Boletim Eletrônico Nº 797
 

 

 

BOLETIM ELETRÔNICO No 913       MARÇO 2010

ERRATA: o BE anterior trouxe o Índice da QNEsc 31/4

Segue o Índice correto da QNEsc 32/1

VEJA NESTA EDIÇÃO: SAIU O NOVO NÚMERO DA QUÍMICA NOVA NA ESCOLA

1. Editorial

2. Índice da QNEsc, Volume 32, número 1

 

 

 

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1.      Editorial

Com muita satisfação, entregamos aos leitores a N. 1 do VOL. 32 de Química Nova na Escola. Como já lembrado no último número publicado, neste ano completamos 15 anos de publicação da Revista. Certamente, é um ano de júbilo para leitores, assessores, autores, membros do conselho editorial, coordenadores de seção, editores e outras pessoas que tornam possível a produção e circulação da Revista. Ao lado dos motivos para comemorar, há outros que nos levam a refletir e a planejar para que se avance ainda mais em qualidade e maturidade da nossa QNEsc, oferecendo material de apoio sempre melhor e mais adequado para que se aprimore a educação química em nosso país, tanto no que diz respeito à Educação Básica quanto ao apoio na formação de professores.

Vislumbra-se um ano de profundos debates sobre educação de nível médio no Brasil, sem dúvida acelerado pelas provas de avaliação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Toma-se consciência crescente de que esse nível de ensino faz parte da Educação Básica necessária e de boa qualidade para todos os brasileiros, ao mesmo tempo em que se supera a prática demasiadamente preparatória para a seleção de candidatos para dentro dos sistemas educativos. Educação Básica deve ser aquela que permite refletir sobre a produção cultural de outros momentos históricos, mas também permite recriar a cultura, que constitui na vivência das gerações novas. Não basta, por exemplo, viver a era da comunicação e da informática. É necessário que as novas gerações saibam quais foram as questões e produções culturais que levaram a isso e proponham novas questões que levarão a outras vivências culturais para as gerações que as sucederão. Se hoje é a cultura do consumo, do descartável, não haveria lugar para o produto permanente, como já foi ideal no passado? Há, portanto, novos problemas decorrentes dos produtos culturais de agora cujas soluções não se conseguem com a memorização de fatos e de solução de problemas do passado como, muitas vezes, se entende a Educação Básica.

As características definidas para o ENEM, nem sempre alcançadas plenamente nas questões das provas propostas até aqui, levam o debate para dentro das escolas e das organizações que possuem cursos preparatórios para essas provas. Não mudam, necessariamente, os princípios pedagógicos, mas novos materiais didáticos, mais adequados para o desenvolvimento do conjunto dos sistemas cognitivos dos estudantes, passam a ser produzidos, superando os tradi­cionais exercícios modelares que recheiam a maioria das apostilas e livros didáticos destinados ao Ensino Médio. Com essa prática, eram selecionados estudantes mais bem treinados e não os mais desenvolvidos cognitivamente. A seleção de pessoas para vagas mais disputadas vai continuar como prática social como em todas as organizações sociais. Espera-se, no entanto, que todos passem a ter preparação intelectual básica adequada para atuarem com sabedoria num contexto tecno-sociocultural de grande complexidade que se vive hoje.

Mesmo que o efeito indutor de mudanças na educação escolar básica seja grande, ele não é suficiente para resolver todos os problemas educacionais. As diferenças de oportunidades para o acesso à educação com boa qualidade têm suas raízes na desigualdade social e geopolítica. Políticas afirmativas inclusivas, como diversas soluções tentadas na definição de cotas para segmentos sociais historicamente desfavorecidos, embora necessárias, não são suficientes. É necessário que a escola pública tenha possibilidade real de melhorar a oferta da qualidade educativa requerida em todas as suas redes e unidades escolares. Ao valorizar com peso di­ferente a nota na disputa de uma vaga pelo fato de o candidato ter cursado escola pública vai produzir novas distorções e injustiças. Já existem movimentos que levam estudantes de poder aquisitivo bom a frequentarem, em um turno, a escola pública e, em outro, cursos preparatórios pagos com valores expressivos. Configura-se nessa situação duplo privilégio. Assim, a melhor solução é a escola pública, como política de Estado, de alta qualidade e integral para todos.

Temos a pretensão de, com a Química Nova na Escola, contribuir para que os professores de Química tenham melhores condições de fazer educação básica da melhor qualidade possível dentro das condições em que trabalham. Para isso, é fundamental que toda a comunidade de professores e educadores da área da Química participem, de forma constante e intensa, na produção, avaliação e crítica aos artigos que se coloca à disposição. Temos consciência que algumas características da Revista e de sua produção dentro de uma comunidade de educadores, a Divisão de Ensino da SBQ, precisam ser redefinidas. Esperamos que isso possa acontecer em diversos níveis e fóruns neste ano em que comemoramos 15 anos existência. Como editores, já estamos tomando iniciativas nesse sentido.

