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SBQ - BIÊNIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 148
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     Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (http://www.sbq.org.br/pub/index.htm).

Leia nesta edição:
1. Representantes brasileiros na IUPAC para o período 2000-2001
2. Vaga em química analítica ou físico-química na UERN
3. Precisa-se urgente
4. Ministro Sardenberg reúne conselho nacional de C&T (CCT) no dia 17 de fevereiro
5. Cresce a participação das mulheres na área científica
6. Conferência internacional de política tecnológica, em Curitiba
7. Carta aberta à secretaria de estado de C&T de Minas Gerais: considerações a seu respeito
8. Encontro na USP vai lançar dossiê em defesa das universidades públicas brasileiras

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1. REPRESENTANTES BRASILEIROS NA IUPAC PARA O PERÍODO 2000-2001.
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     Nos próximos dias estaremos implementando na nossa home page: www.sbq.org.br a lista completa dos representantes brasileiros nas várias comissões científicas da IUPAC. Se alguém tiver urgência em saber quem são os representantes, favor enviar e-mail para “paulosbq@dq.ufscar.br

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2. VAGA EM QUÍMICA ANALÍTICA OU FÍSICO QUÍMCA NA UERN
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     O departamento de Química da UERN, está recebendo CV e plano de trabalho de DOUTORES EM QUÍMICA ANALÍTICA OU FÍSICO-QUIMICA, PARA um processo seletivo a 01 vaga para professor visitante. Condições: Contrato de 11 meses, com renovação por mais 02 anos. Salário líquido de R$ 2.250,00.
CONTRATAÇÃO URGENTE
Enviar CV e plano por e-mail: Luizmatias@bol.com.br ou fanat@uern.br.
Fone: 0xx84-3152235 (Prof. Luiz Gonzaga) 0xx84-94511523 (Profa. Jane)

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3. PRECISA-SE URGENTE
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     Gostaria de saber se algum colega possui um espectrofotômetro UV-Vis HP 8452A que esteja desativado e, desta forma, pudesse ser aproveitada a placa "Processor PCA", HP Part number 08452-60011.
    Esclareço que o nosso equipamento sofreu um inundação e corroeu completamente esta placa de circuito impresso contendo muitos componentes, a qual tem resistido a voltar a funcionar mesmo após um grande investimento de tempo da nossa equipe de técnicos e engenheiros eletrônicos. Trata-se de um equipamento do qual dependem vários alunos de doutorado, mestrado e de iniciação científica fazendo teses em cinética, química de halogênios e sistemas químicos oscilantes.
    Qualquer informação, entrar em contato com Prof. Roberto Faria, Departamento de Química Inorgânica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tel (21)562-7148, Fax (21)290-4746 ou pelo e-mail  faria@iq.ufrj.br

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4. MINISTRO SARDENBERG REÚNE CONSELHO NACIONAL
DE C&T (CCT) NO DIA 17 DE FEVEREIRO
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     Participam os membros não institucionais do CCT, ou seja, os que não representam nenhum ministério. Sardenberg quer travar um primeiro contato com eles.
     A idéia é começar a elaborar uma agenda para a primeira grande reunião do órgão, presidido pelo chefe do Governo, que deve ocorrer este ano mas ainda não tem data marcada. O CCT tem legalmente a missão de coordenar as políticas e ações das diversas pastas do governo com programas de C&T.
     O Ministério da C&T responde pela coordenação e secretaria do CCT.
     MCT, a secretaria executiva do CCT é exercida por Helio Barros.

