Veja nesta edição:
1. Programa de redes cooperativas de pesquisa de MG
RECOPE, MG
2. Vaga para recém-doutor
3. Encontro anual dos Ex-alunos do Instituto de Química
de Araraquara UNESP
4. Nota sobre o 10o ENQA
5. Palestra do Lloyd's Register Quality Assurance
6. LNLS cria programa de auxílio financeiro para
pesquisadores
7. Ensino de computação ofusca ciências
básicas
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1. PROGRAMA REDES COOPERATIVAS DE PESQUISA DO ESTADO
DE MINAS GERAIS - RECOPE MG
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Desde o início dos anos 70, em muitos
países industrializados, foram concebidas várias formas de
diminuir os custos de pesquisas tecnológicas e desenvolvimentos
experimentais, bem como mecanismos para maximizar o aproveitamento da capacitação
tecnológica disponível. Daí surgiram formas compartilhadas
de desenvolvimento tecnológico denominadas pesquisas cooperativas,
que caracterizam-se pela formulação de projetos objetivando
a geração ou a absorção de novos conhecimentos
tecnológicos, a serem executados de forma multi-institucional. Em
torno de temas de interesse comum, cooperam entre si instituições
de pesquisa e empresas, que participam com recursos financeiros e/ou técnicos,
custeando e/ou implementando partes do projeto comum, tendo acesso, em
contrapartida, a todas as informações geradas no esforço
de
desenvolvimento tecnológico.
O RECOPE.MG Redes Cooperativas de Pesquisa
do Estado de Minas Gerais é um programa que busca articular a competência
instalada nas Universidades, Escolas, Institutos de Pesquisa e Indústrias
do Estado de Minas Gerais para desenvolverem trabalhos de pesquisa, de
forma coletiva, enfocando determinados temas específicos. Os temas
selecionados devem procurar a obtenção de soluções
objetivas e relevantes para o desenvolvimento tecnológico e econômico,
quer de
setores da indústria, quer de uma ou algumas empresas industriais
de Minas Gerais.
O RECOPE.MG tem um caráter regional,
está voltado para a realidade industrial e econômica de Minas
Gerais e conta com recursos iniciais da ordem de R$ 3,0 milhões,
mobilizados pela parceria estabelecida entre a Federação
das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG , através
do Instituto Euvaldo Lodi, Núcleo Regional de Minas Gerais IEL/MG,
a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais - FAPEMIG, órgão vinculado à Secretaria de
Estado de Ciência e Tecnologia - SECT e a Financiadora de Estudos
e Projetos FINEP.
Este Programa complementa e integra o Programa
RECOPE nacional, lançado em 1995 pela FINEP Financiadora de Estudos
e Projetos / MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, com
a participação do BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
e que mobilizou recursos da ordem de US$ 45,5 milhões para apoio
a pesquisas cooperativas.
Os projetos a serem apoiados pelo RECOPE.MG
devem corresponder aos temas definidos em seus Editais de Chamada, voltarem-se
para a geração ou a absorção de novos conhecimentos
tecnológicos pelas empresas que participam custeando partes do projeto
através do aporte de recursos financeiros e/ou técnicos,
tendo acesso, em contrapartida, a todas as
informações geradas neste esforço de desenvolvimento
tecnológico.
Estes projetos por tratarem do desenvolvimento
de tecnologias ainda em estágios pré-comerciais, permitem
uma ampla adesão das empresas mesmo que competidoras entre si, ou
a geração de competência em temas de grande potencial
futuro
Estão sendo implantadas três
categorias de redes cooperativas de pesquisas, definidas a partir de seus
graus de complexidade e custos correspondentes. Assim, fez-se a seleção
de propostas nas categorias e dentro dos limites abaixo indicados:
Redes - Categoria A : 5 (cinco) redes, com
custo máximo unitário de R$ 250.000,00 (Duzentos e cinqüenta
mil reais)
Redes - Categoria B : 7 (sete) redes, com
custo máximo unitário de R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta
mil reais)
Redes - Categoria C : 11 (onze) redes, com
custo máximo unitário de R$ 100.000,00 (Cem mil reais)
Os recursos alocados ao presente Edital RECOPE
MG 01/99 para o triênio 1999- 2001, conforme Convênio FIEMG
- IEL-MG / FINEP / FAPEMIG, são provenientes das entidades conveniadas
, em partes iguais.
O Programa RECOPE - MG aloca recursos sem
retorno nas instituições sem fins lucrativos. Tais Instituições,
no entanto, estão obrigadas a apresentar recursos de contra-partida.
