Leia nesta edição:
1. Representantes brasileiros na IUPAC para o período
2000-2001
2. Vaga em química analítica ou físico-química
na UERN
3. Precisa-se urgente
4. Ministro Sardenberg reúne conselho nacional
de C&T (CCT) no dia 17 de fevereiro
5. Cresce a participação das mulheres na
área científica
6. Conferência internacional de política
tecnológica, em Curitiba
7. Carta aberta à secretaria de estado de C&T
de Minas Gerais: considerações a seu respeito
8. Encontro na USP vai lançar dossiê em defesa
das universidades públicas brasileiras
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1. REPRESENTANTES BRASILEIROS NA IUPAC PARA O PERÍODO 2000-2001.
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Nos próximos dias estaremos implementando
na nossa home page: www.sbq.org.br
a lista completa dos representantes brasileiros nas várias comissões
científicas da IUPAC. Se alguém tiver urgência em saber
quem são os representantes, favor enviar e-mail para “paulosbq@dq.ufscar.br”
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2. VAGA EM QUÍMICA ANALÍTICA OU FÍSICO QUÍMCA
NA UERN
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O departamento de Química da UERN,
está recebendo CV e plano de trabalho de DOUTORES EM QUÍMICA
ANALÍTICA OU FÍSICO-QUIMICA, PARA um processo seletivo a
01 vaga para professor visitante. Condições: Contrato de
11 meses, com renovação por mais 02 anos. Salário
líquido de R$ 2.250,00.
CONTRATAÇÃO URGENTE
Enviar CV e plano por e-mail: Luizmatias@bol.com.br
ou fanat@uern.br.
Fone: 0xx84-3152235 (Prof. Luiz Gonzaga) 0xx84-94511523 (Profa. Jane)
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3. PRECISA-SE URGENTE
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Gostaria de saber se algum colega possui um
espectrofotômetro UV-Vis HP 8452A que esteja desativado e, desta
forma, pudesse ser aproveitada a placa "Processor PCA", HP Part number
08452-60011.
Esclareço que o nosso equipamento sofreu
um inundação e corroeu completamente esta placa de circuito
impresso contendo muitos componentes, a qual tem resistido a voltar a funcionar
mesmo após um grande investimento de tempo da nossa equipe de técnicos
e engenheiros eletrônicos. Trata-se de um equipamento do qual dependem
vários alunos de doutorado, mestrado e de iniciação
científica fazendo teses em cinética, química de halogênios
e sistemas químicos oscilantes.
Qualquer informação, entrar em contato
com Prof. Roberto Faria, Departamento de Química Inorgânica,
Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tel
(21)562-7148, Fax (21)290-4746 ou pelo e-mail faria@iq.ufrj.br
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4. MINISTRO SARDENBERG REÚNE CONSELHO NACIONAL
DE C&T (CCT) NO DIA 17 DE FEVEREIRO
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Participam os membros não institucionais
do CCT, ou seja, os que não representam nenhum ministério.
Sardenberg quer travar um primeiro contato com eles.
A idéia é começar a elaborar
uma agenda para a primeira grande reunião do órgão,
presidido pelo chefe do Governo, que deve ocorrer este ano mas ainda não
tem data marcada. O CCT tem legalmente a missão de coordenar as
políticas e ações das diversas pastas do governo com
programas de C&T.
O Ministério da C&T responde pela
coordenação e secretaria do CCT.
MCT, a secretaria executiva do CCT é
exercida por Helio Barros.
Fonte: MCT
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5. CRESCE A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA ÁREA
CIENTÍFICA
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O futuro da ciência brasileira está
nas mãos das mulheres. É isso pelo menos o que indicam as
estatísticas sobre a área no país. Elas já
representam mais da metade dos pesquisadores com menos de 30 anos no pais
e 61% da novíssima geração com menos de 25.
Há apenas 40 anos, três em cada
quatro cientistas eram homens. Hoje, as mulheres representam 41% desse
universo. Elas também já são maioria na área
de humanidades (58%), saúde (53%) e ciências biológicas
(52%).
Esses números, extraídos dos
registros do CNPq, a agência responsável pelo maior numero
de bolsas para pesquisa concedidas no País, confirmam o avanço
feminino na área científica.
O fenômeno é mais acentuado nas
ciências agrárias, em que a presença feminina cresceu
seis vezes nos últimos 40 anos. Nessa área, as mulheres representam
apenas 9% dos pesquisadores com mais de 64 anos, mas já somam 56%
dos que tem menos de 25 anos.
