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Veja nesta edição:
1. Presidente da CAPES responde a pós-graduados
2. Programa novos talentos: uma iniciativa do Instituto
Euvaldo Lodi (IEL)
3. Roberto Romano escreve sobre autonomia universitária
e orçamento
4. Encontro Brasileiro de Ecologia Química
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1. PRESIDENTE DA CAPES RESPONDE A PÓS-GRADUANDOS
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Carta do presidente da Capes, Abílio Baeta Neves,
a Associação Nacional dos pós-graduados
"Caros pós-graduados:
Não tenho nenhuma informação sobre
reunião do CTC da Capes.
Quanto a de o PG dar aula, aqui esta parte do Oficio Circular
n. 028/99/PR/CAPES de 26/02/99, endereçado aos Reitores das IFEs.
'Solicito que as instituições integrantes do Programa
de Demanda Social da Capes, tomem providencias para: Instituir o estágio
de docência na graduação, para os alunos de pós-graduação,
em um prazo de 06 (seis) meses, obrigatório aos bolsistas desta
Agencia.
Este estágio devera estar articulado ao programa
de pós-graduação, com vistas a formação
dos pós-graduados.'
Encaminho anexo diretrizes para a implementação
do estagio de docência na graduação, ao mesmo tempo
em que peço informar a esta agência o inicio e as normas vigentes
para as atividades, para que possamos acompanhar os desdobramentos desta
iniciativa."
Anexo:
"Diretrizes para implantação do Estagio
de Docência na Graduação:
A Capes entende que o Estágio de Docência na Graduação:
1 - É parte integrante da formação de mestres
e doutores;
2 - Deve ser realizado sem prejuízo do tempo de titulação
do bolsista;
3 - Pode ser de 1 (um) semestre para o bolsista de mestrado e de 2
(dois) semestres para o bolsista de doutorado; e
4 - Deve ser supervisionado pelo orientador do bolsista.
O Estagio de Docência na Graduação é aplicável para os bolsistas que tenham, pelo menos, metade do tempo de bolsa para cumprir quando da instituição do Estagio de Docência na Graduação na respectiva Instituição de Ensino Superior."
Fonte : Hugo Enrique Mendez Garcia, Coordenadoria de Administração da Associação Nacional de pós-graduados (ANPG), representante da ANPG no CTC e CS da Capes, doutorando do Depto. de Biologia, representante do corpo discente na Congregação do Instituto de Biociências da USP, e-mail: espanhol@ib.usp.br
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2. PROGRAMA NOVOS TALENTOS: UMA INCIATIVA DO INSTITUTO EUVALDO LODI
(IEL)
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O 'Programa Retorno' é parte do Programa de Novos
Talentos do Instituto Euvaldo Lodi e do programa de Estimulo ao Retorno
de Talentos-Pert do Depto. de Cooperação Científica,
Técnica e Tecnológica (DCT).
O DCT é departamento do Ministério das Relações
Exteriores .
Site: www.iel.cni.org.br/programa
Segundo a convocatória do programa:
"O Programa Retorno tem por finalidade proporcionar aos
estudantes brasileiros de pós-graduação no exterior
a possibilidade de plena reinserção, quando de seu retorno
ao Brasil, no mercado de trabalho nacional, notadamente no setor tecnológico
- industrial."
Informação de Simoni Plentz Meneghetti
Institut Charles Sadron
6, rue Boussingault 67083, Strasbourg, France.
E-mail: meneghet@ics.u-strasbg,fr
Fonte : Instituto Euvaldo Lodi , Confederação Nacional das Industria
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3. ROBERTO ROMANO ESCREVE SOBRE AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA E ORCAMENTO
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O Boletim Eletrônico transcreve, na integra artigo
do Prof. Roberto Romano, pesquisador da Unicamp, publicado no JC-E-mail,
da SBPC, em 12/mar/99 .
Dos elementos que podem inviabilizar a Universidade no
Brasil, o da autonomia financeira é grave.
O governo e as autoridades acadêmicas, assim como
as Associações de Pesquisadores e Docentes, nenhum deles
apresentou, até hoje, nenhum plano ao mesmo tempo eficaz do ponto
de vista econômico, seguro no plano jurídico, prudente no
prisma científico.
Resulta uma incerteza geral que tende a paralisar a produção
e o ensino nos campi, trazendo danos irreparáveis para o país,
em futuro próximo.
Jamais sairemos da condição de consumidores
coletivos de ciência e tecnologia, ou simplesmente de consumidores,
se não existir um equacionamento mínimo das condições
de trabalho nos laboratórios nacionais, intra ou extra campi.
O Brasil, nos últimos anos, absorveu enorme quantidade
de produtos de alta tecnologia produzida nos EUA (computadores, softwares,
instrumentos hospitalares, semicondutores, aparelhos de comunicação).
As vendas dos EUA para o Brasil foram de 2 bilhões
e 32 milhões de dólares para 3 bilhões e 60 milhões
de dólares em 95, e depois para 4 bilhões e 6 milhões
em 97.
