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Finep tem papel estratégico para fortalecer a infraestrutura de pesquisa do país

Os programas de financiamento e investimento da Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep) são estratégicos para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Esta foi a avaliação de especialistas durante seminário promovido nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). 

Atualmente, o foco de atuação da Finep são as grandes infraestruturas de pesquisa do país, como o acelerador de partículas Sirius, em construção no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS); o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira; o supercomputador Santos Dumont; e o Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto). 

Segundo o assessor da presidência da Finep, Newton Hamatsu, essas infraestruturas de pesquisa receberam recursos da agência para entrar em funcionamento – um modelo de atuação que potencializa a ciência brasileira. 

"O papel da Finep é concentrar o maior volume de recursos para infraestruturas de pesquisa de maior porte, ajudando a consolidar essas unidades de pesquisa com maior capacidade para fazer estudos de qualidade no país. Esses projetos e outros são infraestruturas importantes e que prestam um serviço importante e, por isso, receberam apoio da Finep", afirmou. 

Para o diretor de Gestão Estratégica do MCTIC, Johnny Santos, a agência de fomento tem um papel estratégico para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele lembrou ainda que a atuação em conjunto com outras instituições, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fortalece as infraestruturas de pesquisa do país. 

"Por atuar em fundos e programas de financiamento à pesquisa e inovação, a Finep contribui significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. A atuação concertada entre esses órgãos é muito importante para que possamos ter infraestruturas de pesquisa de qualidade", afirmou.

Lá e cá 

Outro diferencial da Finep é o modelo de investimentos. Pelo mundo afora, várias agências de fomento se dedicam exclusivamente a financiamentos em pesquisa básica, enquanto contrapartes focam sua atuação em pesquisa aplicada. No Brasil, a Finep trabalha com essas duas vertentes. De acordo com o analista da presidência da Finep, Fernando de Nielander Ribeiro, essa característica permite que os investimentos sejam lineares por um lado e, por outro, as empresas e centros de pesquisa tenham acesso a recursos variados dentro de uma mesma instituição. 

"Temos essa peculiaridade no cenário internacional, de atuar nas duas pontas do desenvolvimento tecnológico. Buscamos apoiar o desenvolvimento tecnológico e a inovação em seus diversos estágios com uma carteira variada de modalidades e mecanismos de apoio. Acreditamos que, assim, temos uma ação mais abrangente", disse. 

Universidades 

Na avaliação do secretário-executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Gustavo Balduino, o investimento da Finep em infraestruturas de pesquisa das universidades brasileiras permitiu um avanço significativo na ciência produzida no país. Ele alerta, contudo, para a necessidade de alinhamento dos objetivos das políticas públicas industrial e tecnológica.

"A Finep é um dos órgãos mais importantes que temos para as universidades. Ela alavancou o nível de pesquisa por permitir a ampliação da infraestrutura. Porém, para que continuemos nessa trilha, as políticas industrial e tecnológica devem caminhar juntas", observou.

Fonte: MCTIC