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SBQ - BIENIO (98/2000)      BOLETIM ELETRÔNICO      No. 117
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Veja nesta edição:
1. Programa de redes cooperativas de pesquisa de MG – RECOPE, MG
2. Vaga para recém-doutor
3. Encontro anual dos Ex-alunos do Instituto de Química de Araraquara – UNESP
4. Nota sobre o 10o ENQA
5. Palestra do Lloyd's Register Quality Assurance
6. LNLS cria programa de auxílio financeiro para  pesquisadores
7. Ensino de computação ofusca ciências básicas

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1. PROGRAMA REDES COOPERATIVAS DE PESQUISA DO ESTADO
DE MINAS GERAIS - RECOPE MG
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     Desde o início dos anos 70, em muitos países industrializados, foram concebidas várias formas de diminuir os custos de pesquisas tecnológicas e desenvolvimentos experimentais, bem como mecanismos para maximizar o aproveitamento da capacitação tecnológica disponível. Daí surgiram formas compartilhadas de desenvolvimento tecnológico denominadas pesquisas cooperativas, que caracterizam-se pela formulação de projetos objetivando a geração ou a absorção de novos conhecimentos tecnológicos, a serem executados de forma multi-institucional. Em torno de temas de interesse comum, cooperam entre si instituições de pesquisa e empresas, que participam com recursos financeiros e/ou técnicos, custeando e/ou implementando partes do projeto comum, tendo acesso, em contrapartida, a todas as informações geradas no esforço de
desenvolvimento tecnológico.
     O RECOPE.MG – Redes Cooperativas de Pesquisa do Estado de Minas Gerais é um programa que busca articular a competência instalada nas Universidades, Escolas, Institutos de Pesquisa e Indústrias do Estado de Minas Gerais para desenvolverem trabalhos de pesquisa, de forma coletiva, enfocando determinados temas específicos. Os temas selecionados devem procurar a obtenção de soluções objetivas e relevantes para o desenvolvimento tecnológico e econômico, quer de
setores da indústria, quer de uma ou algumas empresas industriais de Minas Gerais.
     O RECOPE.MG – tem um caráter regional, está voltado para a realidade industrial e econômica de Minas Gerais e conta com recursos iniciais da ordem de R$ 3,0 milhões, mobilizados pela parceria estabelecida entre a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG , através do Instituto Euvaldo Lodi, Núcleo Regional de Minas Gerais – IEL/MG, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT e a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.
     Este Programa complementa e integra o Programa RECOPE nacional, lançado em 1995 pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos / MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, com a participação do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e que mobilizou recursos da ordem de US$ 45,5 milhões para apoio a pesquisas cooperativas.
     Os projetos a serem apoiados pelo RECOPE.MG devem corresponder aos temas definidos em seus Editais de Chamada, voltarem-se para a geração ou a absorção de novos conhecimentos tecnológicos pelas empresas que participam custeando partes do projeto através do aporte de recursos financeiros e/ou técnicos, tendo acesso, em contrapartida, a todas as
informações geradas neste esforço de desenvolvimento tecnológico.
     Estes projetos por tratarem do desenvolvimento de tecnologias ainda em estágios pré-comerciais, permitem uma ampla adesão das empresas mesmo que competidoras entre si, ou a geração de competência em temas de grande potencial futuro
     Estão sendo implantadas  três categorias de redes cooperativas de pesquisas, definidas a partir de seus graus de complexidade e custos correspondentes. Assim, fez-se  a seleção de propostas nas categorias e dentro dos limites abaixo indicados:
     Redes - Categoria A : 5 (cinco) redes, com custo máximo unitário de R$ 250.000,00 (Duzentos e cinqüenta mil reais)
     Redes - Categoria B : 7 (sete) redes, com custo máximo unitário de R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta mil reais)
     Redes - Categoria C : 11 (onze) redes, com custo máximo unitário de R$ 100.000,00 (Cem mil reais)
     Os recursos alocados ao presente Edital RECOPE MG – 01/99 para o triênio 1999- 2001, conforme Convênio FIEMG - IEL-MG / FINEP / FAPEMIG, são provenientes das entidades conveniadas , em partes iguais.
     O Programa RECOPE - MG aloca recursos sem retorno nas instituições sem fins lucrativos. Tais Instituições, no entanto, estão obrigadas a apresentar recursos de contra-partida.
 - As propostas  apresentadas correspondem aos setores de interesse para a formação das redes (Edital )cooperativas de pesquisa no âmbito do Programa RECOPE, relevantes para o desenvolvimento da indústria do Estado de Minas Gerais, e discriminadas abaixo. automação e controle ; auto-peças ; biomateriais ;conservação/redução de energia  elétrica/eletrônica (automação, iluminação, potência) ; fármacos ; ferro-gusa ; indústria da construção civil ; madeira ;  meio ambiente ; mineração ; tecnologia de alimentos ;telecomunicações
     Número de propostas recebidas dentro do prazo estabelecido no edital: 109
Número de propostas recomendadas para contratação : 21(7 categoria A; 08 categoria B ; 06 categoria C)

