Veja nesta edição:
1. Programas FIEMG-IEL-Agências de fomento
2. Research trends …. – comentário de Marco A.
De Paoli
3. XIV Encontro regional da SBQ-MG
4. PROF. Arnóbio, coordenador da área de
química na CAPES
5. Evando Mirra na COPEA: “Financiamento da C&T está
aquém daquilo necessário
6. FAPESP triplica verba para pesquisa: investirá
R$ 15 milhões na criação e desenvolvimento de novos
produtos no ano 2000
7. Mtsuura, do Japão, assume direção
da UNESCO
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1. PROGRAMAS FIEMG-IEL-AGÊNCIAS DE FOMENTO
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A Federação das Indústrias
do Estado de Minas Gerais, FIEMG, através do Instituto Euvaldo Lodi,
IEL, vem financiando projetos de pesquisa e de formação de
recursos humanos em nível de pós-graduação
e pós-doutoramento no Estado de Minas Gerais de interesse do setor
industrial em parceria com a FAPEMIG, CAPES, CNPq e FINEP. São
eles:
FIEMG IEL/FULBRIGHT – Bolsas de mestrado nos Estados Unidos em áreas
estratégicas para a FIEMG-IEL – 350.000,00 (Trezentos e cinqüenta
mil reais)
FIEMG-IEL/FAPEMIG – Bolsas de mestrado e doutorado
em Minas Gerais 700.000,00 (setecentos mil reais) 98/99
FIEMG-IEL/CAPES – Bolsas doutorado sanduíche
– 750.000,00 (setecentos e cinqüenta mil reais)
FIEMG-IEL/CNPq – Bolsas para recém-mestre,
recém-doutor e especialista – 500.000,00 (quinhentos mil reais)
OBS.: Todas as parcerias acima têm
a contrapartida do órgão de fomento parceiro, no mesmo valor.
RECOPE-MG – rede de pesquisa cooperativa de Minas Gerais, onde os projetos
devem ser desenvolvidos em parceria com indústrias, universidades,
faculdades e escolas isoladas, centros universitários e institutos
de pesquisa e desenvolvimento experimental, através de seus grupos
de pesquisa, núcleos, departamentos, etc.
Para desenvolvimento dos projetos deve haver
no mínimo 3 entidades parceiras, 1 indústria ou sindicato,
2 instituições científicas de desenvolvimento tecnológico
e/ou universidades.
Neste projeto a FIEMG-IEL irá desembolsar
1.000.000,00 (um milhão de reais), sendo seus parceiros FINEP e
FAPEMIG com o mesmo valor. Os projetos aprovados estão em fase de
assinatura do contrato. Desembolso previsto para 2000.
Heloiza Schor
Nota do Editor: A autora do relato é professora do ICEX-UFMG, Depto. de Química e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Química.
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2. RESEARCH TRENDS …. – COMENTÁRIO DE MARCO A. DE PAOLI
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Tenho notado que diversos pesquisadores brasileiros
têm sido convidados a publicar artigos de revisão em um periódico
chamado "Research Trends" ou "Current Topics in ....", editado em Trivandrum,
India. Até ai tudo bem, isto seria um indicativo da maturidade de
nossa comunidade científica.
Acontece que o tal periódico, depois
de aceitar o trabalho, comunica ao autor que só o publicará
se ele pagar 100 separatas a preços da ordem de US$ 300 a 350. Depois
de toda a trabalheira para escrever o artigo "convidado" nada mais resta
ao autor do que ir atrás da verba para pagar a publicação.
Note bem, na carta convite os editores não
mencionam o pagamento. Este só é solicitado depois que o
artigo é "aceito" e é indicado como condição
para a sua publicação.
Na minha opinião, essa editora está
agindo de má fé e financiando as suas atividades as custas
de pesquisadores honestos que acreditam estar sendo convidados para publicar
seus trabalhos em um periódico honesto.
Esta publicação não consta
da listagem do Web of Science e eu pergunto; Quem já ouviu falar
desta tal de "Research Trends"? Quem já viu um número ou
fascículo desta revista ? Quem já viu citação
dela ?
Antes de aceitarmos o convite para publicar
em uma revista, seria interessante verificar o seu "status" no Web of Science
ou o seu índice de impacto. Senão, porque não direcionar
o nosso esforço de publicação para os periódicos
da SBQ ou de outras Sociedades Científicas brasileiras ?
