Veja nesta edição:
1. Compromisso mantido: liberadas parcelas de recursos
dos projetos do programa de apoio ao desenvolvimento científico
e tecnológico/PADCT
2. Tecnologia e empresa esforço de P&D na área
de materiais
3. Ampliado o âmbito do MCT
4. Os royalties do petróleo para C&T
5. LNLS abre inscrições para programa bolsas
de verão
6. “Transgênicos: a dúvida do não
saber”, artigo de Carlos Montanari
7. Falecimento
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1. COMPROMISSO MANTIDO: LIBERADAS PARCELAS DE RECURSOS DOS PROJETOS
DO
PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO/PADCT
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A partir deste mês o PADCT estará
liberando, através de suas Agências financiadoras – CNPq,
FINEP e CAPES – as parcelas dos recursos dos projetos já contratados,
de maneira a garantir os compromissos firmados pelo Programa.
Outra boa notícia é que os projetos
aprovados pelos Comitês Assessores dos últimos Editais lançados
pelo Programa, também estarão sendo contratados.
Maiores informações poderão
ser obtidas diretamente junto aos técnicos das Agências, responsáveis
pela contratação do projeto, ou junto à Secretaria
Executiva do PADCT:
E-mail padct@mct.gov.br / Fones
0XX61-317-7748 e 226-5949.
Fonte : Assessoria de Comunicação do MCT
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2. TECNOLOGIA E EMPRESA ESFORÇO DE P&D NA ÁREA DE
MATERIAIS
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Está em fase de implantação
o International Assessment and Application Centre/IMAAC. Um fórum
na China debateu o novo centro que vai reunir instituições
com interesses na área de materiais. Quarenta cientistas e engenheiros
de diversos países reuniram-se na China para discutir a implementação
do IMAAC, com o apoio da Organização das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Industrial/UNIDO.
Empresas, universidades e outras instituições
com interesses na área de aplicação de materiais participam
da iniciativa. O Ministério da Ciência e Tecnologia teve papel
fundamental na criação do IMAAC.O pesquisador do Centro de
Tecnologia Mineral/CETEM, Roberto Cerrini Villas Bôas, preside o
Conselho Coordenador do novo centro e esteve na
China participando do fórum. Foram apresentados trabalhos científicos
tratando da aplicação industrial de materiais como terras
raras, plásticos, aço e cimento. Uma das decisões
foi a aquisição, até outubro, de um sistema informatizado
para dar início à implantação da rede de informação.
Mais de vinte instituições já aderiram ao novo instituto.
Fonte: Noticias C&T (MCT), 11agosto99
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3. AMPLIADO O ÂMBITO DO MCT
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O Diário Oficial do dia 10/08 publicou o
Decreto Presidencial pelo qual o Ministério da Ciência e Tecnologia
passa a ser integrado pelas seguintes instituições: Agência
Espacial Brasileira/AEB, Comissão Nacional de Energia Nuclear/CNEN,
Fundação Centro Tecnológico de Informática/CTI,
Financiadora de Estudos e Projetos/Finep e Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq. Os demais institutos vão
fazer parte do organograma interno do MCT.
Fonte : Noticias C&T (MCT), 11agosto99
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4. OS ROYALTIES DO PETRÓLEO PARA C&T
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Nos próximos cinco anos, a aplicação
de parcela dos royalties da produção nacional de petróleo
e gás em programas de pesquisa científica e tecnológica
voltados para o setor petrolífero poderá mobilizar até
U$300 milhões. O novo ordenamento institucional do setor de petróleo
e gás, mediante abertura de concessão de exploração,
dará papel relevante às pesquisas científicas e tecnológicas
em parceria direta com as universidades e centros de pesquisa.
A política de concessões poderá
carrear para pesquisas científicas e de inovações
tecnológicas um total de até US$800 milhões nestes
cinco anos. Desse total, U$300 milhões virão para o MCT.
O programa de royalties para C&T envolve diretamente a comunidade científica,
com o estabelecimento de convênios para a realização
de projetos de inovação tecnológica com as universidades,
instituições de pesquisa e centros tecnológicos. O
gerenciamento do programa está a cargo do Comitê de Coordenação
composto por representantes do MCT, Ministério das Minas e
Energia, ANP, CNPq, FNDCT, além do setor de petróleo
e gás e da comunidade científica.
Nos contratos de concessão o royalty
pode variar de 10% do valor da produção a um mínimo
de 5%. A parcela desses royalties que exceder a 5% do valor da produção
– em lavras ou no Continente ou na Plataforma Continental – terá
25% do seu total destinado a programa de pesquisas coordenado pelo
MCT e voltado para a inovação tecnológica de produtos
e processos da indústria petrolífera.
Fonte : Noticias C&T (MCT), 10agosto99
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5. LNLS ABRE INSCRIÇÕES PARA PROGRAMA BOLSAS DE VERÃO
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O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
(LNLS) realizará o 9o Programa Bolsas de Verão em janeiro
do ano 2000. Este programa é realizado anualmente para incentivar
jovens universitários à pesquisa científica e ao desenvolvimento
tecnológico. Poderão inscrever-se alunos de graduação
universitária de Ciências Exatas, Biológicas e Engenharias,
que já tenham cursado pelo menos 5 semestres (ou 2 anos e meio)
do curso.
