SBQ
BOLETIM ELETRÔNICO DA SBQ
Nº. 626
Órgão de divulgação da SBQ
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VEJA NESTA EDIÇÃO

1. PARTICIPAÇÃO DA SBQ NA 3ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CT&I
2.
16th International Conference on Organic Synthesis (ICOS-16)
3. International Congress on Analytical Sciences - ICAS-2006
4. Seleção de alunos/2006 para o programa de Mestrado em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de Radioproteção e Dosimetria /CNEN
5. Tamiflu não oferece risco de morte, diz FDA

6. Quem é o profissional do futuro?
7. Prêmio Nobel elogia biocombustível brasileiro
8. Indústria precisa despertar para a inovação, reconhece CNI
9. Descontingenciamento do FNDCT foi um marco da 3ª Conferência Nacional de CT&I
10. Sergio Rezende anuncia edital do Proinfa com R$ 120 milhões
11. CVT vai mostrar na Câmara experimentos dos laboratórios de física, química, biologia, eletromecânica e informática

 1. PARTICIPAÇÃO DA SBQ NA 3ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CT&I


 
Durante a última semana realizou-se em Brasília de 16-18.11 a 3ª.
Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação.

Nesta reunião a SBQ teve uma participação especial em um dos painéis intitulado PROFISSIONAL DO FUTURO em que foi lançado o número especial de Química Nova-Parcerias Estratégicas: Necessidades e Perspectivas da Química no Brasil - O Futuro do Profissional na Pesquisa. Neste painel discutiu-se parte do trabalho contido no número especial, que é o fruto de um trabalho de colaboração da SBQ e o CGEE, que já
está disponível na página da SBQ, e que todos deverão receber em breve.

O painel foi assim organizado:

Coordenador: Márcio de Miranda Santos - CGEE
Relator: Luiz Roberto Liza Curi - UNIEURO

Palestrantes:
Paulo Cezar Vieira - UFSCar
Ângelo Cunha Pinto - UFRJ
Jailson Bittencourt de Andrade - UFBA
Fernando Galembeck - UNICAMP

Debatedores:
Celso P.de Melo - UFPE
Oswaldo Luis Alves - UNICAMP

Veja a seguir o editorial do número especial:

A interação adequada entre o conhecimento científico, a organização da pesquisa e os mecanismos que conduzem à inovação é um dos principais desafios a ser enfrentado pelo Brasil na próxima década. Os avanços recentes da ciência brasileira são inquestionáveis. Em
2005 serão formados cerca de 9.000 doutores, representando um aumento de aproximadamente 75% em comparação com 2000. Quanto à participação do país na produção científica mundial, a evolução foi também significativa. Em uma lista contendo os trinta e um países responsáveis pela produção/publicação de mais de 98% dos artigoscientíficos com maior citação, o Brasil aparece em 23º lugar, com 288 artigos. Atualmente o Brasil representa mais de 1,5 % da produção científica mundial e a área de Química é uma das mais consolidadas cientificamente.

Essa participação, no entanto, gera mais oferta - e desordenada - que a demanda por inovação pode absorver ou alcançar. Ou seja, setores econômicos produtivos e de serviços ainda passam ao largo de tanta capacitação científica. A constatação de nossa relevância científica não está, ainda, associada a nossa relevância econômica. Trata-se,portanto, de identificar ações e mecanismos capazes de associar esses setores para, ao menos, propiciar parcerias rotineiras entre o que se pesquisa e a forma como a pesquisa é desenvolvida e as perspectivas de
seu sucesso como projeto empresarial de  desenvolvimento de produtos ou processos inovadores.

Com o objetivo de analisar a configuração atual do processo de formação e organização da pesquisa na área de Química e sua adequação às perspectivas e necessidades para as atividades econômicas e para o delineamento de políticas sociais no Brasil, a Sociedade Brasileira de Química - SBQ e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE
iniciaram um Programa denominado: "O FUTURO DA PESQUISANO BRASIL -
Perspectivas e Necessidades da Químicapara a Próxima Década". Dedicado
a identificar o atual estágio de desenvolvimento da Química, especialmente quanto à formação de recursos humanos e aos mecanismos de interação entre a organização da pesquisa e os programas de inovação e de serviços, essa atividade reuniu depoimentos e estudos
de pesquisadores, especialistas, empresários e agentes governamentais.

Foi, assim, alcançado o objetivo de subsidiar a elaboração de propostas com vistas ao atendimento das necessidades futuras da pesquisa nessa área, considerando sua conexão com outras áreas do conhecimento e com os setores de serviços e industrial. Os resultados
preliminares de reuniões e workshops foram divulgados em editoriaisem Química Nova e no Journal of the Brazilian Chemical Society e foi entregue um relatório, por intermédio do CGEE, ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Estes resultados têm sido objeto de contínua
reflexão por representantes do conjunto de atores participantes do Programa.

Os temas trabalhados foram continuamente aprofundados e novas interfaces foram criadas. As mais relevantes dizem respeito à consolidação dos estudos nos ambientes das chamadas áreas de conhecimento de fronteira e de mecanismos capazes de indicarem uma mobilização conjunta à comunidade científica e ao setor empresarial. Assim, temas como a formação do Químico, as políticas industrial e de inovação, a organização da pesquisa e políticas públicas, foram relacionados às agendas de pesquisas e, essas, às novas formas de atuação institucional.

Este suplemento de Química Nova e de Parecerias Estratégicas é o resultado desse aprofundamento e de novas reflexões realizadas pelos autores. Os temas abordados preparam e inspiram diversas propostas de políticas e de mecanismos de mobilização visando a sustentação de ações para o futuro imediato da área. Nesse sentido, os artigos
ficaram com a seguinte organização:

Uma apresentação através de um documento introdutório

- Química no Brasil: Perspectivas e Necessidades Para a Próxima Década: Documento Básico.

Na seqüência, seis trabalhos abordam vários tópicos relacionados à
"Formação do químico: desafios e necessidades":

- A graduação em Química: um novo químico para uma nova era;

- Qual o perfil do profissional de Química que está sendo formado?
Esse é o perfil que a sociedade necessita?

- O estímulo ao empreendedorismo nos cursos de Química: formando
químicos empreendedores;

- "Spin-Off" acadêmico: criando riquezas a partir de conhecimento
e pesquisa;

- Informações de patentes: ferramenta indispensável para a pesquisa
e o desenvolvimento tecnológico;

- A evasão nos cursos de graduação de Química. Uma experiência de sucesso feita no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro para diminuir a evasão.