Prof. Marco-A. De Paoli
Laboratório de Polímeros Condutores e Reciclagem
Instituto de Quimica
e-mail: mdepaoli@iqm.unicamp.br
home-page
http://www.iqm.unicamp.br/home-page/DePaoli
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3. XIV ENCONTRO REGIONAL DA SBQ-MG
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Prezados sócios da SBQ-MG,
Ficou decidido na terça-feira passada
(09/11), que o "XIV Encontro Regional da Sociedade Brasileira
de Química - MG" será realizado em Uberlândia. Aguardamos
todos no nosso próximo Encontro.
Ione de Oliveira
Secretária Regional da SBQ-MG
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4. PROF. ARNÓBIO, COORDENADOR DA ÁREA DE QUÍMICA
NA CAPES
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Como temos feito em outras ocasiões,
quando da nomeação de diretores, presidentes ou coordenadores
de agências de financiamento à pesquisa, que interessam diretamente
à nossa comunidade, estamos publicando neste boletim um CV resumido
do Prof. Arnóbio que foi recentemente escolhido para a coordenação
da área de química na CAPES.
CURRICULUM VITAE
Alfredo Arnóbio de Souza da Gama
Local e data de nascimento: Recife, 25 de janeiro de 1948
Educação:
Engenharia Química, UFPE, 1971
Mestrado em Química, UFPE, 1974
Doutorado em Física (Espectroscopia), UFPE,1981
Pós-Doutorado. (Química Bioinorgânica), CALTECH,
EUA, 1983-1984
Posição:
Professor Titular do Departamento de Química Fundamental (DQF),
UFPE
Pesquisador Nível I C do CNPq
Administração:
Vice-Coordenador da Graduação em Física, UFPE,
1976-1981
Coordenador da Graduação em Física, UFPE, 1981-1982
Chefe do Departamento de Química Fundamental, 1985-1987
Membro da Comissão do Vestibular, UFPE e COVEST, 1987-1988
Vice-Diretor do CCEN, 1987-1989, 1990-1991
Coordenador do projeto FINEP/DQF-UFPE, 1988- 1995
Tutor do PET de Química/UFPE/CAPES, 1988-
Membro do comitê Assessor de Química do CNPq, 1990-1992
Representante do Reitor da UFPE no CTA do LIKA/UFPE, 1991-
Vice- Coordenador da Pós-graduação em Química,
UFPE, 1991-1993
Coordenador da Pós-graduação em Química,
UFPE, 1993- 1995
Membro do Comitê de Programas de Indução em Educação
para Ciências,
FACEPE, 1993-1995
Pró-Reitor para Assuntos Acadêmicos, UFPE, 1995-1997
Membro do Comitê de Avaliação dos Programas de
Pós-Graduação em Química/
CAPES, 1996-
Coordenador dos Projetos da Biblioteca de Química, PADCT/CNPq,
1998
Assessor Especial do Reitor da UFPE, 1999
Publicações em Periódicos Nacionais com Corpo Editorial
: 09
Publicações em Periódicos Internacionais com Corpo
Editorial: 16
Trabalhos em Congressos : 29
Orientações:
Graduação : 23 concluídas 14 em andamento
Mestrado : 3 concluídas, 1 em andamento
Doutorado: 3 em andamento
Linha de pesquisa: Transporte de Elétrons em Sistemas Biológicos e Modelo (Teórica)
Publicações mais relevantes:
A. A. S. da Gama, G. F. de Sá, P. Porcher, P. Caro, “Energy
Levels of Nd3+:LiYF4”, J. Chem. Phys. 75, 2583-2587 (1981), 59 citações
até 8 de maio de 1999.
A. A. S. da Gama, “Donor-Acceptor Interaction
in Metalloproteins”, Theor. Chim. Acta 68, 159-169 (1985), 27 citações
até 8 de maio de 1999.
A. A. S. da Gama, "Through Bond Electron Transfer Interaction in Proteins" J. Theor. Biol. 142, 251-260 (1990), 38 citações até 8 de maio de 1999.
