Veja nesta edição:
1. Novo presidente do CNPq, Evando Mirra, toma posse no
dia 27
2. Rejeitos radioativos: CNEN e UNB inauguram depósito,
primeiro do gênero instalado numa universidade brasileira
3. X Reunião anual de usuários do LNLS
4. Mini curso espectroscopia de ultravioleta de vácuo
5. Data para submissão de trabalhos ao I EBEQ
6. Docência se vincula à pesquisa, diz professor
7. Sala de aula, artigo de Jacques Marcovith, reitor da
USP
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1. NOVO PRESIDENTE DO CNPq, EVANDO MIRRA DE PAULA E SILVA,
TOMA POSSE NO DIA 27
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No próximo dia 27, segunda-feira, às
18h30, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico, em Brasília, ocorrerá a solenidade
de posse do novo presidente do CNPq, Professor
Evando Mirra de Paula e Silva. Na solenidade, estarão presentes
o Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, autoridades
do governo federal, representantes da comunidade científica e servidores
do Conselho.
Fonte : Assessoria de Imprensa do CNPq
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2. REJEITOS RADIOATIVOS : CNEN E UNB INAUGURAM DEPÓSITO,
PRIMEIRO DO GÊNERO INSTALADO NUMA UNIVERSIDADE BRASILEIRA
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No último dia 13 de setembro, a Universidade
de Brasília/UnB inaugurou, no campus universitário, um depósito
de rejeitos radioativos que irá armazenar material gerado em dezesseis
laboratórios de pesquisas. Construído sob a orientação
de técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear/CNEN,
é o primeiro depósito do gênero instalado numa universidade
brasileira e trata de rejeitos de baixa radioatividade.
Fonte : Noticias de C&T, MCT
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3. X REUNIAO ANUAL DE USUARIOS DO LNLS
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Prezado Pesquisador,
O Laboratório Nacional de Luz Sincrotron
(LNLS), com esta Primeira Circular, está iniciando os procedimentos
de divulgação da X RAU - Reunião Anual de Usuários
do LNLS. A X RAU ocorrera dias 16, 17 e 18 de fevereiro de 2000, no campus
do LNLS, em Campinas, SP.
O professor Leandro R. Tessler, do Instituto
de Física Gleb Wataghin, da UNICAMP, e usuário do LNLS,
será o Coordenador desta Reunião.
Na X RAU, será dada ênfase para
a apresentação de resultados de pesquisas realizadas
com uso da infra-estrutura disponível no Laboratório Nacional
de Luz Sincrotron relacionada a: - Biologia Molecular Estrutural;
Luz Sincrotron; Microscopia Eletrônica; Microfabricação
e Optoeletrônica
O programa preliminar da X Reunião Anual
de Usuários, em fase de elaboração, será divulgado
brevemente. A apresentação de resumos de Comunicações
Cientificas seguira normas que estarão disponíveis na home-page
do LNLS a partir do dia 01 de outubro (www.lnls.br).
DATAS IMPORTANTES
30 de outubro
Data-limite para encaminhar ao LNLS resumos de Comunicações
Científicas de pesquisadores residentes no Estado de São
Paulo, exceto Campinas, que solicitarem auxilio ao LNLS. Junto com o resumo
o pesquisador deve mandar também a Solicitação de
Inscrição.
3 de dezembro
Data-limite para encaminhar ao LNLS resumos de Comunicações
Científicas e Solicitação de Inscrição.
Fonte : Assessoria de Comunicação, LNLS
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4. MINI CURSO ESPECTROSCOPIA DE ULTRAVIOLETA DE VÁCUO
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Dias 3, 4 e 5 de novembro, o Laboratório
Nacional de Luz Sincrotron (LNLS) realizará o mini-curso Espectroscopia
de Ultravioleta de Vácuo, com aulas teóricas e parte pratica.
Serão selecionados para o curso 40 participantes. O curso será
realizado em horário integral, com atividades das 8:30 às
17 horas, no campus do LNLS, em Campinas, SP.
Os tópicos que serão abordados
são: moléculas; técnicas de multicoincidência
e espectroscopia de massa; a linha de luz TGM do LNLS (toroidal grating
monochromator); tratamento de dados em espectroscopia molecular; estrutura
eletrônica de sólidos cristalinos; espectroscopia de absorção;
a linha de luz SGM (spherical grating monocromator); tratamento de dados;
introdução a física de superfícies, espectroscopia
de fotoeletrons; estudo de superfícies usando luz sincrotron.