Em seguida, são apresentados cinco trabalhos referentes ao tema "Organização da pesquisa e os desafios da interação com áreas doconhecimento":

- Contribuição à organização da pesquisa em Química e os desafios da interação com outras áreas do conhecimento

- Interfaces e organização da pesquisa no Brasil: da Química à Nanotecnologia;

- Organização da pesquisa no Brasil: lições do passado, propostas
para o futuro;

- A questão da inovação em fármacos no Brasil: proposta de criação
do Programa Nacional de Fármacos (PRONFAR);

- Interfaces com a indústria.

Um subconjunto de três trabalhos aborda a "Política industrial e inovação":

- Aspectos e fatores da produtividade em pesquisa, desenvolvimento e inovação;

- Inovação e produção em química fina;

- Produção tecnológica e produção no setor químico.

O quarto bloco de trabalhos deste suplemento, abordando o tema
"A pesquisa a serviço das políticas públicas" é discutido em seis
artigos:

- Políticas públicas (serviços, inclusão social, saúde pública e metrologia);

- O quadrante de Ruetsap e a anti-ciência, tecnologia e inovação;

- Geração do conhecimento através da especificação de produtos químicos;

- A indústria de processamento químico no Brasil: suas motivações para pesquisa e desenvolvimento e suas interfaces com as políticas governamentais;

- Desafios da Química analítica frente às necessidades da indústria farmacêutica;

- A importância do observatório de atividades industriais vis-à-vis tendências em ciência, tecnologia e inovação.

Acreditamos ainda que a parceria entre a SBQ e o CGEE demande ações continuadas que mantenham a mobilização e propiciem reações dos órgãos e agências, principalmente públicas, na direção da ampliação do espaço comum entre trabalho científico e desenvolvimento de inovação. A SBQ, junto à sua comunidade, deverá manter atividades que garantam a ampla reflexão e participação em torno das sugestões contidas nos estudos e
nas análises aqui publicados. Essa participação é essencial. Só por meio dela seremos capazes de manter outros atores envolvidos no processo, de forma a consolidar uma agenda de consenso e alcançar sua realização.

Esta é uma atribuição pouco trivial a uma sociedade científica. Será necessário desenvolvermos espaços adequados de debates e processos permanentes de estudos e análises. Será essencial ampliarmos, com o apoio do CGEE, estudos prospectivos capazes de atualizar e dar conta das contingências presentes e das oportunidades futuras.

O fato inegável é que a área deve se preparar para ordenar seu desenvolvimento e localizá-lo como instrumento de crescimento e competitividade econômica, bem estar e fortalecimento científico do Brasil.

Finalmente gostaríamos de agradecer à SBQ e ao CGEE, que propiciaram o bom andamento desta iniciativa e principalmente aos professores Angelo Cunha Pinto, Fernando Galembeck, Francisco Radler de Aquino Neto e Oswaldo Luis Alves que foram peças fundamentais para a
realização desse trabalho.

Jailson Bittencourt de Andrade (SBQ/UFBA)
Luis Roberto Liza Curi (CGEE)
Paulo Cezar Vieira (SBQ/UFSCar)

Fonte: Prof. Paulo Cezar Vieira (SBQ/UFSCar)
Presidente da SBQ

2.

16th International Conference on Organic Synthesis (ICOS-16)



ICOS-16 (Summary)

The 16th International Conference on Organic Synthesis, co-sponsored by the International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), Academia Mexicana de Ciencias (AMC) and the Division of Organic Chemistry of the American Chemical Society (ACS), will take place in Mérida, Yucatán, México, June 11-15, 2006.

Hoping to match the fantastic success achieved in previous conferences of this series, ICOS-16 has secured the participation of 8 outstanding plenary speakers [50-min presentations]:
Luiz C. Dias (Brazil)
Eric N. Jacobsen (USA)
Paul Knochel (Germany)
Shu Kobayashi (Japan)
Stephen F. Martin (USA)
Dieter Seebach (Switzerland)
Joaquín Tamariz (México)
In addition to the recipient of the 2006 Thieme-IUPAC Prize winner
-still to be selected,

15 renowned  additional invited speakers [25-min presentations:

Varinder K. Aggarwal (UK), Carsten Bolm (Germany), Margaret Brimble (New Zealand), Cathleen Crudden (Canada), Gregory Fu (USA), Tohru
Fukuyama (Japan), Miguel A. García-Garibay (USA), Cesare Gennari
(Italy), Minoru Isobe (Japan), Eun Lee (Korea), Shengming Ma
(China), Carmen Nájera (Spain), Régis Réau (France), Philippe Renaud
(Switzerland), and Margarita Suárez (Cuba)], and

36 invited experts who will partake in six selected symposia in the areas of medicinal chemistry (Chair, Tarek Mansour), organocatalysis (Chair, Carlos Barbas, III), enantioselective synthesis of alpha-aminoacids (Chair, Ferenc Fülöp) , organolithium compounds in synthesis (Chair, William F. Bailey), selenium and tellurium in organic
synthesis (Chair, João V. Comasseto), and applications of  microwave in organic synthesis (Chair, Nicholas E. Leadbeater).


The participation of attendees in the academic program is strongly encouraged. Thus, up to 600 poster presentations will be scheduled. Ample space for chemical exhibitors will also be available. Seeking to facilitate the interaction between participants, several social events are being programmed, among which are included the Conference excursion to the archeological site of Uxmal, the Conference banquet at a local Hacienda, and a performance by the
Yucatán's Folkloric Ballet at Mérida's Main Theater.

For additional information on the Conference's scientific program,registration procedure, hotel accommodations, submission of contributions for poster or oral presentations, important deadlines, etc., please visit the website for ICOS-16:
( http://www.relaq.mx/RLQ/IUPAC_ICOS-16.html)

About the location: Yucatán is located on the southeast of México. The state´s capital is Mérida, which counts with an international airport. Travelers can also fly from many countries to the city of Cancún and then to Mérida. The Yucatán area offers a variety of
attractions for the tourist such as Colonial Cities, Archeological Sites, Beaches, Ecological Reserves, Haciendas, etc. 

