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SBQ - BIENIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 119
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    Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (http://www.sbq.org.br/pub/index.htm).
     Prestigie e Participe do Projeto Um Mundo de Cor - Uma Procura Internacional de Corantes Naturais e dos Concursos de Redação e Obras de Arte (http://www.sbq.org.br/tmp/mundo.htm)

Veja nesta edição:
1. Presidente da SBQ cumpre atividades acadêmicas na UFMG e tem encontro com o pró-reitor de pesquisa
2. Presidentes da SBQ, SBF, SBM e FESBE articulam audiência com ministro da ciência e tecnologia
3. Concurso público para professor na Unioeste
4. Tajima Prize outorgado à Profa. Dra. Susana Torresi (IQ-USP)
5. QMCWEB da UFSC
6. O ranking da “Folha de SP”, artigo de Reinaldo Guimaraes
7. Ëtica e avaliação, artigo de Roberto Romano

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1. PRESIDENTE CUMPRE ATIVIDADES ACADÊMICAS NA UFMG E TEM
ENCONTRO COM O PRÓ-REITOR DE PESQUISA
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     Acompanhado das Profas. Heloiza Schor e Ione Ferreira de Oliveira, Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Química e a Secretária Regional da SBQ em Minas Gerais, respectivamente, o Presidente da Sociedade Brasileira de Química teve encontro com o Prof. Paulo Sérgio Lacerda Beirão, Pró-Reitor de Pesquisa da UFMG, no dia 16 de setembro pp.
      Foram tratados vários assuntos, dentre eles: situação do cortes assinaturas de periódicos pela CAPES, complementaridade entre o Web of Science e Chemical Abstracts, extinção do Programa PET, bolsas PIBIC,
licenciamento de softwares, situação das agências de financiamento (CNPq e FAP’s).
      O Presidente fez  uma breve exposição sobre as atividades da SBQ e de seu programa editorial, oportunidade na qual foram entregues ao Pró-Reitor os últimos números de Química Nova, Journal of The Brazilian Chemical Society e Química Nova na Escola.
      Além dos aspectos acima colocados conversou-se sobre o recente interesse da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais, cujas tratativas com a Sociedade estão bem adiantadas, de fazer um importante número de assinaturas de Química Nova na Escola, para as escolas da rede do estado. Foi aventada a possibilidade de chegar-se a
situação similar com a Secretaria de Educação de Belo Horizonte valendo-se do Projeto Pró-Ciências.

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2. PRESIDENTES DA SBQ, SBF, SBM E FESBE ARTICULAM
AUDIÊNCIA COM MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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     Os Presidentes Oswaldo Luiz Alves (Sociedade Brasileira de Química), Humberto S. Brandi (Sociedade Brasileira de Física), Paulo Cordaro (Sociedade Brasileira de Matemática) e Dora Fix Ventura (Federação de Sociedades de Biologia Experimental) enviarão oficio conjunto, nesta semana, ao Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardemberg, solicitando uma audiência. Tal audiência tem por finalidade expor as características e expectativas das diferentes áreas, como
também, ouvir do Sr. Ministro, as novas diretrizes para o MCT.

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3. CONCURSO PÚBLICO NA UNIOESTE
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     Venho divulgar o concurso público para diversos professores universitários a realizar na UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Paraná .
     Mais informações http://www.unioeste.br

bariccatti@unioeste.br

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4. TAJIMA PRIZE OUTORGADO À PROFA. DRA. SUSANA TORRESI (IQ-USP):
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     A diretoria da Sociedade International de Eletroquímica - ISE anunciou durante a assembléia geral realizada na 50a. Reunião da ISE, em Pavia, Itália, de 5 a 10 de setembro p.p., que o Prêmio Tajima  do ano 1999 será outorgado à Profa. Dra. Susana Inés Córdoba de Torresi, docente do Departamento de Química Fundamental do Instituto de Química
da USP.
    O Prêmio Tajima, doado pelo Professor Sakae Tajima, é outorgado anualmente desde 1985 a eletroquímicos com base em trabalhos publicados, sendo que os concorrentes devem ter menos de 40 anos de idade em 1 de junho do ano a que se inscrevem para concorrer. Pela primeira vez, o prêmio é outorgado a um eletroquímico brasileiro. Maiores informações sobre o prêmio podem ser obtidas na home page da ISE: http://www.access.ch/ise/awards/tajim.html

A diretoria e o conselho da SBQ cumprimentam a sua sócia pelo recebimento do Prêmio Tajima 1999

