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SBQ - BIÊNIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 74
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   Veja novidade na home page da SBQ. Se você apagou por engano algum boletim eletrônico, ou não teve acesso a algum que gostaria de ter, visite a página de publicações da SBQ.

Veja nesta edição:
1. Concurso para professor no DQ-FFCLRP
2. XXI Reunião anual sobre evolução, sistemática e ecologia micromoleculares
3. SBQ-JOVEM (SBQj) foi criada e já tem diretoria indicada
4. Mauro Marcondes Rodrigues toma posse na FINEP. Leia o seu discurso de posse

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1. CONCURSO PARA PROFESSOR NO DQ-FFCL RIB. PRETO
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   Estamos mais uma vez divulgando no Boletim  eletrônico da SBQ, a pedido do departamento de química da FFCLRP, mensagem sobre vaga para professor (esta próximo o encerramento das inscrições)

PROCESSO SELETIVO PARA CONTRATAÇÃO DE DOCENTE
DEPARTAMENTO DE QUIMÍCA - USP - RIBEIRÃO PRETO
ÁREA: QUÍMICA ORGÂNICA - FOTOQUÍMICA ORGÂNICA
INSCRIÇÕES: até 16 de marco de 1999.
EDITAL: Diário Oficial do Estado de São Paulo de 17/11/98
INFORMAÇÕES: fones: (016)  6023635 - 6023690 - 6023741     fax: (016)  6338151
           e-mail: secquim@ffclrp.usp.br
                   secpes@ffclrp.usp.br
Fonte: DQ/FFCL RIB. Preto

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2. XXI REUNIÃO ANUAL SOBRE EVOLUÇÃO, SISTEMÁTICA E ECOLOGIA
   MICROMOLECULARES
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA
DQ-UFSCar
23 A 25 de agosto de 1999

   A Comissão Organizadora tem o prazer de convida-lo(a) a participar da XXI Reunião Sobre Evolução, Sistemática e Ecologia Micromoleculares (XXI RESEM) cujo tem central será: "PRODUTOS NATURAIS: O DESAFIO DA
PROBLEMÁTICA BRASILEIRA". O evento será realizado nos anfiteatros da Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos e no Departamento de Química, em São Carlos, no período de 23 a 25 de agosto de 1999.
Informações com:
JOAO BATISTA FERNANDES (djfb@power.ufscar.br)
OTTO RICHARD GOTTLIEB
ANTÔNIO GILBERTO FERREIRA (giba@dq.ufscar.br)

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3 SBQ-JOVEM ( SBQj ) FOI CRIADA E JÁ TEM DIRETORIA INDICADA
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   Na Reunião Plenária final do XVIII ENEQUI - Encontro Nacional de Estudantes de Química, realizado recentemente em Florianópolis, Santa Catarina, a EXEQ do ENEQUI fez as indicações da primeira Diretoria da SBQj. Foram indicados os seguintes acadêmicos:
Ren Alfonso Nome Silva  (Diretor Geral) , UFSC
Ney Henrique Moreira (Secretario Geral) , UNICAMP
Alexandre Rodrigues do Nascimento (Tesoureiro), UFPA
   Os Diretores, com mandato de 01 ano, serão empossados em maio na Reunião Anual da Sociedade, em Poços de Caldas.
   A SBQj já esta trabalhando na organização do XIX ENEQUI, a ser realizado na Universidade Federal do Para, em Belém, provavelmente em janeiro/fevereiro de 2000. O tema do Encontro será: Química e Biodiversidade no Desenvolvimento Sustentável.
Para contato use o e-mail: enequi@ufpa.br
A Diretoria e Conselho da SBQ desejam grande sucesso a SBQj.