Fonte: Prof. Eusebio Juaristi
Website for ICOS-16: ( http://www.relaq.mx/RLQ/IUPAC_ICOS-16.html)

3. International Congress on Analytical Sciences - ICAS-2006



International Congress on Analytical Sciences - ICAS-2006

25-30 June, 2006 Moscow, RUSSIA

Web-site of the Congress: ( http://www.icas2006.ru)
e-mail: (icas2006@geokhi.ru)

ICAS-2006 Second Circular

Invitation The Organizing Committee of the International Congress on Analytical Sciences (ICAS-2006 Russia) kindly invites you to attend this scientific meeting. The aim of this Congress is to allow analytical chemists from around the world to exchange ideas, discuss
new developments, and form collaborative alliances, so that the International community of specialists in chemical analysis can better meet the demands of environmental protection, biology and medicine, new technologies, higher education, etc.At the previous ICAS meeting
(ICAS 2001), organized by the Japan Society for Analytical Chemistry and IUPAC, over 900 papers by analytical chemists from many countries were presented. Following the traditions of the ICAS meetings, emphasis will be on new developments and applications of Analytical
Sciences. We hope to provide you with an interesting scientific program and to organize a conference that will stimulate collaboration, exchange of experiences and information.

Organization
The Congress is organized by Russian Academy of Sciences (RAS) with
participation of:

- Vernadsky Institute of Geochemistry and Analytical Chemistry, RAS
- Kurnakov Institute of General and Inorganic Chemistry, RAS
- Lomonosov Moscow State University

In cooperation with :
- International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC)
- Analytical Chemistry Division of the European Association for
Chemical and Molecular Sciences (EuCheMS)
- Co-Operation on International Traceability in Analytical Chemistry
(CITAC)

Scientific Program
The program will consist of invited plenary and keynote lectures, oral presentations and poster sessions. Your active participation is highly appreciated. Oral and poster presentations are welcome on subjects within the scope of the Congress.

A workshop on metrology and quality assurance in chemistry (in cooperation with CITAC) will be held during the Congress, and post Congress 7-th European Furnace Symposium (EFS'2006) devoted to 50?th anniversary of the furnace AAS method will be held in St.
Petersburg (July 2-7, 2006).


Provisional list of invited speakers
The list of plenary and keynote lecturers which already have agreed
to give a lecture at the Congress (the list is not closed yet).

Plenary lectures

- D. Gunther (Switzerland) Laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry on the way to become mature

- P. Haddad (Australia) New developments in ion chromatography  

- G. Hieftje (USA) New sources, spectrometers, and capabilities for the analytical laboratory 

- A. Manz (Germany) Continuous-flow focusing and separations on chip 

- M. Mascini (Italy) Analytical applications of DNA biosensors
 
- S. Terabe (Japan) Micellar electrokinetic chromatography: Fundamentals and applications

- M. Valcarcel (Spain) Carbon nanotubes in capillary electrophoresis
 
- E. Wang (China) Some aspects of self-assembled nanostructures and electrochemistry  

- P. J. Worsfold (UK) Flow injection techniques for investigating dynamic environmental systems

- Yu.A. Zolotov (Russia) Analytical chemistry in Russia: most important achievements

Keynote lecturers
 
H.Y. Aboul-Enein - Saudi Arabia
H. Becker-Ross - Germany
B. Huang - China
P. de Bievre - Belgium
W. Buchberger -Austria
P. K. Dasgupta - U.S.A.
S. Dong - China
N. El Murr - France
G.A. Evtugyn - Russia
M. Grasserbauer - Austria
L. Gribov - Russia
K.G. Heumann - Germany
B. Karlberg - Sweden
Yu.A. Karpov-Russia
T. Kitamori - Japan
R. Koncki - Poland
S.N. Krylov - Canada
O. Lev - Israel
R. Lobinski - France
K. Matsumoto - Japan
T. Mitchell - Germany
B.F. Myasoedov - Russia
A. Nadezhdinskii - Russia
T. Nishioka - Japan
W. Olthuis - Netherlands
N. Omenetto - U.S.A.
M. Otto - Germany
J. Palleschi - Italy
R. Salzer - Germany
A. Sanz-Medel - Spain
O.A. Shpigun - Russia
B.Ya. Spivakov - Russia
K. Suzuki - Japan
S. Tanner - Canada
D. Tsalev - Bulgaria
Yu.G. Vlasov - Russia
J. Wang (China)
H. Watarai - Japan
C. Wilkins - U.S.A.
E. Zagatto - Brazil
V. Zaitsev - Ukraine

Registration form and Abstracts Submission
Persons submitting an abstract are doing so with the understanding that they abide by the conditions, deadline policies, and the decisions of the ICAS-2006 Program Committee. An individual may submit only two abstracts at the meeting, but may appear as a
co-author on other abstracts. Abstracts must not be submitted to the meeting if the work will have been previously published or presented at another meeting prior to
the dates of the ICAS-2006 (the paper may be withdrawn if this occurs).
All submitters of abstracts are to attend the meeting. If an emergency arises and the presenter is unable to attend, he/she should notify the ICAS-2006 Secretariat in writing prior to the meeting that he/she is withdrawing the abstract or naming a substitute presenter.
All notices should be e-mailed to (icas2006@geokhi.ru). The substitute must be a co-author and preferably not already presenting another abstract. It is highly advised to use on-line abstracts submission. For it, first prepare the text of your abstracts according the rules (see
below "Abstracts Format" section). Then, go to the Congress web-site ( http://www.icas2006.ru/Abstracts/OnLineSubmission.htm ), fill in the registration form consisting of two parts (submitter's data and abstracts information) and submit it. You will receive registration number for the submitted abstract and the registration system will be
ready to accept a text of Abstracts via e-mail. Your will receive additional confirmation of your submission from Organizing Committee via e-mail.
In April, 2006 all presenters will be required via e-mail to confirm participation in the Congress. The deadline for confirmation is April 30, 2006. In the case of confirmation missing the Organizing Committee will not include the abstracts in the Book of Abstracts and the printed program.

