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BOLETIM ELETRÔNICO No 773

VEJA NESTA EDIÇÃO:

 

1. 31ª RASBQ e programa de cooperação com a Alemanha

2. Concurso para Químico na Universidade Federal de Santa Catarina

3. Vaga para pesquisador em Eletroforese e Microssistemas de Análise

4. JBCS Número 3, do Volume 19 – Editorial do Prof. Carlos Nobre sobre a Amazônia

5. IRAP 2008- International Symposium on Ionizing Radiation and Polymers

6. Vaga para química orgânica com ênfase em síntese orgânica ou produtos naturais

7. Como ‘fazer’ uma revista científica?

 

1. 31ª RASBQ e programa de cooperação com a Alemanha

Caros colegas,
Estamos finalizando o processo de avaliação dos recursos. A maioria dos diretores de divisão já enviou suas avaliações e a secretaria da SBQ está disponibilizando os resultados. Por favor, caso não tenha recebido a mensagem com o resultado da avaliação consulte a HP da 31ª RASBQ em: inscrições - acesso ao menu principal - resultado da avaliação. A partir da semana que vem estaremos disponibilizando as inscrições para os ônibus, lembramos que o ponto de partida será o aeroporto Governador André Franco Montoro (Cumbica - Guarulhos). Aproveitamos para informar que estaremos recebendo durante a reunião anual representantes do DAAD e da DFG (Alemanha) para discutir possibilidades de intercambio na área de química.

Fonte: Norberto P. Lopes

 

2. Concurso para Químico na Universidade Federal de Santa Catarina

Concurso para Químico (carreira técnico-administrativa em educação) na Universidade Federal de Santa Catarina Cargo: Químico 40horas
Requisito: Curso Superior em Química e Registro no Conselho Regional de Química.

Inscrição: Período: De 27 de março a 18 de abril de 2008.

Descrição do cargo: Realizar ensaios, análises químicas e físico-químicas, selecionando metodologias, materiais, reagentes de análise e critérios de amostragem, homogeneizando, dimensionando e solubilizando amostras; produzir substâncias; desenvolver metodologias analíticas; interpretar dados químicos; monitorar impacto ambiental de substâncias; supervisionar procedimentos químicos; coordenar atividades químicas laboratoriais. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

mais informações no site:
http://www.coperve.ufsc.br/concursos/ddpp2008/edital.html

Fonte: Edson Minatti

3. Vaga para pesquisador em Eletroforese e Microssistemas de Análise

O Prof. Dr. Dosil Pereira de Jesus do Grupo de Eletroforese e Microssistemas de Análise (GEM) do Instituto de Química da Unicamp está a procura de pesquisadores (pós-graduandos e pós-doutores) interessados em atuar nas seguintes linhas de pesquisa: 1) Métodos de Separação por Eletroforese Capilar; 2) Desenvolvimento e Aplicação de Microssistemas de Análise (microchips). Interessados podem obter mais informações na home page http://gem.iqm.unicamp.br ou pelo e-mail: dosil@iqm.unicamp.br

Fonte: Dosil Pereira de Jesus

4. JBCS Número 3, do Volume 19 – Editorial do Prof. Carlos Nobre sobre a Amazônia

Disponibilizamos o Número 3, do Volume 19, referente ao J. Braz.Chem. Soc. 2008 desde dia 5 de abril no sítio da revista: http://jbcs.sbq.org.br . Neste número estão sendo publicados 1 Review, 28 Artigos e 2 Short Reports, num total de 261 páginas, mais 55 páginas disponíveis como SI, Supplemantery Information, no sitio da revista. O Editorial de autoria do Prof. Carlos Nobre fala da Amazônia e os desafio do futuro, cujo texto destacamos a seguir:

