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SBQ - BIÊNIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 162
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Leia nesta edição:
1. Prêmio estimula pesquisa em química
2. Mensagem sobre a 22nd  IUPAC Symposium on the Chemistry of Natural Products
3. Workshop "Tratamento de resíduos de laboratório químico
4. II Workshop em catálise homogênea Ouro Preto - MG
5. Pós-graduação em química orgânica na UFRJ
6. Visita da Prof. David Batchelder
7. Sardenberg: C&T vai ter R$ 1 bilhão de reais por ano

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1. PREMIO ESTIMULA PESQUISA EM QUIMICA
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     O Conselho Regional de Quimica do RJ e ES recebe até o dia 12/5 trabalhos concorrentes ao 7º Concurso de Monografias do Dia Nacional do Quimico/2000. O prêmio está dividido em duas categorias: profissionais registrados no CRQ-3 e estudantil. O total em prêmios é de R$ 14 mil.
     O tema na categoria profissionais é "Biotecnologia e engenharia genética: prós e contras".
     Na categoria estudantil, que inclui estudantes de Quimica em nível superior e estudantes de cursos técnicos no nível médio, o tema é "A importância da Quimica na produção e conservação de alimentos". Fone: (0xx21) 524-2236, no RJ, e (0xx27) 322-4925, no ES

E-mail: diretoria@crq3.org.br

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2. MENSAGEM SOBRE A 22ND IUPAC SYMPOSIUM ON THE
CHEMISTRY OF NATURAL PRODUCTS
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     Reconhecemos que o valor de US$ 300.00 para incrição seria dispendioso para o brasileiro. Contudo, a IUPAC exige que sejam dados direitos iguais a todo e qualquer participante de simpósios patrocinados por ela. Assim, colocamos na segunda circular que contávamos com auxílio de agencia financiadora nacional, para acomodação e refeições dos brasileiros.
      Na realidade não temos este auxílio, foi apenas um meio que encontramos para favorecer os brasileiros. Com o valor da inscrição os brasileiros sócios da SBQ ou IUPAC estarão pagando:
INSCRIÇÃO:  US$ 100.00
HOTEL:   US$ 115.00  (Pacote de 5 diárias no hotel Caiçara)
REFEIÇÃO: US$   55.00 (Pacote de 5 refeições)
TOTAL:  US$ 270.00
      Resolvemos correr o risco e colocarmos esta informação em rede, para tornar público as dificuldades financeiras que o comitê organizador vem enfrentando para organizar este evento.  O número de participantes estrangeiros em geral não é grande, tem sido expressiva nas reuniões anteriores, a participação de pesquisadores do próprio país a organizar o evento. Com isto, o montante das inscrições será pequeno para financiar parte do simpósio, pois o maior número de inscrições, na realidade, será de apenas US$ .
      Solicitamos auxílio a todos os órgãos financiadores do Brasil e mais 6 outros fora do país. Até o momento recebemos apenas auxílio da FAPESP para o financiamento da primeira e segunda circular. Assim mesmo o auxílio recebido não foi o suficiente. A segunda circular foi financiada pela FAPESP, UFSCar e Sinc do Brasil. A UFSCar também financiou o correio para o envio dos 2000 exemplares da primeira circular e 1000 da segunda.
      Conseguimos com a própria UFSCar (2) e a Prefeitura de São Carlos (2), o financiamento de quatro passagens aéreas para conferencistas internacionais. Esta última também nos fornecerá dois ônibus para buscar e levar a São Paulo os participantes do evento. O comitê organizador terá que buscar financiamento para um número maior de ônibus, já que
espera-se um número grande participantes. Esperamos que as informações acima sejam claras e que todos entendam que a inscrição para o brasileiro está apenas um pouco acima daquela de um simpósio nacional.
 Qualquer dúvida ou informação envie-nos um e-mail.  Esperando contar com vossa valiosa participação.