As atividades do mini-curso Espectroscopia
de Ultravioleta de Vácuo serão conduzidas por Antônio
Rubens Brito de Castro (Unicamp e LNLS, Arnaldo Naves de Brito (UnB e LNLS)
e Jonder Morais (LNLS).
Mais informações e o formulário
para fazer o pedido de inscrição estao disponíveis
na home-page do LNLS (http://www.lnls.br).
Fonte: Assessoria de Comunicação, LNLS
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5. DATA PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS AO I EBEQ
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Os organizadores do I Encontro Brasileiro
de Ecologia Química que se realizará em Curitiba, no período
de 01 a 04 de dezembro de 1999, informam que estarão recebendo resumos
de trabalhos a serem apresentados no evento até a próxima
segunda-feira, dia 27/09/99, data de postagem.
Informações adicionais podem
ser obtidas no e-mail: pzarbin@quimica.ufpr.br
Paulo Zarbin
Departamento de Química - UFPR
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6. DOCENCIA SE VINCULA À PESQUISA, DIZ PROFESSOR
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"Lendo o artigo de Rubem Alves, intitulado
“Professor não vale nada” (Ranking da Ciência, Folha de S.
Paulo, 13-09-99), senti nas entre-linhas que o autor se revolta contra
aqueles que produzem e publicam pesquisa científica.
Tal como ele, considero alto o valor da docência
e do professor, mas penso que quando esta atividade está também
associada a de pesquisa cientifica, ela ultrapassa o valor da simples docência.
Professores que pesquisam e publicam têm
muito mais a oferecer a seus alunos do que aqueles que dedicam-se unicamente
ao magistério. A maioria desses últimos praticam uma docência
baseada somente na repetição de conhecimentos livrescos.
Escondendo-se na capa protetora do ensino, encontram nela a justificativa
para não pesquisarem e não publicarem.
Sinto orgulho em amar a pesquisa e o ensino
pois, para mim, essas duas atividades são as duas semi-retas que
constituem o angulo do conhecimento cientifico. Publicar e pesquisar não
significa apenas “publish or perish”, mas e o resultado de trabalhar com
amor e dedicação para redescobrir os fatos e verdades da
natureza.
Convenhamos que isto leva a uma fase superior de
fazer pensar, importante para qualquer atividade docente".
Nota do Editor: Esta matéria foi primeiramente publicada no JCE-Mail de 22/9/99. O Prof. Marcus Vinicius Gomez atua no Departamento de Farmacologia do ICB/UFMG. Veja manifestação do Prof. Serra (USP-RB) publicada no BE 118 sobre o mesmo assunto.
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7. SALA DE AULA, ARTIGO DE JACQUES MARCOVITH, REITOR DA USP
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Reitor da USP, vivi recentemente honrosa e
proveitosa experiência, ministrando uma aula na Escola Estadual Professor
Sebastião de Oliveira Rocha, em São Carlos. O que ali foi
dito está condensado neste artigo, não porque seu conteúdo
tenha sido especial, mas para compartilhar a reflexão com os leitores,
docentes e outros alunos da rede secundaria de ensino.
Julguei oportuno formular, como ponto de partida,
uma pergunta aos secundaristas: quais os mitos positivos que devem alimentar
os sonhos da juventude brasileira e ajuda-la a construir um projeto de
vida?
A palavra mito foi tomada em seu significado
social. O mito é a celebridade, o grande nome, o indivíduo
que por sua fama ou valor constitui um referencial para os outros.
Há os mitos neutros, que se distinguem
apenas pela notoriedade: roqueiros, pagodeiros, modelos, desportistas endinheirados
- pessoas famosas não integradas na sociedade e, de certo modo,
até pairando acima dela.
E há os mitos negativos, que são,
por exemplo, os políticos corruptos e os bandidos famosos. Já
os mitos positivos são aqueles que participam do processo social,
trabalham por uma causa, se distinguem pela nobreza dos seus propósitos
e das suas ações.
Para não ficarmos somente no campo
das generalidades, busquemos exemplos concretos.
Apontemos dois mitos positivos para os jovens
de origem modesta, que estudam na rede publica. Duas pessoas que aprenderam
nesse mesmo tipo de escola, vieram de cidades pobres e longínquas
e se tornaram celebres em razão do seu trabalho.
