O Número 3 (maio/junho 2000) do Journal of the Brazilian Chemical
Society - JBCS já se encontra na página da revista, no seguinte
endereço: http://www.sbq.org.br/jbcs/jbcsonline.html
Este belo número contém 1 review, 18 artigos e 1 short report, além
de um interessante editorial escrito por Angelo C. Pinto e Jailson
B. de Andrade.
A versão impressa já está sendo enviada aos assinantes.
Química Nova na Escola entra no seu sexto ano de circulação. O No.11 estará sendo distribuído para os assinantes nos próximos dias. Considerando o bicentenário da invenção da pilha elétrica por Volta, 3 dos 10 artigos são relacionados a pilhas e baterias. O conteúdo deste número é o seguinte:
Editores: Alice Ribeiro Casimiro Lopes, Eduardo F. Mortimer
(coordenador) e Romeu C. Rocha Filho.
Conselho Editorial: Áttico I. Chassot, Eduardo Peixoto, Júlio
Cesar F. Lisbôa, Lenir B. Zanon, Marcelo Giordan, Otávio A.
Maldaner, Rejane Martins N. Barbosa, Roberto Ribeiro da Silva e
Roseli P. Schnetzler.
Não deixe de renovar sua assinatura (ou assinar) de Química Nova
na Escola para 2000 (n. 11 e 12). O formulário para assinatura está
disponível na home page da SBQ: http://www.sbq.org.br/pub/sbqesc.html
Publique em Química Nova na Escola !!
Prezado Sócio da SBQ,
Estamos iniciando a organização da 24a. Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Química -SBQ.
Solicito que aqueles que tiverem sugestões de tema, conferências,
simpósios, etc. para a próxima Reunião Anual da SBQ, que por favor
encaminhem suas sugestões para os respectivos diretores de divisão
o mais rápido possível. Estas sugestões podem também ser
encaminhadas para o Secretário Geral no endereço:
Luizsbq@iqm.unicamp.br
A reunião com os diretores de divisão para dar início à organização
da 24a. Reunião Anual esta agendada para o início de julho.
Vamos todos colaborar e participar no sentido de organizarmos uma
belíssima e proveitosa 24a. Reunião Anual. Contamos com sua
participação!!!
Um abraço e tudo de bom a todos!
Prof. Luiz Carlos Dias - Secretário Geral da SBQ
O acordo entre a organização BioAmazonia e a multinacional Novartis
Pharma será modificado, segundo apurou a "Folha de SP".
As pressões do Ministério do Meio Ambiente, as ações na Justiça e,
principalmente, a repercussão negativa vão influir na revisão do
contrato até o fim de julho.
O governo federal já deu sinais de que quer manter o contrato com
a Novartis.
Teme que um cancelamento do acordo possa interferir em futuros
acordos de pesquisa genética na Amazônia.
Nao devem ocorrer mudanças nos valores. Serão investidos US$ 4
milhões em três anos, mais 1% de royalties nas vendas de remédios
feitos com princípios de bactérias e fungos da Amazônia.
"Estamos aguardando uma posiçào oficial do governo federal e
continuamos dispostos a fazer um contrato", declarou Otto
Kneubuehler, diretor-presidente da Novartis brasileira.
A alteração mais disputada, no entanto, diz respeito a quem terá o
direito de negociar os próximos contratos. A direção da BioAmazonia
encomendou pareceres jurídicos assegurando seu poder de realizar
parcerias como a da Novartis. O Ministério do Meio Ambiente quer
ter a palavra final.
"A reserva genética da floresta amazônica será explorada. Temos o
poder de fazer acordos nesse sentido e vamos exerce-lo", disse
Wanderley Messias da Costa, diretor-geral da BioAmazonia.
É uma ironia. A BioAmazonia foi criada pelo governo federal
exatamente para controlar os contratos de pesquisa genética.
A BioAmazonia recebeu neste ano R$ 1,5 milhão em verbas públicas,
mas funciona como uma entidade independente.