Organizing Committee and Scientific Boards

Organizing Committee

B.Ya. Spivakov., Chairman
M.A. Bolshov, Vice Chairman
O.A. Shpigun, Vice Chairman
V.P. Kolotov, Secretary General
S.S. Grazhulene
I.L. Grinstein
V.I. Dvorkin
A.A. Ischenko
I.N. Kiseleva 
I.V. Kubrakova
P.N. Nesterenko
Z.A. Temerdashev
P.S. Fedotov
M.N. Filippov
G.I. Tsysin
T.N. Shekhovtsova
V.I. Shirokova

International Scientific Board

Yu.A. Zolotov, Chairman (Russia)
H. Akaiwa, Vice Chairman (Japan)
B. F.Myasoedov,Vice Chairman (Russia)
M.Hieftje (USA)
B. Huang (China)
A. Hulanicki (Poland)
R. Kaarls (The Netherlands)
Yu.A. Karpov (Russia)
E.H. Korte (Germany)
I. Kuselman (Israel)
R. Lobinski (France)
A. Manz (Germany)
K.J. Powell (New Zealand)
E. Pungor (Hungary)
T. Sawada (Japan)
S. Terabe (Japan)
S. Tsuge (Japan)
M. Valcrcel (Spain)
W.  Erkang (China
W. Wegscheider (Austria)
P.  Worsfold (UK)
E.A.G. Zagatto (Brazil)

National Scientific Board
A.Z. Brainina
G.K. Budnikov
Yu.G.Vlasov
A.Kh.Gil'mutdinov
L.A. Gribov
V.A. Davankov
V.M. Ivanov
I.D. Kovalev
Ya.I. Korenman
V.V. Malakhov
L.N. Moskvin
V.N. Muzgin
G.V. Myasoedova
O.M. Petrukhin
I.A. Revelsky
S.B. Savvin
L.K. Shpigun
S.N. Shtykov

More informations: e-mail: icas2006@geokhi.ru
Web-site of the Congress: ( http://www.icas2006.ru)

4.Seleção de alunos/2006 para o programa de Mestrado em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de Radioproteção e Dosimetria /CNEN



Gostaríamos de informar que as inscrições para seleção de alunos/2006 para o programa de Mestrado em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de Radioproteção e Dosimetria /CNEN, nas áreas de Física Médica, Radioecologia,  Dosimetria e Metrologia já encontram-se abertas.

As informações sobre o programa e o edital para o concurso de seleçãoestão disponíveis no site ( www.ird.gov.br/cpg/).

Atenciosamente
Coordenação da Pós-Graduação

Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN
Av. Salvador Allende s/n - Recreio
CP 37750 - CEP 22780-160
Rio de Janeiro/RJ
Tel.: +55 21 3411-8214
FAX: +55 21 3411-8205
homepage: ( www.ird.gov.br/cpg/)

5. Tamiflu não oferece risco de morte, diz FDA



O FDA, órgão que regula alimentos e remédios nos EUA, divulgou ontem a informação de que não foi encontrado vínculo entre o antiviral Tamiflu, do laboratório Roche, e a morte de 12 crianças japonesas.


Havia a suspeita de que o antiviral, considerado o mais eficaz contra uma eventual epidemia de gripe aviária, poderia levar a acidentes fatais por conta de alucinações.

O FDA deverá apenas recomendar que a bula do remédio inclua a informação de que ele provoca forte irritação na pele.
(EFE)
Fonte: O Estado de SP, 19/11

6. Quem é o profissional do futuro?



Já se sabe que ele precisa ser empreendedor e ter uma cultura geral da ciência, com ênfase na parte básica de sua área. Mas especialistas dizem que seu sucesso depende da implementação de políticas públicas adequadas

Daniela Oliveira escreve de Brasília para o "JC e-mail":

Para debater as características do profissional que o mercado de trabalho espera para os próximos anos, especialistas da área de Química da Unicamp, UFRJ, UFPE, Ufba, UFSCar e Unieuro reuniram-se em sessão plenária nesta terça-feira, na 3ª Conferência Nacional de CT&I.

O consenso é de que, na química, o profissional do futuro deve voltar-se para o empreendedorismo e pela inovação, bem como preocupar-se com uma sólida formação em cultura. No entanto, as oportunidades dependem do cenário econômico e da introdução de
políticas públicas favoráveis.

Fernando Galembeck, da Unicamp, destaca dois cenários: um deles é sombrio, com as áreas em que não há indústria de química, no qual o caso mais dramático é o da microeletrônica e da tecnologia de informação.

Outro cenário é o dos setores com indústria forte, com destaque para a energia, petróleo e o agronegócio. E é nessas áreas, afirma Galembeck, que o estudante deve se focar.

Celso Pinto de Melo, da UFPE, lembrou que o país vive um momento novo, em que ela primeira vez na história a ciência tem sido considerada como instrumento de políticas públicas. Mas há, entretanto, gargalos como a fixação de recursos humanos qualificados, o que favorece à emigração dos cientistas.

O Brasil, para Celso Melo, deveria aproveitar a característica ainda jovem de sua população e investir na qualificação, como tem feito a China, por exemplo. "A oferta de mão-de-obra qualificada na China tem atraído multinacionais para lá. Porque não seguirmos esse exemplo?",
questionou.

Segundo dados da Capes, o país tem 116 cursos de graduação em química, com 22 mil matrículas e 4,5 mil concluintes por ano. Na pós-graduação, são 52 cursos de mestrado e 33 de doutorado, que reúnem mais de quatro mil alunos.

Leia também a matéria da Assessoria de comunicação do MCT:

Profissional do futuro deve ser empreendedor

Empreendedor, inovador e com capacidade para atuar em diferentes áreas. Essas são algumas das características que serão exigidas do profissional do futuro

O tema foi abordado nesta quinta-feira, no segundo dia da 3ª Conferência Nacional de CT&I. O tema foi debatido por profissionais
das Universidades de Campinas (Unicamp), Federal de Pernambuco (UFPE), Federal da Bahia (UFBA), Federal do RJ (UFRJ), Federal de São Carlos (UFSCar) e UniEuro, e teve como coordenador da mesa Márcio de Miranda Santos, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

O foco do debate foi a formação em Química. Atualmente, existem 116 cursos de graduação nessa área, sendo registradas 22 mil matrículas e 4,5 mil concluintes. Na pós-graduação, existem 52 cursos de mestrado e 33 de doutorado, com um quadro de 1.126 docentes e 4.135 discentes.

Para o pesquisador Ângelo Cunha, da UFRJ, a formação do químico deve
ser baseada em empreendedorismo." Precisamos formar o profissional que poderá gerar empregos e trabalho para os outros, e não aquele que será apenas um empregado", explicou
Cunha. Para o palestrante Jailson Bittencourt, da UFBA, o profissional deverá ter uma formação múltipla.