O Programa não aceita formados ou pós-graduados.
Os estudantes selecionados realizarão projetos individuais e serão
orientados por pesquisadores da equipe do próprio Laboratório.
Para participar, é necessário
que o candidato tenha um excelente rendimento acadêmico (comprovado
pelo histórico escolar) e interesse por pesquisa científica
ou desenvolvimento tecnológico. O LNLS está oferecendo 13
áreas para o desenvolvimento dos projetos, que são: Difração
e Espalhamento de Raios-X, Física de Aceleradores, Óptica
de
Raios-X e Instrumentacão, Optoeletrônica, Espectroscopia
(Raios-X ou Ultravioleta), Microfabricação, Microscopia Eletrônica,
Nanoestruturas, Modelagem e Simulação de Biomoléculas,
Cristalografia de Proteínas, Biofísica Molecular de Proteínas,
Microscopia de Varredura, Biologia Molecular e Análise Funcional
de Proteínas.
O prazo para inscrição termina
em 29 de outubro de 1999. A divulgação do resultado da seleção
será no dia 10 de novembro deste ano. Para inscrever-se, os candidatos
devem preencher o formulário de inscrição encontrado
no site do LNLS (http://www.lnls.br),
anexar cópia do histórico escolar, carta de recomendação
de professor, carta do
próprio candidato (explicando porque ele acha que deve participar
do programa) e enviar ao LNLS.
Todas as instruções são
encontradas no site do laboratório.
O LNLS oferecerá aos estudantes selecionados
a hospedagem e refeição durante o período do Programa,
seguro saúde, passagem de ida e volta do local de origem para Campinas
e translado diário entre o local de hospedagem e o Laboratório.
Fonte : Roberto Medeiros / Assessoria de Comunicação do LNLS
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6. “TRANSGÊNICOS: A DÚVIDA DO NÃO SABER”, ARTIGO
DE CARLOS MONTANARI
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A questão fundamental a ser discutida
sobre os alimentos transgênicos não esta relacionada à
falta ou à existência de provas quanto aos eventuais riscos
à saúde e ao meio-ambiente, mas às duvidas que persistem
em relação à biossegurança.
Também não podemos aceitar que
pesticidas (ou herbicidas), medicamentos e alimentos que comemos hoje sejam
a tábua rasa da salvação dos alimentos transgênicos.
Eles são nocivos e estão sendo
consumidos. Não há dúvidas, obviamente, em relação
ao melhoramento genético.
O que não se pode admitir em nossa
sociedade contemporânea é a defesa do incerto.
A questão fundamental talvez seja aquela
que diz respeito não à existência pura e simples de
efeitos nocivos (em suas mais diferentes formas).
Mas, sim, como nós, seres humanos racionais
e preocupados com a sobrevivência do próximo e com legado
às novas gerações, vamos planejar nossos experimentos
de maneira segura, sem causar danos ao ambiente (animal ou vegetal).
O grande vilão, entretanto, não
estará à nossa porta no dia seguinte.
Os efeitos tóxicos causados a longo
prazo poderão ser os responsáveis por doenças que
sofreremos antes de nossas mortes.
A toxicidade ambiental e/ou humana não
é facilmente definida porque ainda está em estagio inicial
de desenvolvimento.
De modo geral, ela refere-se à interação
de substâncias químicas com a vida, em todas as suas formas.
Há, entretanto, aspectos impossíveis
ou muito difíceis de serem resolvidos.
Como estimar, por exemplo, que quantidades
de substâncias químicas em uma pessoa podem ser consideradas
tóxicas em curto ou longo prazos?
Nossos conhecimentos sobre milhares de substâncias
químicas são muito limitados, principalmente no que diz respeito
a efeitos de longo prazo.
Há tantos processos bioquímicos
em um animal que poderão ser afetados de forma diversificada, tantas
substâncias químicas sendo colocadas no mercado e tantas variações
individuais que não há uma maneira eficiente de conseguirmos
segurança absoluta. Diante de tanta incerteza não há
como precisar se o grau de exposição e seus efeitos serão
benéficos ou maléficos à saúde humana. Principalmente
para as futuras gerações.
E, por fim, há o risco do consumo involuntário
de produtos transgênicos e orgânicos.
Nesse caso, até por questões
éticas, não há outro caminho a seguir: a sociedade
deve ter garantido o seu direito de escolha.
Nota do Editor: O autor é professor de Quimica Medicinal do Depto. de Quimica – ICEx/UFMG e Diretor da Divisão de Química Medicinal da SBQ. Este artigo foi divulgado primeiramente pelo “Boletim da UFMG”
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7. FALECIMENTO
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Faleceu no dia 4/8/1999, em Boulder-Colorado
o professor James Edward Zimmerman. O prof. Zimmerman era pesquisador do
NIST, especialista em criogenia e co-inventor do SQUID (Dispositivo Supercondutor
de interferência Quântica). Ate recentemente tinha interações
no Brasil com os grupos de biomagnetismo da PUC-RJ e da USP-Ribeirao Preto.
Todos aqueles que tiveram o privilegio de interagir com ele puderam apreciar
o grande cientista e figura humana, fundidos em uma única pessoa
e que agora perdemos.
Fonte : BE-SBF
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Secretaria Geral SBQ
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Contribuicoes devem ser enviadas para:
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