O Prêmio Nobel de Química de 2001, que foi anunciado na manhã de hoje, foi atribuído a dois cientistas norte-americanos e um japonês, que desenvolveram trabalhos sobre o desenvolvimento da síntese assimétrica catalítica, técnica aplicada no desenvolvimento de novos remédios e materiais.
Os resultados das pesquisas realizadas pelo japonês Ryoji Noyoi e pelos norte-americanos William S. Knowles K. Barry Sharpless são aplicados em uma ampla gama de sínteses industriais de produtos farmacológicos, como os antibióticos, os antiinflamatórios e os cardiotônicos.
De acordo com a Real Academia de Ciências da Suécia, entidade que oferece o Prêmio Nobel, Knowles e Noyori são recompensados por "seus trabalhos sobre as reações de hidrogenação catalisada por complexos quirais" e Sharpless "por seus trabalhos sobre as reações de oxidação catalisada por complexos quirais".
Os três ciêntistas dividirão o prêmio de US$ 1 milhão que é oferecido pela Real Academia de Ciências da Suécia.
Durante toda a semana, a Real Academia de Ciências da Suécia está anunciado os premiados com o Nobel 2001. Confira os vencedores dos prêmios de Medicina e Física.
Veja perfil dos três vencedores do Nobel de Química 2001
A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou hoje os vencedores do Prêmio Nobel de Química 2001, que será entregue a três cientistas, os norte-americanos William S. Knowles e K. Barry Sharpless, além do japonês Ryoji Noyori. Confira abaixo o perfil dos vencedores.
De acordo com a Real Academia, os três cientistas foram recompensados por suas pesquisas moleculares, cujos resultados são aplicados em particular na luta contra o mal de Parkinson.
A Academia informou ainda que William Knowles e Ryoji Noyori receberam o prêmio "por seus trabalhos sobre as reações de hidrogenação catalisadas por compostos quirais", e K. Barry Sharpless" por seus trabalhos sobre as reações de oxidação catalisadas por complexos quirais".
O norte-americano William S. Knowles, 84, obteve seu doutorado em 1942 na Universidade Columbia de Nova York. Trabalhou durante muitos anos para a empresa de agroquímica norte-americana Monsanto em St Louis (Missouri) e aposentou-se em 1986.
O japonês Ryoji Noyori, 63, nasceu em 1938, em Kobe. Realizou seus estudos na Universidade de Kyoto, onde obteve licenciatura em 1961, tornou-se mestre em 1963 e doutor em 1967. Posteriormente, fez pesquisas na universidade americana de Harvard (1969-70). Desde 1972, é professor de química da universidade de Nagoya, na qual dirige, desde 2000, o Centro de Pesquisas de Ciências dos Materiais.
Ganhador de diversas medalhas e de prêmios relacionados à ciência, Noyori é membro dos comitês editoriais de muitas publicações da área, entre as quais a New Journal of Chemistry do Centro Nacional de Pesquisa da França (CNRS).
O norte-americano K. Barry Sharpless, 60, nasceu em 1941, na Filadélfia (Pensilvânia). É formado pela Universidade de Stanford (Califórnia), onde obteve doutorado em 1964. Foi professor na mesma universidade e também no MIT (Massachusetts Institute of Technology), antes de se converter, em 1990, em catedrático de Química do Scripps Resarch Institute de La Jolla, grande centro de pesquisa na periferia de San Diego (Califórnia). É membro da Academia de Ciência dos Estados Unidos desde 1985.
Confira os vencedores do Nobel de Química nos últimos 10 anos
O japonês Ryoji Noyoi e os norte-americanos William S. Knowles e K. Barry Sharpless foram anunciados na manhã de hoje como os vencedores do Prêmio Nobel de Química 2001.
Confira abaixo a lista completa dos ganhadores dos dez últimos anos, que é oferecido pela Real Academia de Ciências da Suécia:
Fonte: Folha SP Online
EDITAL
CONCURSO PÚBLICO PARA PREENCHIMENTO DE CARGO DE PROFESSOR ADJUNTO - REFERÊNCIA 1
O Magnífico Reitor da Universidade, torna público que estarão abertas na Secretaria do Centro de Ciências Exatas e da Natureza, pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de publicação do presente Edital no Boletim Oficial da Universidade Federal de Pernambuco, as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos para preenchimento de dois (02) cargos vagos de Professor Adjunto, Referência 1, do Departamento de Química Fundamental, de acordo com o que estabelece o Art. 12 do Decreto nº 94.664, de 23 de julho de 1987 e o Art. 76, § 1º do Estatuto, combinados com os artigos 101 a 121 do Regimento Geral da Universidade Federal de Pernambuco.