A disputa é também uma questão política. A BioAmazonia foi
idealizada e é presidida pelo físico José Seixas Lourenço,
ex-secretário de Coordenação da Amazonia, indicado pelo
vice-presidente Marco Maciel (PFL-PE). Hoje o
ministro do Meio Ambiente é José Sarney Filho (PFL-MA).
Fonte: Folha de SP, 19junho2000
Feito sem nenhuma participação e fiscalização do governo brasileiro,
o acordo de bioprospecção estabelecido entre a Extracta e a
indústria farmacêutica britânica Glaxo Wellcome é o mais ambicioso
do continente.
Ele prevê investimentos de US$ 3,2 milhões por um prazo de 30
meses, envolve três vezes mais substâncias que o acordo da Novartis
e tem uma das maiores taxas de royalties do mercado.
O diretor para a América Latina da Glaxo Wellcome, Jorge Raimundo,
disse que o produto, a descoberta e a patente são da Extracta.
"Teremos o direito exclusivo de comercializar por 20 anos e vou
pagar o mínimo de 3,5% de royalties de venda para a Extracta",
afirmou Raimundo. A taxa média de royalties varia entre 1% e 2%
das vendas líquidas.
Para ele, os US$ 3,2 milhões de investimentos iniciais ""não são
nada" em relação aos US$ 2 bilhões gastos anualmente em pesquisa
pela Glaxo.
Segundo o diretor-geral da Extracta, Antonio Paes de Carvalho,
a maior qualidade do seu acordo é a garantia de não-exportação da
biodiversidade brasileira.
"A Glaxo terá acesso ao nosso banco de dados, mas o controle é
nosso. Através de parceiros em Universidades, coletamos e
classificamos materiais. Depois, realizamos um estudo de DNA e só
aí o material passa a compor nosso Banco de Biodiversidade
Química, no Rio", afirmou Carvalho.
Quando realizou o acordo com a Glaxo no ano passado, 49% das ações
da Extracta pertenciam a um grupo estrangeiro, a Xenova Discovery,
que atua na área de descoberta de novas drogas.
Como não existe lei sobre acesso às reservas genéticas, não há
empecilho à participação estrangeira em centros de bioprospecção
sediados no Brasil.
Segundo Carvalho, hoje a Xenova tem 10% das ações. O restante é de
um fundo de cientistas, ligados majoritariamente à UFRJ.
"A participação da Xenova foi diluída porque eles começaram a andar
mal nos negócios", disse Carvalho.
Na prática, a Extracta virou concorrente da BioAmazonia. Três
semanas antes de assinar o contrato com a BioAmazonia, a Novartis
foi procurada por representantes da Extracta.
Fonte : Folha de SP, 19junho2000-06-20
A "Folha de SP" publicou nesta terça-feira um caderno especial de
seis páginas "O Impasse da Academia" sobre os problemas do ensino
superior brasileiro.
O suplemento traz as seguintes matérias:
Universidade pública: Auto-avaliação; Pagamento de aposentados,
dívidas judiciais e gastos com hospitais apertam o orçamento e
agravam crise; Pesquisa Científica: Conta-gotas; Setor privado
cresce 58% em 20 anos, enquanto área pública encolhe 25%; Brasil
se destaca em pesquisa acadêmica, mas está atras de países como
a Bolívia e o Equador em população universitária; Universidade
pública, mas paga.
O suplemento conta ainda com dois artigos abordando as visões da
crise segundo Abílio Afonso Baeta Neves, em "Desmantelamento não
é real", e Roberto Romano, em "Paradoxo custa muito ao brasileiro".
Entre 94 e 99, aumentou em 43% o número de matrículas no ensino
superior, o que significa que a quantidade de estudantes inscritos
em Universidades e faculdades brasileiras gira em torno de 2,3
milhões.
Esse número foi atingido graças a um crescimento de 12% entre 98 e
99 - ou seja, em um único ano, cerca de 255 mil jovens ingressaram
no ensino superior no país.
O dado, que indica um forte incremento do acesso aos estudos de
grau superior no Brasil, consta do Censo Educacional do Ensino
Superior do MEC, ainda em processo de finalização para ser
divulgado no fim deste mês.
