Veja nesta edição:
1. Presidente da SBQ cumpre atividades acadêmicas
na UFMG e tem encontro com o pró-reitor de pesquisa
2. Presidentes da SBQ, SBF, SBM e FESBE articulam audiência
com ministro da ciência e tecnologia
3. Concurso público para professor na Unioeste
4. Tajima Prize outorgado à Profa. Dra. Susana
Torresi (IQ-USP)
5. QMCWEB da UFSC
6. O ranking da “Folha de SP”, artigo de Reinaldo Guimaraes
7. Ëtica e avaliação, artigo de Roberto
Romano
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1. PRESIDENTE CUMPRE ATIVIDADES ACADÊMICAS NA UFMG E TEM
ENCONTRO COM O PRÓ-REITOR DE PESQUISA
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Acompanhado das Profas. Heloiza Schor e Ione
Ferreira de Oliveira, Coordenadora do Curso de Pós-Graduação
em Química e a Secretária Regional da SBQ em Minas Gerais,
respectivamente, o Presidente da Sociedade Brasileira de Química
teve encontro com o Prof. Paulo Sérgio Lacerda Beirão, Pró-Reitor
de Pesquisa da UFMG, no dia 16 de setembro pp.
Foram tratados vários assuntos,
dentre eles: situação do cortes assinaturas de periódicos
pela CAPES, complementaridade entre o Web of Science e Chemical Abstracts,
extinção do Programa PET, bolsas PIBIC,
licenciamento de softwares, situação das agências
de financiamento (CNPq e FAP’s).
O Presidente fez uma breve exposição
sobre as atividades da SBQ e de seu programa editorial, oportunidade na
qual foram entregues ao Pró-Reitor os últimos números
de Química Nova, Journal of The Brazilian Chemical Society e Química
Nova na Escola.
Além dos aspectos acima colocados
conversou-se sobre o recente interesse da Secretaria da Ciência e
Tecnologia do Estado de Minas Gerais, cujas tratativas com a Sociedade
estão bem adiantadas, de fazer um importante número de assinaturas
de Química Nova na Escola, para as escolas da rede do estado. Foi
aventada a possibilidade de chegar-se a
situação similar com a Secretaria de Educação
de Belo Horizonte valendo-se do Projeto Pró-Ciências.
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2. PRESIDENTES DA SBQ, SBF, SBM E FESBE ARTICULAM
AUDIÊNCIA COM MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Os Presidentes Oswaldo Luiz Alves (Sociedade
Brasileira de Química), Humberto S. Brandi (Sociedade Brasileira
de Física), Paulo Cordaro (Sociedade Brasileira de Matemática)
e Dora Fix Ventura (Federação de Sociedades de Biologia Experimental)
enviarão oficio conjunto, nesta semana, ao Ministro da Ciência
e Tecnologia, Ronaldo Sardemberg, solicitando uma audiência. Tal
audiência tem por finalidade expor as características e expectativas
das diferentes áreas, como
também, ouvir do Sr. Ministro, as novas diretrizes para o MCT.
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3. CONCURSO PÚBLICO NA UNIOESTE
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Venho divulgar o concurso público para
diversos professores universitários a realizar na UNIOESTE, Universidade
Estadual do Oeste do Paraná .
Mais informações http://www.unioeste.br
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4. TAJIMA PRIZE OUTORGADO À PROFA. DRA. SUSANA TORRESI (IQ-USP):
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A diretoria da Sociedade International de
Eletroquímica - ISE anunciou durante a assembléia geral realizada
na 50a. Reunião da ISE, em Pavia, Itália, de 5 a 10 de setembro
p.p., que o Prêmio Tajima do ano 1999 será outorgado
à Profa. Dra. Susana Inés Córdoba de Torresi, docente
do Departamento de Química Fundamental do Instituto de Química
da USP.
O Prêmio Tajima, doado pelo Professor Sakae
Tajima, é outorgado anualmente desde 1985 a eletroquímicos
com base em trabalhos publicados, sendo que os concorrentes devem ter menos
de 40 anos de idade em 1 de junho do ano a que se inscrevem para concorrer.
Pela primeira vez, o prêmio é outorgado a um eletroquímico
brasileiro. Maiores informações sobre o prêmio podem
ser obtidas na home page da ISE: http://www.access.ch/ise/awards/tajim.html
A diretoria e o conselho da SBQ cumprimentam a sua sócia pelo recebimento do Prêmio Tajima 1999
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5. QMCWEB DA UFSC
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O departamento de Química da UFSC já
publica, desde o início do ano, um periódico informativo
de ciência, o QMCWEB. O objetivo deste jornal é despertar
o interesse científico nos estudantes da UFSC, bem como divulgar
a produção científica de nossa universidade.