"A idéia é que ele ultrapasse a fronteira das disciplinas e subáreas
envolvidas na Química e esteja habilitado a atuar de forma interdisciplinar", explicou Bittencourt.

O setor é promissor. No ano passado, o faturamento da indústria química brasileira foi da ordem de US$ 59,4 bilhões.

(Giovana Perfeito, da assessoria de imprensa da 3ª Conferência Nacional de CT&I)

Fonte: JC e-mail 2897, de 18 de Novembro de 2005.

7. Prêmio Nobel elogia biocombustível brasileiro



O neozelandês Alan MacDiarmid, ganhador do prêmio Nobel de química em 2000, elogiou o papel do Brasil no desenvolvimento de combustíveis alternativos. Em palestra na 3ª Conferência Nacional de CT&I, nesta quinta-feira, em Brasília, o cientista falou sobre a importância do tema.

"O futuro do mundo depende das energias renováveis. Produzindo energia limpa, sobra água para as plantações e, com água nas plantações, podemos diminuir as desigualdades e a violência", afirmou, segundo a Agência CT, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

MacDiarmid destacou a posição de vanguarda da tecnologia brasileira, mas fez um alerta. Segundo ele, se o Brasil não procurar parcerias para desenvolver o seu potencial, será alcançado por países como os EUA e algumas nações européias.

"O Brasil representa um grande caso de sucesso na produção e na utilização dos combustíveis renováveis. O país tem um enorme potencial e ainda está dois ou três anos à frente dos outros países, mas o desafio é continuar à frente do resto do mundo", disse o professor do Sidney Sussex College, que ganhou o Nobel pela descoberta e estudo de polímeros condutivos.

Para MacDiarmid, o Brasil deve investir no projeto do biodiesel e chegar a mercados como Malásia e China. Segundo ele, esta é uma das formas de driblar a produção norte-americana, conseguir unir mercados emergentes e iniciar um processo de valorização da imagem nacional.

"Podemos projetar o biodiesel como uma commodity, sendo o Brasil o líder desse comércio. Esse seria um grande serviço, pois os biocombustíveis são rentáveis para a agricultura e ajudam a reduzir o efeito estufa", destacou.
(Agência Fapesp, 18/11)

Prêmio Nobel de Química abre Reunião de Chefes da Embrapa


O Prêmio Nobel de Química de 2000, o neozelandês naturalizado norte-americano Alan MacDiarmid, de 78 anos, fará a primeira palestra da reunião com Chefes das Unidades de Pesquisa da Embrapa, que será realizada em Brasília no dia 21 de novembro. O tema da palestra é "Agroenergia: o que o futuro nos reserva" e acontecerá às 17h, na sede da Empresa.

MacDiarmid atua como professor do Departamento de Química da Universidade de Pensilvânia (EUA). É doutor em química pela Universidade de Wisconsin, nos EUA, e pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Publicou mais de 600 artigos científicos nas mais
prestigiosas revistas além de possuir mais de 25 patentes no campo dos polímeros orgânicos condutores.

Tem sido agraciado com prêmios em diversos países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e China.

Recebeu o Prêmio Nobel de Química em 2000 pela descoberta e desenvolvimento dos polímeros condutores. Também conhecidos como "metais sintéticos", esses materiais possuem um sem-número de possibilidades de uso na indústria.

As primeiras descobertas feitas pelo pesquisador MacDiarmid na área datam de 1973 e ainda hoje, aos 78 anos, ele continua em atividade plena como pesquisador e professor. Possui mais de 600 trabalhos publicados e cerca de 25 patentes.

Instituto na Embrapa - Este ano, a Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos - SP) inaugurou o Instituto de Inovação e Negócios que leva o nome do descobridor dos polímeros condutores.

A proposta é alavancar as inovações e negócios na cadeia do agronegócio, utilizando a experiência deste Centro de pesquisa, baseada na cooperação internacional e nas parcerias com outras instituições de ensino, de pesquisa e com a iniciativa privada. Este foi o 6º instituto no mundo com o nome do professor. Já existem na China, Coréia, Índia, Nova Zelândia e Texas, nos EUA, mas com características diferentes do instituto brasileiro. O "Instituto Alan MacDiarmid de Inovação e Negócios".

Reunião de Chefes - Os chefes-gerais das 37 Unidades de Pesquisa e das 3 de Serviço da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estarão reunidos em Brasília nos dias 21 a 25 de novembro.

A reunião será conduzida em dois grandes blocos: um abrangendo a agenda técnica, onde serão discutidos temas como agroenergia, cooperação internacional e propriedade intelectual, e o outro onde serão abordados a agenda organizacional e administrativa como gestão
do conhecimento, retenção de talentos, treinamento de lideranças, comunicação interna e simplificação de processos.


Alan MacDiarmid estará disponível para atender à imprensa, na sede da Embrapa em Brasília, no dia 21 de novembro, entre 10 e 11h.


(Assessoria de comunicação da Embrapa)

Fonte: JC e-mail 2897, de 18 de Novembro de 2005.

8. Indústria precisa despertar para a inovação, reconhece CNI



Para Rodrigo Loures, presidente do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da Confederação Nacional das Indústrias, o descontingenciamento dos fundos setoriais deve ser uma bandeira da comunidade científica e dos empresários.

Daniela Oliveira escreve de Brasília para o "JC e-mail":

Presente na manhã desta terça-feira à 3ª Conferência Nacional de CT&I, Rodrigo Loures disse que as indústrias precisam se articular mais ao sistema de C&T do país e aproveitar o "potencial extraordinário" existente nas instituições de pesquisa.

"O grande ativo que o Brasil tem na área de inovação é a dedicação de pesquisadores

interessados no tema. A indústria precisa ser despertada para isso, a inovação precisa entrar na

genda da indústria. E não basta ter vontade, é preciso desenvolver competência para gerenciar a inovação", avaliou.

No entanto, continuou Loures, de nada vale esse esforço se não houver envolvimento do governo na elaboração de políticas públicas consistentes de apoio à inovação nas empresas. Ele garantiu que o setor empresarial já começa a se movimentar no sentido de cobrar por
essas iniciativas.

"Vocês [da comunidade científica] podem contar com o setor empresarial para ter um aliado ativo e entusiasmado para fazer pressão junto ao governo, para fazer acontecer mudanças substantivas na atitude e nos métodos do governo", afirmou.