  Atenciosamente,
Comissão Organizadora:

Chairman:  Prof. Otto R. Gottlieb (FIOCRUZ)

Secretária Geral: Dra. M. Fátima das G. Fernandes da Silva (UFSCar)
Membros: Dra. Maria Renata M. B. Borin (FIOCRUZ), Dra. Anita J.
Marsaioli (UNICAMP) Dra. Lúcia M. Xavier Lopes (UNESP), Dra. Quezia Cass
(UFSCar), Dr. Antônio Gilberto Ferreira (UFSCar), Dr. Paulo C. Vieira
(UFSCar), Dr. João B. Fernandes (UFSCar), Dr. Massayoshi Yoshida (USP-SP)

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3. WORKSHOP "TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIO QUÍMICO"
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     O Workshop "Tratamento de Resíduos de Laboratório Químico", promovido pela SBQ, será realizado no dia 23/05 em Poços de Caldas, faz parte das atividades da 23a.Reunião Anual da SBQ. Este workshop tem como principal objetivo conscientizar a comunidade química sobre a nossa responsabilidade para com os rejeitos gerados em nossos laboratórios e
depois, pelo estabelecimento de uma política institucional de gerenciamento de resíduos. Para tal, estamos programando duas mesas redondas que contarão com a participação de representantes de universidades e instituições de pesquisa, indústria e órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização ambiental. Para inscrições e/ou maiores informações, favor contatar  os
coordenadores: Profa. Arlene G. Correa (DQ - UFSCar):  agcorrea@dq.ufscar.br Prof. João Batista Baungarten (DEQ - UFSCar): jotab2@power.ufscar.br

PROGRAMA
08:30 - Abertura
08:40 - Prof. Dr. Francelino L. M. Grando - UFSCar, "Legislação Ambiental"
09:00 - Prof. Dr. Carlos J. da Cunha - DQ -UFPR, "Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios de Química"
09:30 - Prof. Dr. Gilberto Goissis  - IQSC - USP, "Minimização de Resíduos em Laboratórios de Química"
10:00 - Intervalo
10:20 - Dra. Marlene Flues e Laura Endo - IPEN - SP, "Sistema de Controle de Rejeitos  Radioativos"
10:50 - Dr. Fábio A.P. Reis - CENPES - Petrobrás, "Sistema de Controle de Resíduos"
11:20 - Debates

12:00 - Almoço

14:00 - Dr. Almyr Zancul - CETESB, "Fiscalização Ambiental"
14:30 - Prof. Dr. Marco A. de Paoli - FAPESP, "O Papel das Agências de Fomento à Pesquisa no Controle de Resíduos"
15:00 - Intervalo
15:20 - Engo. Rogério Matiuzzi - Resicontrol, "Eliminação de Resíduos em Cimenteiras"
15:50 - "Destinação Final de Resíduos"
16:20 - Debates
16:50 - Encerramento

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4. II WORKSHOP EM CATALISE HOMOGENEA OURO PRETO - MG
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20 a 23 de maio de 2000

     A catálise homogênea é uma das ferramentas disponibilizada pela Quimica moderna que permite produzir as transformações químicas com a eliminação de etapas de reação, com a conseqüente economia de energia. No momento, esta sendo vista com muito interesse não só por parte dos pesquisadores mas também pela industria, uma vez que minimiza a formação de subprodutos propiciando melhor adequação as exigências da Legislação Ambiental.

     O "II WORKSHOP EM CATALISE HOMOGENEA" será realizado na Escola de Minas de Ouro Preto e constara de três partes distintas, com inscrição especifica, podendo o participante se inscrever em uma ou mais partes, conforme o seu interesse.

Parte I: Sessões coordenadas em carbonilação e polimerização de olefinas
     Data: 20 de maio de 2000
Reunião de especialistas em carbonilaço (sobretudo a hidroformilação) e polimerização de olefinas para discussão de avanços recentes na área e estabelecimento de cooperações. Entre os presentes, pesquisadores da Espanha, Portugal, Venezuela e Brasil e profissionais que atuam em P&D em nossas industrias.

