Veiculado no mês de junho de 2000, o relatório final da American
Chemical Society que trata das diferentes manifestações ocorridas
em 1999, em todo mundo, por ocasião da International Chemical
Celebration. A SBQ participou com o evento "Um Mundo de Cor:
Uma Busca Internacional de Corantes Naturais", sob coordenação da
conselheira Maria Vargas.
Além da programação proposta pela ACS, a SBQ estendeu o programa
promovendo o II Concurso de Redação e o I Concurso de Obras de Arte,
realizadas com os corantes extraídos pelos estudantes. A ACS destaca
esta programação adicional, como também, pública uma das obras de
arte premiadas. O conjunto das obras de arte premiadas pode ser
apreciadas no site da SBQ: www.sbq.org.br/tmp/result-frame.html.
No site também poderão ser encontradas informações sobre a origem
das cores utilizadas nos diferentes trabalhos.
O prêmio do II Concurso de Redação foi entregue em Sessão Solene
organizada pela Regional de Viçosa, em abril à estudante Glazielly
Rosária Dias Nepomuceno e ao seu professor-orientador Joel Julio
Salomé da Costa. O prêmio do I Concurso de Obras de Arte será
entregue pela Profa. Maria Vargas e pelo atual Vice-Presidente,
Prof. Paulo César Vieira, em Terezina, Piauí ao estudante Gustavo
Nogueira Barreto e aos seus professores-orientadores Rosemberg
Soares Tomas da Rocha (Química) e Ana Beatriz Muller de Carvalho
(Artes), do Colégio Notre Dame, no próximo dia 16 de junho, como
parte das comemorações do Dia Nacional do Químico.
As comemorações serão realizadas na Universidade Federal do Piauí.
Prof. Oswaldo Luiz Alves, Coordenador dos Periódicos
O Professor Otávio Maldaner lança pela Editora UNIJUÍ, dentro da
coleção Educação em Química, o livro: "A Formação Inicial e
Continuada de Professores de Química - Professores/Pesquisadores".
Nesta obra, o Prof. Maldaner discute, entre outros aspectos,
"formas práticas de inserir professores e formadores de
professores no debate para a melhoria da qualidade educativa nas
escolas e instituições de ensino superior".
Maiores informações : univendas@unijui.tche.br
Tel : (0xx55) 332.8900 e 332.0284
Química Nova na Escola recebeu convite através do Prof. Peter Towse
do Centre of Studies in Science and Mathematics da Universidade de
Leeds, Inglaterra, para fazer parte de exposição de revistas de
Educação em Química que será montada por ocasião da 16th
International Conference in Chemical Education, a ser realizada em
Budapest em agosto de 2000.
Trata-se de uma distinção importante que deve deixar orgulhosos
todos aqueles que participaram ou participam desta exitosa
realização da Sociedade Brasileira de Química.
Prof. Oswaldo Luiz Alves, Coordenador dos Periódicos
Alguns anos atrás a Costa Rica fez um acordo com Merck que, por
US$ 1 milhão tornou-se proprietária de sua biotecnologia. Fiz, no
Nature, um paralelo entre e o filme onde pela mesma quantia um
milionário comprou de um marido sua mulher por uma
noite. Nos dois casos pouco mais do que uma lembrança sobrou....
A biodiversidade da Amazônia é um patrimônio do país e de suas
gerações futuras. Todavia o valor desta biodiversidade não pode ser
preservado pois será, como vem sendo, objeto da biopirataria.
É ingênuo pensar que descoberta uma aplicação de um
produto da Amazônia nós garantiremos um mercado de matéria prima.
As seringueiras foram levadas. Os produtos mais sofisticados,
descobertos pela pesquisa biotecnológica não serão produzidos a
partir dela. O exemplo típico é o do catopril, droga de venda
milionária, derivada do veneno da nossa Bothrops. O produto eficaz
é um derivado sintético, que passamos a importar em larga escala.
Leigos e parte da comunidade científica consideram que a melhor
fonte de produtos serão as plantas que índios identificaram
(apesar de todos os seus poderosos "remédios" vivem em media menos
de 30 anos, sem a medicina moderna, o mesmo que o homem de
Neanderthal). Tenho insistido de que a biodiversidade de maior
valor são os microorganismos.
Levados num pequeno tubo, o seu novo dono o reproduzirá em
fermentadores de milhares de litros para obter produtos e usando
seu genoma, produzirá mutantes centena de vezes mais eficazes
(o que ocorreu com o bolor que produz penicilina). Só podemos
defender alguns, descobrindo o que produzem e qual o uso destas
moléculas.