Uma Revolução Científica e Tecnológica para a Amazônia Brasileira

O modelo de desenvolvimento rural da Amazônia brasileira, baseado na substituição da floresta por agricultura e pecuária, já se esgotou. O produto agrícola bruto da área de domínio florestal da Amazônia representa menos de 0,5% do PIB nacional. A conclusão é inexorável: cinqüenta anos de desmatamentos não trouxeram riqueza e qualidade de vida para a grande maioria da população. É urgente desvincular desenvolvimento de desmatamento. Na contramão desta constatação, o cenário econômico atual conspira contra a Amazônia pela valorização de commodities agrícolas como soja e carne. Além disso, a alta probabilidade dos biocombustíveis tornarem-se rapidamente uma nova commodity representa uma ameaça adicional de continuidade do modelo tradicional de desmatamentos crescentes para florestas tropicais e cerrados.
O desafio é conciliar manutenção de atividades agrícolas tradicionais em áreas já desmatadas, porém com aumentada eficiência -lembrando que na Amazônia brasileira já foram desmatados mais de 750 mil km2 e pelo menos outro tanto de floresta encontra-se em acelerado processo de degradação - com o aproveitamento de recursos naturais renováveis, biodiversidade, água, energias etc. Um corolário a este desafio maior é definir a ciência e tecnologia que embase um novo modelo de desenvolvimento regional. Antes de mais nada, deve ficar claro que o grande desafio para a mudança de modelo de desenvolvimento regional é político e ciência e tecnologia (C&T) isoladamente não bastam. Entretanto, C&T devem ter papel de relevo acentuado para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, levando em conta, também, a necessidade premente de novos conhecimentos para o desenvolvimento pleno de cadeias produtivas, a partir da biodiversidade e para a valoração e valorização dos serviços ambientais dos ecossistemas. Torna-se imprescindível, assim, desenvolver uma verdadeira revolução científica e tecnológica para a Amazônia, revolução esta que deve ser estratégia prioritária e central das políticas públicas de desenvolvimento regional e que, talvez, represente o maior desafio a ser enfrentado pela comunidade científica nacional nos próximos trinta anos.
Mesmo para países industrializados, os benefícios mais tangíveis de C&T não são aqueles oriundos diretamente de novos conhecimentos, mas, sim, da utilização de conhecimentos existentes traduzidos em bens e serviços. Mais relevante do que o avanço do conhecimento em si, é a criação de uma força de trabalho que possa entender e aplicar conhecimentos existentes. Capacitação tecnológica tem sido instrumento fundamental para manter o crescimento das economias emergentes de grandes países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil. Nos últimos cinqüenta anos, o Brasil tem sido capaz de criar ilhas de competência em C&T, as quais se assemelham mais àquelas de países mais ricos do que a países de baixa ou renda intermediária. Entretanto, desigualdades regionais históricas, notadamente em educação, criaram óbices que limitam drasticamente o uso intensivo de C&T para o desenvolvimento econômico e social de suas regiões mais pobres, incluindo a Amazônia e Nordeste. À pobreza quase sempre se associa degradação ambiental e esta, num circulo vicioso, afeta a renda e qualidade de vida dos mais pobres, além de impactar sua saúde e capacidade de adaptação às mudanças ambientais e climáticas. Porém, o paradigma de aplicação intensiva de conhecimento existente não se aplica ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, uma vez que o conhecimento existente e, de fato, praticado para desenvolvimento rural agrícola não se mostrou apropriado para os Trópicos úmidos por apresentar um custo social e ambiental elevado. Em outras palavras, a inexistência de um país tropical plenamente desenvolvido e industrializado produz uma falta de modelos a copiar.
Em termos práticos, a necessária revolução de C&T para a Amazônia deve criar as condições para "trazer valor ao âmago da floresta", nas palavras da Profa. Bertha Becker. Isso requer o desenvolvimento de uma inovadora economia de base florestal e de recursos aquáticos, com valorização econômica da biodiversidade. Atualmente, pouquíssimas cadeias produtivas baseadas em produtos naturais da Amazônia atingem escala global e beneficiam ampla base social. Aliás, o contrário vem ocorrendo: cada vez mais se utiliza produtos de outras regiões na própria Amazônia, em substituição a produtos tradicionais. É perfeitamente exeqüível desenvolver um número de cinqüenta a cem cadeias produtivas com base na biodiversidade e que alcancem mercados globais, gerando ao cabo de dez a vinte anos uma nova economia de base florestal e de recursos aquáticos e com utilização econômica intensiva da biodiversidade, com forte agregação local de valor via industrialização. Esta nova economia tem o potencial de ser bem mais expressiva do que a economia atual baseada na substituição ou exploração destrutiva da floresta. Ainda que este não seja um diagnóstico novo, por que essa nova realidade econômica não se desenvolve, uma vez que hoje está claro que é vontade nacional interromper a trajetória atual de desenvolvimento baseado em desmatamentos? Em outras palavras, como dar seqüência a essa vontade nacional de encontrar uma trajetória sustentável para o futuro da Amazônia? Aqui, uma nova visão de C&T para a região é imperativa. Entre outras condições gerais, como a melhoria do ensino básico, faz-se necessário criar uma rede de novas instituições de ensino superior, pós-graduação e pesquisa básica e tecnológica avançada, com foco específico em recursos da floresta e recursos aquáticos. Essas instituições deveriam ser criadas de forma a radicalmente descentralizar C&T na vasta Amazônia, maximizando a diversidade e potencialidades sub-regionais. Tal rede inovadora de C&T deveria contar com o surgimento de cinco a seis novos institutos de tecnologia, agregando cerca de 500 a 600 professores, pesquisadores e técnicos cada um deles, multiplicando por três a quatro o número de pesquisadores ativos na Amazônia. Adicionalmente, esses institutos - conectados a uma rede de laboratórios associados cobrindo todos os rincões da Amazônia e interligados por tecnologia de informação de ponta - serviriam como pólos regionais deste novo modelo de desenvolvimento tecnológico regional, assim como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, SP, nucleou, nas décadas de 50 a 70, o rápido desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira, que é, hoje, uma das mais importantes do mundo. Portanto, o que a Amazônia necessita são vários destes "ITAs", Institutos de Tecnologia da Amazônia, para nuclear um modelo industrial inovador para aquela região. Esses institutos deveriam se ocupar do desenvolvimento e agregação de valor em toda a cadeia produtiva de dezenas de produtos Amazônicos, da bioprospecção à comercialização e colocação nos mercados mundiais. Ainda que isso possa parecer uma receita muito simples de desenvolvimento regional, ainda não foi adotada em larga escala em nenhum país tropical. Na ponta de alta tecnologia, alguns dos institutos teriam capacidade para desenvolver pesquisas sofisticadas em biotecnologia e nanociência aplicada à biomímica, isto é, o aprendizado sobre a maneira pela qual sistemas biológicos complexos encontraram respostas, na escala nanomolecular, para questões com potencial de aplicações práticas, uma nova área científica a ser explorada para os ecossistemas tropicais.

