1. Grupo
de Professores da UFBA Protocola Representação no Ministério
Publico Federal: 60 dias Após o Incêndio Ocorrido no IQ-UFBA
o Prédio Continua Interditado.
A representação, de 000223 de 21 de maio de 2009, solicita
que sejam adotadas providências em forma de denúncia. Trechos
da denuncia estão listados abaixo:
1 - Em 21 de março de 2009 ocorreu um incêndio no Instituto
de Química da Universidade Federal da Bahia, UFBA, causando
a destruição de aproximadamente 50% da área do quinto e
último pavimento do prédio. Nesta área, estavam localizados
laboratórios de ensino, de pesquisa e gabinetes de professores.
Os demais pavimentos, embora não tenham sido afetados diretamente
pelas chamas, sofreram as graves conseqüências do combate
ao incêndio, especialmente em decorrência da água.
2 - Sessenta dias após o sinistro, o prédio continua interditado
e não existe previsão de quando voltará a funcionar.
As aulas práticas das disciplinas oferecidas a vários cursos
de graduação estão prejudicadas, sendo que cerca de 200
estudantes de pós-graduação (75 de mestrado e 122 de doutorado)
e 60 estudantes de iniciação cientifica continuam com as
suas atividades de pesquisa paralisadas.
3 – Apenas a título exemplificativo, um dos equipamentos
de Ressonância Magnética Nuclear, utilizado em atividades
de ensino e pesquisa, localizado no primeiro andar do prédio,
foi desmagnetizado, um mês após o sinistro, devido às condições
inadequadas de climatização.
4 – Como este, um grande número de equipamentos, adquiridos
com recursos públicos, que constituem importante parque
instrumental, encontram-se em condições totalmente inadequadas
e estão em processo de deterioração, devido à alta umidade
e à ausência de climatização no interior do prédio.
5 - Livros e documentos importantes também estão em condições
inapropriadas de manuseio e sujeitos à ação da umidade e
de fungos. A situação do Instituto de Química da Universidade
Federal da Bahia é, no mínimo, desesperadora, e o prejuízo
pós-incêndio certamente é maior do que o causado pelo sinistro.
6 - Nestes dois meses, vários professores fizeram intervenções
frente à direção do Instituto de Química e à Administração
Central da UFBA, alertando para a gravidade da situação
e solicitando providências para evitar a deterioração do
material bibliográfico e dos equipamentos e, conseqüentemente,
evitar o agravamento dos prejuízos sofridos pelo erário
publico e mais ainda, causados ao nosso objetivo maior,
que é a formação de recursos humanos altamente qualificados,
acoplada à produção do conhecimento.
Devido a morosidade das ações, pois nem a limpeza do material
resultante do sinistro foi realizada, foi requerida
a intervenção do Ministério Público Federal para instar
a UFBA a tomar as providências cabíveis e inadiáveis para
restabelecer o pleno funcionamento das atividades do Instituto
de Química, através das seguintes ações:
·
Recuperação e restabelecimento da
rede elétrica dos quatro pavimentos não atingidos pelo incêndio,
de modo que seja possível climatizar os ambientes, testar
e dar manutenção aos vários equipamentos;
·
Viabilização do reinício das atividades
acadêmicas nos departamentos de Química Orgânica, Inorgânica
e Analítica e, também, das atividades administrativas que
funcionam no terceiro andar do edifício sede do Instituto
de Química;
·
Início imediato das obras de reconstrução
e/ou restauração do quinto andar do prédio, onde funciona
o Departamento de Físico-Química, após necessária retirada
dos escombros, que até hoje permanecem no local.
Assinam a Representação o(a)s seguintes professo(a)res do
IQ-UFBA:
Jailson B. de Andrade; Wilson Lopes; Pedro Afonso;
Vanessa Hatje; Vânia Campos; Artur José Mascarenhas; Jorge
David, Cristina Quintela, Silvio Cunha; Heloysa Andrade,
Maria das Graças Korn, Luiz Carvalho, Vilma Mota e Luciana
A Silva.
Fonte:
Jailson B. de Andrade (UFBA)
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