O aumento entre 90 e 96 foi de 237,3 %.
Cresceu no período no Brasil o consumo de telefones
celulares (373.000 %) per capita e 371 % de computadores, vindo o nosso
país, na lista dos consumidores, apenas depois da China e da Rússia.
(Cf. "Gazeta Mercantil", 19/11/97).
Estes dados foram produzidos logo após os cortes
nos orçamentos brasileiros de C/T. Eles pioraram desmesuradamente
depois daquela data e, especialmente, após a desvalorização
da moeda.
Isto nos põe em situação duplamente
difícil: a predominância dos saberes e técnicas externas
torna boa parte da comunidade científica (e nem seria preciso dizer,
da industria) incapaz de poder negociar favoravelmente (quando se trata
de adquirir insumos, instrumentos, etc.) preços e condições.
Dependemos de modo violento destes itens, e o vendedor
internacional, não raro com sede nos EUA, sabe disto.
Se a instituição de pesquisa, ou seus grupos
afiliados, consegue as verbas para as compras, isto onera ou mesmo inviabiliza
outros elementos da longa lista de prioridades universitárias, como
o ensino, a pós-graduação, etc.
Nenhum pais do mundo é viável com tamanha
impossibilidade de produção científica e tecnológica.
O Estado de SP aplica 0,93 do PIB estadual em C/T (34,8
% dos gastos nacionais no setor) e responde por 60% das patentes concedidas
na Federação (dado de 96).
É neste Estado que o Governo, buscando atender
ao grupo de pressão definido pela industria automobilística,
aliada aos seus operários, prepara "mecanismos legais" para reduzir
o ICMS de 12% para 9 % sobre carros saídos da fabrica. Esta redução
cairá como uma bomba sobre as 3 Universidades pú blicas,
mantidas com 9,57 % da quota parte do ICMS do Estado.
Trata-se apenas de um agravamento de uma situação
penosa, porque "o governo estadual não vem transferindo para as
Universidades a parcela que lhes cabe dos repasses compensatórios
feitos pelo governo federal aos Estados, previstos na mesma lei". (Cf.
Zan, J.R. "Crise Orçamentária e o impasse da autonomia".
Jornal da Unicamp, marco de 99, pagina 2).
Na Unicamp, do reitor aos docentes, todos tem consciência
da crise, a qual pode inviabilizar a Universidade como um todo, ameaçando
a remuneração dos professores e funcionários, as pesquisas,
etc.
Diante de uma situação inédita na
historia da Universidade e da educação no Brasil, é
de se esperar que todos, das autoridades acadêmicas aos movimentos
docentes, assumam o compromisso de buscar nos três poderes do Estado
(Congresso, Judiciário, Executivo) soluções urgentes,
das quais a mais estratégica é uma lei de autonomia universitária
garantindo recursos estáveis para a pesquisa e o ensino, dando aos
campi ao mesmo tempo responsabilidades maiores na gestão dos recursos
públicos neles
injetados.
Neste sentido, o conhecimento jurídico de tributaristas
(não é simples, em termos constitucionais garantir fundos
diferenciados para a Universidade, porque se tal pratica se generalizar,
ela inviabiliza a própria existência de orçamentos
públicos), especialistas em direito constitucional, etc.
Até o momento, as intervenções das
autoridades acadêmicas e dos movimentos docentes tem se pautado por
um empirismo no trato destas questões, melhor diríamos, uma
pura improvisação, o que traz percalços inevitáveis
na luta em defesa da pesquisa nos campi.
É tempo de se partir para atos unificados e bem
nutridos de conhecimentos e técnicas político - legislativas.
Chega a ser uma ironia sarcástica o seguinte: no
exato momento em que a USP, a Unicamp e a Unesp entram nesta rota de colisão
com um destino macabro, a UNIBAN, Universidade privada de SP, anuncia em
horário nobre da TV:
"O que faz uma Universidade séria? A pesquisa....como
na Unicamp, como na USP".
Triste verdade....em boca errada!
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4. ENCONTRO BRASILEIRO DE ECOLOGIA QUÍMICA
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O Encontro Brasileiro de Ecologia Química será
realizado, no Departamento de Química da Universidade Federal do
Paraná em Curitiba, no período 01-04 de Dezembro de 1999
Para maiores informações, sugestões
e comentários sobre o evento, favor entrar em contato com o secretário
geral:
Prof. Dr. Paulo Henrique G. Zarbin
Departamento de Química - UFPR
Centro Politécnico - Jardim das América
CP 19081 CEP 81531-990 Curitiba -PR
Fone: (041) 361-3174 ou 361-3269 / Fax: (041)
361-3186
E-mail: pzarbin@quimica.ufpr.br
ou iebeq@quimica.ufpr.br
http://www.quimica.ufpr.br/~iebeq/ebeq.html
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Secretaria Geral SBQ
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