Na saúde, a participação
feminina triplicou: elas são apenas 19% dos veteranos (mais de 64
anos), mas 62% dos cientistas com menos de 30 anos.
Na área de biologia, o percentual dobrou:
elas são 28% da velha guarda e 60% da nova geração.
Mesmo em territórios ainda dominados por homens, como a engenharia,
a presença feminina dobrou.
O aumento do numero de mulheres no meio cientifico
espelha o seu avanço no mercado de trabalho. Mas não é
só. Ele também atesta o acelerado crescimento do nível
de escolarização das mulheres no país - que está
ocorrendo num ritmo superior ao dos homens.
Hoje, a maioria dos alunos matriculados no
ensino médio (56%) e superior (54%) é formada por mulheres.
A virada ocorreu na década de 90, quando as brasileiras suplantaram
os brasileiros em termos de anos médios de estudo. Entre 90 e 96,
a média aumentou de 5,1 anos para 5,7 entre os homens e de 4,9 para
6 entre as mulheres. A porcentagem da população feminina
que havia concluído o ensino médio em 96 era de 17,3%, enquanto
entre os homens ela ficava em 15,1%.
Entre a população mais velha,
o número de mulheres com baixo grau de instrução é
maior que o dos homens. Já entre as pessoas com menos de 40 anos,
o percentual de analfabetos é mais baixo entre as mulheres que entre
os homens. Na faixa de 15 a 19 anos, a taxa masculina é o dobro
da feminina: 7,9% ante 4%.
É interessante observar as diferenças
de rendimento escolar entre os sexos. Tradicionalmente, as mulheres são
melhores em português e piores em matemática, biologia, física
e química.
O curioso é que, quanto mais desenvolvida
a região, melhor o desempenho das mulheres em relação
aos homens. Assim, nas Regiões Sul e Sudeste, a vantagem feminina
sobre os homens em português é ainda maior, enquanto que a
supremacia dos homens nas outras áreas é menor.
Apesar de mais instruídas, porém,
as mulheres continuam ganhando menos, embora a diferença esteja
caindo. Em 1992, a remuneração média das mulheres
equivalia a 53,2% da dos homens, percentual que subiu para 58,5% em 96.
Alias, a baixa remuneração que ainda existe no Pais no meio
cientifico pode ser uma das razoes do aumento da presença feminina
nessa
área.
"Os homens com os altos níveis de qualificação
exigidos para pesquisa vão para atividades mais rentáveis",
diz Schirley Schreier, pesquisadora do Instituto de Química da USP.
"Já vi vários desistirem do doutorado por um emprego."
Os números parecem confirmar essa opinião.
Uma bolsa para pesquisador no Brasil varia de R$ 330 (bolsa de iniciação
da Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp) para
estudantes de graduação) até R$ 4.120 (a melhor bolsa
do CNPq, para pesquisadores experientes). Uma bolsa para doutorado oscila
entre R$ 1.072 (CNPq) e R$ 1.770 (Fapesp), enquanto uma de pós-doutorado
fica entre R$ 2.218 e R$ 2.570.
A situação não é
muito melhor entre os pesquisadores contratados que, no topo da carreira,
ganham cerca de R$ 5 mil. Na iniciativa privada, o salário é
maior, mas ela só absorve 12% do total de cientistas e engenheiros
do Pais. "Tenho a mesma idade que meu marido, estou no pós-doutorado
e ele ganha dez vezes mais que eu", conta Anamaria Camargo, geneticista
de 28 anos, casada com um redator de publicidade. "Com o que eu recebo,
seria difícil manter a família."
A situação é comum entre
as pesquisadoras. A psiquiatra Helena Samaia, que está fazendo doutorado
sobre as causas genéticas das doenças psíquicas, já
trabalhou 18 horas por dia, mas garante que jamais ganhou mais que o marido,
que é agrônomo.
Fonte: O Estado de SP, 06fev00
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6. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE POLÍTICA TECNOLÓGICA,
EM CURITIBA
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A PUC-PR, em Curitiba, sediará de 28
a 31/8 a 4ª Conferência Internacional em Política Tecnológica
e Inovação. O tema central será "Redes de Conhecimento
e de Aprendizagem para o Desenvolvimento".
A conferência visa discutir com líderes
de
diversos setores da sociedade -- governo, empresa e academia -- fatos considerados
críticos no uso da C&T.
A organização do evento está
selecionando artigos que farão parte do numero especial do jornal
internacional "Technological Forecasting and Social Change".
