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SBQ - BIENIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 133
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     Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (http://www.sbq.org.br/pub/index.htm).
     Visite a home page da SBQ, no endereço www.sbq.org.br e veja em primeira mão, informações a respeito da 23a. RASBQ. A circular e o cartaz da RA estão sendo impressos e serão distribuídos brevemente.

Veja nesta edição:
1. Programas FIEMG-IEL-Agências de fomento
2. Research trends …. – comentário de Marco A. De Paoli
3. XIV Encontro regional da SBQ-MG
4. PROF. Arnóbio, coordenador da área de química na CAPES
5. Evando Mirra na COPEA: “Financiamento da C&T está aquém daquilo necessário
6. FAPESP triplica verba para pesquisa: investirá R$ 15 milhões na criação e desenvolvimento de novos produtos no ano 2000
7. Mtsuura, do Japão, assume direção da UNESCO

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1. PROGRAMAS FIEMG-IEL-AGÊNCIAS DE FOMENTO
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     A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, FIEMG, através do Instituto Euvaldo Lodi, IEL, vem financiando projetos de pesquisa e de formação de recursos humanos em nível de pós-graduação e pós-doutoramento no Estado de Minas Gerais de interesse do setor industrial em parceria  com a FAPEMIG, CAPES, CNPq e FINEP. São eles:
FIEMG IEL/FULBRIGHT – Bolsas de mestrado nos Estados Unidos em áreas estratégicas para a FIEMG-IEL – 350.000,00 (Trezentos e cinqüenta mil reais)
     FIEMG-IEL/FAPEMIG – Bolsas de mestrado e doutorado em Minas Gerais 700.000,00 (setecentos mil reais) 98/99
     FIEMG-IEL/CAPES – Bolsas doutorado sanduíche – 750.000,00 (setecentos e cinqüenta mil reais)
     FIEMG-IEL/CNPq – Bolsas para recém-mestre, recém-doutor e especialista – 500.000,00 (quinhentos mil reais)
      OBS.: Todas as parcerias acima têm a contrapartida do órgão de fomento parceiro, no mesmo valor.

RECOPE-MG – rede de pesquisa cooperativa de Minas Gerais, onde os projetos devem ser desenvolvidos em parceria com indústrias, universidades, faculdades e escolas isoladas, centros universitários e institutos de pesquisa e desenvolvimento experimental, através de seus grupos de pesquisa, núcleos, departamentos, etc.
     Para desenvolvimento dos projetos deve haver no mínimo 3 entidades parceiras, 1 indústria ou sindicato, 2 instituições científicas de desenvolvimento tecnológico e/ou universidades.
     Neste projeto a FIEMG-IEL irá desembolsar 1.000.000,00 (um milhão de reais), sendo seus parceiros FINEP e FAPEMIG com o mesmo valor. Os projetos aprovados estão em fase de assinatura do contrato. Desembolso previsto para 2000.

Heloiza Schor

Nota do Editor: A autora do relato é professora do ICEX-UFMG, Depto. de Química e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Química.

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2. RESEARCH TRENDS …. – COMENTÁRIO DE MARCO A. DE PAOLI
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     Tenho notado que diversos pesquisadores brasileiros têm sido convidados a publicar artigos de revisão em um periódico chamado "Research Trends" ou "Current Topics in ....", editado em Trivandrum, India. Até ai tudo bem, isto seria um indicativo da maturidade de nossa comunidade científica.
     Acontece que o tal periódico, depois de aceitar o trabalho, comunica ao autor que só o publicará se ele pagar 100 separatas a preços da ordem de US$ 300 a 350. Depois de toda a trabalheira para escrever o artigo "convidado" nada mais resta ao autor do que ir atrás da verba para pagar a publicação.
     Note bem, na carta convite os editores não mencionam o pagamento. Este só é solicitado depois que o artigo é "aceito" e é indicado como condição para a sua publicação.
     Na minha opinião, essa editora está agindo de má fé e financiando as suas atividades as custas de pesquisadores honestos que acreditam estar sendo convidados para publicar seus trabalhos em um periódico honesto.
     Esta publicação não consta da listagem do Web of Science e eu pergunto; Quem já ouviu falar desta tal de "Research Trends"? Quem já viu um número ou fascículo desta revista ? Quem já viu citação dela ?
     Antes de aceitarmos o convite para publicar em uma revista, seria interessante verificar o seu "status" no Web of Science ou o seu índice de impacto. Senão, porque não direcionar o nosso esforço de publicação para os periódicos da SBQ ou de outras Sociedades Científicas brasileiras ?

