Leia nesta edição:
1. Precisa-se de molibdênio tetrassulfeto
2. Reunião do fórum de tecnologia do Ceará
do ano 2000
3. A bolha universitária, editorial da "Folha de
SP"
4. Esclarecimento sobre o programa CTPETRO – Profa. Aldaléa
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1. PRECISA-SE DE MOLIBDÊNIO TETRASSULFETO
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Colegas/Estudantes:
Recebi email de um cidadão cuja esposa é portadora da
síndrome de Wilson (induzida por cobre), com vários tumores
já instalados, mas cuja remissão tem sido feita no exterior
em caráter experimental, com sucesso, através da administração
ao paciente de molibdênio(VIII) tetrasulfeto, MoS4 (CAS RN 16330-92-0),
já classificado com um fármaco na RTECS. Ele não
consegue encontrar esta droga e pergunta se alguém sabe como comprá-la
ou sintetizá-la. Agradeço qualquer colaboração
neste respeito. Um abraço,
Etelvino Bechara
PS: Houve um engano no nome do composto de molibdênio. O cidadão deve estar procurando é um sal de tetratiomolibdato, ou seja, MoS4(2-).
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2. REUNIÃO DO FÓRUM DE TECNOLOGIA DO CEARÁ DO
ANO 2000
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Realizou-se no dia 01 de fevereiro, na Casa
da Indústria em Fortaleza, a primeira Reunião do Fórum
de Tecnologia do Ceará. Atendendo solicitação da Presidência,
a Secretária Regional da SBQ-Ceará, Profa. Dra. Maria Goretti
de Vasconcelos Silva, participou da referida Reunião e enviou ao
BE, com exclusividade, o seguinte Relato.
" O Fórum de Tecnologia que ocorreu ontem
(01.02.2000), contou com a presença de secretários de Estado
do Ceara, vários empresários locais e alguns professores,
principalmente da Universidade Estadual do Ceara.
O palestrante, Dr. Antônio Sérgio
Pizarro Fragomeni, iniciou comentando que estava apenas cerca de um mês
e meio no cargo, e discorreu sobre os quatro principais programas da Secretaria
de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério de C&T (que
passara a Secretaria de Política e Tecnologia Empresarial SPTE),
notadamente, sobre os Programas de Inovação e Competitividade
e Sistemas Locais de Inovação.
Estes programas são chamados "estruturantes",
e segundo o Dr. Fragomeni, são aqueles cujos recursos não
podem ser modificados.
O Programa de Inovação e Competitividade
tem como objetivo desenvolver e difundir soluções e inovações
tecnológicas voltadas para a melhoria da competitividade dos produtos.
Recursos alocados de 2000-2003: R$5,304 bilhões
O Programa de Sistemas Locais de Inovação objetiva
promover o desenvolvimento da capacidade local e regional visando melhorar
a qualidade de vida da população. Recursos alocados:
2000-2003: R$ 103 milhões.
Estes programas e recursos estão, segundo o palestrante,
para serem aprovados pelo congresso.
Ainda em sua palestra, o Dr. Fragomeni disse que o papel
da Secretaria é de orientar o setor de pesquisa e tecnologia,
e evidenciou a pouca participação das empresas brasileiras
(32%?) no desenvolvimento de Ciências e Tecnologia, pois aqui, este
investimento e visto como prejuízo.
Segundo ele, a ciência e tecnologia aplicada tem
uma gigantesca força e a pesquisa que consegue agregar valores para
a empresa possibilita que esta atribua uma maior importância
para a pesquisa.
O palestrante encerrou discorrendo sobre as atividades a serem
realizadas e programas gerais da Secretaria e que um dos objetivos dela
é tentar modificar a lei que incentiva a empresa a investir em desenvolvimento
e pesquisa, visando aumentar o índice de participação
empresarial nesta atividade."
Secretaria Regional da SBQ-Ceará
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3. A BOLHA UNIVERSITARIA, EDITORIAL DA "FOLHA DE SP"
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O ensino superior no Brasil está crescendo,
mas de forma pouco ordenada, como mostram reportagens publicadas por esta
"Folha" no domingo. Nos últimos quatro anos, o Ministério
da Educação autorizou a abertura de 117.584 vagas em faculdades
integradas, centros universitários e instituições
isoladas de ensino superior, o que representa um aumento de 47% na oferta.
Em tese, isso é excelente. Apenas 7,6%
dos brasileiros entre 20 e 24 anos estao matriculados em um curso superior.
Esse numero é baixo mesmo para os padrões da América
Latina.
As distorções, contudo, começam
a tornar-se evidentes quando se constata que 27,7% das vagas abertas são
na área de administração, seguida de contabilidade
(8,1%) e informática/computação (8%).
Esse fenômeno tem uma explicação.
São cursos relativamente baratos, que não exigem grandes
investimentos das instituições em laboratórios ou
material de ensino. A rigor, bastam um professor e uma sala de aula. A
maioria das novas vagas está na rede particular, 58.995, em 99,
contra 10.007 nas Universidades federais.
Embora a demanda para essas áreas esteja
crescendo sensivelmente -- as empresas exigem cada vez mais pessoal qualificado
com instrução formal --, parece difícil acreditar
que seja nessa proporção.Infelizmente, todo movimento de
massificação implica alguma perda de qualidade.
A tendência é que, com o tempo,
a concorrência ajude a operar uma distinção entre as
boas e as más escolas e faça com que estas desapareçam.