Resumos de trabalhos devem ser enviados até
20/3 para o Instituto Superior Técnico de Lisboa, em Portugal.
O instituto fica na avenida Rovisco Pais,
1049-001, Lisboa. Fone: 351-1-8417379. E-mail: curitiba2000@dem.ust.utl.pt.
Temas da conferencia:
Política: Tópicos emergentes
em C&T;
Desenvolvimento: Perspectiva global em tecnologia
e desenvolvimento;
Gestão de empresas tecnológicas: de
incubadas às multinacionais;
Sociedade do conhecimento: ferramentas, métodos
e instituições;
Networking e parcerias para o desenvolvimento de
redes de aprendizado.
Informações
Site: www.cits.br/curitiba2000
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7. CARTA ABERTA À SECRETARIA DE ESTADO DE C&T
DE MINAS GERAIS: CONSIDERACOES A SEU RESPEITO
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Margareth Spangler Andrade, secretária
de Estado de C&T de Minas Gerais, divulgou nota em 8/2 sobre a situação
do setor naquele estado.
Esta nota é uma resposta à "Carta
Aberta" que membros comunidade cientifica mineira enviou à secretaria
em dezembro de 99, manifestando preocupação com o repasse
de recursos para a Fundação de Amparo à Pesquisa de
MG (Fapemig).
A "Carta Aberta" foi assinada pelo Comitê
Permanente em Defesa da C&T de Minas Gerais, através de Conceição
R. S. Machado (ABC/BH), Janetti N. Francischi (SBPC/MG) Jorge L. Pesquero
(Fesbe/BH) e Newton S. Gomes (Fórum de Pró-Reitores das Universidades
Mineiras).
Em 3/2, a SBPC também enviou à
Secretaria de C&T de Minas outra carta também manifestando preocupação
com a situação dos repasses de recursos para a Fapemig.
A seguir, a nota da secretaria de C&T
de Minas Gerais, divulgada, dia 8, na integra:
"Segundo é do conhecimento da Comunidade
Cientifica e Tecnológica, os recursos para o financiamento à
pesquisa no país sofreram substancial redução a partir
de 97.
A Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) não ficou imune a esta
situação. Assim, em 98, foram-lhe transferidos apenas 10%
do valor previsto na Constituição Estadual.
Conforme determinado pelo Excelentíssimo
Senhor Governador do Estado de Minas Gerais, doutor Itamar Franco, desde
o inicio de sua administração, esta Secretaria passou então
a ter por objetivo tornar a pesquisa cientifica e tecnológica um
dos pilares da construção da nova ordem social e econômica
de Minas Gerais.
Esta decisão foi adotada, apesar da
difícil situação financeira em que nos encontrávamos.
A partir desta data, ficou garantido o pagamento, sem atraso, de todos
os bolsistas de mestrado, doutorado, desenvolvimento tecnológico
industrial, pesquisador visitante, aperfeiçoamento e iniciação
cientifica, integrantes da carteira da Fapemig.
Entendemos que os recursos humanos são
o que temos de mais valioso para a realização e o sucesso
de nossas pesquisas. A Fapemig deu continuidade ao pagamento de todos os
projetos em execução, não interrompendo nenhum deles
por falta de financiamento.
Financiou, ainda, a participação
de pesquisadores em eventos científicos, bem como a organização
de seminários, congressos e outros acontecimentos.
O Governo do Estado liberou, então,
de forma regular, quantia de, aproximadamente, R$ 1. 300.000,00 milhão/mês
(um milhão e trezentos mil reais por mês), contabilizando,
ao final do ano, o total de R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões
de reais).
Esta quantia representou cerca de 26% do total
previsto no orçamento e 5, 2% dos investimentos realizados pelo
Estado no período.
Saliente-se que o governo do doutor Itamar
Franco não colocou indisponível a quantia de R$ 42.625.000,00
(quarenta e dois milhões seiscentos e vinte e cinco mil reais) liberados
ao final do ano de 98.
Esta quantia foi repassada somente em dezembro
de 98 e concomitantemente bloqueada pelo Tesouro Estadual à época.
Deixo aqui uma mensagem de otimismo para os
pesquisadores e cientistas mineiros. O ano 2000 inicia-se já com
a elevação de recursos, para os meses de janeiro e fevereiro,
da ordem de mais R$ 800.000,00/mes (oitocentos mil reais por mês),
a serem empregados, de imediato, no financiamento de novos projetos.