Fonte: MCT
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5. CRESCE A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA ÁREA CIENTÍFICA
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     O futuro da ciência brasileira está nas mãos das mulheres. É isso pelo menos o que indicam as estatísticas sobre a área no país. Elas já representam mais da metade dos pesquisadores com menos de 30 anos no pais e 61% da novíssima geração com menos de 25.
     Há apenas 40 anos, três em cada quatro cientistas eram homens. Hoje, as mulheres representam 41% desse universo. Elas também já são maioria na área de humanidades (58%), saúde (53%) e ciências biológicas (52%).
     Esses números, extraídos dos registros do CNPq, a agência responsável pelo maior numero de bolsas para pesquisa concedidas no País, confirmam o avanço feminino na área científica.
     O fenômeno é mais acentuado nas ciências agrárias, em que a presença feminina cresceu seis vezes nos últimos 40 anos. Nessa área, as mulheres representam apenas 9% dos pesquisadores com mais de 64 anos, mas já somam 56% dos que tem menos de 25 anos.
     Na saúde, a participação feminina triplicou: elas são apenas 19% dos veteranos (mais de 64 anos), mas 62% dos cientistas com menos de 30 anos.
     Na área de biologia, o percentual dobrou: elas são 28% da velha guarda e 60% da nova geração. Mesmo em territórios ainda dominados por homens, como a engenharia, a presença feminina dobrou.
     O aumento do numero de mulheres no meio cientifico espelha o seu avanço no mercado de trabalho. Mas não é só. Ele também atesta o acelerado crescimento do nível de escolarização das mulheres no país - que está ocorrendo num ritmo superior ao dos homens.
     Hoje, a maioria dos alunos matriculados no ensino médio (56%) e superior (54%) é formada por mulheres. A virada ocorreu na década de 90, quando as brasileiras suplantaram os brasileiros em termos de anos médios de estudo. Entre 90 e 96, a média aumentou de 5,1 anos para 5,7 entre os homens e de 4,9 para 6 entre as mulheres. A porcentagem da população feminina que havia concluído o ensino médio em 96 era de 17,3%, enquanto entre os homens ela ficava em 15,1%.
     Entre a população mais velha, o número de mulheres com baixo grau de instrução é maior que o dos homens. Já entre as pessoas com menos de 40 anos, o percentual de analfabetos é mais baixo entre as mulheres que entre os homens. Na faixa de 15 a 19 anos, a taxa masculina é o dobro da feminina: 7,9% ante 4%.
     É interessante observar as diferenças de rendimento escolar entre os sexos. Tradicionalmente, as mulheres são melhores em português e piores em matemática, biologia, física e química.
    O curioso é que, quanto mais desenvolvida a região, melhor o desempenho das mulheres em relação aos homens. Assim, nas Regiões Sul e Sudeste, a vantagem feminina sobre os homens em português é ainda maior, enquanto que a supremacia dos homens nas outras áreas é menor.
     Apesar de mais instruídas, porém, as mulheres continuam ganhando menos, embora a diferença esteja caindo. Em 1992, a remuneração média das mulheres equivalia a 53,2% da dos homens, percentual que subiu para 58,5% em 96. Alias, a baixa remuneração que ainda existe no Pais no meio cientifico pode ser uma das razoes do aumento da presença feminina nessa
área.
     "Os homens com os altos níveis de qualificação exigidos para pesquisa vão para atividades mais rentáveis", diz Schirley Schreier, pesquisadora do Instituto de Química da USP. "Já vi vários desistirem do doutorado por um emprego."
     Os números parecem confirmar essa opinião. Uma bolsa para pesquisador no Brasil varia de R$ 330 (bolsa de iniciação da Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp) para estudantes de graduação) até R$ 4.120 (a melhor bolsa do CNPq, para pesquisadores experientes). Uma bolsa para doutorado oscila entre R$ 1.072 (CNPq) e R$ 1.770 (Fapesp), enquanto uma de pós-doutorado fica entre R$ 2.218 e R$ 2.570.
     A situação não é muito melhor entre os pesquisadores contratados que, no topo da carreira, ganham cerca de R$ 5 mil. Na iniciativa privada, o salário é maior, mas ela só absorve 12% do total de cientistas e engenheiros do Pais. "Tenho a mesma idade que meu marido, estou no pós-doutorado e ele ganha dez vezes mais que eu", conta Anamaria Camargo, geneticista de 28 anos, casada com um redator de publicidade. "Com o que eu recebo, seria difícil manter a família."
     A situação é comum entre as pesquisadoras. A psiquiatra Helena Samaia, que está fazendo doutorado sobre as causas genéticas das doenças psíquicas, já trabalhou 18 horas por dia, mas garante que jamais ganhou mais que o marido, que é agrônomo.