Nota do editor: Esta nota foi enviada pelo professor Luiz Carlos Gomes de Lima do Departamento de Química da UFMG, produzida a partir de informações fornecidas pela FAPEMIG

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2. VAGA PARA RECÉM-DOUTOR
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     "O Dept. de Metalurgia Extrativa do CETEM - Centro de Tecnologia Mineral, localizado no campus da UFRJ no Rio de Janeiro, está precisando de recém-doutor  para desenvolvimento de projeto na área de meio ambiente  na indústria mineral(reciclagem de materiais e imobilização de metais, sobretudo As). A remuneração é a bolsa de recém doutor ou de
pós-doutorado.      Contatos podem ser feitos com:
     Roberto de B. Emery Trindade
Chefe do Serviço de Meio Ambiente e Biometalurgia
Dept. de Metalurgia Extrativa
21-560-7222 ramal 201 / 279
rtrindade@cetem.gov.br
http://www.cetem.gov.br
21-560-7222  r.:279/201

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3. ENCONTRO ANUAL DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO DE
QUÍMICA DE ARARAQUARA - UNESP
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     Como tradicionalmente ocorre, no dia 23 de outubro de 1999 a Associação dos Ex-alunos do IQAr-UNESP estará realizando o encontro dos ex-alunos do instituto. O evento terá início por volta das 11 horas nas dependências do Instituto de Química e encerrará as atividades da Semana da Química promovida no período de 18 a 22 de outubro.
     Sendo assim, a Associação dos Ex-alunos convida a todos os ex-alunos da instituição a comparecerem no dia 23 de outubro e confraternizarem com antigos e novos colegas.
     Outras informações podem ser obtidas através dos seguintes endereços:
e-mail: aeiqar@iq.unesp.br homepage: http://www.iq.unesp.br/exalunos/associ.htm telefone: (0-xx-16) 232 2022 ramais 147 ou 115

Laudemir Carlos Varanda

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4. NOTA SOBRE O 10o. ENQA
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     Acabou ontem, dia 03/09/99, o 10º Encontro Nacional de Química Analítica, realizado nas dependências do Departamento de Química da UFSM, Santa Maria, RS.  Com um recorde absoluto de participantes (755 inscrições, 463 trabalhos apresentados, mais de 800 pessoas envolvidas), o 10º ENQA estabeleceu novos parâmetros para os futuros encontros
nacionais, não só no aspecto numérico, mas especialmente em termos de perfeita organização e qualidade da programação. Isto foi o que a assembléia geral de encerramento concluiu, tendo antes, contado com a presença do Reitor da UFSM, do Presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia do RS (CIENTEC) e do Diretor Científico da FAPERGS. Todos
foram unânimes em considerar indispensável para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia o apoio governamental aos eventos científicos no país. A nota destoante foi a leitura de fax da Coordenação de Desenvolvimento Setorial da CAPES
comunicando a negativa de auxílio ao evento mediante justificativa considerada por todos 'improcedente e inaceitável'. A assembléia aclamou, ainda, a proposta de realização do próximo encontro (11º ENQA) em Campinas, na Unicamp, em 2001, ao tempo em que, confirmava a candidatura da Universidade do Maranhão, para 2003 (12º ENQA). Acima de tudo, o encontro em Santa Maria foi uma grande confraternização da comunidade brasileira de Químicos Analíticos, com a participação de vários pesquisadores da América Latina e da Europa.

