A comissão organizadora do XX Encontro Nacional dos Estudantes de
Química - XX ENEQUI - comunica que o XX ENEQUI terá como escola-sede
a Universidade Estadual do Ceará - campus do Itaperi.
O Encontro acontecerá no período de 28 de janeiro a 03 de fevereiro
de 2001, com o tema "O Papel e os desafios do Químico para o novo
século", abrangendo os campos de pesquisa, da industria e da
educação.
Outras informações através da Home Page do XX Encontro Nacional
dos Estudantes de Química pelo seguinte endereço:
http://www.uece.br/FrmXXEncQui.htm, ou pelo endereço abaixo:
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Departamento de Física e Química
Av. Paranjana, 1.700 - Bairro: Itaperi
Fortaleza-Ceará - CEP.: 60.740-000
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Robério Andrade de Sousa
Coordenador Geral
E-mail: eneq2001@uece.br
Fax: (85) 299-2580
Estou procurando físicos, matemáticos, químicos e engenheiros que
se disponham a integrar a equipe do Laboratório de Computação em
Ciência dos Materiais para trabalhar em meu projeto Jovem
Pesquisador recentemente aprovado pela FAPESP (vigencia 1/01/2000
a 28/02/2002). Esta previsto um número limitado de bolsas de
iniciação científica (3), mestrado (1) e doutorado (1) vinculadas
a este projeto.
O título do projeto é "Termodinâmica computacional aplicada a
materiais intermetálicos ordenados para fins estruturais" e tem
ênfase teórica/experimental, com uma forte interface na mecânica
estatística e na física aplicada.
Maiores informações podem ser obtidas nos endereços abaixo
mencionados, ou na home-page do laboratório:
http://lccmat.pmt.usp.br.
Dr. Claudio Geraldo Schoen
Computational Materials Science Lab.
Dept. of Metallurgical and Materials Engineering
Escola Politecnica da Universidade de Sao Paulo
05508-900 Sao Paulo-SP, Brazil
http://lccmat.pmt.usp.br/Claudio/~schoen.html
Ainda estão abertas as inscrições para o Workshop/VI Jornada
Brasileira de RMN e Mini-Cursos: Tópicos em RMN a serem realizados
de 01 a 04/08/2000 em Belo Horizonte-MG.
A organização do evento aceitará também inscrições no local.
Ainda há vagas para os 3 mini-cursos.
Informações e Inscrições:
Sonia Cabral De Menezes
AUREMN - Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear
Comissão Organizadora VI Jornada Brasileira de RM
Informações e incrições: sonia@cenpes.petrobras.com.br
Tel: (021) 865 6171 - FAX: (021) 865 6296
Até o fim do ano, os mais de 100 pesquisadores (a maioria
brasileiros) envolvidos no Projeto Genoma Humano do Câncer tem um
desafio grande: identificar um milhão de genes de sequências
importantes do genoma, o dobro da proposta inicial da pesquisa.
"Os americanos não acreditam que vamos conseguir, mas eu gosto de
briga", brincou o bioquímico Andrew Simpson, do Instituto Ludwig,
durante entrevista coletiva para a imprensa na 52ª Reunião da SBPC.
O bom humor procede. O trabalho desenvolvido pela equipe sobre o
genoma da Xylella fastidiosa mereceu reportagem de capa, na edição
de 13 de julho, da revista "Nature".
"É a primeira vez que um trabalho brasileiro ganha esse destaque
numa revista científica estrangeira da importância da Nature",
comemorou.
(O diretor cientifico da Fapesp, José Fernando Perez, mostrou para o
"JC E-Mail" uma cópia xerox colorida da capa da "Nature" que sai
essa semana, com foto em que aparece uma laranja atacada pela praga
do amarelinho. Esta capa só deve ser divulgada a partir de amanhã)
O desafio serí possível, segundo Simpson, graças ao novo
financiamento da Fapesp em parceria com o Instituto Ludwig de
Pesquisa sobre o Câncer.
"Para a Segunda parte do projeto, o sequenciamento de genes, o
investimento foi de mais US$ 20 milhões, o que dobra o orçamento
inicial", contou.
Sobre a polêmica do patenteamento de genes, Simpson é claro: "Sou a
favor de que haja proteção, patenteamento, de um medicamento, de um
teste diagnóstico, mas não de um sequenciamento".
Proteção, aliás, é a sua proposta para o desenvolvimento da ciência
do Brasil sem perder a riqueza de sua biodiversidade - temor dos
pesquisadores em relação aos projetos realizados na Amazônia.
"Toda pesquisa depende de parceria. A minha proposta é que é
possível estabelecer parceria com empresas estrangeiras, realizando,
no entanto, a pesquisa no Brasil e com uma equipe de pelo menos 50%
de pesquisadores brasileiros. Isso garante o controle do
conhecimento."