No julgamento das atividades científicas e profissionais, cada membro da banca atribuirá nota de zero a três pontos a cada publicação do candidato, nos últimos cinco anos, onde a ênfase será dada à qualidade da contribuição científica do candidato à mesma; e também de zero a cinco pontos a cada dissertação orientada pelo candidato e já defendida com sucesso, nos últimos cinco anos. A nota de cada candidato relativo ao item c, será calculada da seguinte forma:
c.1) inicialmente a banca totaliza o número de pontos de cada candidato;
c.2) em seguida será determinado um divisor que será igual ao número de pontos do candidato de maior pontuação;
c.3) caso o número de pontos do candidato de maior pontuação seja inferior a 20 (vinte), o divisor será 20 (vinte);
c.4) caso o número de pontos do candidato de maior pontuação seja superior a 40 (quarenta), o divisor será 40 (quarenta);
c.5) a nota de cada candidato na defesa da produção científica nos
últimos cinco anos será igual a 10 (dez) vezes sua pontuação dividida
pelo divisor acima definido, sendo o valor 10 (dez) o limite máximo
desta nota.
Química Analítica
Espectrometria de massa; cromatografia; ressonância magnética nuclear; métodos eletroanalíticos; métodos espectroanalíticos; automação em química analítica; quimiometria; métodos termoanalíticos; caracterização de materiais; volumetria e gravimetria; estado da arte em química analítica.
Química orgânica
Produtos naturais; síntese orgânica; físico-química orgânica; polímeros orgânicos; catálise orgânica; espectroscopia de compostos orgânicos; estereoquímica; mecanismos de reação; biomoléculas; organometálicos; estado da arte em química orgânica.
Físico-Química
Espectroscopia; termodinâmica; termodinâmica estatística; fotoquímica; superfícies, colóides e polímeros; química do estado sólido; química quântica; eletroquímica; cinética química; métodos de simulação computacional em química; estado da arte em físico-química.
Química Inorgânica
Materiais não convencionais; química supramolecular; organometálicos; nanoestruturas e dispositivos; espectroscopia de compostos inorgânicos; caracterização de compostos inorgânicos; bioinorgânica; química dos lantanídeos e actinídeos; compostos de coordenação; síntese de compostos inorgânicos; estado da arte em química inorgânica.
O Edital foi publicado no D.O.U. (na seção 3) em 10/10/2001 e que a partir deste está contando 120 dias até o encerramento. Entretanto, a publicação em jornal local sairá no domingo (14/10/2001).
Gostaria de informar que de 27 de Janeiro à 02 de Fevereiro de 2002 será realizado o XXI ENEQUI (ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE QUÍMICA).
Maiores informações no site www.enequi2002.cjb.net
Natalino P. Filho
O agravamento da greve dos professores e servidores de Universidades e hospitais universitários, com a demonstração de força implícita na adesão crescente de mais setores, mudou o status do problema, que passou de assunto administrativo para questão política.
Os líderes de todos os partidos na Câmara, sem restrição sequer do pouco sensível PSDB, subscreveram um pedido de audiência formal com FHC para examinar a solução da greve.
O problema, de fato, excede as possibilidades do ministro Paulo Renato Souza. Em qualquer lugar, quem manda é quem manda no dinheiro.
E Paulo Renato só é ministro para os formalismos burocráticos do seu ministério: não ousou, jamais, pelo menos insistir por uma verbinha maior em nome das necessidades da Educação, como viu ser feito com êxito na Saúde.
Desse modo, terá que ser FHC a falar, se falar, com Pedro Malan sobre a greve. O qual é o indicado para consultar o FMI sobre a possibilidade de serem deslocados uns caramingoles daqui para ali e atenuada a degradante situação dos quadros universitários.
De onde se vê que, caso único no mundo, a greve de professores e servidores universitários é assunto internacional, a ser tratado nas instâncias que controlam as finanças mundiais.
As manifestações exacerbadas contra o ministro Paulo Renato são frutos de incompreensão. Se o ministro se recusa a negociar o que quer que seja (a referência não são as compras do seu ministério), é porque precisa, de algum modo, sentir-se autoridade, ainda que só no sentido fascistóide da palavra.
Fonte: Folha de SP, 10/10
O Prêmio Nobel de Fisica de 2001, anunciado nesta segunda-feira, será dividido entre três cientistas. Os norte americanos Eric A. Cornell e Carl E. Wieman, além do alemão Wolfgang Ketterle dividirão o prêmio de US$ 1 milhão oferecido pela Real Academia de Ciências da Suécia.
De acordo com a Real Academia, os três cientistas foram recompensados "pela realização da condensação de Bose-Einstein em nuvens gasosas de átomos alcalinos e por seus anteriores estudos fundamentais sobre as propriedades da condensação".