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4. MAURO MARCONDES RODRIGUES TOMA POSSE NA FINEP. LEIA
   O SEU DISCURSO DE POSSE
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   Tomou posse, ontem no Rio de Janeiro, em cerimonia concorrida, o novo presidente da FINEP. A cerimonia contou com a  presença do Ministro Bresser Pereira e de varias autoridades ligadas a C & T. Reproduzimos, abaixo, na integra o discurso do Presidente Marcondes Rodrigues:

   "Em primeiro lugar quero agradecer ao ministro Bresser por conceder-me a oportunidade de dirigir esta Empresa, cuja história de serviços prestados ao desenvolvimento do Brasil é por si só fator de motivação e orgulho para qualquer profissional que seja convidado a trabalhar nela. Ainda mais com o estimulo adicional de poder participar da importante fase de transição por que passa.
   Além disso, continuar trabalhando para o meu pais, fazendo parte do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, é para mim uma honra, que espero poder corresponder à altura.
   O momento é de desafios. No plano nacional, o desafio é a consolidação da estabilidade econômica e a radicalização no enfrentamento dos problemas da heterogeneidade social e regional do Brasil, e a Finep estará, como sempre, contribuindo para a superação dos desafios do pais.
   Porem, para ser mais efetiva, esta Empresa terá que saber enfrentar seus desafios internos, é verdade que em outra escala, mas nem por isso menos instigantes.
   Não creio que haja nesta sala quem discorde que a Finep teve papel extraordinário na estruturação do sistema de pós-graduação do pais.
   Também a Finep tem sua ação reconhecida pela resposta eficiente que deu no período em que o governo brasileiro decidiu apoiar a expansão interna e externa dos setores de engenharia e de consultoria.
   A criação, em 1976, do Programa ADTEN (Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Empresa Nacional) foi fundamental para ampliar a ação da Finep no segmento produtivo, permitindo-a acumular grande experiência na
análise de projetos de P&D industrial.
   É fato, também, que essa forte imagem da Empresa está muito associada ao período virtuoso do II PND, comandado pelo nosso ministro Reis Velloso e, aqui na Finep, liderado pelo seu presidente Dr. José Pelucio Ferreira.
   A década de 80 foi madrasta com a Finep. Em 1990, quase foi eliminada do organograma do governo de então.
Sobreviveu: e isso se deve, sem sombra de duvida, à estratégia definida e implantada pela administração do dr. Lourival Monaco.
   Soube diversificar e expandir suas linhas de atividades. Mais que isso, re-equacionou suas fontes de financiamento, captando recursos de diversas instituições e fundos para alavancar seu processo de crescimento.
   A contrapartida desse importante esforço impõe repensar o futuro da Empresa, tarefa que tem merecido, nos últimos tempos, a atenção de sua Diretoria e de seus executivos e técnicos.
   Nessa etapa de transformações, a Finep perdeu muito de sua identidade original e não conseguiu redefinir, com clareza e visibilidade para a sociedade, seu papel enquanto instrumento da ação do Estado para o desenvolvimento científico e tecnológico do Pais.
Precisamos avançar nas transformações da Finep.
   Se, em 1991, observou-se um importante marco de inflexão em sua trajetória, conforme descrito no relatório do BID "Trinta anos de Finep: Banco ou mecenas, fomento ou balcão?" hoje o desafio é construir uma Empresa mais pró-ativa no processo de desenvolvimento do pais, dar mais foco a sua atuação e reforçar sua vocação de ferramenta governamental
indutora do desenvolvimento tecnológico e da incorporação do conhecimento e da inovação no setor produtivo, fatores fundamentais, ao lado de outras ações do governo em educação e infra-estrutura, para garantir a competitividade das empresas brasileiras num mercado globalizado e altamente concorrencial.
   Não faltam à Finep linhas de financiamento e produtos.
   Para os iniciados deve ser fácil destrinchar as inúmeras siglas (ADTEN, AGQ, AUSC, PRO-EDUC entre outras), mas para os novatos, como eu, provavelmente seria necessária a contratação de consultoria especializada.