A publicação do trabalho brasileiro na 'Nature' mereceu convocação
de uma entrevista coletiva por parte da Fapesp, para esta
quarta-feira, às 10h30, em sua sede na r. Pio XI, 1.500, 4º andar,
Alto da Lapa, SP.
As informações sobre o conteúdo da edição estão sujeitas a embargo
até às 16h de quarta-feira, de acordo com as normas da própria
revista.
Apresentam o trabalho Carlos Henrique de Brito Cruz, presidente da
Fapesp; José Fernando Perez, diretor científico; Hernan Chaimovich,
pró-reitor de Pesquisa da USP; Fernando Mendes Pereira, pró-reitor
de Pós-Graduação e Pesquisa da Unesp; e Fernando Galembeck,
vice-reitor da Unicamp. A exposição será feita por Andrew Simpson,
coordenador de DNA do Projeto Xylella, e João Carlos Setubal,
coordenador do Laboratório de Bioinformática da Unicamp.
Apesar de produzir mais de 1% da ciência mundial, o Brasil é
responsável por apenas 0,1% dos registros de patentes industriais
nos EUA. A defasagem, destacada ontem pelo presidente da Academia
Brasileira de Ciências (ABC), Eduardo Krieger, mostra a dificuldade
do país em aproveitar economicamente o conhecimento que cria.
"Temos um setor científico relativamente melhor do que o
tecnológico", disse Krieger durante o simpósio 'Os Desafios da
Inovação no País: o Impacto da Globalização nas Empresas Nacionais',
na 52ª Reunião Anual da SBPC.
Segundo ele, paises como os EUA e o Japão são responsáveis
proporcionalmente, em escala mundial, por mais patentes do que
trabalhos científicos.
Krieger citou também o caso da Coréia do Sul, onde a produção de
ciência equivale à brasileira, mas sua transformação em aplicações
concretas pela indústria é muito maior - o que se traduz num número
dez vezes superior de patentes registradas.
Para ele, isso é reflexo da distância que separa a indústria da
Universidade. "Não temos um mercado interno que solicite rapidez em
transformar conhecimento em patentes", afirmou Krieger.
Fonte : O Estado de SP, 11julho2000.
O diretor médico do laboratório Biosintética, Marcio Falci,
reconhece a dificuldade financeira das empresas nacionais para
desenvolver seus produtos, mas afirma que a situação se agrava ainda
mais pela falta de apoio governamental.
Ele dá como exemplo de entrave importante a dificuldade de trabalhar
em parceria com as Universidades públicas. Além da falta de
condições técnicas, as instituições de ensino superior oferecem
resistência burocráticas e até ideológicas para fechar contratos de
pesquisa com laboratórios comerciais.
''A Universidade ainda não entendeu a indústria nem a função social
do lucro. É com o lucro que a empresa vai desenvolver novos produtos
para resolver os nossos problemas'', disse Falci.
Ele diz que a falta de condições prejudica até mesmo o teste de seus
produtos. Falci lembrou que um centro de pesquisas utilizava cães e
gatos de rua para testar medicamentos - uma amostra nada ideal pela
provável presença de doenças capazes de afetar os resultados do
estudo.
''É um problema sério desenvolver produtos no Brasil'', constata.
Mesmo com as dificuldades, o laboratório tem desenvolvido suas
pesquisas - especialmente relacionados com o uso de fitoterápicos
(produtos obtidos a partir de plantas).
Os pesquisadores universitários reconhecem que a academia está
distante das pesquisas de ponta do setor farmacêutico, mas esperam
pelo menos algumas ações do governo para continuar seus trabalhos.
''A idéia do neoliberalismo é deixar tudo ocorrer ao acaso, mas é
preciso que o Brasil tenha um plano geral para desenvolvimento de
medicamentos. com a definição de núcleos estratégicos'', disse
Sergio Ferreira, professor da USP.
Ele alerta que os maiores investimentos em pesquisa e
desenvolvimento de produtos inovadores são feitos, em todo o mundo,
pelos grandes laboratórios - todos eles sediados em paises ricos.
''As Universidades participam, no máximo, em 15% das pesquisas
inovadoras'', diz.
O problema desse distanciamento é que os problemas típicos de pobres
são deixados de lado - afinal, vale mais a pena para a indústria
investir em produtos para combater doenças de clientes que podem
pagar pelas inovações.
Em outra conferência, o professor Geraldo Lucchesi destacou que a
indústria farmacêutica não é um setor como outro qualquer que possa
ser deixado ao sabor das leis do mercado, não só porque a vida de
pessoas depende disso, mas porque as leis do mercado não funcionam
como previsto em um setor cartelizado, no qual os consumidores não
tem a opção de não comprar quando o preço é excessivo.
