SBQ - BIÊNIO (2000/2002) BOLETIM ELETRÔNICO No. 172




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Veja nesta edição:
  1. Proposta de consenso pode mudar projeto dos fundos setoriais
  2. Forum mundial de ministros do meio ambiente admite o fracasso das políticas contra degradação do meio ambiente
  3. Renato Dagnino comenta artigo de Reinaldo Guimarães sobre fundos setoriais
  4. Sociedade Brasileira de Química (SBQ) realiza reunião anual e elege nova Diretoria
  5. 2a Escola PUC-RIO de quimiometria e metrologia química
  6. PIC Informática - Doação de Software para a SBQ
  7. FAPESP publica Suplemento Especial: "500 ANOS DE C&T NO BRASIL"




1. Proposta de consenso pode mudar projeto dos fundos setoriais

Uma proposta de consenso poderá alterar os projetos dos fundos setoriais para o setor de C&T e agilizar a tramitação destes pela Câmara dos Deputados, informou ontem, 31/05, o presidente do Forum Nacional de Secretários Estaduais de C&T, Adão Villaverde, Secretário de C&T/RS.

Em Brasília, Villaverde esteve com o Ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, e também com os deputados que presidem as comissões de C&T e de Educação e Cultura da Câmara, respectivamente Santos Filho (PFL/PR) e Pedro Wilson (PT/GO).

A viagem de Villaverde à Brasília inicialmente visava acompanhar os depoimentos dos Ministros Ronaldo Sardenberg e da Educação, Paulo Renato Souza, na audiência pública das comissões de C&T e de Educação e Cultura da Câmara. Mas o cancelamento da audiência pública não impediu que ele fizesse gestões no sentido de alterar a proposta dos fundos e agilizar o processo de discussão entre os parlamentares.

"A idéia é construirmos, junto com o MCT e os deputados, uma proposta de consenso que contemple o sistema federal de C&T, os sistemas estaduais, a comunidade científica e os setores produtivos", explicou Villaverde se referindo à alteração na formação dos comitês gestores dos fundos. Com esse entendimento, ele acredita que a apreciação da matéria será agilizada na Câmara podendo ir à votação ainda na próxima semana.

Em busca do apoio dos parlamentares, o Forum está promovendo encontros com deputados para explicar a finalidade e a importância dos fundos setoriais.

É o que vai acontecer na próxima segunda-feira, dia 5/6, quando o presidente do Forum se reune, em Porto Alegre, com a bancada federal gaúcha.

Fonte : Dados da Assessoria de Comunicação da Secretaria de C&T/RS


2. FORUM MUNDIAL DE MINISTROS DO MEIO AMBIENTE ADMITE O FRACASSO DAS POLÍTICAS CONTRA DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Mas de 100 países presentes en el Foro Mundial de Ministros de Medio Ambiente, en Malmoe, Suecia, han reconocido que, pese a los multiples compromisos y declaraciones para frenar la degradacion del medio natural, este se deteriora de forma alarmante. "Se han hecho esfuerzos positivos, pero a todas luces insuficientes", reconoce la declaracion de Malmoe, suscrita por los paises miembros del Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA). El Foro Mundial urge a tomar medidas eficaces y la declaracion subraya la "grave discrepancia" entre los compromisos adquiridos y la accion real.

La ministra francesa de Medio Ambiente, Dominique Voynet, lanzo ayer la idea de establecer una Organizacion Mundial del Medio Ambiente, basandose en el modelo de la Organizacion Mundial del Comercio (OMC).

"El PNUMA no puede garantizar la coordinacion de todos los convenios existentes, y no cuenta con el presupuesto necesario", dijo Voynet, quien insistio en que la nueva agencia, al tener presupuestos propios, crearia un sistema de "contribuciones fijas".

La Declaracion de Malmoe sera' llevada a la Asamblea General de la ONU que se celebrara' el proximo septiembre. "El ano 2000 define un momento clave en los esfuerzos de la comunidad internacional para frenar la degradacion ambiental", dice el documento.

"Hay una discrepancia alarmante entre los compromisos y la accion. Los objetivos y prioridades consensuados por la comunidad internacional sobre el desarrollo sostenible, como la adopcion de estrategias nacionales y el aumento de las ayudas a los paises en desarrollo, deben ir mucho mas lejos que hasta ahora".