Carlos A. Nobre
Centro de Ciência do Sistema Terrestre
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
São José dos Campos-SP, Brasil

Fonte: Elizabeth Magalhães

5. IRAP 2008- International Symposium on Ionizing Radiation and Polymers

Em nossos dias a química de radiação de polímeros é um ramo de estudos e desenvolvimentos intensos na área de química de radiações. Com vistas no crescente interesse técnico e científico Dr. Alain Le Moel e colaboradores do CEA-Saclay decidiram, no passado, organizar um Simpósio internacional intitulado IRAP em 1994, e assim a cada dois anos o evento se repete. Pela primeira vez acontecerá no Brasil no período de 12-17 de outubro de 2008. Apesar de ser o mais novo dentre os eventos internacionais na área de radiação e aplicações constitui-se um dos mais importantes fóruns de disseminação de informações a respeito dos efeitos de radiação em polímeros.
http://www.metallum.com.br/irap/

Fonte: Duclerc F Parra

6. Vaga para química orgânica com ênfase em síntese orgânica ou produtos naturais

Divulgamos que estarão abertas, no período de 31/03/2008 a 29/04/2008, as inscrições para o Concursos Público de Títulos e Provas destinado ao preenchimento de cargo para docente, da Universidade Federal de Santa Maria, Professor Adjunto com titulação de Doutor, N. VAGA : 01
ÁREA/DEPARTAMENTO Química Orgânica/Área de Química,
REGIME DE TRABALHO Dedicação Exclusiva
CLASSE Prof Adj.
EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES ; Titulação: Doutorado em Química ou em Ciências, com ênfase em Síntese Orgânica ou Produtos Naturais

EDITAL DE ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO N.012, DE 27 DE MARÇO DE 2008.