 Prof. Marco-A. De Paoli
 Laboratório de Polímeros Condutores e Reciclagem
 Instituto de Quimica
e-mail: mdepaoli@iqm.unicamp.br
 home-page
 http://www.iqm.unicamp.br/home-page/DePaoli

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3. XIV ENCONTRO REGIONAL DA SBQ-MG
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     Prezados sócios da SBQ-MG,
     Ficou decidido na terça-feira passada (09/11),  que o  "XIV Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química - MG" será realizado em Uberlândia. Aguardamos todos no nosso próximo Encontro.

Ione de Oliveira
Secretária Regional da SBQ-MG

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4. PROF. ARNÓBIO, COORDENADOR DA ÁREA DE QUÍMICA NA CAPES
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     Como temos feito em outras ocasiões, quando da nomeação de diretores, presidentes ou coordenadores de agências de financiamento à pesquisa, que interessam diretamente à nossa comunidade, estamos publicando neste boletim um CV resumido do Prof. Arnóbio que foi recentemente escolhido para a coordenação da área de química na CAPES.

CURRICULUM VITAE
Alfredo Arnóbio de Souza da Gama
Local e data de nascimento: Recife, 25 de janeiro de 1948
     Educação:
Engenharia Química, UFPE, 1971
Mestrado em Química, UFPE, 1974
Doutorado em Física (Espectroscopia), UFPE,1981
Pós-Doutorado. (Química Bioinorgânica), CALTECH, EUA, 1983-1984
     Posição:
Professor Titular do Departamento de Química Fundamental (DQF), UFPE
Pesquisador Nível I C do CNPq
     Administração:
Vice-Coordenador da Graduação em Física, UFPE, 1976-1981
Coordenador da Graduação em Física, UFPE, 1981-1982
Chefe do Departamento de Química Fundamental, 1985-1987
Membro da Comissão do Vestibular, UFPE e COVEST, 1987-1988
Vice-Diretor do CCEN, 1987-1989, 1990-1991
Coordenador do projeto FINEP/DQF-UFPE, 1988- 1995
Tutor do PET de Química/UFPE/CAPES, 1988-
Membro do comitê Assessor de Química do CNPq, 1990-1992
Representante do Reitor da UFPE no CTA do LIKA/UFPE, 1991-
Vice- Coordenador da Pós-graduação em Química, UFPE, 1991-1993
Coordenador da Pós-graduação em Química, UFPE, 1993- 1995
Membro do Comitê de Programas de Indução em Educação para Ciências,
FACEPE, 1993-1995
Pró-Reitor para Assuntos Acadêmicos, UFPE, 1995-1997
Membro do Comitê de Avaliação dos Programas de Pós-Graduação em Química/

CAPES, 1996-
Coordenador dos Projetos da Biblioteca de Química, PADCT/CNPq, 1998
Assessor Especial do Reitor da UFPE, 1999

Publicações em Periódicos Nacionais com Corpo Editorial : 09
Publicações em Periódicos Internacionais com Corpo Editorial: 16
Trabalhos em Congressos : 29

Orientações:
Graduação : 23 concluídas 14 em andamento
Mestrado : 3 concluídas, 1 em andamento
Doutorado: 3 em andamento

Linha de pesquisa: Transporte de Elétrons em Sistemas Biológicos e Modelo (Teórica)

Publicações mais relevantes:
  A. A. S. da Gama, G. F. de Sá, P. Porcher, P. Caro, “Energy Levels of Nd3+:LiYF4”, J. Chem. Phys. 75, 2583-2587 (1981), 59 citações até 8 de maio de 1999.
     A. A. S. da Gama, “Donor-Acceptor Interaction in Metalloproteins”, Theor. Chim. Acta 68, 159-169 (1985), 27 citações até 8 de maio de 1999.

     A. A. S. da Gama, "Through Bond Electron Transfer Interaction in Proteins" J. Theor. Biol. 142, 251-260 (1990), 38 citações até 8 de maio de 1999.