Para não dar um viés parcial
a esta exemplificação, lembremos dois indivíduos que
politicamente atuam em campos opostos: o cirurgião Adib Jatene e
o sindicalista Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
Jatene estudou em escola pública e
veio de uma cidadezinha do extremo norte para trabalhar em São Paulo,
onde construiu o seu projeto de vida. Tornou-se o mais respeitado cirurgião
do País, professor-titular da maior Universidade brasileira e duas
vezes ministro da Saúde. Isso para falar apenas de uma parte da
sua trajetória vitoriosa.
Vicentinho ocupou o noticiário da imprensa
no início deste ano por ter ingressado numa faculdade, após
cursar o ensino primário em escola publica no mais remoto interior
do Nordeste e obter, aos 42 anos de idade, um diploma de segundo grau no
telecurso. Mas o nome dele já era famoso, em todo o Brasil, por
sua atuação como sindicalista.
Dirigente sindical no ABC e depois presidente
da CUT, possuidor de inteligência excepcional e extremamente articulado
na exposição de suas idéias, Vicentinho é considerado
por todos, à esquerda e à direita, passando pelo centro,
como uma das mais fortes lideranças populares do Pais.
É claro que Jatene e Vicentinho são
exceções. O ensino no nível básico no Brasil,
de modo geral, não favorece a realização das ambições
cultivadas por seus alunos. Mas é necessário que cada um
vença os obstáculos existentes e teste a sua perseverança,
mesmo em condições hostis, como fizeram esses dois mitos
positivos.
Isso não exime o governo de suas obrigações
nem transfere aos estudantes todas as responsabilidades de vencer, usando
apenas a sua obstinação e sem dispor de um ensino qualitativo.
É imperioso, porém, não
esmorecer, mentalizar um projeto de vida e persegui-lo. É também
importante que os alunos compreendam a luta dos professores e diretores
de escola pela recuperação do ensino publico de primeiro
e segundo graus - precondição para ampliar o ingresso dos
estudantes de colégios públicos em Universidades também
publicas, que hoje perfaz
apenas cerca de 21% dos matriculados.
Nessa perspectiva se inclui a tarefa de repensar
o papel do professorado no ensino fundamental e médio, capacitando-o
cada vez mais. O professor deve oferecer aos seus alunos referencias básicas
do conhecimento e transmitir valores. Mas, acima de tudo, cabe a ele ser
um desafiador, partindo do perfil da sua classe para conduzi-la sempre
a uma etapa mais ousada e motivá-la a conquistar algo que vá
alem da competência já adquirida.
O aluno quer ver em seu professor não
só o depositário de informação atualizada,
mas um indivíduo que tem a capacidade de analisar e relacionar variáveis
e fatos, de forma superior à que ele, aluno, consegue fazer. Não
basta ao docente demonstrar conhecimento dos fatos. Isso o aluno pode obter
pelos meios de comunicação de massa. O que ele espera, na
sala de aula, é uma interpretação surpreendente e
diferenciada.
Uma revisão do papel docente deve coincidir
com a melhoria da gestão escolar, a expansão qualitativa
e quantitativa do sistema, o aperfeiçoamento dos currículos.
Neste novo contexto serão desenvolvidas atitudes para fazer das
próximas décadas uma era civilizatoria, marcada pelo espírito
de empreendimento e solidariedade.
A escola pública, em qualquer nível,
deve guiar-se pelo culto à cidadania e pela excelência pedagógica.
Somente assim o estudante guardará prazerosamente a sua memória
escolar. A sala de aula é um lugar inesquecível, para o bem
ou para o mal.
Qualquer adulto lembra, com saudade ou alivio,
a configuração exata do espaço retangular em que aprendeu
as primeiras letras e depois, no colégio e na faculdade, veio a
descobrir os conhecimentos necessários à vida em sociedade
e ao trabalho.
Tornar esse lugar marcante no melhor sentido
é uma tarefa dos mestres, principalmente no ensino publico.
É importante que o jovem não
apague de sua lembrança o tempo vivido na escola. Não por
um exercício gratuito de nostalgia, mas porque nesse período
teve alguma coisa definitivamente colada à personalidade e que definiu,
para toda a vida, a sua visão de mundo.
Fonte : O Estado de SP, 15setembro99
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