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5. QMCWEB DA UFSC
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     O departamento de Química da UFSC já publica, desde o início do ano, um periódico informativo de ciência, o QMCWEB. O objetivo deste jornal é despertar o interesse científico nos estudantes da UFSC, bem como divulgar a produção científica de nossa universidade.
     O jornal já está na 11a. edição, conta com cerca de 500 leitores por semana. O endereço do jornal é: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb

QuímicaUFSConline
uol@qmc.ufsc.br
http://www.qmc.ufsc.br

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6. O RANKING DA “FOLHA DE SP”, ARTIGO DE REINALDO GUIMARAES
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     O ranking da Folha de SP está ótimo! Principalmente se pensarmos que sua semente foi uma horrível lista de “improdutivos” da USP, vazada em 1988 para o mesmo jornal pelo então Reitor José Goldemberg.
     No entanto, ainda há vários problemas, alguns teóricos e outros referentes a opções metodológicas feitas pelo comitê que coordenou o trabalho.
     Dentre os primeiros, creio que o mais importante reside no que os profs. Rubem Alves e Ivan Chambouleyron, cada um a seu modo, expõem no próprio caderno da FSP que publicou os resultados: produtividade estabelecida por critérios cientométricos, ainda que pela medida de citações feitas por pares, está longe de medir o impacto substantivo de uma obra cientifica no cenário do conhecimento em um campo determinado.
    Numa sociedade onde o espetáculo é cada vez mais o modo de formalização do que se supõe novo e o sucesso é cada vez mais o critério exclusivo de sua importância, a seleção de veículos, autores e temas a serem citados tendem muitas vezes a homenagear estes aspectos, mais que outros quaisquer. Alem disso temos, principalmente no campo das biociências, o publish or perish, estilo de pesquisa e de pesquisador que procura otimizar as possibilidades de ser citado através da retaliação dos achados em um numero máximo de pequenos artigos.
     Mas gostaria de comentar as opções metodológicas, algumas bastante problemáticas a meu ver.
     Em primeiro lugar, o comitê escolheu medir as citações referentes à “obra completa” de cada pesquisador. Isto estabeleceu uma contradição com os próprios objetivos da pesquisa, conforme estabelecidos pelo jornal.
    Eram eles fornecer subsídios para analises e estudos sobre o desempenho de pesquisadores e instituições e identificar para o publico não especializado parcela altamente qualificada do patrimônio intelectual disponível.
      Tendo optado pela obra de toda a vida os dois objetivos ficam prejudicados, pois a lista, como diria Pedro Nava, tornou-se um carro com faróis dirigidos para trás.
      Um numero grande de pesquisadores que a compõe deixou de ser ativo há tempos ou, no mínimo, está na descendente de sua carreira. Nesses casos, que não são poucos, é a historia que está sendo homenageada e não o “patrimônio intelectual disponível”, num sentido de atualidade e futuro.
      Não fica claro ao leitor porque apenas quatro áreas foram selecionadas a participar do estudo pois o ISI possui tabelas de outras áreas. Dentre essas, algumas nas quais o Brasil tem alguma competência acumulada, como certas áreas das ciências da saúde e das engenharias.
     Também não se compreende, na física, a pura e simples retirada dos trabalhos cooperativos de física experimental de altas energias por possuírem, de modo geral, muitos autores.
     Talvez tivesse sido mais elegante e inteligente decidir como o comitê assessor de física do CNPq, no sentido de um redutor ou de uma seleção de critérios para que um autor tenha ou não seu nome contabilizado.
     Estabelecido o critério cientométrico, ranquear as instituições segundo o numero bruto de citações é perfeitamente adequado para medir a massa critica existente. No entanto, seria conveniente construir uma outra hierarquia, fundada na relação entre citações e total de pesquisadores ativos na instituição ou estado. Esta mediria o peso da pesquisa de qualidade em relação ao esforço global de pesquisa.
     Mostraria, por exemplo, que a distância que separa o IMPA/CNPq das demais instituições de pesquisa em matemática no pais é muito maior do que a distancia entre suas 3.252 citações e as 1.697 da instituição que lhe sucede imediatamente. Ou que, a partir de certa concentração de massa critica num estado, o aumento do numero de citações torna-se exponencial.
     E que o estado de Pernambuco, nas áreas cobertas pelo levantamento, tem uma relação excelente entre citações e massa critica existente (55,7 citações por pesquisador ativo nessas áreas em 1997), abaixo apenas do Rio (60,5) e São Paulo (91,0). E, ainda, se considerarmos apenas as citações em física, o Rio Grande do Sul apresenta a melhor relação (98,6
citações por pesquisador ativo em física em 1997).
     Mas a despeito dessas observações, é preciso aplaudir a iniciativa da FSP. A grande maioria da imprensa brasileira, por economia ou ideologia, capitulou de noticiar a pesquisa cientifica e tecnológica realizada no pais. Pelo lado ideológico, desde Collor de Mello, que gostava de dizer que o pesquisador brasileiro queria reinventar a roda, a imprensa incorpora e repercute a desvalorização do setor publico oriunda das políticas governamentais de “combate à gastança”.
     Pelo lado da economia, o resultado é o crescente apelo às noticias das agencias internacionais, com a substituição da noticia e do texto pelas imagens “espetaculares”, do tipo “camundongo com orelha nas costas” e bizarrias semelhantes.