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5. EVANDO MIRRA NA COPEA: “FINANCIAMENTO DA C&T ESTÁ AQUÉM
DAQUILO QUE É NECESSARIO”
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Em palestra nesta quinta-feira no Fórum
de Ciência e Cultura da UFRJ, promovida pela Coordenação
de Programas de Estudos Avançados (Copea), o presidente do CNPq,
Evando Mirra, reafirmou o objetivo de “colocar a C&T na agenda nacional”
e enfatizou a intenção de “livrar o bom combate em boa companhia”.
“Boa companhia”, disse ele, “são vocês”,
referindo-se aos membros da comunidade cientifica presentes ‘a palestra.
“Minha vinda aqui”, acrescentou, ‘’é também um pedido de
ajuda”.
Mirra mostrou-se otimista e seguro de seus
propósitos, embora tenha reconhecido que navega em “mares perigosos”
e que “o financiamento da C&T está nitidamente aquém
daquilo que é necessário”.
Ele salientou que, apesar dos sobressaltos
deste ano, o CNPq está conseguindo fechar 99 sem cortes de bolsas
e até com um aumento do numero de bolsas de doutorado da ordem de
11%. “1999 não é um ano perdido”, frisou.
Respondendo ‘a pergunta de um pós-graduado
do CBPF, informou que apenas 38% dos pesquisadores registrados recebem
bolsas do CNPq, e comentou que é preciso evoluir, ou seja, ampliar
esta percentagem. Ele também fez questão de destacar que
“bolsa não é complementado salarial”.
Mirra anunciou a criação no
CNPq de uma categoria de “pesquisadores eméritos”, que, graças
à qualidade de suas contribuições e ao alto conceito
conquistado entre seus pares, ficarão livres de se submeterem à
competição normalmente existente na área.
O físico Moyses Nussenzveig, coordenador
da Copea, criticou como “infeliz” a denominação de “bolsas
de produtividade cientifica”, categoria criada no CNPq na gestão
anterior a de Mirra.
Para Moyses, este nome dá uma idéia
equivocada da produtividade do trabalho cientifico, limitando sua avaliação
a uma quantificação própria da área econômica,
o que seria um péssimo exemplo para as novas gerações
de pesquisadores (eles se veriam compelidos a publicar o mais possível
e sem mais delongas, sem maiores preocupações com qualidade
de suas
pesquisas, a fim de alcançar uma boa posição no
sistema). A denominação teria sido imaginada para melhor
convencer a equipe econômica do governo, sempre atenda à mensuração
quantitativa dos investimentos oficiais.
Sérgio Ferreira e Jacob Palis Junior
defenderam o conceito de “bolsas de produtividade científica”, argumentando
que sua avaliação abrange a analise da qualidade do trabalho
a ser realizado, e não apenas aspectos quantitativos.
Jacob Palis, por outro lado, ressaltou a importância
da nova fonte de recursos para a área de C&T surgida a partir
de fundos das agências federais destinadas a administrar as áreas
de petróleo, energia, telecomunicações e outras. Esta
nova fonte, lembrou Jabob Palis, poderá trazer para a pesquisa nos
próximos dois anos nada menos de 900 milhões de reais, o
que, se de fato acontecer, virá transformar radicalmente o panorama
do financiamento da C&T no pais.
Palis chamou a atenção para
a necessidade de um trabalho político no sentido de se carrear efetivamente
estes recursos para a C&T, e também para que eles sejam usados
de forma mais livre no setor e não estritamente vinculados a projetos
específicos.
Mirra deixou como ponto de relevo de sua palestra
a mensagem de que o CNPq está constituindo equipe competente
e estreitamente ligada à comunidade cientifica -- ele ressaltou
a colaboração de Alice Abreu, que já atua como vice-presidente
do orago.
Outro destaque feito por Mirra é a
retomada do fomento do CNPq, com a verba de cerca de R$ 10 milhões
para o apoio a algo em torno de 600 projetos de pesquisa, que já
começam a ser analisados.
Há R$ 8 milhões alocados e 2 milhões
que devem vir do fundo do petróleo.
Fonte : JC E-Mail 1418, de 12nov99
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6. FAPESP TRIPLICA VERBA PARA PESQUISA: INVESTIRÁ R$ 15 MILHÕES
NA
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NO ANO 2000
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O Pipe (Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas
Empresas), desenvolvido pela Fapesp (Fundação de Apoio ‘a
Pesquisa de SP), terá sua verba triplicada no ano 2000 em relação
a este ano.