''O Brasil precisa reconhecer a falência de seu sistema de
acompanhamento de preços de medicamentos, estruturar outro e
estabelecer formas de interferir com mais efici6encia sobre a
demanda'', disse Lucchesi, que foi consultor da CPI dos
Medicamentos.
Fonte: Correio Braziliense, 13julho200.
Fazendo a introdução ao debate, Sérgio Ferreira (USP/Ribeirão Preto)
enfatizou a necessidade de verbas para desenvolver medicamentos: "O
desenvolvimento de C&T nos paises do 3o Mundo é insustentável.
Precisamos de um suporte maior do governo."
Gonzalo Vecina Neto (Vigilância Sanitária) também foi bastante
crítico: "Cerca de 60% da população não tem acesso a medicamentos.
O medicamento no Brasil deixou de ser bem social e se transformou em
bem de consumo".
Neto criticou ainda a baixa quantidade de indústrias farmacêuticas
do Brasil: "Temos grande quantidade de indústrias farmacêuticas com
pequena capacidade de produção. O Brasil tem uma dos maiores números
de farmácias per capita do mundo. Uma farmácia para cada 3 mil
habitantes, mas a produção farmacêutica é pífia."
A polêmica começou quando Neto afirmou que o Ministério da Saúde não
é o órgão mais adequado para o finaciamento da atividade
farmacêutica.
Marcio Falci, da empresa Biosintética, apresentou, através de
slides, um relato sobre as limitações para o desenvolvimento de
medicamentos no Brasil.
Segundo Falci, a falta de uma política governamental adequada ao
setor, a burocracia dos órgãos financiadores e das Universidades,
os baixos incentivos e os juros altos são impecilhos para a
indústria farmacêutica.
O debate se acirrou na hora das perguntas e comentários da platéia.
Uma pessoa comentou que o acordo BioAmazonia-Noartis traz
benefícios ao Brasil.
O foi prontamente refutado por outro observador, que disse:
"O acordo Novartis é errado, porque os pesquisadores estrangeiros
não vem se instalar aqui, estimulando as pesquisa e mão-de-obra
nacionais", no que foi apoiado pelos membros da mesa do debate.
Sempre em desvantagem. É essa a sensação ao se falar em pesquisa no
país. E foi justamente essa a sensação deixada pelo simpósio sobre
biodiversidade e desenvolvimento de fitoterápicos no Brasil,
realizado no primeiro dia da 52ª Reunião Anual da SBPC.
Pesquisadores e professores mostraram aos participantes que lotaram
um dos anfiteatros da UnB, que, a cada dia, a cada ano, o país está
perdendo oportunidades de conhecer as plantas que crescem em solo
nacional e competir no milionário mercado de medicamentos.
O simpósio reuniu os professores e especialistas Jorge Almeida
Guimarães, vice-diretor do depto. de Biotecnologia do Rio Grande do
Sul; o professor de Farmacologia da Universidade Federal de Santa
Catarina, João Batista Calixto; e o professor da Universidade Federal
de SP, Elisaldo Carlini.
Os três foram unânimes: o país não sabe qual é a dimensão de sua
riqueza natural.
"Não conhecemos quase nada das plantas medicinais do nosso país,
pois não há um trabalho contínuo que promova esse levantamento'',
afirma Carlini.
Em se tratando de medicamentos fitoterápicos, não há como deixar de
lado a questão da biodiversidade, ou a variedade de todos os seres
vivos em uma certa região. E também nesse caso, o país tenta
recuperar anos de perdas.
Há exatamente 11 dias, o governo baixou uma medida provisória
restringido o acesso à biodiversidade por parte de cientistas e
laboratórios. O objetivo é evitar a biopirataria e regular acordos
sobre pesquisa genética para o desenvolvimento de medicamentos e
outros produtos a partir de plantas, fungos, bactérias, e animais
brasileiros.
Mas a MP, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente, só foi editada
depois da repercussão negativa sobre um milionário acordo entre o
laboratório suiço Novartis e a organização BioAmazônia, criada com a
participação do próprio governo para explorar a riqueza natural da
região.
Pelo acordo, a multinacional poderia produzir medicamentos
pesquisando até 10 mil microorganismos da Amazônia. A patente
pertenceria à BioAmazonia, que receberia US$ 4 milhões para
pesquisas por três anos, além de 1% de royalties, por dez anos,
sobre as vendas.
No simpósio, as opiniões divergiram. "O acordo é limpo e claro",
assegura o professor Jorge Guimarães. Já João Batista Calixto
acredita que o país tende e perder o controle sobre o potencial de
sua biodiversidade.
"As amostras serão enviadas para os laboratórios no exterior e não
temos garantias de que seremos informados se as multinacionais
encontrarem principios ativos e moléculas para uso medicinal'',
alerta.
Fonte: Correio Braziliense, 12julho2000.
Secretaria Geral SBQ