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SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA  BOLETIM ELETRONICO  No. 650
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Chemical Society ( www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América
Latina. Visite a nova página eletrônica do JBCS na home-page da
SBQ ( http://jbcs.sbq.org.br).
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VEJA NESTA EDIÇÃO:

1. Química Nova 2006, vol. 29, n. 2, disponível online
2. Processo de seleção no Departamento de Física, Química e Biologia
da Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP - Presidente Prudente
3. Precisamos de p-Cl-anilina
4. Ciência avança no país, mas não gera riqueza
5. Editorial da revista "Science": Seizing the Opportunities, by
Alan I. Leshner and Gilbert S. Omenn
6. FAPESP: Bolsas aumentam em número e valor

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1. Química Nova 2006, vol. 29, n. 2, disponível online
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É com grande satisfação que os Editores de Química Nova informam que
o fascículo n. 2 do volume 29 (março/abril de 2006) já está
disponível, a partir de 10 de fevereiro, na home page da revista, no
site Artigos no Prelo (in press).
 
Editores de QN

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2. Processo de seleção no Departamento de Física, Química e Biologia
da Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP - Presidente Prudente
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Processo seletivo para contratação  de 01 (um) PROFESSOR SUBSTITUTO,
na referência MS-2, em jornada de trabalho de 12 horas semanais, para
o período relativo ao 1º semestre letivo de 2006, nas disciplinas de
FÍSICO-QUÍMICA I E II, junto ao Departamento de Física, Química e
Biologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP - Campus de
Presidente Prudente.

Período das Inscrições:  15.02.2006 a 17.02.2006, no horário das
09:00 às 11:00 e das 14:00 às 17:00 horas, na Seção de Comunicações
da Faculdade, situada na Rua Roberto Simonsen, nº 305, cidade de
Presidente Prudente - SP.

Poderão inscrever-se graduados em Química com titulação mínima de
Mestre.

Para maiores informações consulte o site da Instituição:
( www.prudente.unesp.br)

Fonte: Profa. Dra. Silvania Lanfredi
Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP
Departamento de Física, Química e Biologia

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3. Precisamos de p-Cl-anilina
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Precisamos de cerca de 1,0 g de p-Cl-anilina.

Eu posso pagar ou trocar por outro reagente. O caso é que eu preciso
para preparar um padrão e, como se trata de reagente importado, eu
devo esperar cerca de 75 dias, o que inviabiliza o experimento que
eu preciso executar.

Favor contactar:
Maria Olímpia De Oliveira Rezende
(mrezende@iqsc.usp.br)

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4. Ciência avança no país, mas não gera riqueza
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Melhora da produção científica brasileira não se transforma em
Inovação produtiva ou em mais competitividade

Marcelo Billi escreve para a "Folha de SP":

O Brasil ainda não aprendeu a transformar ciência em riqueza. Apesar
Da melhora nos indicadores de ciência e tecnologia do país, governo
e setor privado concordam que ela não significou avanço similar na
competitividade e capacidade de inovação do setor produtivo.

Por um lado, o Brasil se tornou "maior" no mundo científico. Saíram
Daqui 1,8% dos artigos indexados em revistas científicas
internacionais em 2005. Não é um número impressionante, mas a
participação brasileira era de apenas 0,6% no início dos anos 90.

Hoje, os trabalhos com origem no país representam aproximadamente
de 44,4% de toda a produção latino-americana.

O cenário é parecido na formação de recursos humanos para as
atividades de pesquisa.

Em 2005, as Universidades brasileiras formaram 10,6 mil doutores.
Número 12% maior do que os 9.500 de 2004 e que tem crescido a taxas
parecidas há alguns anos.

Em termos de recursos investidos no setor, o quadro não é tão róseo.
Eles subiram em todos os anos desde 2000, mas apenas em termos
nominais. Como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) chegaram
a cair.

De 1,43% em 2000 para 1,37% em 2005 segundo estimativa preliminar do
Ministério da Ciência e Tecnologia.

O que não deixa de ser positivo, dado que em todo o período o setor
público realizou cortes significativos de gastos para alcançar
superávits fiscais cada vez maiores.

Na hora de tentar medir o quanto esses investimentos têm tornado a
economia brasileira mais produtiva e, portanto, mais competitiva, o
quadro muda.

É difícil medir a eficácia ou o resultado prático dos gastos de um
país em ciência e tecnologia.

Em todo o mundo, no entanto, analistas e cientistas concordam que a
solicitação e registro de patentes é um bom indicador indireto de
quanto o conhecimento gerado por governo e empresas está se
transformando em inovações tecnológicas -ou seja, em novos produtos
ou processos produtivos.