   No entanto, qual é o diferencial que a Finep pode aportar com sua ação, que não possa ser realizado por outras agências de credito e desenvolvimento do governo?
   Qual é o conhecimento que a Finep tem e que poderia ser disponibilizado para aumentar a eficiência e a competitividade do setor produtivo?
   Essas e outras questões me vieram à mente quando passei a me informar sobre a Empresa  e a pensar sobre o seu futuro.
   Minha percepção é a de que a Finep e o seu corpo de profissionais experientes tem mais a oferecer do que vem fazendo nos últimos tempos.
   Como principio geral, a ação da Finep deverá estar orientada para o empreendedor e para a empresa, "locus" da produção, da geração de emprego e da inovação.
   Isto só não basta! Temos que mudar sua postura passiva/reativa para uma atuação mais seletiva e indutora de mudanças.
   Conhecer as estratégias das empresas, analisar cadeias produtivas e identificar gargalos e constrangimentos, apoiando essas empresas nos seus processos de modernização e incorporação tecnológica é a chave.
   Estruturar formas de apoio que contribuam para viabilizar suas exportações é prioridade.
   Fazer a ponte entre as empresas e os seus parceiros na geração da inovação - Universidades, Centros de Pesquisa, entre outros - explorando as oportunidades advindas do conhecimento gerado e fazendo com que esses centros contribuam para as necessidades de desenvolvimento tecnológico das empresas, é fundamental.
   Em suma, seremos mais parceiros das empresas, mas sem perder a isenção e a visão critica, que um bom analista de projetos deve ter.
   No caso específico do segmento de empresas de consultoria de engenharia, tradicionais clientes da Finep, vamos dar conseqüência a ações que já se encontram desenhadas.
   Vamos estimula-las a ampliarem sua presença no mercado internacional.
   Também poderemos ter um papel indutor importante na área de concessão de serviços públicos, apoiando a contratação de estudos técnicos e de viabilidade, que hoje são gargalo para que um grande numero de municípios
avance nessa direção.
   Ao definir esse eixo para a Finep imediatamente devo afirmar que atuaremos em perfeita cooperação com os demais agentes oficiais de credito e, no caso das pequenas e micro empresas, com o SEBRAE.
   Vamos atuar mais próximos a essas instituições, co-financiando operações, compartilhando informações, operando de maneira complementar  e melhor coordenando  as atividades de apoio ao setor produtivo.
   A vontade política para caminhar nessa direção está dada e, nesse sentido, agradeço aos presidentes do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco do Nordeste e do Sebrae, por mobilizarem suas instituições para a construção dessa importante parceria.
   Para sermos ainda mais efetivos nessa linha de ação, a FINEP - com a criatividade de seus técnicos e em conjunto com o Ministério da C&T deverá desenvolver novos mecanismos  que possibilitem compartilhar riscos com as empresas, o que significa dividir prejuízos, mas também apropriar-se dos ganhos decorrentes dos êxitos dos empreendimentos apoiados.
   Também com o Ministério da C&T, deveremos estar preparados para estruturar operações que combinem recursos a fundo perdido e de incentivos fiscais com linhas de financiamento, coordenando e potencializando os instrumentos hoje disponíveis nessa área.
   Analisaremos com muito interesse a constituição de empresas de "venture capital" e outros instrumentos de suporte a empresas nascentes, que tem grande capacidade de inovação, mas pouca experiência empresarial e de gestão.
   Também aqui deveremos estar abertos para, em estreita articulação com a Comissão de Valores Mobiliários, contar com a parceria das instituições de mercado de capitais.
   A questão do desenvolvimento regional não poderá' ficar ausente das atenções desta Empresa.
   Uma linha a seguir envolve o exame de  sistemas inovativos locais e, com esse norte, procuraremos contribuir para que haja maior articulação entre os vários instrumentos de apoio cientifico e tecnológico, direcionando-os para o aumento da competitividade das atividades econômicas locais.