Parabéns, pois, à Folha.

Nota do Editor: Este artigo foi publicado primeiramente no JCE-mail de 17setembro99. Reinaldo Guimarães é professor do Instituto de Medicina Social e sub-reitor de pós-graduação e Pesquisa da Uerj, alem de consultor do CNPq.

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7. ÉTICA E AVALIAÇÃO, ARTIGO DE ROBERTO ROMANO
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     Em primeiro lugar, um dado essencial: a comunidade acadêmica não é composta por seres angélicos. Por isto, é preciso definir  regras de comportamento ético e moral no seu interior.
     Heidegger, apesar da quebra de valores que efetivou, aderindo ao nazismo, em "Ser e Tempo" tem   analises corretas sobre o problema fundamental do relacionamento entre pares, nos campi, e os encarregados da administração das verbas publicas.
     No § 37 de “Ser e Tempo”, ele descreve o fenômeno do equívoco, não apenas entre cientistas e publico, mas no interior da própria "comunidade acadêmica".
     Primeiro, vem a constatação banal: o saber, na era da máxima divulgação, tonou-se dificilmente distinto das suas varias expressões vulgares.
     Com a imprensa, diz ele, "tudo assume a aparência de ter sido o verdadeiro captado, colhido, expresso, mas no fundo nada o foi".
     Num mundo onde a informação se acelerou ao máximo, a parolagem dogmática dos acadêmicos e jornalistas é a norma: "cada um, não só conhece e discute o que se passou e o que está vindo, mas cada um sabe também falar sobre o que deveria ocorrer, sobre o que ainda não ocorreu, mas deveria `evidentemente` ser feito. Cada um sempre farejou e pressentiu de antemão o que os demais farejaram e pressentiram.
     Este modo de seguir traços e pelo ouvir dizer...é insidioso o bastante, para que o equívoco faça entrever ao indivíduo existente possibilidades que, ao mesmo tempo, ele abafa no germe".
     Na sociedade de informação, os termos científicos e técnicos circulam de modo imediato. Assim, "todos" sentem-se em condições de falar sobre a pesquisa, dar seu parecer sobre ela, enunciar suas dificuldades, etc. porque "todos" ouviram falar ou seguiram os traços nas revistas, nos manuais, no radio.
     Deixa de haver distinção entre conceitos rigorosos e palavras, e os que só "conhecem" estas ultimas, imaginam ser fácil a tarefa de quem se dedica à produção dos primeiros. Frente a um trabalho cientifico, apresentado em sua facilidade enganosa, o publico curioso e o burocrata, ambos podem dizer, sem muitas contestações:
     "Isto? Nos também poderíamos fazer!". Se "qualquer um" pode realizar o trabalho do cientista e do intelectual, porque se gasta tanto dinheiro em seu labor? Desperdício...
     Em data não muito distante, o prestigioso jornal "Le Monde" publicou um extenso artigo sobre as descobertas de Francois Jacob. O jornalista, para dar conta do trabalho, achou bom usar metáforas conhecidas pelo publico (diversificado em profissões) e pelos políticos.
     Assim, a célula foi comparada à uma fabrica, uma empresa, etc., com a linguagem da administração, da economia, e outras pérolas. Pode-se dizer que foi escasso, por esta via, o conhecimento do labor que deu notoriedade cientifica a Francois Jacob... Este caso é analisado por J. Schlanger, no livro "Les Metaphores de L´Organisme”.
    Mas, continuemos com Heidegger, o tempo é essencial no trabalho da pesquisa. No intervalo entre o tempo lento das investigações, e a rapidez geral dos que "já sabem", dá-se o choque: os cientistas AINDA ESTÃO  procurando, e os "informados" JÁ se colocam a falar do que é "mais recente", valorizando, inclusive para fins de financiamento, a ultima "novidade".
     Deste modo, os investigadores, para um público e poderosos mediaticos (isto é formados na media... da mídia.) "chegam sempre muito tarde". Termina Heidegger escrevendo, com razão, que a "a parolice e a curiosidade entretém seu equivoco, para que a obra autêntica e nova pareça, quando surge na opinião pública, já ultrapassada".
    O equivoco, pois, é algo que se imiscui na mais íntima relação dos cientistas com a opinião publica e com os poderes. Estes últimos, como dependem da opinião comum, ao se relacionarem com os investigadores, já "sabem" o que esperar, e já sabem o que irão favorecer.