O jornal já está na 11a. edição,
conta com cerca de 500 leitores por semana. O endereço do jornal
é: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb
QuímicaUFSConline
uol@qmc.ufsc.br
http://www.qmc.ufsc.br
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6. O RANKING DA “FOLHA DE SP”, ARTIGO DE REINALDO GUIMARAES
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O ranking da Folha de SP está ótimo!
Principalmente se pensarmos que sua semente foi uma horrível lista
de “improdutivos” da USP, vazada em 1988 para o mesmo jornal pelo então
Reitor José Goldemberg.
No entanto, ainda há vários
problemas, alguns teóricos e outros referentes a opções
metodológicas feitas pelo comitê que coordenou o trabalho.
Dentre os primeiros, creio que o mais importante
reside no que os profs. Rubem Alves e Ivan Chambouleyron, cada um a seu
modo, expõem no próprio caderno da FSP que publicou os resultados:
produtividade estabelecida por critérios cientométricos,
ainda que pela medida de citações feitas por pares, está
longe de medir o impacto substantivo de uma obra cientifica no cenário
do conhecimento em um campo determinado.
Numa sociedade onde o espetáculo é
cada vez mais o modo de formalização do que se supõe
novo e o sucesso é cada vez mais o critério exclusivo de
sua importância, a seleção de veículos, autores
e temas a serem citados tendem muitas vezes a homenagear estes aspectos,
mais que outros quaisquer. Alem disso temos, principalmente no campo das
biociências, o publish or perish, estilo de pesquisa e de pesquisador
que procura otimizar as possibilidades de ser citado através da
retaliação dos achados em um numero máximo de pequenos
artigos.
Mas gostaria de comentar as opções
metodológicas, algumas bastante problemáticas a meu ver.
Em primeiro lugar, o comitê escolheu
medir as citações referentes à “obra completa” de
cada pesquisador. Isto estabeleceu uma contradição com os
próprios objetivos da pesquisa, conforme estabelecidos pelo jornal.
Eram eles fornecer subsídios para analises
e estudos sobre o desempenho de pesquisadores e instituições
e identificar para o publico não especializado parcela altamente
qualificada do patrimônio intelectual disponível.
Tendo optado pela obra de toda a vida
os dois objetivos ficam prejudicados, pois a lista, como diria Pedro Nava,
tornou-se um carro com faróis dirigidos para trás.
Um numero grande de pesquisadores que
a compõe deixou de ser ativo há tempos ou, no mínimo,
está na descendente de sua carreira. Nesses casos, que não
são poucos, é a historia que está sendo homenageada
e não o “patrimônio intelectual disponível”, num sentido
de atualidade e futuro.
Não fica claro ao leitor porque
apenas quatro áreas foram selecionadas a participar do estudo pois
o ISI possui tabelas de outras áreas. Dentre essas, algumas nas
quais o Brasil tem alguma competência acumulada, como certas áreas
das ciências da saúde e das engenharias.
Também não se compreende, na
física, a pura e simples retirada dos trabalhos cooperativos de
física experimental de altas energias por possuírem, de modo
geral, muitos autores.
Talvez tivesse sido mais elegante e inteligente
decidir como o comitê assessor de física do CNPq, no sentido
de um redutor ou de uma seleção de critérios para
que um autor tenha ou não seu nome contabilizado.
Estabelecido o critério cientométrico,
ranquear as instituições segundo o numero bruto de citações
é perfeitamente adequado para medir a massa critica existente. No
entanto, seria conveniente construir uma outra hierarquia, fundada na relação
entre citações e total de pesquisadores ativos na instituição
ou estado. Esta mediria o peso da pesquisa de qualidade em relação
ao esforço global de pesquisa.
Mostraria, por exemplo, que a distância
que separa o IMPA/CNPq das demais instituições de pesquisa
em matemática no pais é muito maior do que a distancia entre
suas 3.252 citações e as 1.697 da instituição
que lhe sucede imediatamente. Ou que, a partir de certa concentração
de massa critica num estado, o aumento do numero de citações
torna-se exponencial.
E que o estado de Pernambuco, nas áreas
cobertas pelo levantamento, tem uma relação excelente entre
citações e massa critica existente (55,7 citações
por pesquisador ativo nessas áreas em 1997), abaixo apenas do Rio
(60,5) e São Paulo (91,0). E, ainda, se considerarmos apenas as
citações em física, o Rio Grande do Sul apresenta
a melhor relação (98,6
citações por pesquisador ativo em física em 1997).
Mas a despeito dessas observações,
é preciso aplaudir a iniciativa da FSP. A grande maioria da imprensa
brasileira, por economia ou ideologia, capitulou de noticiar a pesquisa
cientifica e tecnológica realizada no pais. Pelo lado ideológico,
desde Collor de Mello, que gostava de dizer que o pesquisador brasileiro
queria reinventar a roda, a imprensa incorpora e repercute a desvalorização
do setor publico oriunda das políticas governamentais de “combate
à gastança”.
