Veja nesta edição:
1. Sobre o ENEQUI
2. Abreviaturas de Revistas referidas no Chemical Abstracts
3. Datas das reuniões do Comitê Assessor (CA) de Química
do CNPq
4. Afin: a Finep e o novo M.C.T.
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1. ENEQUI- Encontro Nacional de Estudantes de Química em Floripa
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Esta sendo realizado de 17-22 de Janeiro, na Universidade
Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, o tradicional encontro
de estudantes de Química -ENEQUI- que se encontra na sua 18a. versão,
tratando do tema "A Química do Novo Milenium". A programação
é constituída de vários eventos onde se destacam os
cursos, conferências e mesas redondas, além da apresentação
de trabalhos de Iniciação Cientifica.
A abertura do evento foi realizada no dia 17 no Anfiteatro
da Reitoria da UFSC e contou com a presença do Presidente da Sociedade,
Oswaldo Luiz Alves, o Pró - Reitor de Ensino de Graduação,
Faruk None Aguillera, o Vice-chefe do Depto, de Química, Eduardo
Pinheiro e o acadêmico Josiel B. Domingos, Coordenador da Comissão
Organizadora.
O Presidente da Sociedade, em sua fala, fez um breve panorama
da critica situação econômica do Brasil e, especialmente,
da reestruturação do Ministério da Ciência e
Tecnologia. Destacou o papel SBQ, relativamente ao episódio MCT/CNPq,
na informação da comunidade e nos posicionamentos em defesa
da ciência, tecnologia e da universidade pública de qualidade.
Finalmente, o Presidente anunciou aos estudantes
três pontos: i) todo empenho da Diretoria para a implementação
da SBQ-J (SBQ-Jovem) inclusive exortando para que a primeira Diretoria
já saísse proposta pela executiva nacional que estaria
reunida no final do Encontro; ii) a facilitação para
que as empresas juniores de química de todo Brasil tivessem links
dentro da Homepage da SBQ e, iii) a disponibilização de 100
auxílios - participação, para alunos de iniciação
científica, no valor de R$ 70,00, para participação
na próxima reunião anual da sociedade, em Poços de
Caldas.
A cerimonia de abertura foi encerrada pela exitosa palestra
do Prof. Faruk: "A situação da Química no Brasil".
Segundo a Comissão Organizadora do XVIII participam
do Encontro cerca de 520 estudantes representando os estados de : RS, PR,
SP, SC, RJ, BA, MG,PA, ES, MS perfazendo um total de aproximadamente 20
instituições de ensino e pesquisa.
O ENEQUI é um importante evento do calendário SBQ.
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2. ABREVIATURA de REVISTAS REFERIDAS no CHEMICAL ABSTRACTS
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A Editoria dos Periódicos da SBQ tem recebido varias
consultas sobre abreviaturas de periódicos. Para obter a abreviatura
e a periodicidade de qualquer periódico, referido na base Chemical
Abstracts, use o seguinte endereço :
http://info.cas.org/sent.html
As abreviaturas apresentadas neste file são aquelas adotadas
pelas Editorias de Química Nova, Journal of the Brazilian Chemical
Society e Química Nova na Escola.
Coordenadoria dos Periódicos
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3. DATAS DAS REUNIÕES do CA de QUÍMICA - CNPq
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Foram antecipadas as reuniões dos Comitês
Assessores (CAs) do CNPq.
A decisão foi tomada para que os pedidos de renovação
de bolsas possam ser avaliados em tempo de serem atentidos em marco.
Assim, não haverá perigo de descontinuidade.
A reunião dos CAs de Ciências Exatas (incluindo
Química) será realizada de 1 a 5 de fevereiro. De acordo
com informações prestadas pelo Sr. Wallace ao BE-SBQ foram
convocados todos os membros titulares e suplentes: Jailson Bittencourt
(UFBA), Paulo Sérgio Santos (USP-SP), Oswaldo Luiz Alves (UNICAMP),
José Caetano Machado (UFMG), Marco Antônio Chaer (UFRJ), Eliezer
Barreiro (UFRJ), Edilberto Silveira (UFCe), Adilson Curtius (UFSC). Existe
a possibilidade do Ministro Bresser Pereira ter um encontro com os membros
dos diferentes CAs reunidos no período.
Todas estas reuniões que estavam previstas inicialmente
para outubro do ano passado e que mobilizam mais de 200 especialistas (todos
os CAs) terão lugar na sede do CNPq, em Brasília.