Para o presidente do Conselho da CNI, um dos pontos de maior impacto para o incremento da inovação nas indústrias é o do financiamento, por ele considerado "escasso, de pouca abrangência e de difícil acesso".

Os fundos setoriais, a seu ver, seriam uma das vias de ampliar os recursos para investimento em P&D. "É preciso obter efetivamente o descontingenciamento dos fundos, como forma de se ter recursos para políticas de financiamento sem prejudicar as ações transversais que
já vem sendo utilizadas".

Loures disse que a indústria está desconfortável com o funcionamento dos fundos setoriais, tanto pela falta de alcance nas empresas como pela ausência de co-gestores na aplicação dos recursos. E, principalmente, por conta do contingenciamento.

"Na medida em que estes recursos são contingenciados, isso quer dizer que na prática não existe vontade política de fazer inovação no Brasil, mas somente o discurso. O grande desafio da comunidade interessada em inovação é conseguir o descontingenciamento dos fundos de
desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Essa deve ser uma bandeira


de todos nós", considerou.

Propostas

Rodrigo Loures apresentou os dados do Mapa Estratégico da Indústria, que reúne objetivos, metas e sugestões do setor industrial para o desenvolvimento sustentável do país entre 2007 e 2015.

Para ele, a elaboração de estratégias tão amplas representa uma mudança de atitude por parte da indústria. "Os empresários, habituados a cuidar somente de seus interesses, ou no máximo dos interesses de seu setor, agora estão preocupados com a construção de uma agenda nacional voltada ao desenvolvimento sustentável", apontou.

A inovação aparece no mapa como um dos tópicos de destaque dentre os processos e ações considerados prioritários. O que mostra, segundo Loures, um alinhamento entre o que pensa a indústria e a comunidade científica.

"Há uma clara convergência entre o que está sendo discutido nesta conferência e o que o setor empresarial entende ser necessário para avançar na área de tecnologia e inovação", considerou.

Para o representante da CNI, o grande desafio da política de inovação no Brasil é transformar o discurso em prática cotidiana nas empresas: "Precisamos conseguir uma mudança de percepção no meio empresarial para que se inclua efetivamente a inovação em sua agenda estratégica, e que se capacite para isso".

Articulação

Para facilitar a inserção de processos inovativos nas empresas, a CNI decidiu instalar uma rede de competências para o desenvolvimento da política nacional.

A iniciativa consiste na articulação com outras quatro instâncias já instituídas: a Rede de Tecnologia (Retec); a rede do Centro Internacional de Negócio (Recin); os sistemas de informações locais das Federações de Indústria; e a Rede de Observatórios da Indústria,
do Senac/IEL.

Fonte: JC e-mail 2897, de 18 de Novembro de 2005.

9. Descontingenciamento do FNDCT foi um marco da 3ª Conferência Nacional de CT&I



Reserva de contingência do Fundo estará limitada a 40% em 2006, chegando a zero em 2009

Flamínio Araripe escreve para o 'JC e-mail':

O secretário-geral da 3ª Conferência Nacional de CT&I, Carlos Aragão, declarou, ao fazer um balanço preliminar após o encerramento, que o evento realizado em Brasília de 16 a 18 de novembro, significa um marco.

"A conferência teve alguns pontos altos. Em primeiro lugar, ela mobilizou setores importantes do governo e começou com a presença do presidente da República, que encampou a idéia de que a ciência, a tecnologia e a inovação são de extrema importância para o país".

O presidente Lula, disse Aragão, anunciou que a reserva de contingência do FNDCT estará limitada a 40% no próximo ano e que as alíquotas vão chegar a zero em 2009.

"Isso significa que a lei do FNDCT vai prever este tipo de mecanismo, o que já foi um grande ganho, e levou as pessoas a verem a abertura da Conferência já como um marco, neste sentido", avaliou.

Aragão conta que a apresentação do ministro Ciro Gomes tocou na questão da integração nacional com uma ótica nova, a partir de um estudo, pondo a C&T a serviço da formulação de políticas públicas.

"Ele redesenhou o mapa do país e redefiniu toda esta questão de desigualdades regionais, a partir de dados concretos".

Segundo o secretário-geral, a palestra do ministro Roberto Rodrigues enfatizou a importância da CT&I para o êxito do agronegócio. Foi sucedida pela palestra de um Prêmio Nobel de Química, Alan MacDiarmid, dos EUA. O cientista alertou para o fato de que o Brasil é líder na área de energias renováveis, de bioenergia.

"Mas para nos mantermos nessa liderança, é preciso efetivamente apostar no futuro, é preciso que haja mais CT&I ligada à área da agricultura".

MacDiarmid, segundo Aragão, é quase brasileiro, e chegou a conversar com o ministro Sergio Rezende, se comprometendo para pavimentar o caminho para uma grande colaboração internacional para nos manter nesta posição privilegiada de liderança.

"Vamos ter que apostar no futuro, investir nesta área que já nos deu muito êxito, a permanecer assim".

"A palestra do ministro Sergio Rezende foi extremamente esclarecedora do propósito do MCT de se acoplar C&T ao desenvolvimento brasileiro, colocando o nosso sistema de CT&I a serviço do desenvolvimento, com eixos bem definidos na política industrial, inclusão social, objetivos estratégicos", relata o secretário-geral.

Para Aragão, a Conferência pôde colocar atores do meio acadêmico, empresarial, governo e entidades não governamentais numa discussão ampla em que ficou patente que o Brasil tem que pisar no acelerador.

"A indústria quer triplicar o número de empresas inovadoras. A Academia não se conforma em ter 50 mil pesquisadores no país. É preciso muito mais, dada a população do país".

Num retrospecto histórico, Aragão conta que a 2ª Conferência pegou o nosso sistema que era um sistema de C&T, e lançou as bases para que ele se transformasse num sistema de CT&I. Em 2001 foi a Conferência.

A Lei de Inovação só foi regulamentada em 2005, dia 11 de outubro. "Mas a semente foi plantada lá, com uma discussão que trouxe a inovação", argumenta.

A Conferência de 2005, para o físico Aragão, que é diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, "plantou o fato de que o país não se desenvolverá se não tiver uma base científica e tecnológica que esteja no seu setor acadêmico, mas que passe para o
setor industrial, para o setor agrícola, para o setor de serviços".