    Dai, políticas governamentais em permanente conflito com os que produzem saberes em todos os níveis, da física às formas culturais mais amplas. A lógica do mando político não é a dos laboratórios, e vice versa. Estamos longe do projeto baconiano, que anunciou para o mundo moderno o sonho ilustrado : "knowledge and power meet in one".
    Nos campi, para  ultrapassar os vetos trazidos pelo equivoco e pela opinião, mantida e reiterada pela mídia, muitos cientistas curvam-se aos ditames dos poderosos da hora. E isto constitui o atentado fundamental contra a Ética.
    Grave é quando o tempo da pesquisa é diminuído para atender as regras burocráticas, sem que se atente para as conseqüências disto para a reprodução do aparelho institucional cientifico na sua totalidade.
     Desde que M. Tatcher e seus partidários impuseram às Universidades inglesas a "produtividade" como base da avaliação acadêmica, valorizando o tempo rápido da mídia e do mercado, o mundo cientifico passou a se atemorizar, se amesquinhando eticamente, pelas investidas burocráticas.
     No Brasil, quarenta anos de pós-graduação foram engessados por formas de avaliação que expressam mais os ditames do Ministério da Fazenda do que os alvos de uma política de ciências em sentido estrito. O tempo dos doutoramentos e mestrados foi diminuído, e os assessores ad hoc são obrigados a tomar este parâmetro abstrato, e de fácil entendimento pela mídia (rápida e cada vez mais celere) enquanto metro do labor cientifico. Como, por outro lado, são escassos os recursos, aumenta o número de casos de uso absolutamente anti ético do sigilo, para afastar concorrentes às verbas, adversários políticos, religiosos, etc.
    No atual debate, veiculado pelo “JC E-Mail”, sobre o parecer canhestro de um assessor ad hoc da Capes, que chegou a confundir "médico" e "físico", vejo uma ocasião para meditarmos sobre o sigilo.
     Enquanto vigorar como norma geral, ele deve ser obedecido por todos.
     Logo, não me solidarizo com o colega que, "por seus conhecimentos internos na Capes", ficou sabendo quem lhe deu parecer desfavorável. Mas este mesmo caso é uma fonte de reflexões : quantos, de modo semelhante, não têm acesso à mesma informação? E quem está protegido dos e contra os assessores de má fé ou incompetentes?
     Quantas pesquisas originais e rigorosas foram inviabilizadas, sem que os proponentes tivessem defesa efetiva? Se fosse abolido o sigilo, para todos os casos, salvo aqueles que, segundo a comunidade científica, o exigiriam (os próprios Tribunais, diante de casos mais difíceis e graves, decreta  o "segredo de Justiça" para proteger as partes e o Estado), ninguém ficaria sabendo, por meios ilícitos, quem foi o responsável por um parecer: o nome de cada um estaria nos processos, de modo responsável, insofismável.
     Se todos nós participamos de bancas, de comitês, etc., e isto de modo público, qual o óbice para se definir nossa responsabilidade em casos de atribuição de verbas para a pesquisa?
     De qualquer modo, meu sentimento é seguir a norma comum : se existe sigilo para todos, ninguém está autorizado (mesmo que seja amigo do Rei...) a manipular o anonimato para perseguir desafetos ou colegas que pensam diferente (em termos metodológicos inclusive).
     E ninguém está autorizado a usar  relações pessoais para saber quem lhe atribuiu um parecer positivo ou negativo. Só é licita a regra universal. Fora dela, retroagimos  ao "reino animal do espirito", saborosa expressão usada por Hegel para designar o mundo acadêmico.
     "Avaliar"(analisar cientificamente, mas também com valores éticos) o trabalho dos pares deveria ser um ato de supremo respeito. Esta regra de ouro tem sido muito descuidada no Brasil e no mundo.
     Até hoje, neste prisma, considero uma boa fonte de ensinamentos o artigo de McCutchen, Charles W.: "Peer Review : treacherous servant, disastrous master" (Technology Review, october 1991).
     O debate pode seguir para vias construtivas, ou desandar em mais uma onda de críticas ácidas, que irão corroer ainda mais nossa vida Ética e científica. Como seres pensantes, a primeira senda, embora mais árdua, é a recomendável.

Nota do Editor: Roberto Romano é professor da Unicamp e membro do Conselho Editorial do “Jornal da Ciência”. Este artigo foi publicado primeiramente no JC E-Mail 1376, de 14/9/99

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