Nesse caso, o desempenho brasileiro não é nada bom.

Em 2005, mostra relatório da Wipo (sigla em inglês para Organização
Mundial de Propriedade Intelectual), apenas 283 patentes foram
Solicitadas por empresas, pessoas ou instituições do Brasil.

Os números ainda são provisórios, mas o quadro não muda.

Para ter uma idéia do desempenho brasileiro, o número de patentes
solicitadas por aqui é de pouco menos de um oitavo das 2.492 patentes
solicitadas pela holandesa Philips, a empresa que mais patenteou no
mundo. Há 34 empresas que, individualmente, solicitaram mais patentes
do que todo o Brasil.

Mais: as patentes brasileiras representam 0,2% do total de patentes
registradas no ano passado e, mostra relatório da OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), quase 40% delas são
solicitadas por empresas ou instituições estrangeiras -associadas ou
não com brasileiras- atuando no território nacional.

No caso do Japão e da Coréia, por exemplo, essa proporção varia de
3% a 4%.

As estatísticas sugerem o diagnóstico que tanto governo quanto setor
privado brasileiro, com ligeiras diferenças, fazem para o Brasil:
falta fazer a ciência chegar dentro das empresas.

O ministro Sergio Rezende (C&T) enumera os motivos que, na avaliação
dele, tornam o esforço científico tão distante do setor produtivo:

1) o Brasil forma pesquisadores há apenas 40 anos e, portanto, é
natural que um sistema jovem como o brasileiro forme pesquisadores
para a academia;

2) a industrialização tardia brasileira criou um empresariado
conservador, sem a visão de que é necessário fazer pesquisa; falta
ao empresariado nacional a cultura da inovação;

3) no governo, as políticas de industrialização e de desenvolvimento
científicos não se comunicavam e, portanto, não existiam mecanismos
para incentivar as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

"Mas a boa notícia é que as empresas despertaram. Os centros
universitários também. Há 20 anos, a Universidade estava fechada. Em
alguns ambientes havia muito preconceito quando o pesquisador ia
montar uma empresa. A mentalidade era que ele deixava uma atividade
nobre para ganhar dinheiro", diz Rezende.       

Fonte: Folha de SP, 12/2

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5. Editorial da revista "Science": Seizing the Opportunities, by
Alan I. Leshner and Gilbert S. Omenn
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We must find the political will to make the investments that will
invigorate fundamental and translational research, strengthen science
education, and create a more supportive climate for innovation

Nota do Editor: Alan I. Leshner is chief executive officer of AAAS
and executive Publisher of Science; Gilbert S. Omenn is president of
AAAS and professor of medicine at the University of Michigan.

This is the entire text of the Editorial:

This year's annual meeting of the american association for the
Advancement of science (AAAS) celebrates "Grand Challenges, Great
Opportunities."

The program was designed to challenge scientists, engineers, teachers,
and citizens to approach major scientific and societal problems in
ways that create opportunities to apply the best in science and
technology for broad public benefit.

The meeting showcases a diverse array of important scientific
findings and provocative questions and emphasizes the enormous
potential of modern science to advance all aspects of life around
the world.

That potential has been heralded in recent public statements by both
science and policy leaders and in formal reports that have been
widely quoted by the media. Those reports, however, not only
emphasize the great opportunities.

They also point out the very real danger that those challenges will
Go unmet and those opportunities will be lost unless the nations of
the world focus seriously and urgently on improving the
infrastructure for science, engineering, and innovation.

The October 2005 report Rising Above the Gathering Storm, from the
U.S. National Academy of Sciences, National Academy of Engineering,
And Institute of Medicine, identifies two key challenges facing the
United States that are tightly linked to science and engineering
capabilities: creating and sustaining high-quality jobs for
Americans and meeting the nation's need for clean, affordable,
reliable energy.

The report argues that America must strengthen its commitment to
long-term basic research; develop, recruit, and retain top students,
scientists, and engineers from both the United States and abroad;
dramatically improve K-12 mathematics and science education for
all students; and ensure that the United States remains the premier
place in the world for innovation.

The report lays out a series of actions to meet those goals, which
AAAS strongly supports.

Similarly, the National Summit on Competitiveness, held at the U.S.
Department of Commerce in December 2005, began its report with the
message:

"If trends in U.S. research and education continue, our nation will
squander its economic leadership, and the results will be a lower
standard of living for the American people."

The summit urged specific actions to revitalize fundamental research,
expand the U.S. innovation talent pool, and enable the United States
to lead the world in the development and deployment of advanced
technologies.

In its 125th anniversary issue last year, Science sought to stimulate
scientific risk-taking and creativity by highlighting 125 compelling
questions about "What We Don't Know."