Edital : http://sucuri.cpd.ufsm.br/editais/pdf/edital1382.pdf

Fonte: Hugo T S Braibante

7. Como ‘fazer’ uma revista científica?

Neste ano (2008) a revista ‘Organic Letters’ completou 10 anos. Criada em 1999 pela American Chemical Society como alternativa à revista Tetrahedron Letters (anteriormente editada pela Pergamon Press, atualmente pela Elsevier), a revista ‘Organic Letters’ atualmente é a revista de maior visibilidade e fator de impacto (FI) em química orgânica (4,66), tendo ultrapassado as tradicionais ‘Journal of Organic Chemistry’ (FI 3,8) criada em 1936 e atualmente no seu 73º volume, Tetrahedron (FI 2,8) criada em 1957 em hoje em seu 64º volume e Tetrahedron Letters (FI 2,5), criada em 1959 hoje em seu 49º volume. Utilizando o sistema de avaliação SCImago Journal & Country Rank (www.scimagojr.com) denominado SJR (definido na página www.scimagojr.com) verifica-se que, em apenas 10 anos, a revista ‘Organic Letters’ adquiriu notoriedade incontestável.


Quais as razões para que esta revista tenha adquirido tamanha importância no cenário da química orgânica mundial? Listo algumas prováveis...

a) Corpo editorial de excelência, aliado a uma sociedade científica forte, objetivando atingir uma área de pesquisa científica de fronteira.
b) A busca de alta qualidade nos artigos a serem publicados.
c) Avaliação por pares.
d) Rapidez na publicação dos artigos aceitos.



e uma possível:


d) o preço da assinatura (Organic Letters: US$ 5,070.00; Tetrahedron Letters: US$ 13,500.00).

O fato é que, atualmente, Organic Letters, é “a” revista de excelência para se publicar em química orgânica e é fruto do trabalho de uma sociedade científica extremamente forte e coesa (ACS).

Mudando de assunto, mas nem tanto, voltemos os olhos para o Journal of the Brazilian Chemical Society e à Química Nova. O que dizem os índices da SCImago Journal & Country Rank? Escolhi algumas revistas científicas de caráter geral (como são a QN e o JBCS) para comparar o que é ‘comparável’.
A seleção dos periódicos para comparação com o JBCS e a Química Nova foi feita utilizando o “Journal of Citation Reports” do ISI-Web of Knowledge, utilizando as palavras “química” e “chemistry” para uma busca completa de revistas da área de química (158, no total), com fatores de impacto comparáveis à do JBCS (1,003) e à da QN (0,720).







Pode-se apreender destas comparações que o JBCS e a QN vão muito bem, crescendo em importância e em visibilidade internacional. Neste sentido, devemos parabenizar os editores de ambos periódicos da SBQ, e também aos autores por estarem sensíveis às mudanças nos critérios de qualidade dos artigos a serem publicados, e por último aos assessores científicos por realizarem o trabalho criterioso de avaliação dos artigos submetidos para publicação no JBCS e na QN. O enorme trabalho realizado pelos editores dos dois periódicos científicos da SBQ deve ser valorizado (veja-se os editoriais do JBCS e da QN nos seus respectivos 1ºs fascículos de 2008). Embora se estimule a publicação de artigos em português na QN, manuscritos em inglês (publicados na média de 6 por fascículo, nos últimos 6 fascículos) certamente deverão contribuir para valorizar ainda mais este periódico. O tempo de publicação a partir da aceitação dos artigos ainda continua longo, mas pode ser reduzido com um trabalho sério da comunidade de química e de áreas afins, colaborando na qualidade dos trabalhos a serem submetidos e nas avaliações de caráter profissional dos manuscritos. Pessoalmente acredito que tais pontos são extremamente importantes e contribuíram de maneira significativa para que em 10 anos a revista Organic Letters se tornasse a revista “top” em química orgânica.

Fonte: Roberto G. S. Berlinck

Contribuições devem ser enviadas para o Editor do Boletim Eletrônico da SBQ: npelopes@sbq.org.br Até nossa próxima edição!!!   Prof. Norberto Peporine Lopes Editor do Boletim Eletrônico Prof. Luiz Henrique Catalani Editor Associado do Boletim Eletrônico Sociedade Brasileira de Química - SBQ

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ABRIL 2008

 

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