El texto afirma que "las raices de la destruccion ambiental yacen en problemas como la pobreza, una distribucion desigual del bienestar y la carga de la deuda externa de los paises en vias de desarrollo".

Los principales desafios contra la naturaleza identificados en la reunion de RJ (Brasil) en 92 se han globalizado y agudizado por los habitos consumistas insostenibles de Occidente. La presion demografica (la Tierra tendra' 3.000 millones mas de habitantes dentro de 50 anos) y el desarrollo de megaciudades, el tremendo riesgo de cambio climatico, la crisis de agua dulce (el nivel freatico de la meseta china, donde se produce el 40% de las cosechas del pais, desciende 1,6 metros anuales) y sus consecuencias para la seguridad alimentaria, la insostenible explotacion de los recursos biologicos, la sequia y la desertificacion, la deforestacion incontrolada, el aumento de la gravedad de los desastres naturales, las amenazas a la salud humana y el medio ambiente por la contaminacion de productos quimicos peligrosos son las cuestiones mas urgentes.

Henri Parmentier, de Greenpeace, está persuadido de que los EE UU, Canadá y Australia son los responsables del escaso avance de las politicas ambientales, por su negativa a ratificar varios convenios internacionales y por su rechazo del "principio de cautela".

"No justifican la adopcion de medidas cautelares a menos que se demuestre que hay un riesgo seguro. Asi no se progresa", dice.

Para el ministro sueco de Medio Ambiente, Kjell Larsson, y al propio director del PNUMA, Klaus Topfer, la declaracion supone un paso, aunque sea leve, en el camino para implicar a los gobiernos, al sector privado y a la sociedad civil en los problemas que acechan a los recursos naturales.

Reconoce que, pese a las diferencias existentes entre los paises que integran la Union Europea, estos han adoptado decisiones y compromisos mas avanzados que en EEUU, como la directiva sobre el reciclado de coches usados que responde a la idea de considerar cualquier producto como elemento integrado en el ciclo de vida natural, desde que se extraen las materias primas para fabricarlo hasta que se devuelven a la naturaleza sus desechos sin alterarla.

En Malmoe, la espartana sencillez sueca se ha impuesto al rigido protocolo que habitualmente rige estos encuentros internacionales. En vez de las vistosas azafatas de costumbre, jovenes voluntarios con camisolas verdes se han encargado de la intendencia.

La ubicacion de los delegados en las salas se ha hecho por sorteo y solo se han concedido a sus intervenciones de dos a tres minutos, con lo que apenas ha habido ocasion de proclamas retoricas.

La reunion de Malmoe no figuraba en el calendario. Ha sido una iniciativa del ministro sueco y del director general del PNUMA, pero el metodo ha complacido tanto que se ha acordado aplicarlo a las proximas convocatorias.

Fonte: El Pais, 1junho2000


3. RENATO DAGNINO COMENTA ARTIGO DE REINALDO GUIMARÃES SOBRE FUNDOS SETORIAIS

Mais uma vez, e por julgar importante o debate analítico-conceitual sobre a relação Ciência-Tecnologia-Sociedade volto a comentar um dos interessantes artigos de Reinaldo Guimarães neste JC E-Mail.

Em seu artigo no JC E-Mail/1552, de 31/5, "Ainda os fundos setoriais", ao comentar a estratégia que a comunidade científica poderia voltar a utilizar -- de vestir projetos de investigação fundamental com roupas aplicadas e tecnológicas -- ele toca um tema interessante e atual: a pertinência dos conceitos de pesquisa básica e aplicada para a elaboração (formulação, implementação e avaliação) da política científica e tecnológica nos países periféricos.

Citando o Pasteur's Quadrant. Basic Science and Technological Innovation, de Donald Stokes (Brookings Institution Press, Washington, D.C., 97), parece aceitar a idéia de que "na maior parte da história da ciência a investigação fundamental teve laços diretos e estruturais com a aplicação e o progresso técnico" e que "aquela investigação, muitas vezes, nutriu-se e avançou a partir dessas relações."

Mas, mais do que isto, e apesar de compartilhar a crítica que faz ao ofertismo-linear de Vannevar Bush, ele se coloca ao lado dos que consideram que o apoio à pesquisa básica é -- per se -- hoje, no nosso país, uma boa maneira de aplicar recursos para lograr o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico.

