o um episódio
isolado, que apenas fortalece sua determinação de preservar o
ambiente democrático e de colaboração que vem sendo consolidado, e
reafirma seu compromisso de diálogo e entendimento.
O MCT seguirá com empenho a determinação do presidente FHC de
ampliar a interlocução com a sociedade sobre a importância da C&T na
vida nacional.
Para o ministro, esse ato irrefletido e lamentável em nada desmerece
os debates e demais realizações que transcorreram no encontro da
SBPC, durante o qual ele próprio e os principais membros da equipe
dirigente do MCT participaram de discussões sobre os principais
tópicos da política nacional de C&T."
Fonte : Esta é a nota distribuída pelo MCT sobre a agressão sofrida
pelo ministro Sardenberg.
Parte da comunidade científica acredita que os fundos setoriais,
pela forma como foram concebidos, poderão provocar distorções no
direcionamento das verbas destinadas à pesquisa no país.
As críticas, apresentadas em dois debates realizados na quarta e
quinta-feira durante a reunião da SBPC, concentraram-se na forma
como os gastos dos fundos setoriais foram relacionados.
Esses fundos devem dobrar o volume de verbas públicas destinadas à
pesquisa, razão pela qual a comunidade científica ressalta a
urgência de o país debater uma política com prioridades claras para
a área.
Muitos cientistas acreditam que os fundos premiam setores em que o
Brasil não tem tanta competência científica instalada e que, além
disso, não foram escolhidos por sua importância para o
desenvolvimento nacional.
Outro aspecto criticado foi a determinação de que 70% dos fundos
sejam destinados à pesquisa tecnológica e apenas 30% à pesquisa
científica.
"O Brasil tem muito mais pesquisadores e competência na área
científica do que na tecnológica e isso não pode ser mudado de uma
hora para outra apenas pelo direcionamento das verbas, sob pena de
conceder recursos a projetos pouco qualificados", advertiu Reinaldo
Guimarães, da UFRJ.
Na opinião de Guimarães, os fundos não destinam verbas aos setores
onde o Brasil tem mais competitividade científica e que, em grande
parte, são também internacionalmente considerados estratégicos.
Ele menciona as seis áreas onde o país tem maior número de grupos
de pesquisa: saúde, educação, biotecnologia, ciências ambientais e
produção animal e vegetal.
O físico brasileiro Roberto Salmeron, que é diretor de pesquisa do
Centro Nacional de Pesquisa Científica da Franca, enfatiza que é um
erro dar prioridade à pesquisa aplicada.
"Em todos os paises, a competência para fazer pesquisa tecnológica
nasceu da ampliação da competência para fazer pesquisa científica",
afirmou, assinalando que uma das prioridades do Brasil é aumentar
o número de pesquisadores, ainda muito reduzido.
O secretário-executivo do MCT, Carlos Américo Pacheco, considerou
válidas várias das críticas e afirmou que o governo está preocupado
em criar mecanismos que garantam que setores estratégicos, como o de
biotecnologia, sejam contemplados pelos fundos.
"A sociedade brasileira terá que se mobilizar até o ano que vem numa
ampla discussão de prioridades na área científica para que os
recursos sejam bem gastos", disse Pacheco.
Fonte: O Estado de SP, 14julho2000.
Secretaria Geral SBQ