A tendência de crescimento fica mais evidente quando os resultados
atuais são analisados sob uma perspectiva histórica e a taxa de
crescimento de 98 a 99 é comparada com a de períodos anteriores.
O censo do ano passado revelou um aumento de 9% do número de
inscritos no ensino superior entre 97 e 98, atingindo a faixa dos
2,1 milhões de alunos.
Esse crescimento foi quase a metade do ocorrido entre 80 e 94,
período em que houve um incremento de 20,6% nas matrículas.
A elevação nesses 14 anos, por sua vez, representa pouco menos da
metade da verificada nos 5 anos posteriores, fase em que as
matrículas aumentaram 43%.
Ou seja, as estatísticas revelam uma tendência de forte aceleração
do acesso ao ensino superior ano a ano.
O fato de mais estudantes chegarem aos bancos das faculdades
resulta de um processo maior e mais complexo: o aumento do
contingente escolar no ensino fundamental e no médio, níveis que
antecedem o ensino superior.
Como mais crianças e jovens estão indo para a escola e lá ficando,
também aumenta a demanda por vagas nas Universidades.
Nos últimos cinco anos, o MEC registrou um aumento de 57% das
matrículas no ensino médio, que, em 99, chegou a 7,7 milhões de
estudantes. Também melhorou o desempenho desses estudantes:
em 95, 26,7% dos alunos matriculados repetiam de ano, contra 18,7%
em 97. Nesse período, a evasão baixou de 8,3% para 6,8%.
No ensino fundamental, o número de matrículas subiu de 32 milhões
em 94 para 36 milhões no ano passado.
Embora o aumento do número de matrículas nas faculdades e
Universidades seja positivo, o Brasil ainda tem um longo caminho
a percorrer para democratizar o acesso dos jovens à educação
superior.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
revelam que apenas 9,7% dos cerca de 19,6 milhões de jovens entre
18 e 24 anos chegam à Universidade e que somente 1,3% das pessoas
nessa faixa etaria tem 15 anos de escolaridade, ou seja, concluem
uma faculdade.
Outra questão é a concentração das matrículas na rede particular:
cerca de 60% dos alunos do ensino superior estudam em faculdade
privada. Em Estados como SP, que abriga o maior número de cursos
superiores no Brasil, a concentração na rede particular tende a
ser ainda maior, chegando a 80%.
Fonte : O Estado de SP, 18junho2000
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) prepara-se para o novo
século mostrando que captou as mensagens de uma sociedade civil
preocupada com a ética na ciência e com a responsabilidade social
do cientista.
Na mesma semana em que formalizou a admissão - tardia - das ciências
sociais no âmbito das ciências, enfrentou uma maratona de debates e
discussões sobre a educação no Brasil e qual deve ser o papel e a
contribuição da ABC na solução dos problemas.
É claro que causou uma certa estranheza o discurso de posse dos
novos acadêmicos não ser pronunciado por um dos cientistas sociais,
dado o acontecimento histórico, e mais ainda o representante dos
empossados mal ter mencionado a novidade. Mesmo assim, estão de
parabéns a Academia e todos os seus novos acadêmicos.
No dia seguinte, foi impressionante a intensidade do esforço de
abrir trilhas no emaranhado problema da educação no Brasil.
Pode-se sintetizar a discussão destacando aspectos negativos e
positivos.
O lado mais sombrio revela-se nos diagnósticos. Feitos por
acadêmicos e por alguns convidados, mostram os rombos estruturais e
as mazelas conjunturais de um retrato heterogêneo da educação no
Brasil.
Esmiuçou-se não apenas o quadro negro da educação em geral, mas
principalmente -- e detalhadamente -- problemas específicos
relativos às áreas disciplinares.
Algumas constatações consensuais instigam a reflexão:
Algumas críticas menos consensuais soam como provocações -- no bom
sentido, talvez; é o caso da declaração de Isaias Raw: "O educador
não tem competência para discutir os rumos da educação (...), só a
elite pensante" (Pergunto eu: só a Academia?...)