Estive envolvido com a primeira tentativa de montar um centro de
biotecnologia em Manaus, que como sempre acabou lamentavelmente
num esqueleto- como se prédio fosse o fator limitante, quando a
Diretoria deste Centro teve sua reunião invadida pelo Dr. F.
Lovejoy, Sub-Secretário do Interior dos EUA, que tentou nos
persuadir a não realizar pesquisas biotecnológicas.
Deveriamos, como a Costa Rica, investir em classificar nossas
plantas, repetindo Martius no século passado, dando nomes a plantas
que seriam levadas para o exterior. Biodiversão para os sistematas
substuituiria a Biotecnologia!
Uma nova tentativa surgiu com o ProBem, que envolveu-se desde o
inicio com dois importantes professores de Universidades Norte
Americanas, defensores do projeto Costa Rica e que vieram vender a
mesma idéia. Vencemos por algum tempo, mas ela surge de novo.
ProBem (agora denominada BioAmazonia) foi constituiída com o
proposto de desenvolver pesquisa científica na Amazônia, em
colaboração com Universidades e Institutos de Pesquisa Brasileiros,
criando tecnologia que seria implantada na região
Amazônica, gerando empregos e divisas.
Lançou com a presença do vice-presidente Marco Maciel uma nova
construção em Manaus, pagando passagens e estadias (inclusive a
minha). Alardeou que dispunha de US$ 12 bilhões, o que talvez
explique sua instalação na luxuosa Avenida Berrini, em SP, acha
razoável isolar, caracterizar e vender cepas de nossas bactérias a
100 FF (cerca de R$ 100,00) ató o limite máximo de R$ 1 milhão,
cifra inferior ao custo de manter o escritório em SP.
A BioAmazônia assina acordo onde a Novartis tem direito exclusivo
de requerer e manter a proteção de patente, para fazer, produzir,
usar e vender Compostos Diretos e Compostos Derivados no Território
(que o contrato define como Mundo!).
Para isto oferece, e a BioAmazônia aceita 500 mil francos suiços
(1 FS é aproximadamente 1 real), quando a Novartis declarar que
está fazendo um estudo clínico com um produto derivado da
biodiversidade brasileira e mais 2.250.000 FS até o lançamento
do produto.
No meio do tempo a Novartis nos ensinará a ser seus técnicos,
colhendo microorganismos, fermentando e analizando a presença de
produtos interessantes. Depois teríamos a importante função de
mandar os extratos e os compostos isolados e finalmente mandar as
cepas. Por apenas 100 FS por cepa, a BioAmazônia terá que montar uma
máquina para mandar 10 mil culturas para a Novartis!
Sem qualquer autoridade a BioAmazônia concederá à Novartis, se
legalmente possível, o direito de acesso e uso exclusivos por dois
anos (prorrogáveis) no Território e para a Área. Durante este período
terá acesso e uso exclusivos... que neste ato concede à Novartis a
licença perpétua e exclusiva, com direitos de conceder sub licenças,
para produzir, usar e vender produtos contendo o composto original
ou compostos derivados....e quaisquer direitos de patentes ou
know-how relevantes.
É óbvio que os Compostos Originais que deverão ser propriedade
conjunta da BioAmazônia e Novartis não serão os produtos
comercializados (como não é a penicilina, matéria prima de preco vil,
que é modificada para melhor atividade). A Novartis deverá ter o
direito exclusivo de obter proteção de patentes em
respeito a qualquer tal invenção relativa a Compostos derivados.
Como a BioAmazônia descobrirá que um novo composto lançado pela
Novartis tem origem num produto da biodiversidade brasileira? De que
vale cepas originais das quais é possível modificar e mesmo
transferir genes por clonagem (a BioAmazônia irá sequenciar cada
cepa antes de transferí-la?). O que acontecerá com produtos que
forem desenvolvidos depois dos 2 anos de vigência do contrato?
(Usalmente leva 10 anos entre a descoberta de um composto e o seu
uso). Não conseguiríamos sozinhos explorar rapidamente a imensa
biodiversidade da Amazônia, convertendo descobertas de moléculas
interessantes em produtos. Todavia não queremos antecipadamente
abrir mão delas. A comunidade científica nacional não tem o
tamanho da Costa Rica.
Temos cientistas competentes em microbiologia básica, isolamento
de substâncias, determinação de sua estrutura usando métodos modernos
e produzir derivados, para testar a ação farmacológica e certamente
suficiente população e condições para testes clínicos (que vem sendo
feito em brasileiros para as grandes empresas do exterior).