- As propostas apresentadas correspondem aos setores de
interesse para a formação das redes (Edital )cooperativas
de pesquisa no âmbito do Programa RECOPE, relevantes para o desenvolvimento
da indústria do Estado de Minas Gerais, e discriminadas abaixo.
automação e controle ; auto-peças ; biomateriais ;conservação/redução
de energia elétrica/eletrônica (automação,
iluminação, potência) ; fármacos ; ferro-gusa
; indústria da construção civil ; madeira ;
meio ambiente ; mineração ; tecnologia de alimentos ;telecomunicações
Número de propostas recebidas dentro
do prazo estabelecido no edital: 109
Número de propostas recomendadas para contratação
: 21(7 categoria A; 08 categoria B ; 06 categoria C)
Nota do editor: Esta nota foi enviada pelo professor Luiz Carlos Gomes de Lima do Departamento de Química da UFMG, produzida a partir de informações fornecidas pela FAPEMIG
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2. VAGA PARA RECÉM-DOUTOR
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"O Dept. de Metalurgia Extrativa do CETEM
- Centro de Tecnologia Mineral, localizado no campus da UFRJ no Rio de
Janeiro, está precisando de recém-doutor para desenvolvimento
de projeto na área de meio ambiente na indústria mineral(reciclagem
de materiais e imobilização de metais, sobretudo As). A remuneração
é a bolsa de recém doutor ou de
pós-doutorado. Contatos podem
ser feitos com:
Roberto de B. Emery Trindade
Chefe do Serviço de Meio Ambiente e Biometalurgia
Dept. de Metalurgia Extrativa
21-560-7222 ramal 201 / 279
rtrindade@cetem.gov.br
http://www.cetem.gov.br
21-560-7222 r.:279/201
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3. ENCONTRO ANUAL DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO DE
QUÍMICA DE ARARAQUARA - UNESP
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Como tradicionalmente ocorre, no dia 23 de
outubro de 1999 a Associação dos Ex-alunos do IQAr-UNESP
estará realizando o encontro dos ex-alunos do instituto. O evento
terá início por volta das 11 horas nas dependências
do Instituto de Química e encerrará as atividades da Semana
da Química promovida no período de 18 a 22 de outubro.
Sendo assim, a Associação dos
Ex-alunos convida a todos os ex-alunos da instituição a comparecerem
no dia 23 de outubro e confraternizarem com antigos e novos colegas.
Outras informações podem ser
obtidas através dos seguintes endereços:
e-mail: aeiqar@iq.unesp.br
homepage: http://www.iq.unesp.br/exalunos/associ.htm
telefone: (0-xx-16) 232 2022 ramais 147 ou 115
Laudemir Carlos Varanda
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4. NOTA SOBRE O 10o. ENQA
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Acabou ontem, dia 03/09/99, o 10º Encontro
Nacional de Química Analítica, realizado nas dependências
do Departamento de Química da UFSM, Santa Maria, RS. Com um
recorde absoluto de participantes (755 inscrições, 463 trabalhos
apresentados, mais de 800 pessoas envolvidas), o 10º ENQA estabeleceu
novos parâmetros para os futuros encontros
nacionais, não só no aspecto numérico, mas especialmente
em termos de perfeita organização e qualidade da programação.
Isto foi o que a assembléia geral de encerramento concluiu, tendo
antes, contado com a presença do Reitor da UFSM, do Presidente da
Fundação de Ciência e Tecnologia do RS (CIENTEC) e
do Diretor Científico da FAPERGS. Todos
foram unânimes em considerar indispensável para o desenvolvimento
da Ciência e Tecnologia o apoio governamental aos eventos científicos
no país. A nota destoante foi a leitura de fax da Coordenação
de Desenvolvimento Setorial da CAPES
comunicando a negativa de auxílio ao evento mediante justificativa
considerada por todos 'improcedente e inaceitável'. A assembléia
aclamou, ainda, a proposta de realização do próximo
encontro (11º ENQA) em Campinas, na Unicamp, em 2001, ao tempo em
que, confirmava a candidatura da Universidade do Maranhão, para
2003 (12º ENQA). Acima de tudo, o encontro em Santa Maria foi uma
grande confraternização da comunidade brasileira de Químicos
Analíticos, com a participação de vários pesquisadores
da América Latina e da Europa.