Prof. Ayrton Figueiredo Martins
Coordenador do 10º ENQA
martins@quimica.ufsm.br
martins@base.ufsm.br

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5. PALESTRA DO LLOYD'S REGISTER QUALITY ASSURANCE
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     A  AFAM TEC leva a V. conhecimento a palestra (gratuita) da CERTIFICADORA  LLOYD'S REGISTER QUALITY ASSURANCE sobre o tema Benefícios da Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental a realizar-se no dia 14.09 pf, às 14h 45 min no Espaço Solar, Av. Morumbi 7750 SP. Informações/reservas com Srta Solange Melo pelo fone 011.866.6626

Atenciosamente, com saudações
Paulo F. Nogueira
AFAM TEC - 011.547.9606
e-mail: afam.paulo@uol.com.br

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6. LNLS CRIA PROGRAMA DE AUXÍLIO FINANCEIRO PARA  PESQUISADORES
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     O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) irá conceder auxílio a pesquisadores de instituições públicas brasileiras de pesquisas para a realização de experimentos com aplicação da luz síncrotron. Muitos pesquisadores não têm encontrado apoio em seus locais de origem, inclusive nas fundações estaduais de amparo à pesquisa, para deslocar-se até Campinas, onde está instalado o LNLS.
     O programa de auxílio será realizado experimentalmente durante um ano e atende a uma recomendação do Comitê Científico que, em fevereiro, fez uma completa avaliação do LNLS.
     Os recursos são da ABTLuS - Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron - organização social que opera o Laboratório para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
     O programa de auxílio financiará as despesas de viagem e estadia no LNLS para até dois pesquisadores de cada projeto previamente recomendado pelo comitê que analisa as propostas encaminhadas ao Laboratório. O auxílio poderá ser usado exclusivamente na fase de realização dos trabalhos com aplicação de luz síncrotron. Um dos beneficiados será, obrigatoriamente, o pesquisador principal, responsável pelo projeto.
     Pesquisadores residentes no Estado de São Paulo não serão beneficiados por este programa de auxílio. O auxílio incluirá passagens de ida e volta, hospedagem no Alojamento de Visitantes do LNLS, localizado no campus da instituição, e almoço.
     Outra regra deste programa é que o auxílio somente será concedido a pesquisadores que não estão recebendo qualquer tipo de financiamento de outras instituições para as despesas de viagem e estadia em Campinas.
     O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron opera a fonte brasileira de luz síncrotron, um equipamento que produz feixes de raios-x ou de alto fluxo utilizados em pesquisas que buscam ampliar os conhecimentos sobre a matéria. Atualmente, esta fonte serve a nove linhas de luz síncrotron em operação.
     O relatório do LNLS sobre o primeiro semestre de 1999 informa que entre janeiro e junho foram realizados 95 projetos de pesquisa com uso da luz síncrotron, dos quais 75 foram de grupos brasileiros e 20 de grupos científicos de outros países. Dos projetos brasileiros, 68 tiveram como procedência o Estado de São Paulo e apenas 7 vieram de grupos de outros estados.