   Desde logo, a parceria com Estados e Municípios assume grande relevância para essa ação orquestrada.
   A Finep necessariamente atuara' mais próxima ao MCT, seja contribuindo com a presença de seus profissionais na formulação da política científica e tecnológica do pais, mas também operando, sob a orientação do Ministério, as linhas de apoio 'as instituições de pesquisa científica e tecnológica.
   Também dará suporte ao MCT naquelas atividades que a experiência da Empresa (captação por exemplo) e sua flexibilidade operacional possam contribuir para  o melhor funcionamento do sistema.
   Entretanto, quero ressaltar que, sendo a Finep uma empresa, obviamente temos que nos preocupar com sua saúde financeira e sustentabilidade.
   Significa dizer que contabilizaremos separadamente os custos de todas as atividades, sejam aquelas explicitamente remuneradas - como é o caso
dos financiamentos com retorno - mas também os demais serviços prestados pela Finep no cumprimento de seu papel institucional.
   Nessa mesma linha, temos que reforçar a cultura de credito da Empresa.
   Aprimoraremos os sistemas de acompanhamento e avaliação dos projetos, ampliando nosso conhecimento sobre as empresas e os setores onde atuam.
   Especial atenção será dada à analise das estratégias das empresas a serem apoiadas, da solidez de sua gerência e de sua inserção nos mercados.
   Buscaremos incorporar nos nossos sistemas gerências mecanismos que permitam que as equipes técnicas que analisam os projetos permaneçam responsáveis pelas empresas nas suas trajetórias de relacionamento com a Finep. A área de captação de recursos continuará sendo importante para levarmos adiante o processo de transformações da Finep.
   A Empresa tem tido uma firme e ativa atuação nessa área.
   Varias iniciativas inovadoras estão em andamento, como, por exemplo, a constituição dos fundos tecnológicos das áreas de petróleo, energia e telecomunicações. Vamos dar seqüência a essas ações e fortalecer o já bom relacionamento da Empresa com os Organismos Internacionais, como o Banco Mundial e o BID e com as Agencias Bilaterais de Financiamento, como o Eximbank do Japão, entre outras.
   O Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT e o Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND são fontes imprescindíveis à Finep e estarei  envolvido pessoalmente na ampliação desses recursos e na adequação do perfil de repagamentos para garantir o nível de operações da Finep.
   Quero dirigir-me, agora, aos funcionários desta Empresa.
   Todas as pessoas que trabalharam comigo, ao longo de minha trajetória profissional, sabem que eu trabalho duro, mas com muito entusiasmo e total dedicação e, principalmente, trabalho em equipe.
   Se depender de mim, o sentido de grupo e equipe presente nesta Empresa será canalizado para o seu fortalecimento.
   Não existe retorno ao passado - especialmente ao passado tão presente na memória de todos os funcionários da Finep.
   Mas sei, também, que o presente não pode ser percebido como alguma coisa sem atrativos.
   Por isso, precisamos construir juntos o projeto de futuro de uma empresa que se quer relevante para o desenvolvimento do país.
   Creio que só assim poderemos trabalhar com mais motivação na Finep de que todos temos orgulho.
   Ministro Bresser, contar com o apoio de Vossa Excelência e de meus companheiros do Ministério da C&T me da' mais confiança para enfrentar os desafios que tenho pela frente.
   De minha parte Vossa Excelência pode ter a certeza de que contará integralmente com minha capacidade profissional, forjada no BNDES, aprimorada pela rica experiência das áreas de governo onde atuei, nos últimos anos, e complementada pela passagem na Diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
   Por fim, tenho que confessar, ministro, que o convite de Vossa Excelência teve um componente que, para ser sincero, também pesou na minha decisão de hoje estar aqui: retornar a viver na minha querida Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro."

Fonte: Assessoria de Comunicação da FINEP

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Secretaria Geral SBQ
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