Prof. Ayrton Figueiredo Martins
Coordenador do 10º ENQA
martins@quimica.ufsm.br
martins@base.ufsm.br
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5. PALESTRA DO LLOYD'S REGISTER QUALITY ASSURANCE
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A AFAM TEC leva a V. conhecimento a
palestra (gratuita) da CERTIFICADORA LLOYD'S REGISTER QUALITY ASSURANCE
sobre o tema Benefícios da Certificação de Sistemas
de Gestão Ambiental a realizar-se no dia 14.09 pf, às 14h
45 min no Espaço Solar, Av. Morumbi 7750 SP. Informações/reservas
com Srta Solange Melo pelo fone 011.866.6626
Atenciosamente, com saudações
Paulo F. Nogueira
AFAM TEC - 011.547.9606
e-mail: afam.paulo@uol.com.br
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6. LNLS CRIA PROGRAMA DE AUXÍLIO FINANCEIRO PARA PESQUISADORES
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O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
(LNLS) irá conceder auxílio a pesquisadores de instituições
públicas brasileiras de pesquisas para a realização
de experimentos com aplicação da luz síncrotron. Muitos
pesquisadores não têm encontrado apoio em seus locais de origem,
inclusive nas fundações estaduais de amparo à pesquisa,
para deslocar-se até Campinas, onde está instalado o LNLS.
O programa de auxílio será realizado
experimentalmente durante um ano e atende a uma recomendação
do Comitê Científico que, em fevereiro, fez uma completa avaliação
do LNLS.
Os recursos são da ABTLuS - Associação
Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron - organização
social que opera o Laboratório para o Ministério da Ciência
e Tecnologia.
O programa de auxílio financiará
as despesas de viagem e estadia no LNLS para até dois pesquisadores
de cada projeto previamente recomendado pelo comitê que analisa as
propostas encaminhadas ao Laboratório. O auxílio poderá
ser usado exclusivamente na fase de realização dos trabalhos
com aplicação de luz síncrotron. Um dos beneficiados
será, obrigatoriamente, o pesquisador principal, responsável
pelo projeto.
Pesquisadores residentes no Estado de São
Paulo não serão beneficiados por este programa de auxílio.
O auxílio incluirá passagens de ida e volta, hospedagem no
Alojamento de Visitantes do LNLS, localizado no campus da instituição,
e almoço.
Outra regra deste programa é que o
auxílio somente será concedido a pesquisadores que não
estão recebendo qualquer tipo de financiamento de outras instituições
para as despesas de viagem e estadia em Campinas.
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
opera a fonte brasileira de luz síncrotron, um equipamento que produz
feixes de raios-x ou de alto fluxo utilizados em pesquisas que buscam ampliar
os conhecimentos sobre a matéria. Atualmente, esta fonte serve a
nove linhas de luz síncrotron em operação.
O relatório do LNLS sobre o primeiro
semestre de 1999 informa que entre janeiro e junho foram realizados 95
projetos de pesquisa com uso da luz síncrotron, dos quais 75 foram
de grupos brasileiros e 20 de grupos científicos de outros países.
Dos projetos brasileiros, 68 tiveram como procedência o Estado de
São Paulo e apenas 7 vieram de grupos de outros estados.
Fonte : Assessoria de Imprensa, LNLS , 31agosto99
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7. ENSINO DE COMPUTACAO OFUSCA CIENCIAS BASICAS
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Jim Ivy teme que seu filho Jonathan, calouro
num curso de especialização em comercio na Universidade Estadual
da Pensilvania, termine a faculdade sem nunca ter estudado química.
O Colégio Montville, escola de New
Jersey que ele frequentou, não exigia química, e seu orientador
na Universidade da Pensilvania diz que ele pode deixar de frequentar as
aulas dessa matéria também ali -- desde que se matricule
em mais cursos de ciência da computação. "Todo mundo
diz que ciência da computação é obrigatória
para ele, mas nunca ninguém lhe recomendou que examinasse ao menos
o curso de química", disse Ivy, diretor-executivo da Savin Corp.,
uma empresa de
maquinas copiadoras em Stamford, Estado de Connecticut.
"É triste notar que os garotos de hoje podem
colar grau sem entrar em contato com as ciências físicas."
Ninguém questiona a necessidade de
dar ênfase aos computadores na educação atual. Tampouco
ninguém nega que o mundo da computação ofereça
grande numero de empregos bem pagos -- desde a simples tarefa de conservar
as maquinas até o desenho de códigos digitais.
Poucos sugerem que as ciências básicas
estao desaparecendo das salas de aula. Mas aumenta em certos setores profissionais
a impressão de que a onipresença dos computadores desviou
a atenção das ciências e dons mais tradicionais.