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4. AFIN: A FINEP E O NOVO MCT
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A diretoria a AFIN esta solicitando aos usuários
da FINEP o máximo de divulgação do documento abaixo.
Usuária que sou, por coordenar dois projetos em cooperação
com a industria, financiados pela FINEP, estou repassando o texto, ao tempo
em que solicito sua divulgação no Boletim Eletrônico
da SBQ.
Prof. Tânia M. Tavares, Instituto de Química da UFBA.
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"Subject: AFIN: A FINEP E O NOVO
M.C.T.
Caro Colega,
Nossa Associação esta acompanhando o processo
de reestruturação do MCT, proposta pelo Ministro; inclusive
tem procurado manter contato direto com as autoridades em Brasília,
no sentido de evitar que se cometam equívocos que prejudiquem a
atividade da FINEP ou que desfigurem o seu papel na Sociedade.
Solicitamos o seu apoio no sentido de reproduzir a integra
do documento abaixo para todos os clientes da empresa, principalmente
aqueles que participam de entidades, sociedades cientificas, organizações
não - governamentais ligadas direta ou indiretamente à FINEP.
É muito importante que essas personalidades se manifestem
diretamente junto ao Ministério através do e-mail do Ministro,
com copia para esta Associação, no sentido de fortalecer
a nossa luta.
E-mail do Ministro: vnacaxe@mct.gov.br ou ainda pacheco@mct.gov.br
UMA PROPOSTA PARA PENSAR O NOVO M.C.T.
No momento em que vivemos mudanças de Ministro
e reestruturação do Ministério da Ciência e
Tecnologia, cabe fazer uma reflexão desses acontecimentos e sobre
a relevância do papel que a Financiadora de Estudos e Projetos -
FINEP representa junto a Sociedade Brasileira.
Para repensar a estrutura do Ministério, o novo
Ministro, Dr. Luiz Carlos Bresser Pereira, resolveu ouvir a opinião
de autoridades do meio acadêmico, sobre os rumos que deva tomar o
Governo no setor, além da própria reestruturação
de sua nova pasta, criando, para estes fins, uma comissão de renomados
cientistas do País. Ouvir os cientistas é condição
necessária, porém não suficiente para responder a
questão que esta posta: a reestruturação do M.C.T.
Para o Governo e para a Sociedade, seria fundamental que, paralelamente,
fosse criada uma outra comissão, composta de renomados engenheiros,
técnicos, pesquisadores, cientistas sociais e empresários
nacionais, para também refletirem sobre o aspecto tecnológico
da questão. Pois parece extremamente importante e enriquecedor que
a nova concepção do Ministério não deixe de
levar em conta o pensamento de TODOS os segmentos da sociedade envolvidos
na ação de Governo, sejam cientistas, engenheiros, técnicos,
empresários ou membros da sociedade civil. E não só
parte destes.
Caberia então ao Ministro e ao Ministério
reunir os resultados das avaliações dessas Comissões
de alto nível e, no âmbito de suas responsabilidades, isto
é, com sua visão institucional integradora, dar ao pais uma
estratégia de longo prazo para encontrar as soluções
dos problemas da sociedade, que a inteligência brasileira pode oferecer.
No momento em que o Pais faz uma reforma do Estado, com
a privatização de serviços públicos e
de infra-estrutura básica, a fiscalização e
a defesa dos interesses da Sociedade tornam fundamental o desenvolvimento
de uma competência nacional no âmbito das agencias reguladoras,
das universidades e das organizações sociais que defendam
o interesse público e que transcenda o imediatismo das necessidades
do capital privado.
Mais recentemente, quando a revisão da política
cambial aumenta as perspectivas da economia interna, é preciso pensar
na competitividade do Pais não somente em termos dos preços
relativos do produto exportado, nas receitas cambiais ou na capacidade
exportadora das empresas.
Isso só não basta. É preciso pensar
na competitividade do País com os olhos na nação brasileira
e no que a comunidade de pesquisadores, engenheiros, técnicos, cientistas
sociais e empresários JUNTOS tem a oferecer a seus concidadãos
para resolver seus desafios. Somente assim estaremos contribuindo
definitivamente para resolver os problemas crônicos de alocação
eficiente dos recursos do Estado.