Many policy-makers recognize that the nations of the world must
Ensure that we collectively seize the opportunities embedded in
modern science and engineering research and technology.

In the U.S. Congress, there has been a flurry of bipartisan bills to
authorize programs that could achieve the science and engineering
infrastructure development goals laid out in these reports.

Some have focused on individual scientific agencies, including the
National Science Foundation, the U.S. Department of Energy, and the
National Institutes of Health, whereas others have been broader in
scope.

The U.S. president's 2006 State of the Union Address last week
outlined an American Competitiveness Initiative that could
substantially increase support for fundamental research in the
physical sciences and for science education, and enact a permanent
tax credit for industrial R&D.

Our nation faces a distressing reality test: Although some U.S.
policy-makers are working to authorize badly needed new programs and
strengthen effective existing ones, the most recent U.S. budgets
actually appropriated for science and engineering research and
innovation (other than those directly related to homeland security or
the military) have been either flat or decreasing in real dollars.

Essentially everyone recognizes the importance of protection against
security threats both at home and abroad.

However, we must remind ourselves that our security also depends on
The health and economic competitiveness of our people.

We must find the political will to make the investments that will
invigorate fundamental and translational research, strengthen
science education, and create a more supportive climate for
innovation, thereby meeting the national and global challenges to
our economic security and exploiting the great opportunities in
science and engineering that we proudly identify.

Fonte: Science, 10/2

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6. FAPESP: Bolsas aumentam em número e valor
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O Conselho Superior da FAPESP, em reunião de 8 de fevereiro, aprovou
o aumento nas cotas de bolsas concedidas pela Fundação. Para as
bolsas de Iniciação Científica (IC) a expansão nas concessões anuais
será de 9%, para o Mestrado (MS) 48%, para o Doutorado (DR) 33% e
para o Pós-doutorado (PD) 61%.

Foi aprovado também o reajuste de 20% no valor das bolsas em vigor
a partir de fevereiro de 2006 e para os pagamentos a serem efetuados
a partir de março. Os valores passam a ser: IC (R$ 396), MS (R$ 1.164),
MS II (R$ 1.236), DR I (R$ 1.716), DR II (R$ 2.124), DD I (R$ 1.164),
DD II (R$ 1.236), DD III (R$ 1.716) e DD IV (R$ 2.124).

O reajuste de 20% também será feito para as bolsas dos programas
Jornalismo Científico, nos níveis JC-I, JC-II e JC-III, e Ensino
Público. Não houve alteração no valor da bolsa da modalidade PD,
reajustada em maio de 2004.

As propostas da Diretoria Científica de aumento e reajuste foram
preliminarmente aprovadas pelo Conselho Técnico-Administrativo (CTA)
da FAPESP e posteriormente submetidas ao Conselho Superior da
Fundação.

A ampliação das cotas foi calculada de acordo com a disponibilidade
orçamentária da Fundação para 2006, estimando também os anos seguintes
e respeitando a decisão do CS de destinar 33% do dispêndio total anual
à concessão de bolsas.

"Esses aumentos no Programa de Bolsas fazem parte da política de
estímulo à formação de pesquisadores no Estado de São Paulo e no
Brasil e se fazem dentro do princípio de equilíbrio dos investimentos
da FAPESP nos diversos programas que caracterizam as suas linhas de
atuação", diz Carlos Vogt, presidente da Fundação.

Enquanto em 2005 foram concedidas 2.164 bolsas de Iniciação Científica,
em 2006 o número subirá para 2.364. Para Mestrado, o aumento será de
400, chegando a 1.238. A modalidade de Doutorado terá um aumento de
150 bolsas, somando 605, e a cota para 2006 de Pós-Doutorado será de
657, com crescimento de 250 bolsas.

A decisão significará um aumento significativo no total de bolsas
vigentes anualmente, já que as modalidades MS, DR e PD têm um ciclo
que varia de dois anos (MS) a quatro anos (DR e PD).

Segundo o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz,
"o Programa de Bolsas é um dos mais importantes da Fundação. A
formação de mais pessoal em nível de excelência e a expansão no
número de pós-doutores em São Paulo são fundamentais para o
desenvolvimento científico e tecnológico do Estado".
        
Fonte: (www.fapesp.br)

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Contribuições devem ser enviadas para o Editor do Boletim Eletrônico
da SBQ: Luizsbq@iqm.unicamp.br

Até nossa próxima edição!!!

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Prof. Luiz Carlos Dias
Editor do Boletim Eletrônico
Sociedade Brasileira de Química - SBQ
e-mail: luizsbq@iqm.unicamp.br