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5. EVANDO MIRRA NA COPEA: “FINANCIAMENTO DA C&T ESTÁ AQUÉM
DAQUILO QUE É NECESSARIO”
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     Em palestra nesta quinta-feira no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, promovida pela Coordenação de Programas de Estudos Avançados (Copea), o presidente do CNPq, Evando Mirra, reafirmou o objetivo de “colocar a C&T na agenda nacional” e enfatizou a intenção de “livrar o bom combate em boa companhia”.
     “Boa companhia”, disse ele, “são vocês”, referindo-se aos membros da comunidade cientifica presentes ‘a palestra.  “Minha vinda aqui”, acrescentou, ‘’é também um pedido de ajuda”.
     Mirra mostrou-se otimista e seguro de seus propósitos, embora tenha reconhecido que navega em “mares perigosos” e que “o financiamento da C&T está nitidamente aquém daquilo que é necessário”.
     Ele salientou que, apesar dos sobressaltos deste ano, o CNPq está conseguindo fechar 99 sem cortes de bolsas e até com um aumento do numero de bolsas de doutorado da ordem de 11%.   “1999 não é um ano perdido”, frisou.
     Respondendo ‘a pergunta de um pós-graduado do CBPF, informou que apenas 38% dos pesquisadores registrados recebem bolsas do CNPq, e comentou que é preciso evoluir, ou seja, ampliar esta percentagem. Ele também fez questão de destacar que “bolsa não é complementado salarial”.
     Mirra anunciou a criação no CNPq de uma categoria de “pesquisadores eméritos”, que, graças à qualidade de suas contribuições e ao alto conceito conquistado entre seus pares, ficarão livres de se submeterem à competição normalmente existente na área.
    O físico Moyses Nussenzveig, coordenador da Copea, criticou como “infeliz” a denominação de “bolsas de produtividade cientifica”, categoria criada no CNPq na gestão anterior a de Mirra.
     Para Moyses, este nome dá uma idéia equivocada da produtividade do trabalho cientifico, limitando sua avaliação a uma quantificação própria da área econômica, o que seria um péssimo exemplo para as novas gerações de pesquisadores (eles se veriam compelidos a publicar o mais possível e sem mais delongas, sem maiores preocupações com qualidade de suas
pesquisas, a fim de alcançar uma boa posição no sistema). A denominação teria sido imaginada para melhor convencer a equipe econômica do governo, sempre atenda à mensuração quantitativa dos investimentos oficiais.
     Sérgio Ferreira e Jacob Palis Junior defenderam o conceito de “bolsas de produtividade científica”, argumentando que sua avaliação abrange a analise da qualidade do trabalho a ser realizado, e não apenas aspectos quantitativos.
     Jacob Palis, por outro lado, ressaltou a importância da nova fonte de recursos para a área de C&T surgida a partir de fundos das agências federais destinadas a administrar as áreas de petróleo, energia, telecomunicações e outras. Esta nova fonte, lembrou Jabob Palis, poderá trazer para a pesquisa nos próximos dois anos nada menos de 900 milhões de reais, o que, se de fato acontecer, virá transformar radicalmente o panorama do financiamento da C&T no pais.
     Palis chamou a atenção para a necessidade de um trabalho político no sentido de se carrear efetivamente estes recursos para a C&T, e também para que eles sejam usados de forma mais livre no setor e não estritamente vinculados a projetos específicos.
     Mirra deixou como ponto de relevo de sua palestra a mensagem de que  o CNPq está constituindo equipe competente e estreitamente ligada à comunidade cientifica -- ele ressaltou a colaboração de Alice Abreu, que já atua como vice-presidente do orago.
     Outro destaque feito por Mirra é a retomada do fomento do CNPq, com a verba de cerca de R$ 10 milhões para o apoio a algo em torno de 600 projetos de pesquisa, que já começam a ser analisados.
    Há R$ 8 milhões alocados e 2 milhões que devem vir do fundo do petróleo.

