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SBQ - BIENIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 135
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Veja nesta edição:
1. Relatório de comitê assessor de química – CNPq, CA 10/99
2. CA química  participa de reunião com presidente e diretores do CNPq
3. Warwick Kerr voltará a dirigir o INPA

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1. RELATÓRIO DO COMITÊ ASSESSOR DE QUÍMICA – CNPq, CA-10/99
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      O Comitê Assessor de Química do CNPq, composto por Adilson José Curtius (UFSC), Eliezer J. Barreiro (UFRJ), Jailson Bittencourt de Andrade (UFBA), José Caetano Machado (UFMG), Oswaldo Luiz Alves (UNICAMP) e Paulo Sérgio Santos (USP) reuniu-se no período de 22 a 25 de novembro de 1999, no prédio do CNPq em Brasília, para avaliar os
processos referentes a bolsas de produtividade em pesquisa, bolsas de apoio técnico, bolsas de iniciação científica, bolsas de doutorado (renovações e cotas institucionais) e a demanda do “fluxo contínuo”. O Relatório de Disponibilidades para o CA 10/99 constava dos seguintes itens: bolsas de auxílio técnico – 09; bolsas de iniciação científica – 55; bolsas de produtividade em pesquisa - 54; bolsas de doutorado - 488. Na avaliação do fluxo contínuo o CA recomendou uma bolsa de recém
doutor; duas bolsas de desenvolvimento científico regional; três bolsas de pós-doutorado;  um auxílio para a realização de reunião científica; um auxílio para pesquisador visitante e uma prorrogação de bolsa de outorado.
     A  etapa seguinte dos trabalhos foi a análise das bolsas de produtividade: dos 65 projetos submetidos, 44 foram recomendados. No caso dos projetos integrados, dos 89 submetidos, 71 foram recomendados. Com isto, todas as bolsas disponíveis foram distribuídas.  Entretanto, devido à alta demanda qualificada da área, o CA recomendou, extra cota,
a concessão de 29 novas bolsas de produtividade em pesquisa e de 02 bolsas de apoio técnico, em prioridade 2. Em uma reunião envolvendo o CA e o Diretor de Fomento do CNPq, Professor Celso Melo, ressaltou-se que a área vem sendo, à despeito da demanda qualificada, penalizada na concessão de novas bolsas de produtividade em pesquisa e que o CA
espera, com a aprovação das bolsas em prioridade 2, que tais distorções comecem a ser reparadas.
     Na avaliação das bolsas de doutorado, o CA utilizou os seguintes princípios: 1- todas as renovações foram recomendadas; 2- todos os cursos que apresentaram demanda por bolsas novas receberam, pelo menos, uma bolsa; 3 – foram considerados como parâmetros na distribuição de novas bolsas: o conceito do curso na CAPES, a qualificação dos orientadores, o impacto regional do curso, a criação de novos cursos e a fragmentação dos cursos em múltiplas sub-áreas.
     A demanda qualificada por bolsas de produtividade na área de química continua sendo muito alta, destacando-se que o perfil médio dos pesquisadores com menos de cinco anos de titulação,  já apresentam índices de produção científica muitas vezes comparáveis com aqueles de pesquisadores seniores de outras áreas. Nesse sentido, este CA está pleiteando junto ao CNPq um aumento substancial na quota de bolsas de produtividade em pesquisa para a área de Química, para fazer face ao
aumento da demanda qualificada, ao longo desta década,  bem como para compensar a drástica diminuição no número total de bolsas de produtividade em pesquisa da área, que passou de 365 para 328 bolsas ao longo dos últimos anos.

Adicionalmente, o CA faz as seguintes recomendações à Agência:
     1- garantir que todos os processos submetidos a julgamento contenham pareceres de dois assessores ad hoc’s, penalizando o bolsista em produtividade em pesquisa que não enviar a tempo o seu parecer;
     2- instituir um sistema de auxílio do tipo “grant” para os pesquisadores nível I, para o atendimento de necessidades urgentes dos grupos de pesquisa. Um valor referência poderia ser o valor anual da bolsa de produtividade em pesquisa;
     3- a bolsa de produtividade em pesquisa, nível I, deveria ter uma duração de três anos, para um melhor acompanhamento e avaliação da produtividade continuada do pesquisador;
     4- os Programas de Pós-graduação deveriam proceder à uma avaliação interna dos bolsistas de doutorado, por ocasião da renovação da bolsa. Poderia ser utilizada como referência, a Comissão de Bolsas exigida pela CAPES; e
     5- nas planilhas para julgamento dos projetos integrados deveriam constar se o pesquisador solicita bolsa PQ ou não, bem como os números de bolsas  IC e AT solicitadas.

O CA encerrou os seus trabalhos no dia 25 de novembro de 1999.

Adilson José Curtius (UFSC),Eliezer J. Barreiro (UFRJ), Jailson
Bittencourt de Andrade (UFBA- Coordenador), José Caetano Machado (UFMG),
Oswaldo Luiz Alves (UNICAMP), Paulo Sérgio Santos (USP)

Observação Adicional :
     O CA gostaria de salientar que dois tipos de distorção ainda têm sido detectados: de um lado, pesquisadores com um grande número de orientações sem uma produção científica significativa, e de outro, pesquisadores com produção científica destacada, sem envolvimento com atividades de orientação. Acreditamos, que um esforço no sentido de revertermos este quadro contribuiria, ainda mais, para destacar os indicadores da área e a posição da Química no esforço nacional de
Ciência e Tecnologia.