Pelo lado da economia, o resultado é
o crescente apelo às noticias das agencias internacionais, com a
substituição da noticia e do texto pelas imagens “espetaculares”,
do tipo “camundongo com orelha nas costas” e bizarrias semelhantes.
Parabéns, pois, à Folha.
Nota do Editor: Este artigo foi publicado primeiramente no JCE-mail de 17setembro99. Reinaldo Guimarães é professor do Instituto de Medicina Social e sub-reitor de pós-graduação e Pesquisa da Uerj, alem de consultor do CNPq.
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7. ÉTICA E AVALIAÇÃO, ARTIGO DE ROBERTO ROMANO
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Em primeiro lugar, um dado essencial: a comunidade
acadêmica não é composta por seres angélicos.
Por isto, é preciso definir regras de comportamento ético
e moral no seu interior.
Heidegger, apesar da quebra de valores que
efetivou, aderindo ao nazismo, em "Ser e Tempo" tem analises
corretas sobre o problema fundamental do relacionamento entre pares, nos
campi, e os encarregados da administração das verbas publicas.
No § 37 de “Ser e Tempo”, ele descreve
o fenômeno do equívoco, não apenas entre cientistas
e publico, mas no interior da própria "comunidade acadêmica".
Primeiro, vem a constatação
banal: o saber, na era da máxima divulgação, tonou-se
dificilmente distinto das suas varias expressões vulgares.
Com a imprensa, diz ele, "tudo assume a aparência
de ter sido o verdadeiro captado, colhido, expresso, mas no fundo nada
o foi".
Num mundo onde a informação
se acelerou ao máximo, a parolagem dogmática dos acadêmicos
e jornalistas é a norma: "cada um, não só conhece
e discute o que se passou e o que está vindo, mas cada um sabe também
falar sobre o que deveria ocorrer, sobre o que ainda não ocorreu,
mas deveria `evidentemente` ser feito. Cada um sempre farejou e pressentiu
de antemão o que os demais farejaram e pressentiram.
Este modo de seguir traços e pelo ouvir
dizer...é insidioso o bastante, para que o equívoco faça
entrever ao indivíduo existente possibilidades que, ao mesmo tempo,
ele abafa no germe".
Na sociedade de informação,
os termos científicos e técnicos circulam de modo imediato.
Assim, "todos" sentem-se em condições de falar sobre a pesquisa,
dar seu parecer sobre ela, enunciar suas dificuldades, etc. porque "todos"
ouviram falar ou seguiram os traços nas revistas, nos manuais, no
radio.
Deixa de haver distinção entre
conceitos rigorosos e palavras, e os que só "conhecem" estas ultimas,
imaginam ser fácil a tarefa de quem se dedica à produção
dos primeiros. Frente a um trabalho cientifico, apresentado em sua facilidade
enganosa, o publico curioso e o burocrata, ambos podem dizer, sem muitas
contestações:
"Isto? Nos também poderíamos
fazer!". Se "qualquer um" pode realizar o trabalho do cientista e do intelectual,
porque se gasta tanto dinheiro em seu labor? Desperdício...
Em data não muito distante, o prestigioso
jornal "Le Monde" publicou um extenso artigo sobre as descobertas de Francois
Jacob. O jornalista, para dar conta do trabalho, achou bom usar metáforas
conhecidas pelo publico (diversificado em profissões) e pelos políticos.
Assim, a célula foi comparada à
uma fabrica, uma empresa, etc., com a linguagem da administração,
da economia, e outras pérolas. Pode-se dizer que foi escasso, por
esta via, o conhecimento do labor que deu notoriedade cientifica a Francois
Jacob... Este caso é analisado por J. Schlanger, no livro "Les Metaphores
de L´Organisme”.
Mas, continuemos com Heidegger, o tempo é
essencial no trabalho da pesquisa. No intervalo entre o tempo lento das
investigações, e a rapidez geral dos que "já sabem",
dá-se o choque: os cientistas AINDA ESTÃO procurando,
e os "informados" JÁ se colocam a falar do que é "mais recente",
valorizando, inclusive para fins de financiamento, a ultima "novidade".
Deste modo, os investigadores, para um público
e poderosos mediaticos (isto é formados na media... da mídia.)
"chegam sempre muito tarde". Termina Heidegger escrevendo, com razão,
que a "a parolice e a curiosidade entretém seu equivoco, para que
a obra autêntica e nova pareça, quando surge na opinião
pública, já ultrapassada".