Parte II: Encontro de interação universidade/empresa na área de Quimica
     Data: 21 de maio de 2000
O objetivo deste encontro e buscar parcerias entre grupos de pesquisa e empresas para o desenvolvimento de novos produtos e processos ou para a solução de problemas específicos. Entre as organizações que estarão presentes: CNPq, Finep, IEL, Polialden, Degussa-Huls, Oxiteno, Biocarbo e Quiral.

Parte III: Minicurso em catalise homogênea
     Data: 22 e 23 de maio de 2000
     O objetivo deste minicurso e dar ao aluno uma visão geral da catalise homogênea, com destaque para a carbonilação, a polimerização e a catalise assimétrica. Exemplos de aplicações industriais serão sempre salientados. O minicurso terá como professores especialistas de nível internacional nos vários temas abordados. Bolsas cobrindo as despesas com translado, estadia e alimentação estarão disponíveis .

Informações e inscrições:
Homepage: http://www.lcc.ufmg.br/iiwcat
email: iiwcat@dedalus.lcc.ufmg.br

    Organização: Sociedade Brasileira de Química - Divisão de Catálise (SBQ), Sociedade Brasileira de Catalise (SBCat), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
     Patrocínio:  Oxiteno,  Degussa-Huls, Polialden, Conselho Regional de Quimica (CRQ-MG) e Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnologia para el Desarollo (CYTED).

Apoio: Instituto Euvaldo Lodi (IEL / FIEMG)
Coordenação: Eduardo Nicolau, telefone 31.499.5743.

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5. PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA ORGÂNICA NA UFRJ
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     O Programa de Pós-Graduação em Quimica Orgânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro esta abrindo suas inscrições para o Mestrado em Quimica Orgânica (a partir de 2000 o ingresso será semestral, com bolsas disponíveis).
O ingresso no doutorado pode ser feito em qualquer época do ano.
     Linhas de pesquisa:
    Quimica do Meio Ambiente, Produtos Naturais, Síntese Orgânica, Fotoquímica, Catálise, Química do Aroma, Controle de Dopagem, Geoquímica  Orgânica, Quimica Medicinal, Espectroscopia, Modelagem molecular, Novos Materiais, Quimica de Petróleo
     Período e local de inscrição: 4 de abril a 26 de maio de 2000, na secretaria de Pós-Graduação do Instituto de Quimica/UFRJ, Centro de Tecnologia, Bloco A, 5o. andar, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro
    Seleção: provas de química orgânica, métodos físicos de análise (IV, EM, RMN H e 13C) e inglês. Entrevista. Analise de currículo e carta de recomendação.
     Data e local das provas: 29 (Quimica orgânica, das 8 as 10h) e 30 de maio (métodos físicos e inglês, das 8 as 12h). Entrevistas: a combinar
    Maiores informações:    spg@iq.ufrj.br (secretaria-Nadia)
                                          crezende@iq.ufrj.br
(coordenação Profa. Claudia Rezende)
                                Telefones: 21  562-7260 ou 562-7370

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6. VISITA DO PROF. DAVID BATCHELDER
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    Visita da Prof. David Batchelder (Depart. of  Physics and Astronomy, University of Leeds) ao Laboratório de Espectroscopia Molecular do IQUSP-  São Paulo no período de 04-05 a 11-05.
    O Prof. Batchelder realiza pesquisa no desenvolvimento da Instrumentação Raman e pesquisa em Semicondutores Inorgânicos e Polímeros Condutores. No período acima proferirá os seguintes seminários:
1. Resonance Raman scattering of conjugated polymers
2. Confocal Raman microscopy
3. Far-UV Raman microscopy
4. Direct imaging and scanning near-field Raman microscopy
   Após a chegada do Prof. saberemos os dias dos seminários, os interessados poderão entrar em contato com Márcia Temperini, e-mail: mlatempe@quim.iq.usp.br