Espera-se, durante este ano, elevação
gradual destes recursos. A atuação do doutor Itamar Franco,
quando Presidente da Republica, indica sua sensibilidade para a área
de C&T, conforme mostrado em gráfico anexo (Nota da Redação:
não publicamos o gráfico por motivos de adequação
ao formato do JC E-Mail).
A Secretaria de Estado de C&T (Sect) encaminhou
à Fapemig solicitação para a imediata e urgente reavaliação
dos projetos recomendados, quanto a orçamento e metas.
Muitos destes projetos podem estar desatualizados
nestes aspectos, dada a defasagem entre sua apresentação
e a liberação de recursos.
Acreditamos que com a união de esforços
por parte das Câmaras de Assessoramento, do Conselho de Curadores
da Fapemig e, ainda, da área técnica da Sect, possamos estar
iniciando novos e importantes projetos para o Estado de Minas Gerais, ainda
no mês de fevereiro deste ano.
Agradecendo as criticas e sugestões
apresentadas, colocamo-nos à disposição da comunidade
de pesquisadores do estado para quaisquer esclarecimentos ainda necessários.
Cordialmente,
Margareth Spangler de Andrade.
Fonte : JCE-mail
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8. ENCONTRO NA USP VAI LANÇAR DOSSIê EM DEFESA
DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS
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Na próxima quarta-feira, dia 16, às
10 horas, na sala do Conselho Universitário da USP, o evento de
lançamento e apresentação do dossiê "A Presença
da Universidade Publica", elaborado pela Comissão de Defesa da Universidade
Publica.
Segundo o diretor do Instituto de Estudos
Avançados (IEA) e coordenador da Comissão, Alfredo Bosi,
o principio que norteou o dossiê foi dar resposta documentada aos
ataques que tentam mostrar as Universidades públicas brasileiras
como improdutivas e dispendiosas.
O documento é uma etapa final de um
estudo que começou há dois anos, quando o reitor da USP,
Jacques Marcovitch, constituiu uma comissão para trabalhar em defesa
das Universidades públicas brasileiras.
O Instituto de Estudos Avançados foi
escolhido para desenvolver o trabalho por reunir um corpo de intelectuais
e professores de diversas áreas que puderam se reunir para troca
de experiências e organização de fóruns de debates.
Segundo Bosi, no início do primeiro
semestre de 98, foram convocados vários pesquisadores para dar início
a formação dos grupos de trabalho para que aprofundassem
questões relativas a suas áreas.
Foi elaborado um plano temático, onde
cada grupo se envolveria com temas específicos: um grupo trabalhou
sobre o conceito de Universidade publica, outro tratou da área de
pesquisa, e um terceiro trabalhou respondendo ao preconceito da origem
social do vestibulando que ingressa na USP.
Ao final de seis meses de trabalho foram elaborados
textos que formaram um dossiê de mais de 300 paginas. Dele originou-se
a publicação de 32 paginas que será lançada
no próximo dia 16.
Essa segunda publicação sintetiza
as principais contribuições do dossiê e tem como objetivo
ser divulgada também para um publico externo à Universidade.
O documento também discute os preconceitos existentes contra a Universidade
publica brasileira. Um deles, segundo Bosi, é a cobrança
de resultados imediatos.
"A Universidade publica é uma instituição
que demanda um longo prazo de pesquisas básicas. Não é
só pesquisa aplicada. Ninguém pode descobrir uma vacina se
não estudou anos de bioquímica. Nos EUA e França,
por exemplo, se investe muito em pesquisa básica porque eles tem
certeza que de lá vão sair os grandes produtos e as tecnologias
avançadas.
No campo das ciências humanas é
impossível formar um professor de filosofia rapidamente. É
um processo.
A empresa privada tem pressa de obter o retorno
porque lida com capital de giro, investimentos. Mas esses são conceitos
que não convém à Universidade."
Bosi explica que o dossiê não
pretende ser uma defesa indiscriminada das Universidades públicas
mantidas pelo Estado, como se fossem homogêneas.
Pelo contrário, pretende discutir o
atual modelo e suas dificuldades. O dossiê completo deverá
ser publicado nos cadernos
temáticos do IEA.
Mais informações: sobre o evento (0XX11) 818-3300 ou 3220, na Assessoria de Imprensa da USP; sobre o documento 818-3919 (IEA) com o prof. Alfredo Bosi.
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Secretaria Geral SBQ
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Contribuicoes devem ser enviadas para:
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