Fonte: O Estado de SP, 06fev00

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6. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE POLÍTICA TECNOLÓGICA, EM CURITIBA
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     A PUC-PR, em Curitiba, sediará de 28 a 31/8 a 4ª Conferência Internacional em Política Tecnológica e Inovação. O tema central será "Redes de Conhecimento e de Aprendizagem para o Desenvolvimento".
     A conferência visa discutir com líderes de diversos setores da sociedade -- governo, empresa e academia -- fatos considerados críticos no uso da C&T.
     A organização do evento está selecionando artigos que farão parte do numero especial do jornal internacional "Technological Forecasting and Social Change".
     Resumos de trabalhos devem ser enviados até 20/3 para o Instituto Superior Técnico de Lisboa, em Portugal.
     O instituto fica na avenida Rovisco Pais, 1049-001, Lisboa. Fone: 351-1-8417379. E-mail: curitiba2000@dem.ust.utl.pt.
     Temas da conferencia:
     Política: Tópicos emergentes em C&T;
     Desenvolvimento: Perspectiva global em tecnologia e desenvolvimento;
    Gestão de empresas tecnológicas: de incubadas às multinacionais;
    Sociedade do conhecimento: ferramentas, métodos e instituições;
    Networking e parcerias para o desenvolvimento de redes de aprendizado.

Informações
Site: www.cits.br/curitiba2000

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7. CARTA ABERTA À SECRETARIA DE ESTADO DE C&T
DE MINAS GERAIS: CONSIDERACOES A SEU RESPEITO
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     Margareth Spangler Andrade, secretária de Estado de C&T de Minas Gerais, divulgou nota em 8/2 sobre a situação do setor naquele estado.

     Esta nota é uma resposta à "Carta Aberta" que membros comunidade cientifica mineira enviou à secretaria em dezembro de 99, manifestando preocupação com o repasse de recursos para a Fundação de Amparo à Pesquisa de MG (Fapemig).
     A "Carta Aberta" foi assinada pelo Comitê Permanente em Defesa da C&T de Minas Gerais, através de Conceição R. S. Machado (ABC/BH), Janetti N. Francischi (SBPC/MG) Jorge L. Pesquero (Fesbe/BH) e Newton S. Gomes (Fórum de Pró-Reitores das Universidades Mineiras).
     Em 3/2, a SBPC também enviou à Secretaria de C&T de Minas outra carta também manifestando preocupação com a situação dos repasses de recursos para a Fapemig.
      A seguir, a nota da secretaria de C&T de Minas Gerais, divulgada, dia 8, na integra:
     "Segundo é do conhecimento da Comunidade Cientifica e Tecnológica, os recursos para o financiamento à pesquisa no país sofreram substancial redução a partir de 97.
     A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) não ficou imune a esta situação. Assim, em 98, foram-lhe transferidos apenas 10% do valor previsto na Constituição Estadual.
     Conforme determinado pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Minas Gerais, doutor Itamar Franco, desde o inicio de sua administração, esta Secretaria passou então a ter por objetivo tornar a pesquisa cientifica e tecnológica um dos pilares da construção da nova ordem social e econômica de Minas Gerais.
     Esta decisão foi adotada, apesar da difícil situação financeira em que nos encontrávamos. A partir desta data, ficou garantido o pagamento, sem atraso, de todos os bolsistas de mestrado, doutorado, desenvolvimento tecnológico industrial, pesquisador visitante, aperfeiçoamento e iniciação cientifica, integrantes da carteira da Fapemig.
     Entendemos que os recursos humanos são o que temos de mais valioso para a realização e o sucesso de nossas pesquisas. A Fapemig deu continuidade ao pagamento de todos os projetos em execução, não interrompendo nenhum deles por falta de financiamento.
     Financiou, ainda, a participação de pesquisadores em eventos científicos, bem como  a organização de seminários, congressos e outros acontecimentos.
     O Governo do Estado liberou, então, de forma regular, quantia de, aproximadamente, R$ 1. 300.000,00 milhão/mês (um milhão e trezentos mil reais por mês), contabilizando, ao final do ano, o total de R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de reais).
     Esta quantia representou cerca de 26% do total previsto no orçamento e 5, 2% dos investimentos realizados pelo Estado no período.
     Saliente-se que o governo do doutor Itamar Franco não colocou indisponível a quantia de R$ 42.625.000,00 (quarenta e dois milhões seiscentos e vinte e cinco mil reais) liberados ao final do ano de 98.
     Esta quantia foi repassada somente em dezembro de 98 e concomitantemente bloqueada pelo Tesouro Estadual à época.
     Deixo aqui uma mensagem de otimismo para os pesquisadores e cientistas mineiros. O ano 2000 inicia-se já com a elevação de recursos, para os meses de janeiro e fevereiro, da ordem de mais R$ 800.000,00/mes (oitocentos mil reais por mês), a serem empregados, de imediato, no financiamento de novos projetos.
     Espera-se, durante este ano, elevação gradual destes recursos. A atuação do doutor Itamar Franco, quando Presidente da Republica, indica sua sensibilidade para a área de C&T, conforme mostrado em gráfico anexo (Nota da Redação: não publicamos o gráfico por motivos de adequação ao formato do JC E-Mail).
     A Secretaria de Estado de C&T (Sect) encaminhou à Fapemig solicitação para a imediata e urgente reavaliação dos projetos recomendados, quanto a orçamento e metas.
     Muitos destes projetos podem estar desatualizados nestes aspectos, dada a defasagem entre sua apresentação e a liberação de recursos.
     Acreditamos que com a união de esforços por parte das Câmaras de Assessoramento, do Conselho de Curadores da Fapemig e, ainda, da área técnica da Sect, possamos estar iniciando novos e importantes projetos para o Estado de Minas Gerais, ainda no mês de fevereiro deste ano.
     Agradecendo as criticas e sugestões apresentadas, colocamo-nos à disposição da comunidade de pesquisadores do estado para quaisquer esclarecimentos ainda necessários.