     Márcia Temperini

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7. SARDENBERG: C&T VAI GANHAR R$ 1 BILHAO POR ANO
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     Anunciados como solução para a histórica falta de recursos no desenvolvimento tecnológico, os fundos setoriais não poderão ser usados para justificar aumentos de preços e tarifas, afirma o ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg.
     Segundo ele, a nova formula de financiamento da pesquisa não representará custo adicional para empresas de setores que serão beneficiados, como os de energia elétrica, petróleo, tlecomunicações e água.
     A fonte do dinheiro estará no Imposto de Renda já recolhido pelas empresas, com base nos royalties que enviam ao exterior. Recursos de R$ 1 bilhão por ano devem ir para instituições publicas e particulares de pesquisa já em 2001.
     O Globo - Os novos fundos foram comemorados como um grande reforço no caixa da ciência e tecnologia. Acabaram todos os problemas?
     Sardenberg - É um reforço no caixa. As verbas de ciência e tecnologia do ministério são de R$ 1,5 bilhão e, logo que aprovados os fundos, elas crescem de imediato em mais R$ 1 bilhão, com perspectivas de irem bem acima disso. Outro fato importante é o avanço na gestão. Está prevista a criação de um comitê gestor com os ministérios interessados, agencias como CNPq e Capes e representantes do setor privado e da comunidade cientifica.
     É um avanço. Outro, é que esses  recursos serão gastos para alcançar resultados específicos. Gastos com direção. O primeiro recurso será aplicado no exame do setor, para identificar os gargalos. A partir daí serão abertos pelo comitê gestor editais para apresentação de projetos que serão julgados de forma competitiva.
     O Globo - A criação dos fundos acaba ou não com a antiga reclamação de que falta dinheiro para ciência e tecnologia?
     Sardenberg - Não vou dizer nunca que estou totalmente satisfeito. A fome vem com a vontade de comer. Mas, com esses fundos que não serão anuais, mas perenes, teremos a estabilização do setor. Se o fundo fosse anual, os recursos não gastos seriam recolhidos ao Tesouro no fim do ano. Agora não vai haver isso, o que permitirá planejamento a longo prazo e gastos mais racionais. Hoje há uma convicção mundial de que a sociedade e a economia se baseiam no conhecimento. Esses fundos, embora setoriais, terão uma vocação de atuar em toda a cadeia do conhecimento. Desde a ciência básica até as áreas mais diretamente vinculadas ao setor, com repercussões sociais sobre o ser humano e sobre o meio ambiente.
     O Globo - A criação de fundos para setores como energia, transporte, água não pode ser usada para justificar aumentos em tarifas e preços?
     Sardenberg - Não, não. São receitas já previstas e cobradas. Não está sendo criado um ônus para aumentar tarifa ou preços. Isto seria um absurdo, porque os recursos apenas não estavam sendo aplicados em ciência e tecnologia. É o ovo de Colombo, se se quiser dizer assim. É de simplicidade espantosa: receitas que eram recolhidas ao Tesouro, de agencias reguladoras que tem superávit e não tem como gastar por não terem previsão orçamentaria para gastar. Esses recursos irão para os fundos.
     O Globo - Como os pesquisadores terão acesso a esses recursos?
    Sardenberg - Apresentando projetos. Em geral não há um pesquisador isolado, mas um grupo de pesquisa, que vem com o apoio da Universidade. O comitê fará a seleção dos projetos mais próximos das necessidades definidas.
     O Globo - Quais fundos sairão primeiro?
     Sardenberg - Eles já foram apresentados ao Congresso. Falei com os presidentes da Câmara, do Senado, da Comissão de Ciência e Tecnologia.Minha expectativa é que os projetos tramitem rapidamente para obtermos resultados concretos neste semestre.