Quanto mais próximo chegarmos a um produto, maior o valor do que
temos a oferecer para uma parceria internacional. Ao invés estaríamos
mandando nossos microorganismos, que seriam investigados no exterior
sem criar empregos e contribuir para o desenvolvimento da competência
científica e tecnológica do País.
Por menos de um salário mínimo, ao entregar uma cepa, jamais
saberemos o que dela resultou e nada colheremos a não ser o de ser
consumidores dos novos medicamentos, a preços que as empresas
produtoras definirão. Pesquisa, tecnologia e indústria será
mantida sempre do outro lado do mar.
Independentemente do mérito, fica a pergunta que fiz várias vezes em
Brasília: quem tem autoridade de negociar pelo País? Quem lhe atribuiu
uma parcela do território nacional com direitos às espécies nela
existentes ? Poderá uma Organização Social usurpar um direito que deve
ser do Governo: Executivo e Legislativo?
Nao é este a minha primeira iniciativa para colocar um limite no que
se está fazendo com os recursos biológicos nacionais. Tentei protestar
contra um contrato semelhante entre o Dr. Pais de Carvalho e a Glaxo,
mas não logrei resultados.
Agora pretendo perseverar numa campanha que proteja os interesses
futuros do País: recomendar ao Executivo (ou ao Legislativo) que faça
uma moratória para definir uma política e exigir que acordos
internacionais as cumpram.
Lamento que alguns pesquisadores sérios tenham sido envolvidos neste
evento, esperando que ponderem as consequências deste acordo espúrio
que transforma a Amazônia no quintal de empresas multinacionais, cujo
país sede não dispoem outros de suas colonias e ex colonias na
fronteira do Brasil, onde já exploram a floresta
Amazônica.
Fonte: JCE-mail, 08junho2000.
Nota do Editor: Isaias Raw é Presidente do Instituto Butatam de SP
O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, afirmou que não vai
permitir que a indústria farmacêutica Novartis obtenha patentes de
microrganismos da floresta amazônica.
Acordo prevendo que a multinacional de origem suiça produza remédios
a partir de pesquisas com microrganismos brasileiros foi assinado
pela BioAmazônia, organização
social criada pelo próprio governo federal para atuar nas pesquisas
farmacêuticas (bioprospecção) na região.
Pelo convênio, a BioAmazonia (Associação Brasileira para o Uso
Sustentável da Biodiversidade da Amazônia) receberá R$1,6 milhão
para cada teste clínico de possíveis principios ativos descobertos
por pesquisadores da Novartis a partir de microrganismos da Amazônia
brasileira. Outros R$ 800 mil, se o produto for
patenteado, e mais 1% de royalties, por dez anos, sobre as vendas.
As pesquisas que seriam feitas em conjunto por cientistas da Novartis
e indicados pela BioAmazônia podem envolver até 10 mil microrganismos
(fungos e bacterias). O investimento seria de quase R$ 8 milhões,
por três anos. Sarney Filho afirma que o acordo é ilegal.
"A BioAmazônia foi criada para auxiliar o país, não para fazer
acordos comerciais. A decisão sobre patentes de pesquisas na Amazônia
é pública, não para atender interesses privados", afirmou o ministro.
Ele ameaçou dificultar a regulamentação da BioAmazônia, caso a
organização insista no convênio. A regulamentação depende do
Ministério do Meio Ambiente e deveria ocorrer este mês.
As preocupações do ministro tem apoio de vários setores da
comunidade científica nacional. Teme-se que o acordo não permita um
efetivo controle da ação da multinacional Novartis nas pesquisas com
microrganismos.
Suspeita-se que, uma vez com acesso aos princípios ativos desses
microrganismos, a empresa termine por patenteá-los sem pagar
royalties, por exemplo.
Entre os cientistas que se manifestaram contra o acordo está Isaias
Raw, presidente da Fundação Butantan. "No momento em que se enviar a
cepa, não tem mais controle", afirmou à Folha, em reportagem
publicada ontem.
"O acordo aliena da fauna e da flora brasileiras elementos de
biotecnologia." Seria uma forma legal de realizar a biopirataria,
como se convencionou chamar a exploraçao clandestina de produtos com
base em vegetais e microrganismos das florestas nacionais, inclusive
com obtenção de patentes.
Tanto a direção da BioAmazônia quanto a da Novartis brasileira negam
as suspeitas. Dizem que acordos similares foram feitos em outros
paises e que o contrato permite mecanismos de fiscalização sobre as
ações da Novartis.