Fonte : JC E-Mail 1418, de 12nov99

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6. FAPESP TRIPLICA VERBA PARA PESQUISA: INVESTIRÁ R$ 15 MILHÕES NA
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NO ANO 2000
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O Pipe (Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas), desenvolvido pela Fapesp (Fundação de Apoio ‘a Pesquisa de SP), terá sua verba triplicada no ano 2000 em relação a este ano.
     Serão R$ 15 milhões para a criação e o desenvolvimento de produtos ou planos para melhorar a produção. Entre o período de 1997-99, foram investidos R$ 11 milhões - cerca de R$ 5,5 milhões por ano. Segundo o diretor cientifico da Fapesp, José Fernando Perez, foram analisados no período 87 projetos, dos quais 23 atingiram a segunda fase do programa.
     "Posso dizer que, mesmo antes de terminar o que chamamos de primeiro ciclo, que o Pipe é um sucesso. Conseguimos estimular a pesquisa em pequenas empresas e estamos vendo o surgimento de diversos produtos."
      Cada ciclo a que Perez se refere tem dois anos e meio de duração e envolve três fases. As 23 empresas que estao na segunda fase iniciaram seus projetos no final de 1997, com conclusão prevista para meados do ano que vem.
     "Creio que o Pipe tem o mérito de mostrar que a pesquisa associada ao meio empresarial é viável, comercial e importante para o desenvolvimento industrial. Esse programa é uma forma de ajudarmos a arrancar a pesquisa do meio acadêmico", diz Perez.
      Para inscrever um projeto no Pipe, o pesquisador precisa estar associado a uma pequena empresa (até cem empregados) para desenvolver seu trabalho e mostrar que se dedicará ao projeto.
     A proposta é analisada por um ou mais especialistas indicados pela Fapesp (mas que não são vinculados ao órgão), que verificam a viabilidade técnica e comercial.
     Aprovado o projeto, o pesquisador e a empresa recebem R$ 50 mil na primeira fase do programa. Ao final, após seis meses, os projetos passam por nova avaliação.
      Em caso de nova aprovação, cada projeto recebe mais uma verba de R$ 200 mil da Fapesp na segunda fase, que pode durar mais de um ano. Na fase seguinte, todas as atividades de pesquisa são realizadas pela empresa com o objetivo de desenvolver novos produtos. A Fapesp não dará apoio financeiro de qualquer natureza a projetos na terceira fase, mas poderá colaborar na obtenção de apoio de outras fontes, caso os resultados da pesquisa comprovem a viabilidade técnica das idéias, bem como o seu potencial de retorno comercial ou social.
      O projeto que mais chama a atenção é o da empresa Kom Montagens e Comercio, de Campinas (interior de SP).
     O projeto desenvolvido é o de uma manta óptica para o tratamento de bebes que necessitam de tratamento contra a icterícia.

Fone do Pipe-Fapesp: (0xx11) 838-4000. Fax: 261-4167
Site: www.fapesp.br. E-mail: info@fapesp.br

Fonte : Folha de SP, 13nov99

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7. MATSUURA, DO JAPÃO, ASSUME A DIREÇÃO DA UNESCO
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     La Unesco entrará en el siglo XXI bajo la direccion del diplomatico japones Koichiro Matsuura, primer director general asiatico y noveno en la historia de esta organizacion de la ONU para la Educacion, la Ciencia y la Cultura.
     Elegido por 146 votos a favor, cinco en contra y nueve abstenciones, Matsuura, actual embajador de Japon en Francia, sucede al español Federico Mayor Zaragoza, que llevaba 12 años en el cargo.
     Japon es el primer contribuyente al presupuesto de la Unesco desde que EE UU la abandonó en 1984, junto al Reino Unido y Singapur, poniendo como disculpa la orientacion izquierdista del senegales Amadou-Mahtar M'Bow.
     Matsuura, elegido en 1998 presidente del comité de la Unesco para el Patrimonio de la Humanidad, tendrá entre sus grandes retos lograr el retorno de Estados Unidos, algo que no consiguió Mayor Zaragoza pese a los deseos del presidente Clinton, bloqueados por el Congreso.
     Durante la campaña electoral, Matsuura, se comprometió a continuar con el Programa de la Cultura de Paz lanzado por su antecesor, que deja la organizacion tras doce años en el cargo con el unanime elogio de sus miembros de haberla devuelto a su mision fundacional.

Fonte : El Pais, 13nov99

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Secretaria Geral SBQ
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