Este número marca o retorno da seção Elemento Químico em novo formato, que permitirá aos leitores terem mais informações sobre suas propriedades, fontes de produção, aplicações etc. Dessa feita, o elemento Rádio, que deu origem ao termo radioatividade e cuja descoberta e caracterização renderam o primeiro Nobel a uma mulher, a polonesa Marie Curie, será objeto de nossa leitura. Dois textos nos mostram como a Química pode aproximar-se das ciências agrárias. De um lado, por desenvolver processos que levam ao aproveitamento completo de uma oleaginosa e, de outro, por produzir insumos que minimizam a presença de pragas, mas que também podem agredir o meio ambiente. Nesse sentido, é bastante importante tomarmos consciência das formas racional e ambientalmente corretas de manejar resíduos, conforme nos esclarece o artigo sobre gestão de resíduos no laboratório didático. Outras questões sobre organização e atividades de ensino são contempladas, incluindo desta vez a necessária discussão sobre o lugar da Química no 9º ano do Ensino Fundamental.

Editores e Editor Associado

Fonte: Editoria da QNEsc

 

 

 

 

Editorial

Editores e Editor Associado

Editorial

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A Revolução Verde da Mamona

José Marcelo Cangemi, Antonia Marli dos Santos e Salvador Claro Neto

Química e Sociedade

mamona, biodiesel, poliuretano

Da mamona, aproveita-se tudo, já que o óleo extraído de suas sementes é matéria-prima para a fabricação de produtos elaborados como biodiesel, plásticos, fibras sintéticas, esmaltes, resinas, lubrificantes e próteses. Como subproduto da industrialização da mamona, obtém-se a torta, que possui a capacidade de restaurar terras esgotadas. Por tudo isso, esse vegetal, que não entra na cadeia alimentícia, pode ser considerado um “petróleo verde”. A partir de 1º de julho de 2009, a mistura compulsória de biodiesel no combustível diesel passou a ser de 4%, sendo a mamona escolhida pelo Governo Federal como a matéria-prima prioritária do programa biodiesel devido à geração de emprego e renda em regiões pouco favorecidas do país, uma vez que essa cultura envolve uma grande parte de agricultores familiares. No ensino, o tema mamona pode ser utilizado não somente como uma ferramenta no ensino de química, mas também ajudando o aluno a posicionar-se com relação a diversos temas da atualidade como modelo de desenvolvimento sustentável, mudança de matriz energética, diminuição do consumo de energia e até mesmo os destinos da economia do país.

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A História e a Arte Cênica como Recursos Pedagógicos para o Ensino de Química - Uma Questão Interdisciplinar

Marilde Beatriz Zorzi Sá, Eliane Maria Vicentin e Elisa de Carvalho

Espaço Aberto

contextos, recursos metodológicos, significados

O ensino de Química tem recebido orientações que não concebem mais aulas baseadas na transmissão/recepção de informações. Muito mais do que ter conhecimento, o estudante deve ser preparado para exercer sua condição de cidadão conhecedor da realidade social de seu país e que esteja disposto a melhorá-la. Para tal, são necessários, à compreensão conceitual, o entendimento das relações dos diversos campos do conhecimento e o desenvolvimento de competências e habilidades. Assim, a Química deve ser entendida como construção humana, influenciada por aspectos diversos, com estreita relação com suas aplicações tecnológicas e com questões ambientais e éticas. Estratégias bem estruturadas permitem ao aluno agir como protagonista na construção de seu próprio conhecimento, além de proporcionarem uma conscientização das implicações históricas no desenvolvimento científico.

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Questões de Química no Concurso Vestibular da Unesp: Desempenho dos Estudantes e Conceitos Exigidos nas Provas

Camila Silveira da Silva, José Antonio Maruyama, Luiz Antonio Andrade de Oliveira e Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira

Espaço Aberto

vestibular, conceitos de Química, desempenho dos candidatos

Esse texto apresenta alguns resultados de uma pesquisa sobre as provas de Química dos exames vestibulares da Unesp no período de 1990 a 2006. São destacados os dados sobre os conceitos mais e menos frequentes exigidos dos candidatos na resolução das questões e o desempenho dos vestibulandos na resolução de tais questões. De acordo com a análise realizada, observa-se que alguns conceitos são bastante frequentes, aparecendo como conhecimentos principais para a resolução das questões. Alguns desses assuntos são: cálculos estequiométricos; equações químicas e balanceamento; solubilidade e concentrações; reações de oxirredução; equilíbrio ácido-base; dentre outros que constam no corpo desse texto. Já em relação aos conceitos menos frequentes, destacam-se modelos atômicos de Thomson, Rutherford e Bohr; tipos de entalpia de reação; forças intermoleculares; polaridade das ligações; entre outros. O desempenho dos candidatos é apresentado em relação às questões de múltipla escolha e dissertativas.