O equivoco, pois, é algo que se imiscui na
mais íntima relação dos cientistas com a opinião
publica e com os poderes. Estes últimos, como dependem da opinião
comum, ao se relacionarem com os investigadores, já "sabem" o que
esperar, e já sabem o que irão favorecer.
Dai, políticas governamentais em permanente
conflito com os que produzem saberes em todos os níveis, da física
às formas culturais mais amplas. A lógica do mando político
não é a dos laboratórios, e vice versa. Estamos longe
do projeto baconiano, que anunciou para o mundo moderno o sonho ilustrado
: "knowledge and power meet in one".
Nos campi, para ultrapassar os vetos trazidos
pelo equivoco e pela opinião, mantida e reiterada pela mídia,
muitos cientistas curvam-se aos ditames dos poderosos da hora. E isto constitui
o atentado fundamental contra a Ética.
Grave é quando o tempo da pesquisa é
diminuído para atender as regras burocráticas, sem que se
atente para as conseqüências disto para a reprodução
do aparelho institucional cientifico na sua totalidade.
Desde que M. Tatcher e seus partidários
impuseram às Universidades inglesas a "produtividade" como base
da avaliação acadêmica, valorizando o tempo rápido
da mídia e do mercado, o mundo cientifico passou a se atemorizar,
se amesquinhando eticamente, pelas investidas burocráticas.
No Brasil, quarenta anos de pós-graduação
foram engessados por formas de avaliação que expressam mais
os ditames do Ministério da Fazenda do que os alvos de uma política
de ciências em sentido estrito. O tempo dos doutoramentos e mestrados
foi diminuído, e os assessores ad hoc são obrigados a tomar
este parâmetro abstrato, e de fácil entendimento pela mídia
(rápida e cada vez mais celere) enquanto metro do labor cientifico.
Como, por outro lado, são escassos os recursos, aumenta o número
de casos de uso absolutamente anti ético do sigilo, para afastar
concorrentes às verbas, adversários políticos, religiosos,
etc.
No atual debate, veiculado pelo “JC E-Mail”, sobre
o parecer canhestro de um assessor ad hoc da Capes, que chegou a confundir
"médico" e "físico", vejo uma ocasião para meditarmos
sobre o sigilo.
Enquanto vigorar como norma geral, ele deve
ser obedecido por todos.
Logo, não me solidarizo com o colega
que, "por seus conhecimentos internos na Capes", ficou sabendo quem lhe
deu parecer desfavorável. Mas este mesmo caso é uma fonte
de reflexões : quantos, de modo semelhante, não têm
acesso à mesma informação? E quem está protegido
dos e contra os assessores de má fé ou incompetentes?
Quantas pesquisas originais e rigorosas foram
inviabilizadas, sem que os proponentes tivessem defesa efetiva? Se fosse
abolido o sigilo, para todos os casos, salvo aqueles que, segundo a comunidade
científica, o exigiriam (os próprios Tribunais, diante de
casos mais difíceis e graves, decreta o "segredo de Justiça"
para proteger as partes e o Estado), ninguém ficaria sabendo, por
meios ilícitos, quem foi o responsável por um parecer: o
nome de cada um estaria nos processos, de modo responsável, insofismável.
Se todos nós participamos de bancas,
de comitês, etc., e isto de modo público, qual o óbice
para se definir nossa responsabilidade em casos de atribuição
de verbas para a pesquisa?
De qualquer modo, meu sentimento é
seguir a norma comum : se existe sigilo para todos, ninguém está
autorizado (mesmo que seja amigo do Rei...) a manipular o anonimato para
perseguir desafetos ou colegas que pensam diferente (em termos metodológicos
inclusive).
E ninguém está autorizado a
usar relações pessoais para saber quem lhe atribuiu
um parecer positivo ou negativo. Só é licita a regra universal.
Fora dela, retroagimos ao "reino animal do espirito", saborosa expressão
usada por Hegel para designar o mundo acadêmico.
"Avaliar"(analisar cientificamente, mas também
com valores éticos) o trabalho dos pares deveria ser um ato de supremo
respeito. Esta regra de ouro tem sido muito descuidada no Brasil e no mundo.
Até hoje, neste prisma, considero uma
boa fonte de ensinamentos o artigo de McCutchen, Charles W.: "Peer Review
: treacherous servant, disastrous master" (Technology Review, october 1991).
O debate pode seguir para vias construtivas,
ou desandar em mais uma onda de críticas ácidas, que irão
corroer ainda mais nossa vida Ética e científica. Como seres
pensantes, a primeira senda, embora mais árdua, é a recomendável.
Nota do Editor: Roberto Romano é professor da Unicamp e membro do Conselho Editorial do “Jornal da Ciência”. Este artigo foi publicado primeiramente no JC E-Mail 1376, de 14/9/99
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