"Nós precisamos ter P&D nas nossas empresas, e elas têm que entender que a era da boa gestão já não é mais garantia de competitividade. Precisamos agregar isso à inovação", afirmou.

"Os nossos produtos têm que ser diferenciados, os processos têm que ser diferenciados, e os serviços também", acrescenta o secretário do evento. Para ele, a diferenciação tem que vir do conhecimento científico e tecnológico, que é o que mais agrega valor.

O entrave para que o país tenha maior número de empresas inovadoras é a educação - assinala Aragão. "Precisamos formar mais gente, mais cientistas brasileiros qualificados. A Petrobras está dizendo que precisa de 57 mil técnicos qualificados nos próximos cinco anos. A
Vale do Rio Doce também aponta que este é o maior problema, e que precisa de gente qualificada", acrescenta.

Segundo Aragão, o ministro da C&T apontou uma recomendação do Livro Branco, de que a CT&I no país deveriam ser utilizadas como uma verdadeira política de Estado para o nosso desenvolvimento econômico social. "É isso que esta Conferência quer", disse ele.

Aragão observa que "o primeiro desafio a vencer é educação. Não existe processo de inclusão social mais fundamental do que educação. Foi repetido na Conferência à exaustão. Isso tornou-se um fator econômico fundamental".

Para o secretário, a sociedade paga um preço muito caro por ter gente analfabeta. "O Brasil tem muitos analfabetos funcionais. Só 16% da população brasileira têm capacidade de ler sobre ciência. Esse quadro deve ser revertido desde a escola fundamental, passando pelo ensino médio para que os estudantes cheguem às Universidades e procurem as
engenharias, física, área biomédica", defende.

"Precisamos encontrar emprego para o pessoal qualificado. Só vamos conseguir se investimos em inovação".

"A Conferência trouxe ainda à tona a Lei de Inovação, com seus mecanismos que vão permitir subvenção direta às empresas, vão permitir compartilhamento de equipamentos de empresas com instituições científicas e tecnológicas, vão facilitar a criação de grupos de P&D
nas empresas", conta o secretário.

Na Conferência, discutiu-se sobre financiamento e sobre marco regulatório, relata Aragão. No evento, lançou-se uma nova versão da RNP que agora vai funcionar na faixa de até 10 gigabits por segundo com 10 capitais integradas, com tráfego de uma velocidade que é um
ganho 24 vezes o que tinha antes.

A NovaRNP vai ser colocada também a serviço da Educação, conforme disse Aragão ao ministro da Educação, pois esta é a infra-estrutura que um programa de universidade aberta precisa.

A Conferência serviu também divulgar a Iniciativa Nacional para a Educação, lançada no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. "Esta ação que está sendo capitaneada pela ABDI, pela primeira vez se tornou do conhecimento do meio acadêmico e empresarial em larga escala", disse Aragão.

O discurso do presidente Lula na abertura da 3ª Conferência Nacional de CT&I foi todo focado em C&T. Cinco matérias na grande imprensa mencionaram o discurso só para dizer que o presidente não tinha defendido o ministro Palocci, registra Carlos Aragão, secretário-geral do evento.

"Ainda não fomos bem sucedidos na Conferência em desafios que temos, que gostaríamos que um evento desta natureza tivesse uma ampla cobertura da imprensa", diz Aragão.
Para ele, a disseminação desta informação é de enorme importância para que o cidadão brasileiro devidamente informado saiba das nossas conquistas na ciência.

Fonte: JC e-mail 2898, de 21 de Novembro de 2005.

10. Sergio Rezende anuncia edital do Proinfa com R$ 120 milhões



Lançamento está previsto para o dia 1º de dezembro, no edital da Finep

Flamínio Araripe escreve para o 'JC e-mail':

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anunciou nesta sexta-feira o próximo edital do Proinfa, de R$ 120 milhões, que estará disponível no site da Finep a partir do dia 1º de dezembro.

O edital receberá propostas de instituições públicas de CT&I, disse ele, na sessão plenária de encerramento da 3ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, na palestra "Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional - O papel do MCT".

"O aumento foi de apenas 10%", disse o ministro. No ano passado, o edital do Proinfa foi lançado em novembro de 2004, os projetos começaram a ser assinados em março deste ano e algumas contratações ainda estão sendo feitas.

A Finep devolveu documentos de algumas instituições que não conseguiram entregar os papéis exigidos, informou. Em 2004, segundo ele, as universidades, os grupos de pesquisa e os institutos definiram as suas prioridades para o Proinfa, cuja fonte é o fundo de infra-estrutura.

Conforme Sergio Rezende, "todo mundo tem razão de reclamar da reserva de contingência. Mas temos algo a comemorar", ressalvou. O ministro comentou o crescimento do FNDCT, que ficou em R$ 332,6 milhões em 2002, passou no atual governo para R$ 513 milhões já em 2003; subiu para R$ 606,5 milhões em 2004 e este ano chegará a R$ 800 milhões.
Para 2006, estão assegurados R$ 860 milhões para o FNDCT. Entendimento feito com o presidente da República, segundo o ministro, trazem a perspectiva de que este fundo venha a ter R$ 1,2 bilhão no próximo ano.

"Estamos contando com emenda no Congresso, o que é fácil. Basta trocar a linha de reserva de contingência para fundos setoriais ou subvenção, o que já está encaminhado. Estou confiante que vai acontecer", afirmou.

De acordo com Sergio Rezende, no primeiro ano, o MCT definiu a aplicação dos recursos para a construção de ações transversais, "meio de cima para baixo" com os presidentes do CNPq, Erney Camargo e dos comitês gestores.

"Não havia tempo. Se fosse debater, até hoje não teriam saído os recursos", justificou. Todavia, para o orçamento de 2006, o MCT estimulou diversos fóruns como a Andifes, secretários de C&T e entidades empresariais a colaborar com a proposta de ações
transversais.

Assim, a demanda quintuplicou. Coordenadores e assessores do CCT discutem com o MCT a definição de critérios para elaborar propostas para usar os recursos federais carimbados para ações mais emergentes, relatou o ministro.

Como exemplo de ação transversal, ele citou o projeto NovaRNP, lançado nesta semana na 3ª Conferência, que está sendo implementado com investimento de US$ 40 milhões a US$ 50 milhões.