Mas uma parte do emaranhado é iluminada por experiências inovadoras
e intenções promissoras.
Entre as experiências que chamam atenção estão um programa exemplar
da Estação Ciência dirigida a meninos de rua, um trabalho de Flavia
Resende (UFRJ) com software educacional, o programa de "formação de
formadores" no Espaço Ciência da UFPe e a "Oficina de Réplicas"
(USP) que constrói reproduções de material geo-paleontológico e
cartilha para uso em escolas.
A fala de Eduardo Krieger abrindo o painel de encerramento que
discutiria o papel da ABC na educação, concisa e objetiva, deu o tom
das intervenções seguintes.
A série de propostas já discutidas internamente na ABC (participação na definição de conteúdos curriculares; escolas temáticas; página na Internet com textos selecionados redigidos para o ensino médio por cientistas da ABC; esclarecimento ao público sobre notícias científicas publicadas nos meios de comunicação; valorizar a dedicação ao ensino nas Universidades, e não só à pesquisa), acrescentam-se agora outras idéias:
Fico por aqui, na esperança de que a maratona da ABC sirva de
desafio a todos nós e que não tenha sido apenas uma oportunidade
de arejar as boas intenções dos nossos acadêmicos.
Fonte : JCE-mail, 20junho2000
Nota do Editor: A autora é professora do Depto. de Sociologia
da UnB.
Certamente os colegas estão acompanhando os esforços que o ministro
de C&T está fazendo para que as Ag6encias das diversas áreas, além
do Petroleo (CetPetro), possam entrar em funcionamento o mais breve
possível.
Esse esforço tem sido bastante elogiado por boa parte da comunidade
científica brasileira.
No entanto, alguns pesquisadores estão se considerando órfãos
perante esta situação, pois o MCT tem vários compromissos bem mais
antigos com a comunidade que ainda estão pendentes, mas dos quais
não se fala mais nada: é o caso dos projetos do Pronex
(Programa Nacional dos Núcleos de Excelência).
Na época em que o Pronex foi lançado, em 95, foram feitos tantos
esforços e tanta propaganda na imprensa como estão sendo feitos
agora com as novas Agências.
O presidente da República declarou na época que os recursos para o
Pronex já estavam assegurados, pois viriam de parte das
privatizações.
A comunidade científica brasileira, como ocorreu recentemente com
os projetos da Agência de Petróleo, debruçou-se arduamente na
confecção de seus projetos, e as agências de fomento realizaram
seriamente um longo processo de análise dos mesmos.
Qual é a situação atual do Pronex? Os projetos que foram contratados
em 96 e 97 (Pronex 1 e 2) ainda não receberam parte dos recursos
previstos para liberação no ano retrasado (depois postergados para
o ano passado) e, obviamente, nenhum recurso previsto para ano
2000.
Os 46 projetos aprovados em 98 (Pronex 3) estão em situação pior
ainda: o desembolso deveria ter começado em janeiro de 99, foi
postergado para o ano 2000 e até agora, passado mais de 1 ano e
meio de suas aprovações, os contratos sequer foram assinados
pelo MCT.
Por outro lado, na próxima semana (26 a 30 de junho) vários Comitês
Assessores do CNPq estarão reunidos em Brasília, e, por casualidade,
os dois atuais membros do CA de Engenharia Química são
Coordenadores de projetos aprovados no Pronex 3.
Assim sendo, pretendemos pedir audiência ao presidente do CNPq
(órgão atualmente responsável pelo Pronex), para nos informar sobre
a atual programação de liberaçào de recursos deste Programa.
Possivelmente, outros membros dos CAs que estarão no CNPq na semana
que vem, sejam coordenadores ou participantes de projetos do Pronex
e estejam interessados na referida reunião.
Neste caso pedimos que nos contatem por este e-mail
(dilson@power.ufscar.br), ou no próprio CNPq, a partir de
terça-feira, dia 27
Secretaria Geral SBQ