     O Globo - A partir de quando os recursos estarão disponíveis?
     Sardenberg - As coisas começam a funcionar no segundo semestre, com os comitês gestores. Como já se tem uma idéia dos recursos, o modelo poderá estar em funcionamento no inicio de 2001.
     O Globo - Como será financiada a melhoria das condições de pesquisa nas Universidades?
     Sardenberg - Há um fundo chamado de "Fundo dos fundos", com 20% dos recursos, para apoiar a infra-estrutura de pesquisa das Universidades publicas, laboratórios, para que tenham condições de absorver os projetos. Estes projetos representam uma carga adicional no orçamento da Universidade.
     O Globo - Como isso afetará o cidadão, por exemplo, com relação ao fundo de transportes?
     Sardenberg - Os estudos afetarão toda a cadeia de desenvolvimento. Neste caso, o objetivo é um transporte de massa mais eficiente. Então, começa com estudos da física, de materiais empregados, engenharia. Depois tem os estudos sobre as repercussões sobre os usuários. Então, pode-se fazer o investimento.
     O Globo - Esses fundos são apenas para as pesquisas setoriais?
     Sardenberg - O importante é que este sistema mobiliza o conjunto da comunidade do  conhecimento. Desde a pessoa voltada ao ensino básico até  a ultima das aplicações.
     O Globo - Quem controlará todo o dinheiro dos fundos?
      Sardenberg - Os comitês gestores. Mas o ministério deve ter a
supervisão e a orientação. Pelo fato de incluir a comunidade cientifica e a iniciativa privada, isso cria uma transparência, uma obrigação de explicar. Não é entre quatro paredes.
     O Globo - Esses recursos novos permitirão que o ministério deixe de investir nas áreas cobertas pelos fundos para reforçar o caixa de outras áreas, como as bolsas de pesquisa?
     Sardenberg - Não vamos deixar de cooperar porque criamos um fundo. Temos um fundo mais genérico, destinado à infra-estrutura de pesquisa, e outro muito importante para integração entre Universidade e empresa na inovação tecnológica - o fundo Verde-Amarelo. O fato de a gestão não ser anualizada dá certa flexibilidade. Vai haver situações em que não será
necessário usar recursos orçamentários. Por exemplo, no fundo da água, estimado em R$ 25 milhões anuais - que no contexto de R$ 1 bilhão pode parecer pouco, mas nunca o pais gastou tanto dinheiro para pesquisar a água. Neste caso, as necessidades da pesquisa podem vir a ser cobertas pelo fundo, liberando verbas de fomento e bolsas que existem no CNPq
para outros setores não beneficiados.
     O Globo - Qual o fundo mais rico?
     Sardenberg - O Verde-Amarelo. A percepção central é de que há uma revolução tecnológica no mundo, que estamos perdendo terreno e não podemos perder, porque é uma questão de construção do nosso futuro. O desenvolvimento da tecnologia se acelerou brutalmente nos últimos 15 anos e quem faz tecnologia é a empresa. No Brasil, a massa dos
investimentos nos últimos 50 anos foi para as Universidades. É preciso um fundo que financie Universidades e também empresas.
     O Globo - Se uma empresa se interessar em desenvolvimento tecnológico, ela terá linha de financiamento?
     Sardenberg - Serão duas linhas de credito. Num projeto conjunto haverá linha de credito para a Universidade e outra para a empresa. Este é um caminho novo. Chamamos este fundo de Verde-Amarelo porque é baseado no Imposto de Renda pago pelas empresas que enviam royalties ao exterior remunerar patentes, marcas e serviços de assistência técnica etc. Parte
desse imposto financiará a tecnologia nacional. É uma idéia brilhante do secretario da Receita Federal, Everardo Maciel.

Fonte :O Globo 08abril00. Entrevista, ao repórter Francisco Leali.

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