A descoberta abriu o caminho para aplicações revolucionárias em setores como as medidas de precisão e a nanotecnologia, afirmaram ainda representantes da Real Academia.
Professor da Universidade do Colorado, em Boulder, Eric A. Cornell, 39, nasceu em 1961 em Palo Alto (Califórnia).
Wolfgang Ketterle, 43, nasceu em 1957 em Heidelberg. De nacionalidade alemã, mas residente nos EUA, é professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology) de Cambridge (Massachusetts).
Carl E. Wieman, 50, nasceu em 1951 em Corvallis (Oregn). É professor da Universidade de Colorado em Boulder.
Na segunda-feira, a Real Academia de Ciências da Suécia já havia anunciado os premiados com o Nobel de Medicina.
Wolfgang Ketterle, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que estava extasiado por ter ganho o Nobel de Física com dois outros cientistas, acrescentando que a criação de um novo estado da matéria era um grande momento para a física atômica.
"Nos conhecemos um ao outro muito bem", disse Ketterle em relação aos seus co-ganhadores, os norte-americanos Eric Cornell e Carl Wieman. "Nós corremos atrás e caçamos essa nova matéria."
''Você nunca espera por isso'', disse Ketterle em relação ao prêmio. "Você faz alguns trabalhos importantes, mas nunca espera por isso.''
O cientista, que é um cidadão alemão, foi para o MIT em 1990 como membro de pós-doutorado. O professor de física dividirá o prêmio de um US$ 1 milhão com Cornell e Wieman por criar uma nova forma de matéria que é extremamente pura e coerente, seguindo o mesmo exemplo do laser, que é uma forma pura de luz.
Cornell, 39, é do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia do Colorado e Wieman, 50, é da Universidade do Colorado.
Trabalhando em laboratórios separados, o trio criou um método de "ultra-resfriamento de átomos", usando temperaturas que são "milhões de vezes mais baixas do que as encontradas no espaço interstelar", disse Ketterle.
O cientista também especulou que a corrente de átomos altamente direcionável poderia ser utilizada para fazer chips atômicos e que estes novos produtos poderiam servir de base para uma nova geração da computação.
(Folha Online, 10/10)
O antraz, que teve três casos detectados na Flórida (EUA), é uma doença que infecta animais, sobretudo ruminantes, mas que pode ser transmitida ao homem por contato com estes ou seus subprodudos.
Na maioria das vezes, o antraz é contraído pela pele, podendo também ser por via digestiva, através de carne contaminada.
O germe responsável por essa doença, denominado Bacillus antracis, libera toxinas. Adotando a forma de esporos, essas bactérias resistem à destruição e podem sobreviver várias décadas em terreno infectado, como por exemplo em solos onde foram enterrados animais doentes.
O período de incubação do bacilo dura em média de três a cinco dias. No caso da incubação no pulmão, já foi registrado um caso em que a incubação demorou 60 dias.
A inalação dessas esporos pode provocar um antraz pulmonar, a forma mais temível da doença. Dependendo de seu estado de saúde, o indivíduo atacado fica mais, ou menos, vulnerável se já tiver infecção pulmonar.
Na pele, a infecção caracteriza-se pela formação de uma crosta vermelha, que pode vir a se tornar uma grande ferida preta. Pode ser acompanhada de mal-estar, febre, dores musculares e náuseas.
A princípio, os sintomas da forma pulmonar da doença se assemelham aos de uma gripe, nem sempre com febre. Em pouco tempo, a pessoa infectada terá dificuldades respiratórias, a pele adquire um tom azulado e a pessoa pode entrar em estado de coma.
A doença pode afetar o cérebro e, no caso de um antraz digestivo, pode destruir os tecidos (necrose). Também pode provocar uma infecção sanguínea generalizada e um impacto tóxico que podem matar o paciente.
Há tratamento com antibióticos (como a ciprofloxacina, ciclinas e penicilina, se o germe for resistente), mas a forma pulmonar deve ser rapidamente tratada.
"Não se conhecem casos de contaminação de pessoa para pessoa", destacou um especialista no assunto.
Em 1888, Louis Pasteur elaborou uma vacina, para animais, contra o antraz e a aplicou em ovelhas. A vacina que existe hoje, porém, não é considerada apropriada ao homem, por seus fortes efeitos colaterais.
Em 1979, um acidente ocorrido num centro militar na Rússia dispersou esporos do antraz que provocaram a morte de 68 pessoas. Os EUA temem que a bactéria seja usada em armas químicas.
Fonte: Folha SP Online
Secretaria Geral SBQ