Serão R$ 15 milhões para a criação
e o desenvolvimento de produtos ou planos para melhorar a produção.
Entre o período de 1997-99, foram investidos R$ 11 milhões
- cerca de R$ 5,5 milhões por ano. Segundo o diretor cientifico
da Fapesp, José Fernando Perez, foram analisados no período
87 projetos, dos quais 23 atingiram a segunda fase do programa.
"Posso dizer que, mesmo antes de terminar
o que chamamos de primeiro ciclo, que o Pipe é um sucesso. Conseguimos
estimular a pesquisa em pequenas empresas e estamos vendo o surgimento
de diversos produtos."
Cada ciclo a que Perez se refere tem
dois anos e meio de duração e envolve três fases. As
23 empresas que estao na segunda fase iniciaram seus projetos no final
de 1997, com conclusão prevista para meados do ano que vem.
"Creio que o Pipe tem o mérito de mostrar
que a pesquisa associada ao meio empresarial é viável, comercial
e importante para o desenvolvimento industrial. Esse programa é
uma forma de ajudarmos a arrancar a pesquisa do meio acadêmico",
diz Perez.
Para inscrever um projeto no Pipe, o
pesquisador precisa estar associado a uma pequena empresa (até cem
empregados) para desenvolver seu trabalho e mostrar que se dedicará
ao projeto.
A proposta é analisada por um ou mais
especialistas indicados pela Fapesp (mas que não são vinculados
ao órgão), que verificam a viabilidade técnica e comercial.
Aprovado o projeto, o pesquisador e a empresa
recebem R$ 50 mil na primeira fase do programa. Ao final, após seis
meses, os projetos passam por nova avaliação.
Em caso de nova aprovação,
cada projeto recebe mais uma verba de R$ 200 mil da Fapesp na segunda fase,
que pode durar mais de um ano. Na fase seguinte, todas as atividades de
pesquisa são realizadas pela empresa com o objetivo de desenvolver
novos produtos. A Fapesp não dará apoio financeiro de qualquer
natureza a projetos na terceira fase, mas poderá colaborar na obtenção
de apoio de outras fontes, caso os resultados da pesquisa comprovem a viabilidade
técnica das idéias, bem como o seu potencial de retorno comercial
ou social.
O projeto que mais chama a atenção
é o da empresa Kom Montagens e Comercio, de Campinas (interior de
SP).
O projeto desenvolvido é o de uma manta
óptica para o tratamento de bebes que necessitam de tratamento contra
a icterícia.
Fone do Pipe-Fapesp: (0xx11) 838-4000. Fax: 261-4167
Site: www.fapesp.br. E-mail: info@fapesp.br
Fonte : Folha de SP, 13nov99
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7. MATSUURA, DO JAPÃO, ASSUME A DIREÇÃO DA UNESCO
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La Unesco entrará en el siglo XXI bajo
la direccion del diplomatico japones Koichiro Matsuura, primer director
general asiatico y noveno en la historia de esta organizacion de la ONU
para la Educacion, la Ciencia y la Cultura.
Elegido por 146 votos a favor, cinco en contra
y nueve abstenciones, Matsuura, actual embajador de Japon en Francia, sucede
al español Federico Mayor Zaragoza, que llevaba 12 años en
el cargo.
Japon es el primer contribuyente al presupuesto
de la Unesco desde que EE UU la abandonó en 1984, junto al Reino
Unido y Singapur, poniendo como disculpa la orientacion izquierdista del
senegales Amadou-Mahtar M'Bow.
Matsuura, elegido en 1998 presidente del comité
de la Unesco para el Patrimonio de la Humanidad, tendrá entre sus
grandes retos lograr el retorno de Estados Unidos, algo que no consiguió
Mayor Zaragoza pese a los deseos del presidente Clinton, bloqueados por
el Congreso.
Durante la campaña electoral, Matsuura,
se comprometió a continuar con el Programa de la Cultura de Paz
lanzado por su antecesor, que deja la organizacion tras doce años
en el cargo con el unanime elogio de sus miembros de haberla devuelto a
su mision fundacional.
Fonte : El Pais, 13nov99
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