Sergio Resende informou que o MCT estuda uma forma de definir os calendários dos editais, estabelecendo em que época do ano vão estar em vigor para que haja regularidade.

"O desenvolvimento industrial no Brasil foi feito sem conexão com a política de C&T", observa o ministro, apontando como conseqüências a concentração de C&T nas universidades e centros de pesquisa".

Para ele, a política industrial até o anos 80 não tinha P&D e seguia em linha paralela com a política de C&T, sem se encontrarem.

Nos anos 90 a 2000 surgiram aproximações entre os dois campos, as empresas começaram a acordar para a inovação, a exemplo da Fieje, que em 1999 lançou a cartilha "Por um Programa Brasileiro de Inovação", assinala.

"O desenvolvimento industrial foi feito sem conexão com a política de C&T", conclui Sergio Rezende.

O fato de o Brasil tem globalmente 0,2% das patentes, número que é dez vezes menor se examinado apenas no mercado norte-americano, segundo ele, está associado à falta de P&D nas empresas locais. "CT&I estão na base do desenvolvimento das nações", pontua.

No período 1980 a 2000, o PIB dos EUA cresceu três vezes, o da Coréia quase seis vezes, o do Japão quatro vezes e o do Brasil 50%. "A falta de C&T no setor empresarial tem a ver com isso", analisa o ministro.

Ele vê mudanças no Brasil na passagem para o século 21, nos aos 1999 a 2001, quando enxerga uma "percepção crescente na sociedade da importância de expandir o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação e incorporar/desenvolver nas empresas a cultura de P&D".

Na Coréia, depois de uma fase de imitação pela indústria, nos anos 80 começou a internalização da P&D, com apoio de incentivos fiscais, crédito fiscal, redução de tarifa aduaneira e capital de risco, para em 1990 adotar a inovação dentro de uma política de C&T.

Contudo, no Brasil do século 21, o ministro declara que não tem razão para estar desanimado, dada a percepção crescente na sociedade de que não basta gerir a qualidade, mas fazer a inovação em produtos e processos.

Sergio Rezende disse que o Brasil passou uma fase de transição e agora está vivendo novos tempos na política de C&T, na qual considera como marco a 3ª Conferência, e destaca a importância do 1º Congresso Brasileiro de Inovação na Industrial realizado em outubro pela CNI.

Fonte: JC e-mail 2898, de 21 de Novembro de 2005.

11. CVT vai mostrar na Câmara experimentos dos laboratórios de física, química, biologia, eletromecânica e informática



Tecnologia para a Inclusão Social é um dos cinco eixos estratégicos do MCT

Flamínio Araripe escreve para o 'JC e-mail':

O que faz cada laboratório de um Centro Vocacional Tecnólogico (CVT) está sendo mostrado na Câmara dos Deputados, em frente ao Anexo 2, a partir desta terça-feira até o dia 25 para o público em geral, alunos de escolas de Brasília que agendaram visitas e autoridades.

A exposição abre o seminário Capacitação Tecnológica da População, que acontece na Câmara a partir das 8h30 até o dia 25, com a realização de experimentos dos laboratórios de química, física, biologia e eletromecânica.

Os CVTs começaram a ser implantados em 1996 pela Secretaria da Ciência e Tecnologia do Ceará pelo então secretário Ariosto Holanda, deputado federal pelo PSB. Hoje, somam 40 unidades instaladas em rede no interior do Estado pelo Instituto Centec.

Os CVTs fazem parte de um dos cinco eixos estratégicos do MCT, diz o ministro Sergio Rezende. O secretário de C&T para Inclusão Social do ministério, Rodrigo Rollemberg, informa que mais de 150 CVTs estão sendo montados em Minas Gerais, Pernambuco, Maranhaão e Amazonas, "focados nas cadeias produtivas".

Nove instrutores do Instituto Centec vieram para realizar os experimentos - dois do laboratório de biologia, dois de química, um de física, dois de eletromecânica (de eletricidade e mecânica), dois de informática.

A área de química realiza práticas laboratoriais com extração de essências por maceração, teste para determinação de acidez do leite, determinação da análise da água, preparação de detergente, preparação de desinfetante, oficinas de água e luz, preparação de amaciante e
preparação de hidratante.

No experimento de física no cotidiano, estão previstas demonstrações sobre a importância do atrito entre superfícies, conchão de ar, pêndulo simples, movimento, aparelho rotativo, a descoberta de Arquimedes e os princípios da eletrostática.

A agenda inclui ainda física para eletricista predial - a eletricidade estática e os fenômenos naturais, eletricideade dinâmica, eletromagnetismo e a força magnética da terra, formação de correntes marítimas, formação das ondas, o som e o fenômeno da ressonância,
oficinas de água e luz.

No laboratório de eletromecânica, na área de eletricidade, o foco será dado na casa do eletricista com demonstrações das instalações elétricas prediais, e do simulador didático de eletrotécnica, com apresentação de quatro chaves de partida com simulação de defeitos.

Na parte de Mecânica, foram escolhidos experimentos de injeção eletrônica, metalurgia, soldagem e apresentação do kit de soldagem Oxi-Acetileno com EPI.

O laboratório de Biologia escolheu as apresentações Ecosistemas litorâneos e Educação ambiental, com vídeo sobre vegetação costeira do Ceará.

Para professores do ensino médio, foi montada uma agenda de atualização em ciências, sobre estudo do corpo humano, de células e de plantas com modelos de laboratório didático, estudo da diversidade dos seres vivos com coleções biológicas e observações microscópicas.

Para professores do ensino fundamental, haverá oficinas de água e luz e ecossistemas em miniatura. Os instrutores vão trabalhar ainda os temas de paisagem regional e valorização da flora, ecossistemas litorâneos e educação ambiental,

O laboratório de informática apresenta o curso básico em Informática usando Open Ofice na plataforma Centex-Linux, que permite conectar a um servidor atual quatro computadores de baixa capacidade para operar com bom desempenho.

Os instrutores vão apresentar o projeto de sistema operacional e de redes Centex-Linux, e apresentar os cursos de Excel usando o Calc na plataforma Centex, o curso de Power Point usando Impress e o curso de Word usando Wriete, todos com a plataforma Centex.

Fonte: JC e-mail 2898, de 21 de Novembro de 2005.

Editor: Prof. Luiz Carlos Dias - SBQ
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Química Nova
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Journal of the Brazilian Chemical Society