A BioAmazonia foi criada para descentralizar as decisões sobre
pesquisas na Amazônia. Em função disso, o governo é minoria no
conselho. Tem 40% de participação, contra 60% de membros de entidades
científicas, organizações não-governamentais e empresariais.
Segundo a Secretaria de Coordenação da Amazônia do Ministério do
Meio Ambiente, o acordo da BioAmazonia com a Novartis ainda depende
de ratificação pelo conselho de administração da entidade. A próxima
reunião prevista deve ocorrer dentro de uma ou duas semanas.
Fonte : Folha de SP, 8junho2000.
01 de agosto de 2000
Universidade Federal de Minas Gerais
Departamento de Química
Belo Horizonte - MG
MINI-CURSO 1: "Fundamentos do Formalismo de Produtos de Operadores
de Spin" Professor José Daniel Figueroa Villar (IME/RJ)
Horários: 08:00 às 12:00 horas (Turma 01); 14:00 às 18:00 horas
(Turma 02)
Local: Sala 122, Dept.Química, UFMG
ATENÇÃO: O mini-curso 1 será oferecido em dois horários distintos;
ou seja, o mesmo curso (mesmo conteúdo) será oferecido pela manhã e
à tarde.
EMENTA - Introdução ao formalismo de matrizes de densidade
(60 minutos); escrição das matrizes de densidade com momentos
angulares (30 minutos); Formalismo de produtos de operadores de
Spin (90 minutos); Descrição das experiências INEPT e COSY
(60 minutos).
Bibliografia:
MINI-CURSO 2: "Determinação de Estruturas de Biomoléculas por RMN"
Professores Fabio C.L. Almeida (CCS/UFRJ) e Ana Paula Valente
(CCS/UFRJ)
Horário: 08:00 às 12:00 horas (Turma Única)
Local: Sala 120, Dept. Química/UFMG
EMENTA - Técnicas de atribuição de ressonância em proteínas;
NOESY editados para 13C e 15N; Cálculo da estrutura de proteínas
utilizando os dados de RMN; Novos métodos: TROSY, medidas de
acoplamento dipolar residual.
Bibliografia:
MINI-CURSO 3: "Tratamento de Dados de RMN em Uma e Duas
Dimensões"
Professor José Dias de Souza Filho (UFMG)
Horário: 14:00 às 18:00 horas (Turma Única)
Local: LAREMAR, Dept.Química/UFMG
EMENTA - Processamentos normais e avançados de dados de RMN
em Uma e Duas Dimensões: multiplicação exponencial, zero filling,
desconvolução, correção de fase e de linha de base, previsão
linear, supressões, e outros.
*Universidade Federal de Minas Gerais/Departamento de Química
Av. Antonio Carlos, 6627 1º andar - Cidade Universitária,
Pampulha, MG
Promoção: Associação de usuários de ressonância magnética
nuclear/AUREMN
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
Sonia Maria Cabral de Menezes, Presidente da AUREMN
CENPES/PETROBRAS/DIQUIM - Radial 2 - Quadra 7, Ilha do Fundão
21949-900 Rio de Janeiro, RJ Brasil - Tel.: 21 865-6171 ou 865-6914 Fax: 21 865-6296 -
E-mail: sonia@cenpes.petrobras.com.br
Ou pela internet : www.auremn.org.br/vijornada2c.html
VI Jornada Brasileira de Ressonância Magnética
Workshop "Aplicações em RMN"
02-04 de agosto de 2000
Hotel Othon Palace
Belo Horizonte - MG
São objetivos do evento: divulgação de trabalhos científicos
novos e intercâmbio de idéias nos diversos campos da Ressonância
Magnética Nuclear (sólidos, líquidos e imagens por RMN;
Ressonância Paramagnética Eletrônica (defeitos e impurezas em
redes cristalinas, semicondutores, materiais biológicos);
Ressonância Dupla Eletrônica e Nuclear; Ressonância de
Quadrupolo Nuclear.
Promoção : Associação de usuários de ressonância magnética
nuclear/AUREMN
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Sonia Maria Cabral de Menezes, Presidente da AUREMN CENPES/PETROBRAS/DIQUIM - Radial 2 - Quadra 7, Ilha do Fundão
21949-900 Rio de Janeiro, RJ Brasil - Tel.: 21 865-6171
ou 865-6914
Fax: 21 865-6296
E-mail: sonia@cenpes.petrobras.com.br
Ou pela internet : www.auremn.org.br/vijornada2c.html
Secretaria Geral SBQ