Trata-se, porem, de um processo lento, que deve ser complementado por outras
iniciativas de exigência de qualidade, como o fechamento das instituições
que apresentem desempenho insuficiente.
Nessa área, mais do que em outras,
deve atuar o imperativo do interesse publico. Igualmente importante é
o aluno cobrar excelência nos serviços prestados; afinal,
é o maior interessado em ter um diploma de uma escola com boa reputação,
e não o de uma arapuca.
Fonte : Folha de SP, 01fev00
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4. ESCLARECIMENTO SOBRE O PROGRAMA CTPETRO:
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Esclareço a todos os colegas, pesquisadores,
que fiquei absolutamente surpresa com a divulgação da notícia
" UFMA TERÁ O PRIMEIRO LABORATÓRIO DE ANÁLISE
QUÍMICA DO ESTADO" divulgada no BOLETIM ELETRÔNICO da
SBQ, de No. 145, cujo teor precisa ser corrigido: O programa CTPETRO
está vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia,
através da FINEP e do FNDCT. Neste recente e primeiro Edital, foram
agraciadas 19 instituições das regiões norte e nordeste,
entre 26 concorrentes, com recursos dentro do limite de R$ 1 milhão
(por projeto). Por outro lado, os laboratórios a serem implantados,
após a liberação dos recursos não têm,
necessariamente, a certeza e/ou o
objetivo de credenciamento junto a ANP, e por certo notícias
veiculadas desta forma podem prejudicar, em muito, o andamento do programa
dentro da instituição e o mecanismo de credenciamento.
Um outro importante esclarecimento é lembrar que notícias
veiculadas na imprensa comum, são cheias de alterações
como todos sabem. Então, o envio de notícias com esta origem
precisa passar pelo pesquisador interessado.
No ensejo, quero aproveitar
para registrar a minha preocupação com o fato de notícias
serem veiculadas neste importante mecanismo de comunicação
científica, sem a prévia autorização do pesquisador,
quando seu nome está diretamente envolvido. É lamentável
mas esta divulgação, em nenhum aspecto, poderia ajudar
a UFMA.
Espero contar com a compreensão
de todos a esta nota de esclarecimento.
Atenciosamente,
Profa. Aldaléa Lopes
Brandes Marques
Pesquisadora UFMA
Nota do editor: A editoria do boletim eletrônico tem tido o cuidado de sempre divulgar a fonte de onde foi retirada a notícia. Isto também foi feito para a notícia em questão. As interpretações sobre o que aqui é divulgado deixamos por conta dos leitores. Por sugestão da Profa. Aldaléa estamos divulgando a lista das instituições que conseguiram recursos neste programa.
SIGLA INSTITUIÇÃO (Referência) [Ordem] {Grau}-
valor em reais UTAM - Instituto de Tecnologia da Amazônia (´2353/99)
[1º] {1,000}- 534.474,850
UFS - Universidade Federal de Sergipe (´2315/99) [1º] {1,000}-
1.000.000,00
UNIFACS - Universidade de Salvador (´2346/99) [1º] {1,000}
- 1.000.000,00
UFC - Universidade Federal do Ceará (`2326/99) [1º] {1,000}-
1.000.000,00
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (´2310/99) [1º]
{1,000}- 1.000.000,00
UFPB - Universidade Federal da Paraíba {´2352/99) [1º]
{1,000} - 967.200,00
UFRN - Universidade Federal do Rio de Grande do Norte (´2347/99)
[7º] {0,966}- 1.000.000,00
UFPA - Universidade Federal do Pará (´2400/99) [7º]
{0,966}- 1.000.000,00
UCSAL - Universidade Católica de Salvador (´2396/99) [9º]
{0,933}- 1.000.000,00
UFAL - Universidade Federal de Alagoas (´2355/99) [10º]
{0,866} - 934.595,00
UFPI - Universidade Federal do Piauí (´2354/99} [11º]
{0,832}- 947.020,00
UEPA - Universidade Estadual do Pará (´2313/99) [11º]
{0,832} - 1.000.000,00
UAM - Universidade do Amazonas (´2330/99) [11º] {0,832}-
1.000.000,00
UFBA - Universidade Federal da Bahia (´2389/99) [14º] {0,681}
- 1.000.000,00
UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco (´2351/99)
[14º] {0,681}- 959.585,84
UFMA - Universidade Federal do Maranhão (´2327/99) [16º]
{0,591}- 950.000,00
UNIFOR - Universidade de Fortaleza (´2331/99) [17º] {0,580}-
974.580,00
INPA - Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (´2324/99)
[18º] {0,479}- 728.100,00
MPEG - Museu de Pesquisa Emílio Goeldi (´2292/99) [19º]
{0,311} - 1.000.000,00
UNIR - Universidade Federal de Rondônia (´2387/99) - NÃO
ENQUADARADA
UNIT - Universidade de Tiradentes (´2380/99) - NÃO ENQUADARADA
FCAP - Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (´2388/99)
- NÃO ENQUADARADA
UFRR - Universidade Federal de Roraima (´2349/99) - NÃO
ENQUADARADA
URRN - Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (´2386/99)
- NÃO ENQUADARADA
UFAC - Universidade Federal do Acre (´2318/99) - NÃO ENQUADARADA
UPE - Universidade de Pernambuco (´2323/99) - NÃO ENQUADARADA
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Secretaria Geral SBQ
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