Cordialmente,
Margareth Spangler de Andrade.

Fonte : JCE-mail
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8. ENCONTRO NA USP VAI LANÇAR DOSSIê EM DEFESA
DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS
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    Na próxima quarta-feira, dia 16, às 10 horas, na sala do Conselho Universitário da USP, o evento de lançamento e apresentação do dossiê "A Presença da Universidade Publica", elaborado pela Comissão de Defesa da Universidade Publica.
     Segundo o diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e coordenador da Comissão, Alfredo Bosi, o principio que norteou o dossiê foi dar resposta documentada aos ataques que tentam mostrar as Universidades públicas brasileiras como improdutivas e dispendiosas.
     O documento é uma etapa final de um estudo que começou há dois anos, quando o reitor da USP, Jacques Marcovitch, constituiu uma comissão para trabalhar em defesa das Universidades públicas brasileiras.
     O Instituto de Estudos Avançados foi escolhido para desenvolver o trabalho por reunir um corpo de intelectuais e professores de diversas áreas que puderam se reunir para troca de experiências e organização de fóruns de debates.
     Segundo Bosi, no início do primeiro semestre de 98, foram convocados vários pesquisadores para dar início a formação dos grupos de trabalho para que aprofundassem questões relativas a suas áreas.
     Foi elaborado um plano temático, onde cada grupo se envolveria com temas específicos: um grupo trabalhou sobre o conceito de Universidade publica, outro tratou da área de pesquisa, e um terceiro trabalhou respondendo ao preconceito da origem social do vestibulando que ingressa na USP.
     Ao final de seis meses de trabalho foram elaborados textos que formaram um dossiê de mais de 300 paginas. Dele originou-se a publicação de 32 paginas que será lançada no próximo dia 16.
     Essa segunda publicação sintetiza as principais contribuições do dossiê e tem como objetivo ser divulgada também para um publico externo à Universidade.  O documento também discute os preconceitos existentes contra a Universidade publica brasileira. Um deles, segundo Bosi, é a cobrança de resultados imediatos.
     "A Universidade publica é uma instituição que demanda um longo prazo de pesquisas básicas. Não é só pesquisa aplicada. Ninguém pode descobrir uma vacina se não estudou anos de bioquímica. Nos EUA e França, por exemplo, se investe muito em pesquisa básica porque eles tem certeza que de lá vão sair os grandes produtos e as tecnologias avançadas.
     No campo das ciências humanas é impossível formar um professor de filosofia rapidamente. É um processo.
     A empresa privada tem pressa de obter o retorno porque lida com capital de giro, investimentos. Mas esses são conceitos que não convém à Universidade."
     Bosi explica que o dossiê não pretende ser uma defesa indiscriminada das Universidades públicas mantidas pelo Estado, como se fossem homogêneas.
     Pelo contrário, pretende discutir o atual modelo e suas dificuldades. O dossiê completo deverá ser publicado nos cadernos
temáticos do IEA.

Mais informações: sobre o evento (0XX11) 818-3300 ou 3220, na Assessoria de Imprensa da USP; sobre o documento 818-3919 (IEA) com o prof. Alfredo Bosi.

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Secretaria Geral SBQ
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Contribuicoes devem ser enviadas para:        paulosbq@dq.ufscar.br
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