Especialistas temem que as escolas profissionais
logo despejem no mercado um numero excessivo de técnicos em conserto
de computadores e um numero insuficiente de especialistas em geladeiras.
Até chegam a recear que as Universidades
produzam levas de pessoas capazes de usar computadores como ferramentas
de pesquisa e cálculos, mas bem poucos capazes de usar o método
cientifico para resolver problemas.
Também se queixam de que a perspectiva
de ganho fácil vai atrair para empreitadas na Internet estudantes
brilhantes que poderiam tornar-se cientistas, pesquisadores ou professores
de ciências.
"Daqui a cinco anos não vamos mais
precisar de codificadores em HTML", disse Paul Saffo, diretor do Instituto
para o Futuro, grupo de pesquisas em Menlo Park, California. "Vamos
precisar de especialistas em biotecnologia. Todo mundo hoje quer abrir
um negocio na Internet por não perceber que os magnatas da ciência
dentro de uma década vão ser os
biotecnologos", afirmou.
"Isso quer dizer que, dentro de uma década,
é bem possível que os magnatas da biotecnologia sejam de
origem estrangeira."
Outros receiam que a nova geração
não venha a desenvolver o interesse experimental e o pensamento
criativo que havia antes da era dos computadores. "Cursos de ciências
da computação ensinam pratica e técnicas, não
ensinam o pensamento critico como a física faz", disse Gerald Wheeler,
diretor-executivo da Associação Nacional de Professores
de Ciências.
Claro que muitos cientistas da computação
se ofendem quando alguém sugere que seu campo esta falido intelectualmente.
Por exemplo, Michael Hammer, o consultor de empresas que cunhou o termo
"reengenharia", e é muitas vezes apontado como o maior pensador
em matéria de administração, tem titulo de doutorado
em ciência da computação.
"A ciência da computação
fornece base intelectual para lidar com coisas de enorme complexidade",
disse Hammer. "As artes liberais ensinam o raciocínio critico, as
ciências básicas ensinam o método cientifico, mas a
ciência da computação propicia dons para pensar em
sistemas. Ensina a importância da precisão e oferece habilidade
para lidar com barganhas e com enormes questões de design."
Ainda assim, essa opinião não
impede que professores de ciências temam que seus campos estejam
sendo ofuscados. Segundo Richard Hekel, professor-emerito de engenharia
metalúrgica na Universidade Tecnológica Michigan, que reúne
estatísticas sobre matriculas em cursos de engenharia, "o numero
de universitários que entram para a ciência da computação
e a engenharia da computação está aumentando rapidamente,
ao passo que as matriculas em eletrotécnica e engenharia ambiental
estao desabando".
Warren Hein, diretor-adjunto da Associação
Americana de Professores de Física, aponta tendência semelhante.
"O numero dos que estao em vésperas de se formar em física
esta no seu ponto mais baixo", informou Hein. "Os garotos perguntam: Por
que devo entrar para um curso desgastante e rigoroso como o de física
quando posso escolher ciência da
computação e ganhar mais dinheiro?'"
Veja-se o caso de Paul Hallee. Depois do colegial,
iniciou os quatro anos de faculdade, escolhendo Quimica, biologia, física,
ciências da Terra -- todos os grandes e tradicionais cursos de ciências.
E ele sempre gostou da vida ao ar livre. Portanto, entrar para o curso
de quatro anos em direito ambiental -- o tipo de programa que prepara guardas
florestais -- pareceu moleza.
Pareceu, até Hallee perceber que seu
hobby, consertar computadores, podia ser uma carreira melhor. Ele foi admitido
num programa de quatro anos, mas preferiu um curso de dois anos sobre computadores
e eletrônica. Agora, com 20 anos, trabalha na Maine Business Solutions,
empresa de manutenção de computadores em Waterville, e espera
cavar uma carreira administrando redes de computadores.
"Eu podia acabar pegando um belo diploma sem
ter a menor dica de como arranjar um emprego", disse Hallee. "Os computadores
pareciam uma opção realmente viável."
Em sua maioria, os pais empenham-se em dar
aos filhos um impulso neste mundo baseado em computadores. Segundo a Toy
Manufacturers of America, 10 milhões de brinquedos científicos
foram vendidos em 1997 e 1998. Cerca de 32 milhões de brinquedos
eletrónicos (jogos de computador e similares) foram vendidos no
ano passado, com aumento de 28 milhões em
relação a 1997.
Fonte: O Estado de SP, 03setembro99
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