Vejamos até que ponto a distinção entre pesquisa aplicada e básica é hoje relevante para a elaboração da política de C&T. Para diferencia-las tem-se utilizado cortes de tipo, fundamentalmente, temporal e espacial. O corte temporal nos ensina a definir pesquisa aplicada como aquela cujo objetivo é produzir conhecimento com perspectiva de aplicação imediata e, básica como a que gera um conhecimento de aplicação não apenas longínqua como incerta. O espacial as distingue dizendo que a primeira se realiza na empresa e a segunda na Universidade.

A realidade dos países avançados, onde esta diferenciação foi gerada, mostra uma dramática redução do tempo que medeia entre a "invenção" e a inovação. Essa redução, é evidente, interessa as empresas cuja sobrevivência e expansão dependem justamente da rapidez com que conseguem em seus laboratórios encurtar esse tempo. É justamente essa característica central do ambiente concorrencial do capitalismo contemporâneo, unida ao caráter cada vez mais tacito, dificilmente transferível e apropriável do conhecimento tecnológico, o que faz com que também nem o corte temporal nem o espacial, que define como aplicada e "interessada" a pesquisa que se realiza na empresa e como básica e "desinteressada" a que se faz na Universidade, perca sentido.

E é por isso que hoje as 20 empresas mais intensivas em P&D gastam em pesquisa mais do que dois países líderes em muitos campos da C&T. As 20 empresas transnacionais que mais aplicam recursos em P&D gastam mais do que a França e a Inglaterra somadas. Dois países que estão entre os sete que gastam quase 90% do que se despende em pesquisa no planeta. E é por isso também que, como nos diz em suas palestras o mestre Pirro y Longo, apenas uma empresa - a norte-americana Bell - já teve em seus laboratórios 11 prêmios Nobel, enquanto que o Japão, em comparação, teve tambem 11; 6 em literatura e paz e 5 em ciências puras, sendo que 3 destes obtidos por pesquisadores que viviam nos EUA.

Essas duas situações são suficientes para mostrar o vies pragmático e guiado por objetivos econômicos que crescentemente assumem a dinâmica de exploração da fronteira do conhecimento científico e tecnológico.

E quão precária é a afirmação, que seguidamente fazem pesquisadores engajados nessa dinamica convencional, de que realizam pesquisas "básicas ou puras" e de que a ciencia é universal e neutra.

Não estaria demais usar uma imaginária "propriedade transitiva" para argumentar que: se a distinção entre pesquisa básica e aplicada tende a perder sentido nos países avançados, ela seria cada vez menos importante para a elaboração da política de C&T nos países periféricos com o nosso, maciçamente importadores de tecnologia.

Como já escrevi isto em outro lugar, fico na espera de que algum leitor interessado pergunte onde está...

Fonte : JCE-mail, 01junho2000

Nota do Editor: Renato Dagnino, do Depto. de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp (fone: (019) 788-45675):


4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA (SBQ) REALIZA REUNIÃO ANUAL E ELEGE NOVA DIRETORIA

A Reunião Anual da SBQ foi realizada em Poços de Caldas, MG, entre os dias 23 e 26/5. Mais de 2 mil participaram do evento, onde foram apresentadas cerca de 1600 divulgações científicas na forma de posters, seminários e palestras.

Conferencistas de vários países estavam presentes, destacando-se uma missão de Portugal composta de seis pesquisadores.

Durante a reunião, alguns professores receberam a Medalha Simão Matias - homenagem a pesquisadores que prestaram servicos relevantes à quimica, nos ambitos nacional e regional.

Foram eles: Benjamin Gilbert (Fiocruz), Carol Hollingworth Collins (Unicamp), Francisco Radler de Aquino Neto (UFRJ), Nicola Petragnani e Oswaldo Sala (IQ/USP), Roseli Schnetzler (Unimep) e Yeda Pinheiro Dick (UFRGS)

Um protocolo foi assinado pelos presidentes da SBQ, Oswaldo Luiz Alves, e da Sociedade Portuguesa de Quimica, José Martinho Simoes, visando concretizar ações de interesse às duas Sociedades.

No dia 26/5, foi dada posse à nova Diretoria, Conselho Consultivo, Diretorias de Divisão Científicas e Secretários Regionais.