As instituições que compõem o M.C.T.
formam um todo integrado, no qual estão reunidos todos os
mecanismos de apoio público que formam parte do arsenal de
políticas para o setor. O Ministério dispõe em
sua estrutura, desde o mecanismo mais tradicional, que é o da oferta
de bolsas de pesquisa para os cientistas individuais, passando pelo
apoio passivo e generalizado feito através de incentivos fiscais,
até o apoio ativo e seletivo do financiamento, reembolsável
ou não. Tais mecanismos se
completam e se integram obedecendo a visão superior do
Estado, manifesta no M.C.T.
Nesse sentido é fundamental que se tenha consciência
do papel da Financiadora de Estudos e Projetos FINEP, pois é
órgão especifico através do qual o Estado Brasileiro
utiliza o mecanismo de financiamento dirigido ao desenvolvimento
científico e tecnológico. Esta ação especifica
não se superpõe a nenhuma outra dentro do aparelho
do Estado.
Enquanto qualquer empresa, segundo a legislação
dos incentivos fiscais, não pode sofrer discriminação
quanto aos benefícios tributários que entenda ter direito,
no caso do financiamento, o Estado, complementarmente, adota critérios
de escolha dos parceiros segundo o interesse nacional. E isso tem
sido assim nas principais economias do mundo.
A FINEP, em razão de sua missão social,
é órgão de integração e articulação
justamente de todos esses segmentos capazes de pensar o Brasil do presente
e do futuro: programas de pesquisa científica, institutos nacionais
e regionais de tecnologia, empresas de engenharia, produtores de
software, centros de pesquisa e desenvolvimento das empresas e empresas
inovadoras. E, portanto, detêm a competência técnica
para promover a escolha racional dentro do aparelho de Estado, no
que tange as inversões em Ciência e Tecnologia, em todo
o espectro de seus agentes.
Ela é responsável pelo apoio `a geração
e ao desenvolvimento dessa competência a nível nacional. Nos
seus mais de 30 anos de existência, aprendeu a fazer a ponte entre
a produção do conhecimento e sua apropriação
pela Sociedade. Se ficar sem se relacionar com quaisquer dos agentes do
conhecimento, o Pais perde a capacidade de entender esse relacionamento
crucial entre eles.
A missão da FINEP não esta dirigida, portanto,
ao atendimento das necessidades específicas da comunidade científica,
tecnológica ou empresarial como um fim em si mesmo. Como Secretaria
Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
- FNDCT, a FINEP aloca recursos de acordo com as necessidades sociais e
regionais, tendo nos resultados o critério básico para sua
ação de transferencia do conhecimento para a Sociedade.
Conceber uma FINEP sem o FNDCT é não compreender
a relevância do papel desta empresa e sua especificidade dentro do
contexto dos mecanismos de política científico - tecnológica
para o Pais. Na reforma do Ministério, não se pode perder
de vista a necessidade de manutenção desse braço estratégico
de ação.
As comissões poderão inclusive avaliar,
a partir da carteira de investimentos da FINEP, a efetividade deste papel
nos últimos anos. O importante é analisar os resultados e
promover as mudanças necessárias para REVITALIZAR esse
imprescindível mecanismo de política publica.
Hoje, o Brasil esta perdendo inteligência. Nossa
engenharia transformou-se em setor exportador de cérebros. Os Países
do Primeiro Mundo adaptam suas legislações de imigração
para absorver os contingentes de engenheiros e cientistas dos Países
Emergentes, principalmente do Brasil. E certamente não foi
para isso que foram aloucados os impostos dos contribuintes nacionais
em todos esses anos que formamos esses quadros. Dai a importância
do trabalho dessas comissões, que precisam pensar também
em como reverter esse processo.
Neste sentido, a Associação dos Empregados
da FINEP -AFIN estará nesta semana mobilizada para procurar as organizações
não governamentais, sindicatos e associações
de engenharia, as entidades, confederações e associações
de industria, membros das casas legislativas e dos governos estaduais,
solicitando que contribuam no processo de reforma liderado por Sua
Excelência, o Ministro da Ciência e Tecnologia, para
garantir uma compreensão mais ampla possível dos problemas
pertinentes ao
desenvolvimento cientifico e tecnológico do Brasil, bem
como fornecer um testemunho vivo do que tem sido a FINEP nos últimos
anos.
A DIRETORIA DA AFIN"
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Tânia M. Tavares
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Química
LAQUAM - Laboratório de Química Analítica Ambiental
Campus Universitário da Federal, s/n CEP 40170-290
Tel./Fax: +55 (71) 237-4024
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Secretaria Geral SBQ
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Contribuições devem ser enviadas para:
paulosbq@dq.ufscar.br
http://www.sbq.org.br
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