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2. CA QUÍMICA  PARTICIPA DE REUNIÃO COM PRESIDENTE E DIRETORES DO CNPQ
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      O CA de Química , participou dia 25, em Brasília, de reunião convocada pelo Presidente do CNPq, Evando Mirra. Além do presidente do órgão participaram os Diretores Celso Mello e Wilson Auerswald, juntamente com membros dos CA's de Engenharia e outras áreas das Ciências Exatas, visando esclarecer a situação orçamentária do CNPq e suas políticas de fomento.
      Dentre os diferentes aspectos colocados, ficou claro que a única possibilidade de entrada de dinheiro novo no sistema seria via a Agências Reguladoras (Anatel, ANP, etc). Discutiu-se que, com a entrada dos Fundos, terá que haver um reordenamento do sistema, o que levará a uma nova radiografia, uma vez que novos atores farão parte no processo
de ingresso de recursos. Em outras palavras:  o perfil do financiamento da C&T deverá sofrer importantes modificações.
     Novamente foi colocada pelos participantes questões que têm afligido a comunidade científica, tais como: apoio a infraestrutura, bolsas de pesquisa (demanda qualificada); duração da bolsa de pesquisa para o nível 1; taxas de bancada e a questão da assinatura de periódicos. Adicionalmente foi colocado o perigo que a situação atual está oferecendo a federação, ou seja, a pesquisa científica no país como um todo. Em resposta, a tais questionamentos, informou-se que o retorno
das taxas de bancada poderá ocorrer o mais rápido possível, entretanto, também está sendo estudada a questão dos "grants". O CNPq, ainda estuda, fazer uma intervenção emergencial, neste sentido, ainda em 99
     No que diz respeito ao apoio institucional, colocou-se que, a saída da FINEP do circuito, quanto à sua atuação no fomento da pesquisa acadêmica e de pós-graduação, força as agências a definir com maior clareza sua atuação, de modo a se ter um sistema nacional mais consistente. Desta maneira, o CNPq terá que aumentar seu apoio à infraestrutura o qual poderá vir a ser feito via a criação de um "Fundo dos Fundos" constituído por aportes, via "overhead", disponibilizados pelos Fundos das Agências Reguladoras e administrado pelo MCT. A idéia seria abrir Editais de Chamadas voltadas para projetos de melhoria da infraestrutura da pesquisa nacional. Foi comentado, rapidamente, a questão da formação de redes cooperativas de pesquisa, sendo dado como exemplo, o Projeto Nordeste.
     Parte da discussão contemplou a questão da preservação da federação, no sentido de se evitar, que as diferenças regionais no fomento à ciência e tecnologia, atinja uma situação irreversível. Foi informado que, proximamente, serão veiculadas futuras ações do CNPq no sentido de agregar os bolsistas formados no exterior através da diversificação do mercado de trabalho, através de ações conjuntas envolvendo o MEC, Conselho de Reitores, Federação de Indústrias, Empresas e Parques Tecnológicos.
    Como pode ser verificado, muitas das colocações feitas pelos dirigentes do CNPq vão de encontro à questões já levantadas pela Diretoria e Conselho da SBQ, em diferentes contatos pessoais e cartas enviadas ao próprio CNPq e ao MCT. Há um bom clima de diálogo com os novos dirigentes do CNPq, o que de um lado é importante, todavia, urge que ações concretas sejam efetivamente realizadas, imediatamente.

Fonte : Relato enviado pelo Prof. Oswaldo Luiz Alves, IQ, Unicamp, membro do CA.

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3. WARWICK KERR VOLTARÁ A DIRIGIR O INPA
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     O ministro da C&T, Ronaldo Sardenberg, convidou o cientista e pesquisador Warwick Kerr para dirigir o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sediado em Manaus.
     Diretor do Inpa no período 75 a 79, Warwick, professor titular da Universidade Federal de Uberlândia, MG, aceitou o convite para retornar à instituição.
     A posse pode ocorrer no dia 6 de dezembro.
     Warwick é autor de 432 trabalhos publicados, orientou 18 dissertações de mestrado e 21 de doutorado, membro titular da Academia Brasileira de Ciências, membro estrangeiro da Academy of Science of the United States of America, membro titular da Academia de Ciências de SP, presidente de honra da SBPC (1978), membro titular da Academia do 3º Mundo, professor “Honoris Causa” da Universidade do Amazonas (1979), Comendador da Estrela do Acre (197), organizou e foi o primeiro diretor cientifico da Fapesp (1962/69), assessor de genética do CNPq (1985).
     Warwick é especializado em genética de abelhas, genética de Drosophila e genética de melhoramento vegetal, com linhas de pesquisas voltadas para a introdução, melhoramento e genética de hortaliças, área em que se destaca no ranking da pesquisa realizada no Brasil.

Fonte: JC E-mail

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