Fonte : Assessoria de Imprensa, LNLS , 31agosto99

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7. ENSINO DE COMPUTACAO OFUSCA CIENCIAS BASICAS
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     Jim Ivy teme que seu filho Jonathan, calouro num curso de especialização em comercio na Universidade Estadual da Pensilvania, termine a faculdade sem nunca ter estudado química.
     O Colégio Montville, escola de New Jersey que ele frequentou, não exigia química, e seu orientador na Universidade da Pensilvania diz que ele pode deixar de frequentar as aulas dessa matéria também ali -- desde que se matricule em mais cursos de ciência da computação. "Todo mundo diz que ciência da computação é obrigatória para ele, mas nunca ninguém lhe recomendou que examinasse ao menos o curso de química", disse Ivy, diretor-executivo da Savin Corp., uma empresa de
maquinas copiadoras em Stamford, Estado de Connecticut.
    "É triste notar que os garotos de hoje podem colar grau sem entrar em contato com as ciências físicas."
     Ninguém questiona a necessidade de dar ênfase aos computadores na educação atual. Tampouco ninguém nega que o mundo da computação ofereça grande numero de empregos bem pagos -- desde a simples tarefa de conservar as maquinas até o desenho de códigos digitais.
     Poucos sugerem que as ciências básicas estao desaparecendo das salas de aula. Mas aumenta em certos setores profissionais a impressão de que a onipresença dos computadores desviou a atenção das ciências e dons mais tradicionais.
    Especialistas temem que as escolas profissionais logo despejem no mercado um numero excessivo de técnicos em conserto de computadores e um numero insuficiente de especialistas em geladeiras.
     Até chegam a recear que as Universidades produzam levas de pessoas capazes de usar computadores como ferramentas de pesquisa e cálculos, mas bem poucos capazes de usar o método cientifico para resolver problemas.
     Também se queixam de que a perspectiva de ganho fácil vai atrair para empreitadas na Internet estudantes brilhantes que poderiam tornar-se cientistas, pesquisadores ou professores de ciências.
     "Daqui a cinco anos não vamos mais precisar de codificadores em HTML", disse Paul Saffo, diretor do Instituto para o Futuro, grupo de pesquisas em Menlo Park, California.  "Vamos precisar de especialistas em biotecnologia. Todo mundo hoje quer abrir um negocio na Internet por não perceber que os magnatas da ciência dentro de uma década vão ser os
biotecnologos", afirmou.
     "Isso quer dizer que, dentro de uma década, é bem possível que os magnatas da biotecnologia sejam de origem estrangeira."
     Outros receiam que a nova geração não venha a desenvolver o interesse experimental e o pensamento criativo que havia antes da era dos computadores. "Cursos de ciências da computação ensinam pratica e técnicas, não ensinam o pensamento critico como a física faz", disse Gerald Wheeler, diretor-executivo da Associação Nacional de Professores
de Ciências.
     Claro que muitos cientistas da computação se ofendem quando alguém sugere que seu campo esta falido intelectualmente. Por exemplo, Michael Hammer, o consultor de empresas que cunhou o termo "reengenharia", e é muitas vezes apontado como o maior pensador em matéria de administração, tem titulo de doutorado em ciência da computação.
     "A ciência da computação fornece base intelectual para lidar com coisas de enorme complexidade", disse Hammer. "As artes liberais ensinam o raciocínio critico, as ciências básicas ensinam o método cientifico, mas a ciência da computação propicia dons para pensar em sistemas. Ensina a importância da precisão e oferece habilidade para lidar com barganhas e com enormes questões de design."
      Ainda assim, essa opinião não impede que professores de ciências temam que seus campos estejam sendo ofuscados. Segundo Richard Hekel, professor-emerito de engenharia metalúrgica na Universidade Tecnológica Michigan, que reúne estatísticas sobre matriculas em cursos de engenharia, "o numero de universitários que entram para a ciência da computação e a engenharia da computação está aumentando rapidamente, ao passo que as matriculas em eletrotécnica e engenharia ambiental estao desabando".
     Warren Hein, diretor-adjunto da Associação Americana de Professores de Física, aponta tendência semelhante. "O numero dos que estao em vésperas de se formar em física esta no seu ponto mais baixo", informou Hein. "Os garotos perguntam: ‘Por que devo entrar para um curso desgastante e rigoroso como o de física quando posso escolher ciência da
computação e ganhar mais dinheiro?'"
     Veja-se o caso de Paul Hallee. Depois do colegial, iniciou os quatro anos de faculdade, escolhendo Quimica, biologia, física, ciências da Terra -- todos os grandes e tradicionais cursos de ciências. E ele sempre gostou da vida ao ar livre. Portanto, entrar para o curso de quatro anos em direito ambiental -- o tipo de programa que prepara guardas florestais -- pareceu moleza.
     Pareceu, até Hallee perceber que seu hobby, consertar computadores, podia ser uma carreira melhor. Ele foi admitido num programa de quatro anos, mas preferiu um curso de dois anos sobre computadores e eletrônica. Agora, com 20 anos, trabalha na Maine Business Solutions, empresa de manutenção de computadores em Waterville, e espera cavar uma carreira administrando redes de computadores.
     "Eu podia acabar pegando um belo diploma sem ter a menor dica de como arranjar um emprego", disse Hallee. "Os computadores pareciam uma opção realmente viável."
     Em sua maioria, os pais empenham-se em dar aos filhos um impulso neste mundo baseado em computadores. Segundo a Toy Manufacturers of America, 10 milhões de brinquedos científicos foram vendidos em 1997 e 1998. Cerca de 32 milhões de brinquedos eletrónicos (jogos de computador e similares) foram vendidos no ano passado, com aumento de 28 milhões em
relação a 1997.

Fonte: O Estado de SP, 03setembro99

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