A Diretoria da SBQ para o biênio 2000-2002 ficou assim constituida:

Presidente: Eliezer J. Barreiro (UFRJ)
Vice-Presidente: Paulo Cesar Vieira (UFSCar)
Secretario Geral: Luiz Carlos Dias (Unicamp)
Tesoureiro: Vanderlan da Silva Bolzani (Unesp/Araraquara)
1º Secretario: Nito Angelo Debacher (UFSC)
1º Tesoureiro: Mara E.F. Braibante (UFSM).

Nota do Editor: Esta nota foi publicada no JCE-mail de 01junho2000.


5. 2a ESCOLA PUC-RIO DE QUIMIOMETRIA E METROLOGIA QUÍMICA

2a Escola PUC-Rio de Quimiometria e Metrologia Química

  1. Identificação do Evento:
    1. Nome: 2a Escola PUC-Rio de Quimiometria e Metrologia Química
    2. Data: 24/07 – 04/08/00
    3. Local: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
    4. Entidade responsável Departamento de Química
    5. Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225. Gávea, Rio de Janeiro, CEP: 22453-900, Tel: 021-529-9568, Fax: 021-529-9569
    6. Contato: Prof. José Marcus Godoy, e-mail: quimio@rdc.puc-rio.br
  2. Público alvo: Profissionais do ramo da Química e estudantes de Pós-Graduação em Química e áreas afins
  3. Formas de participação: Mini-cursos e palestras promovidos por profissionais com larga experiência na área.
  4. Taxa de inscrição: R$ 100,00/curso da primeira semana, R$ 200,00/curso da segunda semana Banco Itaú, Agência PUC-Rio, agência número 1108, conta corrente Faculdades Católicas QUI-Quimiometria, no 26294-8
  5. Número de Máximo de Participantes: 50 por curso
  6. Comissão Organizadora Prof. José Marcus Godoy ( PUC-Rio ) Prof. Pércio Augusto Mardini Farias ( PUC-Rio ) Prof. Norbert Miekeley ( PUC-Rio )



6. PIC INFORMÁTICA - DOAÇÃO DE SOFTWARE PARA A SBQ

Através de negociação com o Sr. Antonio Brito, Gerente Administrativo da PIC Informática, conseguimos a doação de 3 software para a SBQ. Em nome da SBQ, o Secretário Geral agradece ao Sr. Brito pelos programas listados abaixo, que a SBQ não dispunha, e que são essenciais para Editoração de nossas revistas e do livro de resumos de nossas Reuniões Anuais, assim como para melhorar ainda mais a organização de nossa Secretaria.

Abaixo está a carta do Sr. Brito.

Com vistas a facilitar as atividades da SBQ, a PIC Informática tem o prazer de oferecer os seguintes software:

  1. ChemDraw Std 6.0 da empresa Cambridge Software
  2. Adobe Acrobat Writer 4.0 - empresa ADOBE
  3. Microsoft Money

A PIC Informática é uma empresa distribuidora de Software para químicos localizada em Campinas. É uma satisfação poder colaborar com os profissionais de Química através da SBQ.

Sucesso à nova gestão, e estamos ao dispor dos membros da SBQ.

Antonio Brito - Ph.D.
Gerente Administrativo
PIC Informática
PIC INFORMATICA SOFTWARE TECNICO E CIENTIFICO


Av. Albino J. B. Oliveira, 1393 tel. +55(19) 289 3023
13085-510 Campinas SP fax. +55(19) 289 4580
Brazil

SITE:WWW.PICINFO.COM.BR


7. FAPESP PUBLICA SUPLEMENTO ESPECIAL "500 ANOS DE C&T NO BRASIL"

Com textos de pesquisadores do Centro Interunidade de História da Ciênciada USP, o suplemento especial de "Pesquisa Fapesp" lança luzes sobre 5 séculos de sabedoria, sofrimento e orgulho da produção científica em um Brasil cheio de contradições.

Para quem duvida que a Ciência no Brasil tenha 500 anos, a publicação aborda os conhecimentos indígenas e os mestres na física e na construção denossas cidades.

A publicação conta com uma lista em homenagem a 150 dos mais expressivos cientistas brasileiros de todas as áreas desde o século XVI.

Fone: (11) 838-4000

Site: www.fapesp.br. E-mail: mariluce@fapesp.br




Secretaria Geral SBQ


Contribuições devem ser enviadas para: Luizsbq@iqm.unicamp.br
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