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Tabela Periódica - Um Super Trunfo para Alunos do Ensino Fundamental e Médio

Thiago Andre de Faria Godoi, Hueder Paulo Moisés de Oliveira e Lúcia Codognoto

Espaço Aberto

jogos didáticos, Tabela Periódica, métodos de ensino

Este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento e a aplicação de um jogo didático, que aborda a Tabela Periódica e as propriedades periódicas, para alunos de Ensino Fundamental e Médio. O jogo Super Trunfo da Tabela Periódica foi desenvolvido baseado no jogo de cartas comercialmente existente chamado Super Trunfo. Esse jogo permitiu aos alunos tratarem o tema de maneira dinâmica, realizando comparações entre os elementos químicos e ajudando também a entender o posicionamento de cada elemento químico na Tabela Periódica. Os alunos se mostraram mais estimulados pelas atividades, favorecendo a aprendizagem. A atividade mostrou-se uma boa alternativa, visto que os alunos cobraram os jogos em outras aulas e se interessaram em confeccionar as cartas para que pudessem jogar em casa.

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O Debate como Estratégia em Aulas de Química

Maisa Helena Altarugio, Manuela Lustosa Diniz e Solange Wagner Locatelli

Relatos de Sala de Aula

debate, estratégia de ensino, argumentação

Neste artigo, analisamos os depoimentos de professores de química em formação continuada que experimentaram a estratégia do debate em suas salas de aula. O debate traz diversas vantagens para um ensino de química e de ciências que, em geral, tenham como objetivo a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade, principalmente porque desenvolve nos alunos a habilidade da argumentação. Mostramos também que essa atividade, como prática incomum em aulas de ciências, representa uma alternativa para os docentes que procuram soluções mais criativas e motivadoras para suas aulas.

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Agrotóxicos: Uma Temática para o Ensino de Química

Jaciene Alves Cavalcanti, Juliano Carlo Rufi no de Freitas, Adriana Cristina Nascimento de Melo e João R. de Freitas Filho

Relatos de Sala de Aula

agrotóxicos, intervenção didática, conceitos químicos

O artigo descreve uma intervenção didática desenvolvida com estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, na qual se relacionou a Química com Agrotóxicos. A abordagem deste trabalho envolveu os estudantes na construção dos conceitos de elementos químicos, substâncias, misturas, funções orgânicas, solubilidade, concentração, densidade, pontos de fusão e ebulição, bem como na pesquisa de fórmulas estruturais de agrotóxicos e de seus efeitos sobre o meio ambiente e na saúde humana. O tema agrotóxicos foi escolhido por serem os pesticidas um dos maiores causadores de contaminação humana e ambiental e, portanto, de grande relevância social.

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Gestão de Resíduos de Laboratório: Uma Abordagem para o Ensino Médio

Alexander Fidelis da Silva, Tamires Rúbia dos Santos Soares e Júlio Carlos Afonso

Pesquisa no Ensino de Química

resíduos; tratamento de resíduos; consciência ambiental

Este trabalho mostra a possibilidade, desde o Ensino Médio, de os alunos terem contato com um dos desafios ambientais da atualidade: a gestão e o tratamento dos resíduos gerados em laboratórios de química. Os tratamentos propostos se baseiam nos equilíbrios químicos básicos em solução aquosa (neutralização, precipitação, oxirredução e complexação) e facilitam a assimilação de diversos conceitos. Essa iniciativa facilita a inculturação nos alunos da necessidade de serem parte integrante de uma relação mais harmoniosa com o ambiente.

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A Química Disciplinar em Ciências do 9º Ano

Tathiane Milaré e José de Pinho Alves Filho

Pesquisa no Ensino de Química

Ensino de Ciências, conteúdos de Química, 9º ano do Ensino Fundamental

O artigo discute sobre o modo como a Química é desenvolvida no 9º ano do Ensino Fundamental por professores de Ciências de Florianópolis (SC) e de Araraquara (SP). Considera as possíveis influências do livro didático e as consequências desse ensino na aprendizagem dos alunos. Como possível saída à situação constatada, são apresentadas algumas modificações necessárias no Ensino de Ciências para fugir da mesmice do programa pregado pelos livros didáticos, contribuir com a Alfabetização Científica e Tecnológica e dar um sentido mais comprometido aos conteúdos ensinados.

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Atividades Experimentais Simples Envolvendo Adsorção sobre Carvão

Aparecida Maria Simões Mimura, Janilson Ribeiro Castro Sales e Paulo César Pinheiro

Experimentação no Ensino de Química

adsorção, carvão, atividades experimentais

Colocar carvão no interior de geladeiras para retirar odores desagradáveis compreende um saber popular associado ao fenômeno da adsorção. No presente artigo, propomos duas atividades experimentais simples, associadas a esse contexto, que podem ser desenvolvidas para se estudar ligações químicas.

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Rádio

Júlio Carlos Afonso

Elemento Químico

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Resenha

Argumentação e Ensino de Ciências

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Resenha

Repensando a tecnologia no ensino de química do nível médio: um olhar em direção aos saberes docentes na formação inicial

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XV Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ)

X European Conference on Research In Chemistry Education (ECRICE) e IV International Conference Research in Didactics of the Sciences (DidSci)

II Seminário Ibero-Americano Ciência-Tecnologia-Sociedade no Ensino de Ciências (SIACTS-EC)

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Normas para Publicação

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Editor: Prof. Luiz Henrique Catalani
Editor Associado: Prof. Norberto Peporine Lopes
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